aposta deposito 1 real Brasil, Colômbia e México se oferecem para mediar 'diálogo' e 'acordo' entre Maduro e oposição:aposta deposito 1 real

A nota divulgada na quinta não cita que formato teria esse eventual apoio ao diálogo na Venezuela.

Mais cedo, a líder da oposição Machado agradeceu ao Brasil por assumir a responsabilidade pela Embaixada da Argentinaaposta deposito 1 realCaracas, onde opositores estão abrigados desde março (leia mais abaixo), e também citou uma "negociação" respaldada pelo governo brasileiro.

"Isso [coordenação brasileira na embaixada argentina] poderia contribuir para avançaraposta deposito 1 realum processoaposta deposito 1 realnegociação construtiva e efetiva como o Brasil tem respaldado", escreveu Machado no X, antigo Twitter.

A declaração conjuntaaposta deposito 1 realBrasil, Colômbia e México pede ainda "aos atores políticos e sociais" "máxima cautela e contençãoaposta deposito 1 realsuas manifestações e eventos públicos, a fimaposta deposito 1 realevitar uma escaladaaposta deposito 1 realepisódios violentos".

Desde a divulgação oficial dos resultados da eleição, protestos que tomaram as ruas da Venezuela.

A organização Observatório Venezuelanoaposta deposito 1 realConflitos Sociais contabilizou maisaposta deposito 1 real300 manifestaçõesaposta deposito 1 realtodo o país desde domingo. Destes, ao menos 115 foram reprimidos violentamenteaposta deposito 1 real20 dos 23 Estados, segundo a organização.

Na quarta (31/7), o númeroaposta deposito 1 realmortes causadas pela repressão aos protestos chegou a 12, segundo as ONGs Fórum Penal; Justiça, Encontro e Perdão e Laboratórioaposta deposito 1 realPaz.

Além das mortes, há relatosaposta deposito 1 realcentenasaposta deposito 1 realpessoas presas — entre elas o líder do partido Vontade Popular, Freddy Superlano. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, indicou que 749 pessoas foram detidas.

Maria Corina Machado disse que 115 destas prisões foram arbitrárias.

Por que Brasil se absteveaposta deposito 1 realresolução da OEA

A nota conjunta não foi o único desdobramento diplomático da crise.

Na quarta-feira (31/7), a Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou uma resolução sobre os resultados das eleições na Venezuela.

A decisão do Brasilaposta deposito 1 realse abster contribuiu para o resultado, já que faltou apenas um voto para aprovação. A resolução teve 17 votos a favor, 0 contra, 11 abstenções e 5 ausências.

O países da região estão divididosaposta deposito 1 realtrês grupos: os que dizem abertamente que houve fraudes na eleição (como Argentina e Chile), os que reconhecem a legitimidade da reeleiçãoaposta deposito 1 realMaduro (como Bolívia e Nicarágua) e os que cobram a divulgaçãoaposta deposito 1 realdados desagregados das mesasaposta deposito 1 realvotação para checagem do resultado (como Brasil, Colômbia e México).

Segundo apuração da BBC News Brasil, a decisão do Brasilaposta deposito 1 realse abster foi tomada por contaaposta deposito 1 realdivergênciasaposta deposito 1 realrelação a um único ponto da proposta.

O trecho que impediu o acordo instava o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela a atender a demanda da oposição e realizar uma verificação abrangente dos resultados "na presençaaposta deposito 1 realorganizaçõesaposta deposito 1 realobservação independentes para garantir a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais".

Na visão do Itamarary, não caberia à OEA cobrar a supervisão por atores externos, já que, na visão do órgão, essa deveria ser uma iniciativa voluntária dos países.

Uma fonte a par das negociações ressaltou que países como Argentina e Uruguai não aceitam acompanhamento externoaposta deposito 1 realsuas votações.

Para a diplomacia brasileira, a resolução deveria apenas instar o CNE a publicar os dados desagregadosaposta deposito 1 realvotaçãoaposta deposito 1 realmodo a garantir a legitimidade, a credibilidade e a transparência do pleito.

Com isso, avalia o Itamaraty, os próprios atores políticos venezuelanos fariam a checagem do resultado.

Sediadaaposta deposito 1 realWashington, a OEA mantém uma relação conflituosa com o chavismo na Venezuela há muitos anos e tem seu papel contestado por vários líderesaposta deposito 1 realesquerda latino-americanos, que acusam a organizaçãoaposta deposito 1 realservir a interesses "imperialistas" dos Estados Unidos.

Após a eleição, o secretário-geral da OEA, o ex-chanceler uruguaio Luis Almagro, divulgou um comunicado acusando o governo venezuelanoaposta deposito 1 realfraudar a eleição e cobrando Maduro a "aceitaraposta deposito 1 realderrota eleitoral".

Na quarta (31/7), Almagro disse que pediria ao Tribunal Penal Internacional a prisãoaposta deposito 1 realMaduro por conta da repressão aos protestos na Venezuela.

Maduro ainda não comentou a falaaposta deposito 1 realAlmagro. No entanto,aposta deposito 1 realfala também na quarta, o venezuelano disse que convocaria a população para uma "nova revolução" se "o imperialismo norte-americano e os criminosos fascistas" interferissem no país.

Brasil assume embaixada argentina

O Brasil assumiu oficialmente nesta segunda-feira (5/8) a coordenação da representação diplomática da Argentina na Venezuela, incluindo seus bens e arquivos, a pedido do governo argentino, após Nicolás Maduro ter rompido relações diplomáticas com o paísaposta deposito 1 realJavier Milei e ter ordenado a expulsão dos diplomatas argentinos do país.

No momento, há ao menos seis nomes da oposição que estão abrigados na embaixada da Argentina, onde pediram asilo político. "Estamos protegendo os aliados da (Maria) Corina (líder da oposição). Isso tem que ter aceitação do governo Maduro", ressaltou uma fonte diplomática à BBC News Brasil.

Na semana passada, o presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu o Brasil por cuidar da missão.

"Aprecio muito a disposição do Brasilaposta deposito 1 realcuidar da custódia da embaixada da Argentina na Venezuela. Também apreciamos a representação momentânea dos interesses da República Argentina eaposta deposito 1 realseus cidadãos lá", disse Milei.

"Os laçosaposta deposito 1 realamizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos", prosseguiu o argentino.

Milei afirmou que os diplomatas argentinos deixaram a Venezuela na quinta-feira (1/8) "como uma retaliação do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude que perpetrou no domingo passado".

Além da Argentina, outros seis países tiveram seus diplomatas expulsos da Venezuela por contestarem o resultado eleitoral. Um deles é o Peru, cuja coordenação da embaixada também foi assumida pelo Brasil nesta segunda-feira.