O labirintopasso a passo blaze crashcavernaspasso a passo blaze crashlava vulcânica onde foi construída a maior cidade da Nova Zelândia:passo a passo blaze crash

É por isso que é tão importante – e difícil – proteger as cavernas que se formam após as erupções.

"Há um aspectopasso a passo blaze crashperigo, um aspectopasso a passo blaze crashengenharia e um aspectopasso a passo blaze crashpatrimônio. E há também um enorme componente cultural", diz Lewis.

Rochas cobrem o chão da cavernapasso a passo blaze crash70 mil anos, enquanto musgo e samambaias se agarram ao topo do buracopasso a passo blaze crashtrês metrospasso a passo blaze crashprofundidade, formado “muito rapidamente” quando a erupção começou.

As atuais cavernas da cidade vêm tomando forma há maispasso a passo blaze crash200 mil anos. As mais recentes foram criadas após a erupção do Rangitoto, o único vulcãopasso a passo blaze crashAuckland que entroupasso a passo blaze crasherupção duas vezes, há cercapasso a passo blaze crash550 anos.

A origem das cavernas

"As cavernaspasso a passo blaze crashlava são túneis que se formam durante a passagempasso a passo blaze crashlava derretida, normalmente fluida", explica David Clague, vulcanologista do Monterey Bay Aquarium Research Institute, na Califórnia.

Durante as erupções, a rocha derretida se espalha pela superfície da Terra, movendo-se antespasso a passo blaze crashesfriar e formar uma crosta.

"No início, quando a lava rochosa derretida endurece, ela fica muito vítrea, tornando-se um isolante incrível e podendo se espalhar por quilômetros", explica Lewis, que descreve o material fluido como algo parecido com "melaço ou mel".

Quando o fornecimentopasso a passo blaze crashlava é interrompido, seja porque o magma paroupasso a passo blaze crashsubir ou porque foi desviado para outro lugar, as cavernas são drenadas e ficam vazias.

As cavernas são encontradas no caminho por onde a lava flui, mas são mais comuns quando a lava é fluida e circula rapidamente, explica Clague.

Estas são características comunspasso a passo blaze crashlugares como o Havaí e a Islândia, bem comopasso a passo blaze crashgrupospasso a passo blaze crashilhas vulcânicas oceânicas como Galápagos, Açores e Taiti.

As cavernas mais longaspasso a passo blaze crashAuckland chegam a 290 metros, enquanto nos Estados Unidos esse número é próximo a 4 km, sendo a Caverna do Macaco no Parque Nacionalpasso a passo blaze crashGifford,passo a passo blaze crashWashington, a caverna mais longa da América do Norte.

As versões americanas que podem ser encontradaspasso a passo blaze crashEstados como Havaí, Califórnia, Novo México, Oregon, Utah e Arizona podem ser muito mais labirínticas.

Algumas apresentam divisões, cruzamentos, diferentes níveis e quedas bruscas - um emaranhado que reproduzr a forma como a lava se movimentou há milharespasso a passo blaze crashanos.

Os usos das cavernas

As cavernaspasso a passo blaze crashlava não são apenas uma peculiaridade geológica, mas passaram a ter um significado prático e cultural ao longo dos milênios.

Na Bobcat Cave,passo a passo blaze crashIdaho, pesquisas mostraram que os nativos americanos usavam as estruturas como refrigeradorespasso a passo blaze crashtempos difíceis, provavelmente para preservar a carnepasso a passo blaze crashbisão durante os períodospasso a passo blaze crashcaçapasso a passo blaze crashpousio.

Para os Maori, que se estabeleceram na Nova Zelândia por volta do século 13, várias cavernaspasso a passo blaze crashAuckland são sagradas e usadas como cemitérios para restos humanos (koiwi).

No entanto, desde o início do século 19, quando o país foi formado e dominado pelos britânicos, os koiwi descobertos foram roubados para compor coleções particulares epasso a passo blaze crashmuseus, chegandopasso a passo blaze crashalguns casos ao Reino Unido ou aos Estados Unidos.

Isto mostra uma "faltapasso a passo blaze crashcuidado ou compreensão por parte das novas pessoas que chegam e que não respeitaram esses locais", diz Malcolm Paterson, um praticante local da herança Maori da tribo Ngāti Whātua, na regiãopasso a passo blaze crashAuckland.

Ao longo da vida dele, restos mortais foram removidospasso a passo blaze crashcavernas, às vezes "com propósitos verdadeiramente desrespeitosos, como para usar uma caveira como pesopasso a passo blaze crashpapel", diz Paterson.

"Todos nós vimos e sabemospasso a passo blaze crashcasospasso a passo blaze crashque nossos locais sagrados não foram tratados como gostaríamos".

As grutas também foram usadas como gráfica clandestinapasso a passo blaze crashcomunistaspasso a passo blaze crash1940, como cultivopasso a passo blaze crashcogumelos na décadapasso a passo blaze crash1970 e, mais recentemente, num anúncio imobiliário, como adega.

"Usá-las hoje para fins profanos seria o mesmo que entrar numa igreja e dar uma festa: não é apropriado", compara Paterson.

