O fenômeno que nos faz ver cores que não existem:slot party 2024

Penas na cor azul, verde e violeta

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Nem todas as cores que vemos na natureza são produzidas por pigmentos

Você já se perguntou por que não existem mamíferos verdes?

Afinal, seria muito conveniente para quem passa muito tempo escondido na vegetação poder se camuflar.

Uma explicação é que é muito difícil ser verde.

As plantas fazem isso usando a clorofila, mas na verdade não existem outros pigmentos verdes disponíveis na natureza.

Então, como os papagaios e sapos chegam a essa cor?

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Pois bem, eles superam a escassezslot party 2024pigmentos verdes usando um que é mais abundante: o amarelo.

Feito isso, "basta" misturar com o azul — mas aí mora um problema.

Na verdade, a dificuldadeslot party 2024conseguir o verde resideslot party 2024grande parte na falta da cor que costumamos enxergar no céu e no mar.

Não existe um pigmento verdadeiramente azul na natureza, então tanto as plantas quanto os animais precisam realizar truques para parecerem azuis.

E um desses truques é a coloração estrutural, um fenômeno surpreendente que ocorre quando a luz interage com estruturas microscópicas nas superfícies e nos mostra cores, apesar da ausênciaslot party 2024pigmentos.

No caso dos papagaios e dos sapos, essas microestruturas — nas penas ou na pele — apenas permitem refletir a luz azul que, quando combinada com o pigmento amarelo, faz com que pareçam verdes.

Foto bem aproximada da asaslot party 2024uma borboleta, que se vê azul

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Lepidoptera, o nomeslot party 2024latim da ordem que inclui as borboletas e mariposas, significa 'asa escamosa' — e é ela que permite a ocorrência da coloração estrutural

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Você notou que dissemos "parece"?

Não devemos esquecer que “a cor é mais uma percepção do que uma propriedade física da luz”, conforme explica o médico oftalmologista David A. Mackey, membro do Conselho Nacionalslot party 2024Saúde e Pesquisa Médica (NHMRC) da Austrália.

Nossos olhos detectam apenas três cores: vermelho, verde e azul. Mas, com a combinação delas, podemos ver muitas mais. E a cor que vemos é a que o objeto reflete, depoisslot party 2024absorver todas as outras.

Entretanto, no mundo biológico, a grande maioria das cores é produzida por pigmentos — compostos produzidos por um organismo vivo que absorvem seletivamente certos comprimentosslot party 2024ondaslot party 2024luz.

Na ausênciaslot party 2024pigmentos, ocorre a magia da coloração estrutural, um jogoslot party 2024luz que muitas vezes nos mostra cores deslumbrantes.

É também uma formaslot party 2024coloração mais durável porque, ao contrário das cores criadas pela pigmentação, que se degradam quando o organismo morre, as microestruturas sobrevivem até se desintegrarem.

Caixa com coleçãoslot party 2024escaravelhos

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Coleções como esta,slot party 2024escaravelhos do México, mantêm por muito tempo suas cores nos museus porque a coloração é estrutural, e não vindaslot party 2024pigmentos

'Desestruturando'

Para entender melhor a coloração estrutural, vamos focar no o azul, aquela cor tão difícilslot party 2024obter na natureza.

A razão pela qual ela ainda assim aparece é que a luz azul tem comprimentosslot party 2024onda muito curtos — e, assim, é refletida mais facilmente do que outras cores com comprimentosslot party 2024onda mais longos.

Isso foi compreendido pela primeira vezslot party 20241869 pelo cientista John Tyndall, que observou que pequenas partículas na atmosfera dispersavam preferencialmente a luz azul, resultando no familiar céu azulslot party 2024um dia claroslot party 2024verão.

Pouco depois, John William Strutt demonstrou que as partículasslot party 2024que Tyndall estava falando eram, na verdade, moléculas individuaisslot party 2024gás, especificamente nitrogênio e oxigênio.

O mesmo acontece com as penasslot party 2024pássaros como as araras-azuis.

Arara-azul

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A arara-azul é literalmente um belo exemplo da coloração estrutural

Se você olhar uma pena dessa araraslot party 2024um microscópio poderoso, verá que a camada superficialslot party 2024queratina parece leitosa devido à presençaslot party 2024pequenas cavidadesslot party 2024ar.

Essas pequenas cavidadesslot party 2024ar agem como pequenas partículas da atmosfera, enquanto os grânulos escurosslot party 2024melanina absorvem comprimentosslot party 2024ondaslot party 2024luz mais longos, o que privilegia a cor azul.

Se,slot party 2024comparação, você olhar uma pena vermelha sob o mesmo microscópio, verá que a superfície é transparente, mas as estruturas subjacentes estão cheiasslot party 2024grânulosslot party 2024pigmento vermelho.

Um fenômeno físico semelhante, mas não idêntico, produz cores iridescentes, como aquelas que vemos quando há uma fina películaslot party 2024óleo na água ou nas penas dos beija-flores, cujas estruturas microscópicas refletem a luz solar com uma forma naturalslot party 2024nanotecnologia.

A mais brilhanteslot party 2024todas

Pollia condensata

Crédito, Juliano Costa

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Frutosslot party 2024Pollia condensata, que tem o azul metálico mais vibrante da natureza

A coloração estrutural foi observada pela primeira vez pelos cientistas ingleses Robert Hooke e Isaac Newtonslot party 2024pavões; o polímata Thomas Young explicou seu princípio um século depois e chamou-oslot party 2024interferênciaslot party 2024ondas.

Young descreveu a iridescência como o resultado da interferência entre os reflexosslot party 2024várias superfíciesslot party 2024camadas finas, combinada com a refração à medida que a luz entra e saislot party 2024tais camadas.

A geometria mostra que a luz refletida apareceslot party 2024cores diferentesslot party 2024ângulos diferentes.

Um caso exemplar é o do fruto da planta africana Pollia condensata, a matéria viva mais brilhante do mundo.

Ela foi estudada por uma equipeslot party 2024pesquisadores do Jardim Botânicoslot party 2024Kew e da Universidadeslot party 2024Cambridge, no Reino Unido, e do Museu Smithsonianslot party 2024História Natural, nos Estados Unidos.

Os cientistas ficaram inicialmente intrigados com uma propriedade incomum: os pequenos frutos metálicos conhecidos como bagasslot party 2024mármore mantêm uma cor azul vibrante por anos ou mesmo décadas após serem colhidos.

Ao examinar as bagas, eles perceberam que sobslot party 2024superfície lisa e refletiva havia múltiplas camadasslot party 2024células especiais feitasslot party 2024fibrasslot party 2024celulose, cada uma ligeiramente girada.

Quando a luz atinge a camada superior, parte dela é refletida e o restante é filtrado.

A luz refletida por cada camada é excepcionalmente brilhante e produz cores fortes num efeito conhecido como reflexãoslot party 2024Bragg.

Os cientistas concluíram que o tecido do fruto tem uma cor mais intensa do que qualquer tecido biológico estudado anteriormente.