'Estou à beiracasas de apostas 1 realum ataquecasas de apostas 1 realnervos': a ansiedade dos eleitorescasas de apostas 1 realKamala na reta final da campanha:casas de apostas 1 real

Embora cantassem clássicoscasas de apostas 1 realBeyoncé e agitassem bandeirinhas dos Estados Unidos, os eleitores pareciam frequentemente próximos às lágrimas, que vinham à tona com apenas alguns minutoscasas de apostas 1 realconversa.

“Esta eleição diz respeito à democracia e à Constituição americana. Um partido e um grupocasas de apostas 1 realpessoas querem destruí-las. É algo por que lutamos desde que a nação foi fundada,casas de apostas 1 realGeorge Washington até agora”, afirmou o militar aposentado Mike MacGregor, as últimas frases já com a voz embargada.

Tendo passado dos 60 anoscasas de apostas 1 realidade, ele disse à BBC News Brasil que essa era a primeira vez que comparecia a um comício político desde que o republicano Ronald Reagan foi candidato,casas de apostas 1 real1980. Durante a administração republicanacasas de apostas 1 realGeorge W. Bush, chegou a assumir cargos no Pentágono.

Segundo ele, o que o atraía a apoiar Harris naquela tarde agradávelcasas de apostas 1 realoutono não eracasas de apostas 1 realagenda econômica, climática ou social. Era uma agenda mínima: a defesa dos princípios democráticos do país.

MacGregor era exatamente o perfilcasas de apostas 1 realeleitor que a campanhacasas de apostas 1 realKamala buscava atrair ao definir o fechamento da campanhacasas de apostas 1 realWashington DC, onde, há 3 anos o país viveu umcasas de apostas 1 realseus maiores traumas da história: a invasão do Capitóliocasas de apostas 1 real6casas de apostas 1 realjaneiro.

“Nós sabemos quem é Donald Trump. Ele é a pessoa que esteve neste mesmo lugar há quase quatro anos e enviou uma multidão armada ao Capitólio dos Estados Unidos para derrubar a vontade do povocasas de apostas 1 realeleições livres e justas”, afirmou Kamala Harris, no palco montado exatamente no mesmo localcasas de apostas 1 realque Trump, ainda presidente, proferiu acusações infundadascasas de apostas 1 realfraude eleitoral naquele 6casas de apostas 1 realjaneiro.

O episódio desaguoucasas de apostas 1 realcenas dramáticascasas de apostas 1 realdestruição e a um saldocasas de apostas 1 realferidos e mortos entre os apoiadores do então presidente que forçaram a entrada no prédio do Congresso, reunido para certificar a vitória eleitoralcasas de apostas 1 realJoe Biden.

Trump responde a um processo criminal sobrecasas de apostas 1 realpossível participaçãocasas de apostas 1 realpromover - ou omissãocasas de apostas 1 realimpedir - a invasão do Capitólio. Em outubro, 165 páginas do processo, conduzido pelo Departamentocasas de apostas 1 realJustiça foram tornadas públicas pela juíza do caso.

No material, os procuradores defendem que Trump não poderá contar com imunidade judicial neste caso e reportam relatoscasas de apostas 1 realtestemunhascasas de apostas 1 realque diante da informaçãocasas de apostas 1 realque seu vice-presidente estaria sob riscocasas de apostas 1 realmorte dentro do Congresso, Trump teria respondido: “E daí?”

Há uma semana, os advogadoscasas de apostas 1 realTrump voltaram a tentar bloquear o processo, que, cujo julgamento ficou para depois da eleição. Durante a campanha ele se referiu ao 6casas de apostas 1 realjaneirocasas de apostas 1 real2021 como um “dia do amor”.

“Eles não vieram por minha causa. Eles vieram por causa da eleição. Eles achavam que a eleição era uma eleição fraudada e é por isso que eles vieram. Nadacasas de apostas 1 realerrado foi feito. E uma ação foi tomada. Uma ação forte”, disse Trump.

