Nipah: quais são as chancescasas de apostas gratisvírus mortal chegar ao Brasil ou causar nova pandemia?:casas de apostas gratis

Mesmo assim, é importante que as autoridades nacionais e internacionais fiquemcasas de apostas gratisalerta, defendem eles.

"Atualmente, todos os casos relatados estão relacionados às regiões geográficas onde são encontrados morcegos que carregam o vírus. Por isso, o Brasil não tem um risco atual para a introdução do Nipah", diz a médica veterinária Helena Lage Ferreira, presidente da Sociedade Brasileiracasas de apostas gratisVirologia.

O virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, pondera que o grande trânsitocasas de apostas gratispessoas e a globalização aumentam a probabilidadecasas de apostas gratisvírus e outros patógenos viajaremcasas de apostas gratisum canto do mundo ao outro — mas existem formas efetivascasas de apostas gratislidar com o surto quando ele afeta uma região específica.

"O mais importante está justamentecasas de apostas gratisrastrear os pacientes e os contatos próximos deles, para evitar que uma pessoa com vírus se desloque para outros locais e crie novas cadeiascasas de apostas gratistransmissão", aponta ele.

Conheça a seguir os detalhes sobre o Nipah — e o que precisa ser feito para que ele não vire um problemacasas de apostas gratissaúde pública ainda mais grave daquicasas de apostas gratisdiante.

A situaçãocasas de apostas gratismomento na Índia

Nos últimos dias, escolas e escritórios foram fechadoscasas de apostas gratisalgumas regiões no Estadocasas de apostas gratisKerala depois que cinco indivíduos testaram positivo para o vírus Nipah.

As autoridades locais disseram na quarta-feira (13/9) que 706 pessoas foram avaliadas, incluindo 153 trabalhadores da áreacasas de apostas gratissaúde.

Até o momento, foram confirmados cinco casos da infecção. Desses, dois indivíduos morreram e os outros três (incluindo uma criança) estão hospitalizados.

Os pacientes foram identificados no distrititocasas de apostas gratisKozhikode, ao norte do Estado. As duas mortes ocorreram entre o finalcasas de apostas gratisagosto e o iníciocasas de apostas gratissetembro.

Pinarayi Vijayan, ministro-chefecasas de apostas gratisKerala, pediu que as pessoas evitem aglomeraçõescasas de apostas gratisKozhikode pelos próximos dez dias.

Ele ainda orientou que os moradores usem máscaras e só visitem hospitaiscasas de apostas gratissituaçõescasas de apostas gratisemergência.

Segundo Vijayan, não há motivo para pânico e todos os individuos que estiveramcasas de apostas gratiscontato com as vítimas estão sendo observados.

Nipah: que vírus é esse?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o vírus Nipah foi identificado pela primeira vezcasas de apostas gratis1999, durante um surto que acometeu uma fazendacasas de apostas gratissuínos na Malásia. Desde então, este país não teve mais nenhum episódio da doença.

O nome Nipah, aliás, vem da vila malaia onde o vírus foi isolado há 24 anos.

O patógeno pertence à família dos paramixovírus, a mesma da qual fazem parte os causadores da caxumba e do sarampo.

Outro integrante do grupo é o Hendra, agente infeccioso emergente que também preocupa os cientistas.

"Na natureza, o Nipah circulacasas de apostas gratismorcegos frugívoros que vivem principalmente na Ásia, mas também são encontrados na Indonésia e na Austrália", explica Spilki.

Os principais reservatórios do vírus são os morcegos do gênero Pteropus, segundo o Centrocasas de apostas gratisControle e Prevençãocasas de apostas gratisDoenças (CDC) dos Estados Unidos. Eles têm grande porte e são conhecidos popularmente como "raposas voadoras".

A transmissão do Nipah para seres humanos acontece por meio do contato direto com os morcegos, bem como com os fluidos corporais deles (saliva, urina) ou por contato com as fezes.

Outra formacasas de apostas gratistransmissão se dá pelo consumocasas de apostas gratisalimentos contaminados pelo animal.

Há casos registrados da doença que ocorreram depois que os pacientes comeram frutos crus ou tomaram a seivacasas de apostas gratispalma que apresentava material orgânico advindo dos morcegos.

Outras vítimas frequentes do Nipah são os suínos. E o vírus pode ser passadocasas de apostas gratisporcos infectados para seres humanos.

Há casos registradoscasas de apostas gratisinfecção por este patógenocasas de apostas gratisoutros animais domésticos, como cães, gatos, cabras, cavalos e ovelhas, de acordo com a Organização Mundialcasas de apostas gratisSaúde Animal (WOAH, na siglacasas de apostas gratisinglês).

A transmissãocasas de apostas gratispessoa para pessoa também é possível.

"Indivíduos que têm contato com esse vírus podem apresentar sintomas graves, como problemas respiratórios e encefalite [inflamação do cérebro]", resume Ferreira, que também é professora da Universidadecasas de apostas gratisSão Paulo (USP).

"A letalidade chega a 70% entre os infectados", complementa ela.

Para ter ideia, a covid-19 antes da disponibilidadecasas de apostas gratisvacinas tinha uma letalidade que beirava os 3%. Já na gripe, causada pelo vírus influenza, essa taxa ficacasas de apostas gratis0,2 a 0,5%.

