Brasileiros são imigrantes que mais solicitaram regularização do status migratório na Irlanda:freebet 200

Bandeira da Irlanda

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Foram ao todo 1.495 pedidos vindosfreebet 200cidadãos do Brasil (18% do total)

Isso inclui tanto os que chegaram ao país ilegalmente quanto aqueles cuja autorizaçãofreebet 200residência expirou ou foi retirada.

O programa, que durou seis meses, também estava aberto para quem tinha vistofreebet 200estudante expirado, desde que atendesse aos requisitos mínimosfreebet 200residência sem documentos — casofreebet 200muitos brasileiros (ler mais abaixo).

Para se candidatar ao programa, que recebeu solicitaçõesfreebet 20031freebet 200janeiro a 31freebet 200julhofreebet 2002022, os requerentes deveriam estar vivendo na Irlanda por menos quatro anos ou por trêsfreebet 200casofreebet 200famílias com crianças menoresfreebet 20018 anos.

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Pelo programa, os imigrantes recebem autorização para residir legalmente no país por dois anos, que podem ser renovados após o término desse prazo. A taxafreebet 200inscrição custoufreebet 200550 euros (R$ 3.040) por pessoa a 700 euros (R$ 3.865) para uma família.

Segundo o Ministério da Justiça irlandês, o programa gerou 3,73 milhõesfreebet 200euros (R$ 20,6 milhões)freebet 200receitas para os cofres públicos.

O maior númerofreebet 200solicitações ocorreu nas faixas etárias entre 26 e 45 anos, com pouco maisfreebet 20060% dos requerentes nessa faixa etária.

Também foram feitos pedidosfreebet 200nomefreebet 200905 criançasfreebet 200até 12 anos e 229 para adolescentes entre 13 e 18 anos.

Houve também 12 solicitaçõesfreebet 200regularizaçãofreebet 200pessoas com 76 anos ou mais.

Até 22freebet 200fevereiro deste ano (últimos dados disponíveis), o númerofreebet 200decisões emitidas para os requerentes do programa foifreebet 200"5.640, das quais 5.284 (94%) foram positivas, 258 (4%) foram negativas e 98 (2% ) foram retiradas pelas recorrentes por diversas razões", informou o órgão à BBC News Brasilfreebet 200nota.

Segundo Helen McEntee, que era ministra da Justiça da Irlanda quando o programa foi lançado,freebet 200janeiro do ano passado, ele "melhorará a vidafreebet 200milharesfreebet 200pessoasfreebet 200todo o país que contribuem para nossa sociedade, enriquecem nossa cultura e trabalhamfreebet 200nossa economia, mas infelizmente ainda vivem nas sombras legais", declarou na ocasião.

"As pessoas vêm para a Irlandafreebet 200buscafreebet 200uma vida melhor para si e para suas famílias e podem ficar sem documentos por vários motivos".

"Esse programa proporcionará uma oportunidade para aqueles que atendem a seus critérios permanecerem e residirem no Estado e se tornarem parte da sociedade irlandesa dominante,freebet 200vezfreebet 200viverem à margem", completou.

Na época, McEntee reconheceu que os imigrantesfreebet 200situação irregular estão "sobrecarregados com muito estresse e incertezafreebet 200relação àfreebet 200posição na sociedade. Infelizmente, eles também podem ser mais vulneráveis à exploração devido àfreebet 200situação legal precária".

Segundo o Ministério da Justiça irlandês, não há dados oficiais confiáveis sobre o númerofreebet 200pessoas indocumentadas vivendo na Irlanda, mas estudos indicam que podem ser 17 mil, incluindo até 3 mil crianças.

Bandeira da Irlandafreebet 200meio a várias bandeiras da União Europeia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Númerofreebet 200brasileiros vivendo na Irlanda mais que quintuplicou entre 2016 e 2022

Brasileiros na Irlanda

No ano passado, uma reportagem da BBC News Brasil mostrou que o númerofreebet 200brasileiros vivendo na Irlanda mais que quintuplicou entre 2016 e 2022.

Em 2016, eram 13,6 mil, segundo o censo local. No ano passado, conforme estimativas elaboradas pela Embaixada do Brasilfreebet 200Dublin, esse número chegou a 70 mil.

O paísfreebet 200pouco maisfreebet 2005 milhõesfreebet 200habitantes e 70 mil km² virou um ímã para os estrangeiros graças à facilidade que os recém-chegados têmfreebet 200encontrar emprego legal e se regularizar, segundo especialistasfreebet 200imigração consultados na ocasião pela BBC News Brasil.

O mercadofreebet 200trabalho vive um momentofreebet 200prosperidade, e há vagasfreebet 200áreas diversas, para profissionais com ou sem qualificação.

Há ainda uma enorme ofertafreebet 200cursosfreebet 200inglês, que atraem centenasfreebet 200brasileiros todos os meses.

Segundo alguns desses imigrantes, além do custo menorfreebet 200comparação com outras nações que também oferecem aulas da língua, a Irlanda se destaca por oferecer uma modalidadefreebet 200vistofreebet 200estudos que permite trabalhar por meio período, ou 20 horas por semana.

Essa modalidadefreebet 200visto, chamadofreebet 200Stamp 2, pode ser tirada diretamente na Irlanda, logo após a chegada, desde que o estrangeiro comprovefreebet 200matrículafreebet 200um curso com duração mínimafreebet 20025 semanas e uma reservafreebet 2003 mil euros (cercafreebet 200R$ 16,5 mil) ao passar pela imigração.

A partirfreebet 200julho deste ano, esse valor subirá para 4,2 mil euros (R$ 23,2 mil) — para cursosfreebet 200até seis meses ou 700 euros (R$ 3,8 mil) por mês, o que for menor.

"Parte dos estudantes retornam ao Brasil assim que seu visto expira, mas uma outra parte permanece no país porque encontra boas oportunidadesfreebet 200trabalho dentro da lei", disse à BBC News Brasil César Leite, chefe do setor consular da Embaixadafreebet 200Dublin, na ocasião.

"A demanda por mãofreebet 200obra é muito grande, porque os próprios irlandeses estão emigrando muito, e existe uma lacuna a ser suprida", acrescentou o diplomata.

Além disso, a Irlanda tem um dos salários mínimos mais altos da Europa (11,30 euros — cercafreebet 200R$ 65 — por hora), mais do que países como Portugal (4,40 euros) e Espanha (7,82 euros).

O inglês também atrai muitos estrangeiros que já falam o idioma oficial do país e desejam morar na Europa, mas não querem se aventurar com as outras línguas do continente.

Mesmo os brasileirosfreebet 200família europeia, que têm nacionalidade e passaporte europeu, escolhem a Irlanda como alternativa aos destinos mais tradicionais. Segundo a Embaixada, 25% dos portugueses e italianos que vivem hoje no país são também brasileiros.