“Não havia armas lá. Nós não tínhamos armas. Os outros tinham armas, mas nós não tínhamos armas. E quando eu digo nós, essas são pessoas que andaram por aí — essa foi uma pequena porcentagem do total que ninguém vê e ninguém, ninguém mostra [a multidãocasas de apostas 1 realapoiadores trumpistas]. Mas esse foi um diacasas de apostas 1 realamor”, completou.

Vicecasas de apostas 1 realum governo impopular

Desde que assumiu a candidatura democrata à presidência no lugarcasas de apostas 1 realJoe Biden, Kamala imprimiu um estilo jovial e bem humorado à campanha, usando ironia e sátira para lidar com Trump, e tentando apresentarcasas de apostas 1 realbiografia e suas propostas ao eleitorado.

A estratégia parece ter funcionado ao longocasas de apostas 1 realdois meses,casas de apostas 1 realque Kamala ganhou tração nas pesquisas e arrecadou maiscasas de apostas 1 realum bilhãocasas de apostas 1 realdólares.

Nas últimas semanas, porém, ela estagnou nas sondagens, que passaram a mostrar um cenáriocasas de apostas 1 realempate. E aí tudo mudou.

De uma espéciecasas de apostas 1 realpalhaço não intencional, ou “um esquisito” (“weird”, na mensagem original) a campanhacasas de apostas 1 realKamala passou a tentar caracterizar Trump como uma ameaça existencial aos Estados Unidos, qualificando-o como “fascista”, “inimigo” e “instável”.

“América, ele não é um candidato a presidente que pensecasas de apostas 1 realcomo melhorar acasas de apostas 1 realvida. É alguém instável, obcecado com vingança, consumido pelo ressentimento, ecasas de apostas 1 realbusca do poder incontrolado”, discursou Kamala, sob aplausos e gritos dos apoiadores.

A mudança coincide com uma piora no desempenhocasas de apostas 1 realKamala nas pesquisas. Agregadoscasas de apostas 1 reallevantamentos eleitorais como a revista britânica The Economist e o site americano FiveThirtyEight têm apontado ligeira vantagem do republicano.

Nate Silver, o criador deste último e um democrata histórico, veio a público dizer que sente no “âmago” que Trump vencerá embora hoje as chancescasas de apostas 1 realambos estejam próximas aos 50%. Uma pesquisa do New York Times, corroborada por analistas políticos da CNN, sugere que Trump poderia ganhar no voto popular - a primeira vezcasas de apostas 1 real20 anos que um republicano alcançaria tal feito.

Contra si, Kamala carrega o fatocasas de apostas 1 realser vice-presidente do impopular governocasas de apostas 1 realJoe Biden. Apesar da alta na geraçãocasas de apostas 1 realempregos e do crescimento econômico maior que o previsto nos Estados Unidos, pesa contra o governo atual o fracassocasas de apostas 1 realconter a imigração na fronteira com o México, um custocasas de apostas 1 realvida alto demais para a classe média que sonhacasas de apostas 1 realcomprar a casa própria e já não pode fazê-lo e o apoio à campanha militarcasas de apostas 1 realIsraelcasas de apostas 1 realGaza - que é criticado não só por americanoscasas de apostas 1 realorigem árabe como pela juventude democrata.

Para o estrategista democrata Anthony Coley, que trabalhou na gestão Biden, finalmente caiu a ficha do partidocasas de apostas 1 realque não havia sentidocasas de apostas 1 realcomparações entre Kamala e Barack Obama, feitas no auge da empolgação dos correligionários na Convenção Nacional Democrata.

“Agora que a euforia passou, as pessoas perceberam o que Kamala Harris disse desde o início, que ela não é a favorita”, disse Coley ao sitecasas de apostas 1 realpolítica americana The Hill.

