Meninocaça nicksLapedo: o esqueleto que reforça teoriacaça nicksque neandertais e humanos cruzaram:caça nicks

Reconstrução visual do meninocaça nicksLapedo
O esqueletocaça nicksuma criançacaça nicks4 anos encontradocaça nicks1998caça nicksPortugal foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas feitas no século passado, que ofereceu uma nova perspectiva sobre a evolução.
O chamado "meninocaça nicksLapedo" foi encontrado no sítio arqueológico do Abrigo do Lagar Velho, no vale do Lapedo, a cercacaça nicks150 kmcaça nicksLisboa. Ele foi enterrado há cercacaça nicks29 mil anos.
O esqueleto logo chamou a atenção dos arqueólogos.
"Havia algo estranho na anatomia da criança", disse à BBC João Zilhão, arqueólogo e líder da equipe que trabalhou na descoberta. "Quando encontramos a mandíbula, sabíamos que seria um humano moderno, mas quando expusemos o esqueleto completo (...) vimos que tinha as proporções corporaiscaça nicksum neandertal.”
"A única coisa que poderia explicar essa combinaçãocaça nickscaracterísticas é que a criança era,caça nicksfato, evidênciacaça nicksque os neandertais e os humanos modernos se cruzaram.
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casadeaposta"Windows" redirects here. For the part of a building, see Window . For other uses, see Windows (disambiguation)
Microsoft Windows is💻 a group of several proprietary graphical operating system families developed and marketed by Microsoft. Each family caters to a certain💻 sector of the computing industry. For instance, Windows NT for consumer and corporate desktops, Windows Server for servers, and Windows💻 IoT for embedded systems. Defunct Windows families include Windows 9x, Windows Mobile, Windows Phone, and Windows Embedded Compact.
Fim do Matérias recomendadas
Se voltarmos ao que se pensava sobre a evolução dos humanos no final dos anos 1990 - quando se supunha que os neandertais e os humanos modernos eram espécies diferentes e, portanto, o cruzamento era impensável - não surpreende que a grande maioria dos especialistas tenha acreditado que a interpretaçãocaça nicksZilhão ecaça nicksequipe era um tanto exagerada.
Mascaça nicksteoria provocou uma revolução nos estudos da Evolução humana.
Esqueleto quase intacto

Crédito, Museu Nacionalcaça nicksArqueologiacaça nicksPortugal
Esqueleto do menino estava quase intacto
A comunidade à qual o menino pertencia eracaça nickscaçadores-coletores ecaça nicksnatureza nômade.
Conforme explicou à BBC a arqueóloga Ana Cristina Araújo, quando o menino morreu, o grupo cavou um buraco no chão, queimou um galhocaça nickspinheiro e depositou seu corpo envoltocaça nicksuma mortalha tingidacaça nicksocre sobre as cinzas.
“Não sabemos (com certeza) se era menino ou menina, mas há indícioscaça nicksque era menino”.
Sobre a causa da morte, a arqueóloga diz que não há pistas que apontem para uma doença ou acidente, como uma queda.
"O menino pode ter comido um cogumelo venenoso ou pode ter se afogado", disse Araújo.
Seu corpo permaneceu enterrado por milênios até que,caça nicks1998, foi descoberto por acaso. O local não era um sítio arqueológico, era um terreno prestes a ser usado para a construçãocaça nicksum grupocaça nicksterraços.
O dono do terreno usou uma retroescavadeira para remover partescaça nicksuma rocha vertical, e a máquina atingiu um crânio, despedaçando-o. Por sorte, os trabalhos foram interrompidos a tempo.
O localcaça nicksenterro do corpo foi encontrado praticamente intacto, assim como cercacaça nicks90% do esqueleto, disse Zilhão.
Depoiscaça nickstransferido para o Museu Nacionalcaça nicksLisboa, começaram a estudá-lo detalhadamente.

