O ressurgimento do kouri-vini, língua perdida dos EUA nascida da escravidão:granny jogar
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Legenda da foto, O kouri-vini nasceu entre os africanos escravizados que participaram da construção dos Estados Unidos
Watson — que foi indicado ao Grammy — passa para um ritmo mais lento, com uma versãogranny jogarMa Petite Femmegranny jogarblues. O público começa a dançar valsa, graciosamente. Ele troca o acordeão por um violino e mudagranny jogaridioma, passando do francêsgranny jogarLouisiana para o kouri-vini, uma língua ameaçadagranny jogarextinção.
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O que é Sertaconazole?
O Sertaconazole é um medicamento utilizado para tratar infecções causadas por fungos, atuando na matagem ou prevenção do crescimento do fungo ou levedura. Ele é amplamente utilizado no tratamento do pé granny jogar atleta, uma infeção fúngica na pele comum.
Preço do Sertaconazole
O preço do Sertaconazole pode variar dependendo da região e fornecedor. No geral, um único pacote na Índia pode ser adquirido por aproximadamente Rs 19 e no Paquistão por aproximadamenteRs 200. No entanto, é importante verificar os preços locais antes granny jogar efetuar uma compra.
Efeitos colaterais comuns do Sertaconazole
Usar Sertaconazole pode causar efeitos colaterais como coceira, vermelhidão, queimação ou irritação na pele onde o medicamento é aplicado. Em casos raros, pode também ocorrer reações alérgicas como sintomas granny jogar erupções cutâneas, urticária, prisão granny jogar ventre, dificuldade granny jogar {k0} respirar ou engasgos.
Como utilizar Sertaconazole
O Sertaconazole deve ser usado sob a orientação granny jogar um profissional médico e com frequência indicada. Em geral, é aplicado na pele uma ou duas vezes por dia, seguindo as instruções fornecidas. Não é recomendável exceder a dose indicada.
Infecções fúngicas na pele: uma descrição
Infecções fúngicas na pele podem causar inconfortáveis coceiras, desconforto e vermelhidência, mas o Sertaconazole pode ajudar no tratamento delas e alívio dos seus sintomas. É importante, contudo, o diagnóstico médico prévio e o cuidadoso cumprimento das orientações médicas.
Cedric Watson é um dos principais talentos contemporâneos da música zydeco americana.
Zydeco é a música tradicional dos povos crioulosgranny jogarLouisiana — o grupo étnico histórico que descreve pessoas mestiças, descendentesgranny jogarafricanos e colonizadores europeus na época colonial dos Estados Unidos.
A música zydeco mistura elementos do blues, R&B e soul — e se baseia principalmentegranny jogartécnicasgranny jogarpercussão que refletem suas raízes afro-americanas e afro-caribenhas. Suas letras são compostasgranny jogaringlês, francêsgranny jogarLouisiana e kouri-vini.
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Legenda da foto, Cedric Watson se dedica a reviver o idioma kouri-vini, ameaçadogranny jogarextinção
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Watson faz partegranny jogarum movimento que pretende reviver o kouri-vini — nome histórico do idioma crioulo faladogranny jogarLouisiana, que foi adotado para evitar confusão com outros usos da palavra "crioulo", como para definir a etnia, estilos musicais e tradições culinárias.
O próximo álbumgranny jogarWatson tem lançamento previsto para meadosgranny jogar2023, e será gravado principalmentegranny jogarkouri-vini.
Atualmente, menosgranny jogarseis mil pessoas falam o idioma. Mas, no início do século 20, o kouri-vini era falado por grande parte da população crioula da região conhecida como Acadiana, que reúne 22 paróquias no sudoestegranny jogarLouisiana.
Este bolsão cultural único dos Estados Unidos também é chamadogranny jogarTerra Cajun. Mas, muito antes da chegada dos acadianos francófonos, ou cajuns, da Nova Escócia (no Canadá)granny jogar1755, já havia uma população muito maiorgranny jogarcrioulos que falavam francês — pessoas com raízes europeias e africanas nascidasgranny jogarLouisiana.
Graças,granny jogargrande parte, a uma geraçãogranny jogarmúsicos dedicados àgranny jogarpreservação, o idioma kouri-vini está renascendo. E Watson, que se apresentagranny jogartodo o mundo, se considera um embaixador da língua e da cultura crioula.
Símbologranny jogaridentidade
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Legenda da foto, O kouri-vini recebeu este nome para evitar confusão entre o idioma e outros elementos da identidade crioula, como a culinária e a etnia
"Quando entrei para essa banda,granny jogar2011, eu me identificava simplesmente como afro-americana. Mas, agora, eu também me identifico como crioula", afirma Desiree Champagne, responsável pelo washboard na bandagranny jogarWatson.
Para ela, "a importânciagranny jogarpreservar a cultura e a identidade é compreender quem você é egranny jogaronde você vem, do que você faz parte".
