A peça íntima que causou morteslot of bingomilharesslot of bingomulheres na era vitoriana:slot of bingo

Pinturaslot of bingomulher vestidaslot of bingobranco com leque na mão

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Mulher com leque, 1862. Artista: Édouard Manet.

Seu pai, William, estava tão perturbado que seus "choros podiam ser ouvidos do ladoslot of bingofora da casa", contou um amigo. Oscar, que aos 17 anos ainda morava com ele, ouvia o choro maisslot of bingoperto.

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As irmãs Wilde ficaram para a história como duas das milharesslot of bingofatalidadesslot of bingouma das vestimentas mais amadas e ridicularizadasslot of bingotodos os tempos: a crinolina, que são armações usadas sob as saias.

A crinolina é uma reencarnação da anágua, peça popular e criticada que havia sido usada no século 18 — mas com uma diferença.

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BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

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Enquanto a estrutura das anáguas era feitaslot of bingoossoslot of bingobaleia, crinaslot of bingocavalo, vime, madeira e até borracha inflável, a das crinolinas era feitaslot of bingometal.

E, com a invenção da máquinaslot of bingocostura na décadaslot of bingo1850, eles puderam ser produzidasslot of bingomassa.

Tal eraslot of bingopopularidade que apenas um ano depois que a crinolina com armaçãoslot of bingoaço foi patenteadaslot of bingo1856, o Reino Unido importou 40 mil toneladasslot of bingoaço sueco para produzi-las.

Em uma fábricaslot of bingoSheffield, 800 mulheres produziam 8 mil crinolinas por dia, uma taxa que não acompanhava a demanda,slot of bingoacordo com o livro Crinoline, Fashion's Most Magnificent Disaster,slot of bingoBrian May e Denis Pellerin.

A vestimenta era criticada pela mais famosa das enfermeiras da época, Florence Nightingale, que chamou a crinolinaslot of bingo“um traje absurdo e hediondo”. Ela queria que as autoridades revelassem o númeroslot of bingomortes que o traje havia causado.

Era — e ainda é — difícil saber realmente quantas mulheres morreram. Muitas publicações dão contaslot of bingomilharesslot of bingomortes só no Reino Unido causadasslot of bingoforma indireta pelo uso do apetrecho.

Além das crinolinas aproximaren perigosamente as saiasslot of bingochamasslot of bingovelas e brasasslot of bingolareiras usadas para aquecer os ambientes, há registroslot of bingomulheres que foram arrastadas por carruagens depois que suas saias longas, vastas e extensas se enroscaram nas rodas dos veículos.

Histórias não confirmadas dizem que algumas moças que passeavam por praias no sul da Inglaterraslot of bingodiaslot of bingoforte ventania teriam sido erguidas pelo vento como pipas e arremessadas no mar onde moreram afogadas.

Ilustração mostra mulheresslot of bingocrinolinas

Crédito, Wellcome Collection

Legenda da foto,

Ilustraçãoslot of bingo1860 mostra mulheresslot of bingocrinolinas

Na imprensa, as notícias sobre essas mortes eram frequentes e muitas vezes apresentadas com manchetes sensacionalistas.

Uma deles, por exemplo, recebeu o título "Outro holocausto por crinolina" (1864). O texto cita o legista londrino e crítico da vestimenta, Edwin Lankester:

"Ao longoslot of bingotrês anos, tantas mulheres perderam suas vidasslot of bingoLondres para o fogo, principalmente por usar crinolinas, quanto as que foram sacrificadasslot of bingoSantiago."

Ele se referia ao trágico incêndio da Iglesiaslot of bingola Compañía, no Chile,slot of bingo1863, no qual morreram cercaslot of bingo2 mil mulheres, cujos vestidos volumosos, segundo alguns relatos, dificultaram a fuga.

Mas estatísticas confiáveis ​​são raras: os números mais citados estimam cercaslot of bingo3 mil mortes somente no Reino Unido nos dez anosslot of bingoque a vestimenta esteve maisslot of bingovoga, a partir do final da décadaslot of bingo1850.

Quando o The New York Times relatou pela primeira vez o fenômeno das mortes relacionadas à crinolinaslot of bingo1858, o jornal americano observou que o Court Journalslot of bingoLondres havia registrado "nada menos que 19 mortes por essa causa na Inglaterra entre 1ºslot of bingojaneiro e meadosslot of bingofevereiro".

"Certamente uma médiaslot of bingotrês mortes por semana devido à queimaslot of bingocrinolinas deve assustar a mais imprudente do sexo privilegiado."

Mas por que, apesarslot of bingotudo, as roupas íntimas femininas eram tão populares?

