Cientistas buscam respostas para suspeitaspixbet 88reinfecçãopixbet 88recuperadospixbet 88covid-19:pixbet 88

Coronavirus

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Legenda da foto, Possíveis casospixbet 88reinfecção por coronavírus têm deixado cientistaspixbet 88alerta

A doença causada pelo vírus já matou maispixbet 88meio milhãopixbet 88pessoas no mundo, e uma das maiores esperançaspixbet 88meio a essa crise, alémpixbet 88uma vacina ou tratamento eficaz, erapixbet 88que quem se recuperou da doença poderia estar imune a ela — pelo menos por mais do que só alguns meses.

Se isso não for verdade, a teoria da imunidade coletiva oupixbet 88rebanho,pixbet 88que um grande grupo (segundo cientistas, maispixbet 8860%) ficaria imune para interromper a cadeiapixbet 88transmissão na população, iria por água abaixo. Se a imunidade dos curados da covid-19 tiver vida curta, poderíamos entrarpixbet 88um ciclo sem fimpixbet 88reinfecções.

Mas, apesar dos casos isoladospixbet 88suspeitaspixbet 88reinfecção, ainda não há evidências científicaspixbet 88que isso seja uma possibilidade.

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Legenda da foto, Apesarpixbet 88casos isoladospixbet 88possível reinfecção estarem pipocando pelo mundo, não há evidências científicaspixbet 88que essa seja uma possibilidade

"Agora estamos começando a ver os retornos dos recuperados. A recuperação pode ser demorada, pode exigir fisioterapia e ainda mostrar lesões na tomografia", conta a médica infectologista Tânia Chaves, professora da Faculdadepixbet 88Medicina da Universidade Federalpixbet 88Pará e do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa). "Mas nesse período eu não vi nenhum caso que fizesse inferir que fosse uma nova infecção pelo Sars-CoV-2. Ouço relatopixbet 88terceiros, mas a minha avaliação é que é muito prematuro para falarmos. A compreensão da imunidade é um caminho que nós ainda estamos percorrendo na escuridão."

Ela diz, entretanto, que, pela faltapixbet 88total compreensão sobre a covid-19 e por "estarmospixbet 88franco aprendizado diário", é preciso "sim, estarmos atentos para possíveis casospixbet 88reinfecção pelo vírus".

Para a microbiologista Natalia Pasternak, pesquisadora do Institutopixbet 88Ciências Biológicas da Universidadepixbet 88São Paulo (USP) e presidente do institutopixbet 88divulgação científica Questãopixbet 88Ciência, é preciso "ficarpixbet 88olho" nos casos isolados "para ter certezapixbet 88que são isolados, epixbet 88que não vão ser a regra". "Ficamos com a antena ligada, mas é cedo para dizer", afirma.

Autoridadespixbet 88saúde da Coreia do Sul registraram, jápixbet 88abril, centenaspixbet 88casospixbet 88"reinfecção", mas concluíram depois que essa segunda rodadapixbet 88infecções seria provavelmente resultadopixbet 88fragmentos inativos do vírus ainda presente nos pacientes.

Isso mostra que os casos isoladospixbet 88possível reinfecção podem ser outra coisa. Além da encontrada pelos sul-coreanos, há outras explicações possíveis.

Uma delas é que os pacientes podem nunca ter se recuperado da primeira infecção, tendo ficado assintomáticos e, depoispixbet 88um tempo, terem apresentado os sintomas novamente. Outra é que algum dos testes deu um falso negativo ou um falso positivo. Uma terceira hipótese: o sistema imune do paciente pode ter mantido o vírus a níveis que impediram o testepixbet 88captá-lo. E a última, que já é sabida e comum para outros tipospixbet 88vírus, é que algumas pessoas simplesmente não têm respostas imunes fortes o suficiente para os vírus, o que as deixa vulneráveis a eles.

De qualquer forma, a preocupação com a possibilidadepixbet 88reinfecção tomou mais corpo com uma nova pesquisa publicada recentemente pelo King's College, no Reino Unido, mostrando que nossos anticorpos contra o Sars-CoV-2 não durariam muito, caindo drasticamente —pixbet 88até só dois meses, para algumas pessoas. A pesquisa ainda não foi revisada por pares e, portanto, ainda deve ser lida com cautela.

Além disso, já se sabe que os coronavíruspixbet 88resfriados comuns provocam uma memória curtapixbet 88defesa do organismo, com a maior parte das pessoas perdendo os anticorpospixbet 886 meses a um ano. As pessoas são reinfectadas por esses vírus o tempo todo — e o medopixbet 88cientistas é que isso seja verdade também para a covid-19.

Imunidade não é só anticorpo

A resposta para a pergunta sobre a reinfecção, contudo, pode não estar nos nossos anticorpos, mas sim nas células T. Pesquisas recentes mostram que as células T podem exercer um papel mais importante do que os anticorpos na nossa resposta ao Sars-CoV-2.

Imagempixbet 88uma célula T atacando um coronavírus

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Legenda da foto, Imagempixbet 88uma célula T atacando um coronavírus; mais pesquisas têm mostrado boa memória imune das células T ao coronavírus

Mas o que são as células T e como isso afetaria a possibilidadepixbet 88reinfecção?

O corpo tem dois principais mecanismospixbet 88defesa: o primeiro é a resposta inicial que as células dão aos patógenos estranhos que são identificados no corpo. É a chamada "resposta imune inata". "A célula percebe que está infectada e dispara respostas da própria célula", explica a virologista Luciana Costa, professora associada do Departamentopixbet 88Virologia da Universidade Federal do Riopixbet 88Janeiro (UFRJ).