O kouri-vini se originougranny jogarLouisiana, mas, no início dos anos 1900, o idioma atravessou a fronteira e se espalhou para o leste do Texas, onde Watson nasceu. Ele cresceu ouvindo familiares mais velhos conversando sobre a vizinhança naquele idioma.
Quando eles começaram a morrer, Watson, que é afro-americano, percebeu que seu idioma ancestral estava desaparecendo com eles. Ele começou então a usar o palco como plataforma para revitalizar a língua profundamente enraizada no tráfico transatlânticogranny jogarpessoas escravizadas.
No início do século 18, as pessoas recém-escravizadas criaram uma mistura dos seus idiomas nativos da África Ocidental com o francês utilizado pelos colonizadores para se comunicar nas plantaçõesgranny jogaraçúcar e índigogranny jogarLouisiana onde trabalhavam.
"É o primeiro idioma que todos esses africanos, provenientesgranny jogardiferentes tribos e sistemasgranny jogarcastas, falavam quando eram escravizados", explica Watson.
"Eles tinham essas línguas pidgin (língua nascida, normalmentegranny jogarforma espontânea, do contato linguístico e social entre povos que falam idiomas diferentes) que falariam por duas gerações, mas que acabaram se tornando uma língua organizada, que é o crioulo [kouri-vini]."
O nome kouri-vini vem da pronúncia,granny jogarcrioulo, dos verbos franceses courir (correr) e venir (vir).
Watson preserva o idioma não só com suas apresentações ao vivo, mas também com seu programagranny jogarrádio La Nation Créole, na emissora KRVS FM (88,7 MHz),granny jogarLafayette. Ele toca ritmos crioulosgranny jogarLouisiana, assim comogranny jogartodo o mundogranny jogarlíngua crioula francesa, como Haiti e Guadalupe.
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Legenda da foto, A música zydeco é tradicionalmente cantadagranny jogaringlês, francêsgranny jogarLouisiana e kouri-vini
Até pouco tempo atrás, o kouri-vini era menosprezado como uma língua inferior, falada por pessoas sem educação formal.
"A maioria das opiniões da sociedade sobre as línguas e as variedades linguísticas são, na verdade, opiniões sobre as pessoas que falam esses idiomas", afirma Marguerite Justus, linguista e especialistagranny jogardesenvolvimento comunitário do Conselhogranny jogarDesenvolvimento dos Francesesgranny jogarLouisiana (CODOFIL, na siglagranny jogaringlês).
"Se as pessoas que falam um certo idioma ou dialeto forem percebidas como tendo baixa posição social, somos inclinados a reconhecergranny jogarformagranny jogarfalar da mesma forma", explica .
É interessante observar que nem todos os falantesgranny jogarkouri-vini eram pessoas negras. Durante os séculos 19 e 20, houve pessoas brancas, especialmente crianças, que aprenderam o idioma com os empregados da casa.
O poeta e dramaturgogranny jogarLouisiana Alfred Mercier, no seu livro Study on the Creole Language in Louisiana ("Estudo sobre o idioma crioulo na Louisiana",granny jogartradução livre),granny jogar1880, afirma que ele falava apenas kouri-vinigranny jogargrande parte dagranny jogarinfância porque era a língua dagranny jogarcuidadora. Mas seus pais o censuravam por usar o idioma.
O declínio do kouri-vini começou com a compragranny jogarLouisiana,granny jogar1803. Quando o território foi adquirido pelos recém-formados Estados Unidos, as pessoas que não falavam inglês foram pressionadas a aprender a língua e a cultura do novo país – um processo que só aumentou com a promoçãogranny jogarLouisiana a Estado,granny jogar1812.
Outro golpe sobre o kouri-vini veio durante a Primeira Guerra Mundial, quando era considerado faltagranny jogarpatriotismo falar qualquer idioma que não fosse o inglês.
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Legenda da foto, No início dos anos 1900, o kouri-vini era falado por grande parte da população crioula na região da Acadiana, no sudoestegranny jogarLouisiana
Mas, atualmente, os cidadãosgranny jogarLouisiana estão interessadosgranny jogarretomar o kouri-vini como seu patrimônio. Há movimentos para fazer o idioma reviver, que envolvem desde estudantes até acadêmicos reconhecidos
Na última década, cada vez mais adultos e crianças começaram a aprender kouri-vini online. A associação local Louisiana Historic & Cultural Vistas oferece aulas onlinegranny jogarkouri-vini — e suas vagas são bastante concorridas. Parte desse interesse vemgranny jogarjovens que cresceram ouvindo os mais velhos falarem o idioma e, agora, querem ganhar fluência.
Uma nova geraçãogranny jogarfalantesgranny jogarkouri-vini também está produzindo podcasts, apresentando programasgranny jogarTV e até escrevendo livros no idioma.
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Legenda da foto, O kouri-vini se desenvolveu entre os africanos escravizados nas plantações coloniais da Louisiana
Com apenas 20 anos, Taalib Auguste se autoproclamou ativista do kouri-vini. Ele criou o programagranny jogarTV LA Créole Show no canal online Télé-Louisiane,granny jogarLafayette, para promover a cultura crioula.