Crédito, Museu Nacionalcaça nicksArqueologiacaça nicksPortugal
Os arqueólogos observaram que as pernas eram mais curtas do que o normal para um meninocaça nickssua idade
"Os ossos das pernas eram mais curtos do que o normal para uma criança da idade dele. Como as pernas poderiam parecercaça nicksum neandertal? Alguns dentes também pareciamcaça nicksum neandertal, enquanto outros pareciamcaça nicksum humano moderno. Como explicar isso?", questionou Zilhão.
Os pesquisadores lidaram com duas hipóteses. A primeira, eracaça nicksque eles toparam com um caso totalmente únicocaça nicksuma criança resultante do cruzamento entre um neandertal e um humano moderno (o Homo sapiens).
Mas, para Zilhão, seria muito improvável ter encontrado um evento único e esporádico desses 30 mil anos depois.
A segunda hipótese era acaça nicksque neandertais e o sapiens mantinham relações sexuais regulares entre si.
"Sabíamos que na Península Ibérica o momento do contato (entre os dois) foi (...) há cercacaça nicks37 mil anos. Se o esqueleto pertencesse a essa época, a primeira teoria poderia funcionar. Mas se o menino eracaça nicksum período muito mais tardio, as implicações tinham que ser que estávamos olhando para um processocaça nicksnível populacional, não um encontro casual entre dois indivíduos", diz Zilhão.
A datação por radiocarbono resolveu a questão: a criançacaça nicksLapedo tinha 29 mil anos.
“Se tantos milênios após o tempocaça nickscontato, as pessoas que vivem nesta parte do mundo ainda apresentam evidências anatômicas dessa população ancestralcaça nicksneandertais, deve ser porque o cruzamento não aconteceu apenas uma vez, foi a norma”, apontou o arqueólogo.
A força das evidências encontradas pela equipecaça nicksPortugal fez com que outros especialistas tivessem que considerar seriamente essa hipótese.
Graças a essa descoberta, houve uma mudançacaça nicksnossa compreensão dos neandertais como espécie.

Zilhão conta que a teoria do cruzamento surpreendeu pesquisadores inicialmente.
"A implicação écaça nicksque os neandertais não são uma espécie tão diferente. Nós exageramos muito nas pequenas diferenças no esqueleto facial ou na robustez do esqueleto. E (criamos) essa imagem, ainda bastantecaça nicksvoga, do neandertal como um brutamontes retardado que não tem nada a ver com humanos" , diz Zilhão.
Outras descobertascaça nicksfósseis feitas posteriormente com características semelhantes às do meninocaça nicksLapedo deram mais peso à teoria do cruzamento, que mais tarde foi reforçada quando os pesquisadores sequenciaram todo o genoma neandertal.
Hoje sabemos que europeus e asiáticos podem ter até 4%caça nicksDNA neandertal.
"Isso não quer dizer quecaça nickscada umcaça nicksnós tenha os mesmos 2% ou 4% (de genes neandertais). Na verdade, se você juntar todas as partes do genoma neandertal encontrados por aí, isso vai dar quase 50% ou 70% do que era especificamente neandertal. Portanto, o genoma neandertal persistiu quase emcaça nickstotalidade”, explica o pesquisador.
Esse conhecimento “enriquece a nossa compreensão da evolução humana”, diz Zilhão,caça nicksvezcaça nicks“pensar que apenas descendemoscaça nicksuma população muito pequena que viveucaça nicksalgum lugar da África há 250 mil anos e que todo o resto das pessoas que viveram nessa época simplesmente desapareceram."
Com os trabalhos arqueológicos realizadoscaça nicksPortugal e Espanha, são esperados novas peças no quebra-cabeças da Evolução.
"O estudo da pré-história e especialmente do (período) paleolítico se desenvolveu primeiro na Europa Central ou norte da Europa", diz Zilhão.
"A imagem que temoscaça nickscomo essas pessoas viviam vemcaça nicksregistros (arqueológicos) feitos na França, Alemanha e Áustria. Na verdade, é uma imagem distorcida. As pessoas do paleolítico na França e na Alemanha eram, tipo 'os esquimós do seu tempo'."
"A maioria das pessoas vivia no sul (da Europa), porque elas tinham mais proteção do frio e as áreas eram menos afetadas pela da elevação do nível das águas do mar há 10 mil anos, no fim da Era do Gelo."
"Na Ibériacaça nicksparticular, essas pesquisas arqueológicas começaram muito mais tarde, cresceram lentamente e só nos últimos 25 anos é que começamos a fazer descobertas que mudaram tudo", disse Zilhão.