Descobertas

A equipe da cartógrafa Kate Lewis é responsável por determinar como devem ser administradas as cavernas descobertaspasso a passo blaze crashterras particulares, que representam cercapasso a passo blaze crash90% das existentes na cidade.

Existe uma "regrapasso a passo blaze crashdescoberta acidental" para aqueles que se deparam com uma por acaso.

O procedimento é o mesmo aplicado a quem descobre um sítio arqueológico, resíduos perigosos ou ossospasso a passo blaze crashum cemitério e tem que interromper os trabalhos para proteger a área.

À medida que os projetospasso a passo blaze crashdesenvolvimento se espalham pela cidade, o telefone toca cada vez com mais frequência. Quando uma escavadeira atinge uma caverna, Lewis e seus colegas devem determinar seu tamanho e características antes que o trabalho continue.

"Olhamos para dentro e, depois, tentamos descobrir o que faríamos com os empreiteiros, com os proprietáriospasso a passo blaze crashterras, e como poderíamos preservar a caverna enquanto continuamos com o projetopasso a passo blaze crashconstrução. Tem sido um trabalho e tanto".

Para os proprietários particulares, encontrar vestígios arqueológicos sob suas casas nem sempre é uma boa notícia.

A maioria opta por manter segredo, tanto para evitar que moradores e turistas venham dar uma olhada, quanto pelo que pode acontecer com o valorpasso a passo blaze crashsuas terras.

"Se alguém tivesse uma caverna embaixopasso a passo blaze crashsuas terras, seria o fimpasso a passo blaze crashum porão, o fimpasso a passo blaze crashuma piscina. As pessoas ficam um pouco sensíveis a isso", diz Lewis.

Descobrir uma caverna também pode ser perigoso.

Houve casospasso a passo blaze crashescavadeiras batendopasso a passo blaze crashburacos. À medida que a construção continuapasso a passo blaze crashAuckland, isso provavelmente se tornará comum.

"Temos moradia limitada, por isso estamos vendo um aumento no desenvolvimentopasso a passo blaze crashtoda a cidade", diz Jaxon Ingold, estudantepasso a passo blaze crashmestrado na Universidadepasso a passo blaze crashAuckland que trabalha no projetopasso a passo blaze crashmapeamento.

"Com este aumento na construção, haverá mais edifícios e mais escavações. Portanto, sem dúvida, serão encontradas mais cavernaspasso a passo blaze crashlava."

Isto não só potencialmente afeta os trabalhadores da construção, como "ameaça muitas das cavernaspasso a passo blaze crashlavapasso a passo blaze crashAuckland, colocando-aspasso a passo blaze crashriscopasso a passo blaze crashdestruição".

A ameaça latente

Além dos problemas provocados pelo homem, existem também os geológicos.

Para Lewis, Auckland pode explodir a qualquer momento.

Para evitar uma catástrofe, existe um monitoramento ativo e um planopasso a passo blaze crashcontingência vulcânica concebido pelo órgão Determinação do Risco Vulcânico (Devora), financiado pela Comissãopasso a passo blaze crashTerremotos e pelo Conselhopasso a passo blaze crashAuckland.

Sem saber onde ou quando ocorrerá a próxima erupção, a Devora mapeou sete cenários diferentespasso a passo blaze crashvárias partespasso a passo blaze crashAuckland para projetar como seria uma erupção, como o vulcão se comportaria, quais seriam os problemaspasso a passo blaze crashevacuação epasso a passo blaze crashinfraestrutura.

As autoridades, acrescenta Lewis, "levam isso muito a sério, porque embora a probabilidade seja bastante baixa, o impacto seria enorme".

A criação do primeiro bancopasso a passo blaze crashdadospasso a passo blaze crashcavernaspasso a passo blaze crashlavapasso a passo blaze crashAuckland será uma oportunidade para preparar a cidade – e talvez outras – para perigos futuros.

"Observar os fluxospasso a passo blaze crashlava anteriores pode nos ajudar a aprender mais sobre a forma como os fluxospasso a passo blaze crashlava se movem", diz Ingold.

"Embora cavernas como essa no centropasso a passo blaze crashAuckland sejam fechadas, exceto na entrada,passo a passo blaze crashcavernaspasso a passo blaze crashlava como as do Havaí, que estão potencialmente abertaspasso a passo blaze crashmaispasso a passo blaze crashum lugar, a lava pode então reativar as cavernas."

Após graves inundaçõespasso a passo blaze crashAuckland no ano passado, os geólogos sabem que a água pode fluir facilmente através das cavernas, aumentando a probabilidadepasso a passo blaze crashretorno da lava derretida.

Ingold espera que seu trabalho possa servirpasso a passo blaze crashmodelo para outras áreas vulcânicas semelhantespasso a passo blaze crashtodo o mundo, embora saiba que haveria “necessidades diferentes, dependendopasso a passo blaze crashonde estamos no mundo”.

Ainda assim, ele admite que "seria legal" a ideiapasso a passo blaze crashque esta basepasso a passo blaze crashdados incipiente pudesse redefinir o futuro das cavernaspasso a passo blaze crashlavapasso a passo blaze crashtodo o mundo.