Por ora, não existe imunizante ou remédio capazcasas de apostas gratisprevenir ou tratar a infecção pelo Nipah.

"As vítimas recebem um tratamentocasas de apostas gratissuporte, que tenta mitigar os sintomas conforme eles aparecem", acrescenta Spilki.

Segundo a OMS, o tempocasas de apostas gratisincubação (período entre a invasão viral e o início dos sintomas) variacasas de apostas gratis4 a 14 dias. Mas há casos registradoscasas de apostas gratisque essa "espera" para o aparecimento dos incômodos levou até 45 dias.

Entre os sintomas, a organização destaca que pacientes costumam apresentar inicialmente febre, dorcasas de apostas gratiscabeça, dor muscular, vômitos e dorcasas de apostas gratisgarganta.

"Isso pode ser seguido por tontura, sonolência, alteraçãocasas de apostas gratisconsciência e outros sinais neurológicoscasas de apostas gratisuma encefalite", diz o texto.

Alguns indivíduos ainda sofrem quadroscasas de apostas gratispneumonia e outros problemas respiratórios severos. Nos casos mais graves, a progressão para o coma leva entre 24 e 48 horas.

Histórico recente

Como mencionado anteriormente, o primeiro surtocasas de apostas gratisNipah aconteceucasas de apostas gratis1999 numa fazendacasas de apostas gratissuínos na Malásia. À época, casos também foram identificadoscasas de apostas gratisSingapura.

Para conter a crise antes que ela ganhasse proporções maiores, autoridades determinaram o sacrifíciocasas de apostas gratismaiscasas de apostas gratisum milhãocasas de apostas gratisporcos que viviam nas regiões afetadas, lembra a WOAH. A entidade destaca que o Nipah tem um "efeito zoonótico devastador".

Dois anos depois,casas de apostas gratis2001, o Nipah foi detectadocasas de apostas gratisBangladesh. Desde então, o país tem surtos com o patógeno praticamente todos os anos.

A Índia é outro local que sofre com casos esporádicos. Desde 2018, o Estadocasas de apostas gratisKerala é acometido por episódios da doença.

A OMS admite que outros países do Sudeste Asiático e da África apresentam riscocasas de apostas gratisinfecções pelo Nipah, uma vez que esse vírus foi observadocasas de apostas gratismorcegos que habitam esses locais. É o casocasas de apostas gratisCamboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.

Entidades apontam que o "pulo" do Nipahcasas de apostas gratismorcegos para outras espécies pode estar relacionado com a destruiçãocasas de apostas gratisrecursos naturais pelo ser humano.

"Talvez, como resultado do desmatamento, as criaçõescasas de apostas gratissuínos na Malásia onde o surto se originou inicialmente possuíam algumas árvores frutíferas que atraíam os morcegos da floresta tropical, expondo assim os porcos domésticos à urina e às fezes contaminadas", especula a WOAH.

Um fenômeno parecido é observado agora na Índia, como destacou uma reportagem publicada pela agência Reuters.

A gravidade da infecção e todo o contexto global atual fizeram com que a OMS incluíssecasas de apostas gratis2018 o Nipah na listacasas de apostas gratisdoenças prioritárias para pesquisa e desenvolvimentocasas de apostas gratisnovas formascasas de apostas gratisprevenção e tratamento.

Uma nova pandemia?

Por ora, o riscocasas de apostas gratiso Nipah se espalhar e se transformarcasas de apostas gratisalgo mais grave, como uma epidemia ou uma pandemia, é baixo, segundo os especialistas.

Spilki destaca que a prevenção necessária para evitar esse cenário estácasas de apostas gratiscurso na Índia.

"As autoridades indianas estão fazendo aquilo que foi realizado para lidar com os surtos anteriores: monitorar os casos e rastrear os possíveis contatos", destaca o virologista.

"Para ter ideia, mesmo com duas mortes confirmadas até o momento, eles já testaram maiscasas de apostas gratis700 pessoas que tiveram algum contato direto ou indireto com as vítimas."

"É justamente isso o que precisa ser feito para encontrar pessoas infectadas, para que elas sejam isoladas e devidamente atendidas. Isso evita a dispersão do vírus para outras regiões", conclui ele.

Spilki ainda destaca que, além dessa ação local, é importante que as autoridades sanitárias e os governoscasas de apostas gratistodo o mundo fiquemcasas de apostas gratisalerta.

"Principalmente para monitorar indivíduos que apresentam sintomas sugestivos e passaram pela regiãocasas de apostas gratissurto", diz ele.

O pesquisador aponta que o Brasil tem capacidade e estrutura para realizar essa contenção, se necessário.

Lage concorda com a necessidadecasas de apostas gratismanter um estado alerta por parte das autoridades, mas ressalta que o morcego que carrega esse vírus não está presentecasas de apostas gratisnosso país — além disso, o fatocasas de apostas gratisa transmissãocasas de apostas gratisuma pessoa para outra não ser tão fácil assim representa um alívio.

"Como fatorcasas de apostas gratisprevenção, aqueles que vão visitar áreascasas de apostas gratisque surto está ocorrendo devem sempre evitar contato com infectados", sugere ela.

"Nesses locais, também é importante não comer frutas cruas ou outros produtos que possam ter contato com a saliva e as secreções dos morcegos", conclui a virologista.