Com desempenho pior do que seus antecessores, Biden e Obama, entre o eleitorado negro e latino, a última apostacasas de apostas 1 realKamala para levar eleitores às urnas e tentar conquistar a vitória parece ser no fantasma autoritário que seu adversário representaria.

Para emplacar a mensagem, Kamala pode ter contado com um escorregãocasas de apostas 1 realTrump.

No último fimcasas de apostas 1 realsemana, o republicano reuniu uma multidão no Madison Square Garden,casas de apostas 1 realNova York, um enclave democrata do país. O evento, no entanto, acabou associado a comentários preconceituosos feitos por comediantes e comentaristas políticos que precederam Trump no palco.

Entre outras coisas, eles chamaram Porto Ricocasas de apostas 1 real“ilhacasas de apostas 1 reallixo flutuante” e criticaram a suposta faltacasas de apostas 1 realcontrolecasas de apostas 1 realnatalidade entre os latinos, alémcasas de apostas 1 realfazer ataques raciais a candidata democrata, de ascendência negra e indiana.

Trump não desqualificou os comentários quando discursou para a plateia - emboracasas de apostas 1 realcampanha tenha dito que ele não podia ser responsabilizado nem associado a tais falas.

Ao episódio, somou-se uma entrevista dada dias antes ao jornal New York Times por seu ex-chefecasas de apostas 1 realgabinete, John Kelly, citando que Trump teria expressado simpatias ao líder alemão nazista Adolf Hitler ao longocasas de apostas 1 realseu mandato. Esta semana, Trump se sentiu impelido a respondercasas de apostas 1 realum artigo no Wall Street Journal intitulado: “Eu não sou um nazista”.

Embora tenha citado que pretende combater a inflação, facilitar a cobertura por planoscasas de apostas 1 realsaúde para cuidados com idosos e mediar a relação entre empresas imobiliárias e os cidadãos para baixar o custo dos imóveis, o eventocasas de apostas 1 realKamalacasas de apostas 1 realWashington se concentravacasas de apostas 1 realreforçar a ideiacasas de apostas 1 realum risco existencial ao país na disputa.

"Vamos virar a páginacasas de apostas 1 realDonald Trump", repetia a candidata e seus apoiadores, como se os democratas já não estivessem no poder há quase quatro anos.

Por isso mesmo, ela trouxe para o palco do evento um casalcasas de apostas 1 realfazendeiros da Pensilvânia, um dos Estados decisivos, recebidos com vaias ao admitir que foram republicanos a vida inteira e que já tinham votadocasas de apostas 1 realTrump antes. Os dois, no entanto, se diziam assustados demais com o que viam como ameaças à democraciacasas de apostas 1 realTrump para seguir votando nele.

Há ceticismo entre analistas políticos na possibilidadecasas de apostas 1 realtração desta nova estratégia democrata.

Mas, ao menos para a ex-oficial da Aeronáutica, Donna Denison, que se dizia uma eleitora independente, essa mensagem já tinha colado.

“Sinto que esta é provavelmente uma das eleições mais importantescasas de apostas 1 realque eu já votei. Já votei para os dois lados [republicano e democrata], eu tento votar para alguém que seja um mediador”, explica ela.

“O 6casas de apostas 1 realJaneiro aconteceu muito perto da minha casa. E enquanto eu assistia [na TV], eu dizia à minha filha: ‘você tem que voltar para casa agora mesmo’ E ela dizia: ‘o que houve, o que houve? Acabamoscasas de apostas 1 realver 15 carroscasas de apostas 1 realpolícia correndo’ . Aquele ponto, aquele ataque à democracia, foi o diacasas de apostas 1 realque Trump virou uma ameaça ao nosso país”, disse, emotiva.

Denison, porém, mora na regiãocasas de apostas 1 realWashington D.C., onde Trump jamais teve chancecasas de apostas 1 realvencer. Daqui a seis dias, os americanos saberão se nos sete Estados que definirão a disputa - e nos quais Trump aparececasas de apostas 1 realvantagem - esta também será uma mensagem forte.