Auguste chegou a escrever um livrogranny jogarkouri-vini chamado Koushma ("Pesadelo",granny jogartradução livre), inspirado na históriagranny jogarum homem escravizado que ele ouviu dos avós.
Como o kouri-vini foi tradicionalmente passadogranny jogarforma oral ao longo das gerações, é um desafio escrever no idioma. O primeiro estudo abrangente foi o Guiagranny jogarOrtografia do Idioma Crioulo da Louisiana, publicado onlinegranny jogar2016.
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Legenda da foto, A música zydeco oferece uma animada apresentação da cultura kouri-vini
O linguista e pesquisador Oliver Mayeux, da Universidadegranny jogarCambridge, no Reino Unido, colaborou com o guia — e é um dos principais incentivadores do ressurgimento do kouri-vini. Seu pai tinha ascendência crioulagranny jogarLouisiana e, por isso, ele se dedica a preservar o idioma intimamente relacionado com agranny jogaridentidade.
"A criaçãogranny jogaruma nova língua nas plantações da Louisiana colonial é um testemunho do fatogranny jogarque aquelas pessoas escravizadas eram simplesmente isso — pessoas. Pessoas comgranny jogarprópria cultura e tradições, esperanças e sonhos", afirma Mayeux.
Para ele, "o idioma é um elo vivo com aquele momento. As histórias dos seus falantes precisam sobreviver. Suas palavras precisam ser lembradas."
Mayeux e um grupogranny jogarcolegas colaboraram com Ti Liv Kréyòl ("Pequeno livrogranny jogarcrioulo",granny jogartradução livre), o primeiro livro para estudantesgranny jogarkouri-vini, publicadogranny jogar2020. Ele foi ilustrado por Jonathan Mayers, artista e poeta falantegranny jogarkouri-vini, que trabalha para promover a cultura e a língua crioula.
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Legenda da foto, Como Cedric Watson, Corey Ledet também se dedica a manter vivo o idioma kouri-vini por meio da música zydeco
Atualmente, a música zydeco é uma das melhores formasgranny jogarapresentar o kouri-vini para os turistas no sudoestegranny jogarLouisiana.
As músicas fazem as pessoas se sentirem bem e podem ser ouvidasgranny jogartoda parte. Elas vêm das varandas das casas e dos quintais onde se prepara o lagostim.
Flannery Denny adora a música zydeco, tanto que se mudou do Estadogranny jogarNova York para Louisiana.
"A música reúne as pessoas cruzando as fronteiras que costumam dividi-las", afirma Denny.
"Na pistagranny jogardança, a idade, a geografia e a política não importam. As pessoas estão concentradasgranny jogaraproveitar o momento."
Corey Ledet, vocalista da banda Corey Ledet & His Zydeco Band, é outro músico afro-americano indicado para o Grammy que se dedica a manter vivo o idioma kouri-vini.
Ele pode ser vistogranny jogarLafayette se apresentando no Feed & Seed ou no Blue Moon Saloon, submetendo literalmente o acordeão àgranny jogarvontade, enquanto simultaneamente toca um bumbo para produzir os ritmos sincopadosgranny jogarorigem africana que são a base da música zydeco para dançar.
Ledet foi criado no Texas, mas visitava com frequênciagranny jogarfamíliagranny jogarParks,granny jogarLouisiana. Seus familiares falavam kouri-vini, mas não o incentivaram a aprender a língua.
Para ganhar proficiência, ele estuda com Herbert Wiltz, um dos fundadores da organização sem fins lucrativos C.R.E.O.L.E. Inc., dedicada a preservar e promover a cultura crioula. O nome da organização vem da siglagranny jogaringlês para Enriquecimento Cultural, Criativo, Educacional,granny jogarOportunidades e Linguístico.
Ledet participa da La Table Kreyol ("A Mesa Crioula")granny jogarWiltz, que oferece aos estudantes a oportunidadegranny jogarpraticar conversação.
"Meu objetivo é ganhar fluência suficiente não só para falar, mas para ler e escrever, e poder oferecer isso para outras pessoas,granny jogargraça", afirma Ledet.
"É importante manter [o idioma] vivo, pois ele certamente é uma partegranny jogarLouisiana."
Seu próximo álbum, Médikamen ("Medicação"), será inteiramentegranny jogarkouri-vini. Ledet é o sucessor do falecido músico Clifton Chenier, o "Rei do Zydeco", que fez diversas gravações no idioma.
"A música é o meu remédio", afirma Ledet.
"Sempre que me sinto triste, ela me levanta. Quando uma pessoa ouve zydeco, não importa o que esteja acontecendo nagranny jogarvida; ela coloca um sorriso no rosto."
Ledet espera que a música também coloque algumas frasesgranny jogarkouri-vini na boca das pessoas.