"Uma vez que é ativada, ela vai ativar os próximos níveispixbet 88defesa". Esses próximos níveis ela chama informalmentepixbet 88células "profissionais" do sistema imune.

É aí que entra o segundo principal mecanismopixbet 88defesa, a "resposta imune adaptativa", divididapixbet 88dois braços. Os linfócitos B, ou células B, ativam os anticorpos. E os anticorpos atacam diretamente o vírus, ligando-se a ele. Já os linfócitos T, ou as células T, atacam as células infectadas pelo vírus e, quando são bem-sucedidas, o vírus que está lá dentro morre junto a elas, sem conseguir mais se replicar.

"Como o vírus é um parasita intracelular, ou seja, fica dentro da célula, a resposta T é muito importante. Para uma bactéria, que fica do ladopixbet 88fora, por exemplo, a respostapixbet 88anticorpos é a mais importante", explica Pasternak.

"O que esses trabalhos novos estão mostrando é que,pixbet 88muitas pessoaspixbet 88que você nem detecta anticorpos, você detecta uma resposta muito robustapixbet 88células T, mostrando que talvez elas se livrem do vírus sem nem produzir anticorpos, ou produzam muito pouco, que a gente não consegue detectar."

Costa diz que as duas defesas, apixbet 88anticorpos e a das células T, são importantes. "Mas pode ser que, para este vírus, a resposta das células T seja mais eficaz. E aí, uma pessoa sem anticorpos ou com baixo nívelpixbet 88anticorpos para este coronavírus ainda pode estar protegida", diz ela.

Mas medir anticorpos é mais simples e menos caro. Por isso, enquanto conclusões e decisões sobre a covid-19 têm tido os anticorpos como pontopixbet 88partida, até agora sabe-se muito pouco sobre o papel das células T na defesa do organismo contra esse vírus.

Uma pesquisa recente exatamente sobre as células T parece promissora. No estudo, publicado na quarta (15) na revista Nature, pesquisadores da Cingapura analisaram a resposta das células Tpixbet 88pessoas que se curaram da Sars, a pandemiapixbet 882003 causada pelo coronavírus Sars-Cov, epixbet 88pessoas que se curaram da covid-19.

Primeiro, observaram nas pessoas curadas da covid-19 a presençapixbet 88células T para atacar especificamente o Sars-CoV-2, o que já sugere que as células T exercem um papel importante nessa infecção.

Depois, estudaram a respostapixbet 88quem havia se curado da Sars. Já se sabia que os anticorpospixbet 88quem havia se curado da Sars caíam muito depoispixbet 88dois a três anos. Mas ao estudar as células T, cientistas viram que havia uma memória robusta da defesa delas, e que essa memória durava 17 anos —pixbet 88quando essas pessoas tiveram a Sars,pixbet 882003. E mais: a defesa também tinha uma resposta imune pronta contra o Sars-CoV-2, mostrando uma espéciepixbet 88imunidade cruzada por meio das células T.

Indivíduos saudáveis, sem infecção pela Sars ou pela covid-19, também foram testados. E mais da metade deles apresentavam células T específicas para a Sars-CoV-2. A hipótese é que isso aconteceria por exposição prévia a outros coronavírus, como aqueles que causam resfriados comuns, ou então por exposição prévia a outros coronavírus transmitidos por animais que não provocaram grandes reações nos humanos — e que algumas populações tiveram esses vírus, sem perceber.

A pesquisa foi feitapixbet 88laboratório, sem observar a reação no organismo, e com um número reduzidopixbet 88pessoas epixbet 88uma certa região do mundo. Portanto, não tem poder estatístico suficiente para render uma conclusão definitiva.

Apesarpixbet 88o estudo sugerir que, mesmo com a quedapixbet 88anticorpos depoispixbet 88ter a doença, é possível que possamos contar mais com as células T, e não só os anticorpos, para ter a memóriapixbet 88nos protegerpixbet 88futuras infecções, casospixbet 88reinfecções ainda deverão ser acompanhados — até para que se entenda como acontecem.

"Todo mundo fica ansioso que a gente tenha respostas e conclusões. Mas estamos falandopixbet 88um tempo muito curtopixbet 88que tudo começou a acontecer. Para estudos científicos é um tempo curto demais para termos conclusões prontas. O conhecimento adquirido é impressionantepixbet 88tão curto tempo, mas as respostas vão vir aos poucos", diz Costa, da UFRJ.

"Nossa compreensãopixbet 88como estamos respondendo ao vírus ainda está engatinhando. E daí surgem casos isoladospixbet 88reinfecção — que são casos isolados, não dá para dizer com certeza que isso é um risco real que todo mundo está vivendo —, mas é algo que precisa ser observado com cuidado", diz Pasternak. "Porque vai que, né? Vai que realmente a gente tenha uma memória muito curta para esse vírus."

Por outro lado, diz Pasternak, não estamos vendo muitos casospixbet 88reinfecção pelo mundo. "Se fosse tão comum, será que a gente não estaria vendo casospixbet 88reinfecção na China, na Coreia do Sul, que já passaram pela primeira onda? É porque a população provavelmente está protegida ou será que é porque o vírus realmente paroupixbet 88circular nesses países?", pondera.

"A questão é que só vamos saber com o tempo." Isso porque todos os estudos para saber quanto tempo dura a imunidade do nosso organismo demandam isso mesmo: tempo.

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