O perigo

Ilustração antiga mostrando homem e mulher, ela com um vestido enorme

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Homem pedindo que o portão do pedágio seja aberto para a mulher passarslot of bingoum dos Esboçosslot of bingoCrinolinaslot of bingoReadslot of bingo1859

Primeiro, vamos contextualizar tudo.

Como conta a historiadora Alison Matthews Davidslot of bingoseu livro Vítimas da Moda (2015), essa era uma épocaslot of bingoque os chapéus eram feitos com mercúrio e os tecidos tingidos com corantes que continham quantidades assustadorasslot of bingoarsênico.

Esses venenos, porém, afetavam mais quem fabricava os artigos do que quem os usava.

Além disso, essas mortes não foram tão espetaculares ou rápidas quanto as das mulheresslot of bingochamas.

No entanto, como a revista satírica Anti-Teapot Review apontouslot of bingo1864, o problema não começou com crinolinas.

“As anáguas antigas (...) eram imóveis se pegassem fogo. E elas pegaram fogo com mais frequência do que muitos imaginam, só que naqueles dias não havia dezenasslot of bingojornaisslot of bingoLondres, famintos para relatar acidentes domésticos nas épocasslot of bingofaltaslot of bingonotícia."

Mas, mesmo assim, é difícil entender por que tantas mulheres iriam querer usar algo tão obviamente pouco prático, que quando não pegava fogo, se enroscavaslot of bingotudo pelo caminho, atrapalhava espaços estreitos, causava quedasslot of bingorajadasslot of bingovento vento.

E, como mostram essas fotos, eram extremamente difíceisslot of bingovestir.

Sequênciaslot of bingoimagens mostrando mulher colocando crinolina e vestido

Crédito, National Museums Scotland

Legenda da foto,

Fotos da Coleção Howarth-Loomes dos Museus Nacionais da Escócia mostram mulher vestindo crinolina

Eis o erro

Apesar das imagens, e do fatoslot of bingono seu pico as crinolinas atingirem quase dois metrosslot of bingocircunferência, a verdade é que o seu tamanho não costumava ser tão exagerado.

Muitas das fotos e charges que chegaram até nós faziam parteslot of bingouma campanha implacável da opinião pública majoritariamente masculina que ridicularizava as vestimentas.

E enquanto para alguns era uma vestimenta que, como disse a historiadora Helene Roberts, "ajudou a moldar o comportamento feminino no papelslot of bingo'escrava primorosa'" e "literalmente transformou as mulheresslot of bingopássaros enjaulados cercados por arosslot of bingoaço", curiosamente, as escritoras da época descreviam a crinolina como libertadora.

As saias estilo Império que eram usadas no início daquele século eram tão estreitas que era difícil andar.

"Eram calças com apenas uma pernaslot of bingovezslot of bingoduas", observou uma escritora do The Examiner semanalmenteslot of bingo1863.

Nas décadas seguintes, mais e mais anáguas foram adicionadas para alargá-las, até que se tornaram pesadas, imanejáveis e anti-higiênicas.

É por isso que quando a crinolina chegou, ela foi aplaudida como um avanço tecnológico bem-vindo e prático: todas aquelas camadas que ancoravam as mulheres ao chão foram substituídas por uma única infraestrutura.

"A crinolina é outra palavra para liberdade", disse a mesma escritora.

Isso as camponesas já haviam descoberto há muitos séculos, quando foram criadas as primeiras versõesslot of bingoarmações que levantavam as saias e deixavam as pernas livres.

E essa era também a opiniãoslot of bingomuitas das mulheres sufragistas, que anos depois lutaram pelo direito feminino ao voto, para surpresaslot of bingoFlorence Nightingale, que achava "alarmantemente peculiar" que aquelas que defendiam a utilidade geral das mulheres para o mundo se vestissemslot of bingouma maneira que as tornasse inúteis para qualquer tarefa.

Ilustração mostra mulher com vestido enormeslot of bingobaile
Legenda da foto,

"A Splendid Spread", sátiraslot of bingouma versão inicial inflável (com tuboslot of bingoar) da crinolina, por George Cruikshank, do The Comic Almanack, 1850

Mas essa opiniãoslot of bingoNightingale era contrário à percepçãoslot of bingomuitasslot of bingoseu tempo.

"Para os próprios vitorianos, a crinolina tinha pouco a ver com submissão, parecendo mais uma trama monstruosa para aumentar o tamanho das mulheres e fazer os homens parecerem insignificantes", observou a historiadora da moda Christina Walkley.

Essas saias ocupavam "mais espaço público do que uma mulher tinha direito", comentou a especialistaslot of bingoilustração vitoriana Lorraine Janzen Kooistra.

"A ansiedade masculina da época diante da agitação pelos direitos das mulheres foi capturada na imprensa popular na imagem visual da crinolina."

Isso explica a veemência e tenacidade da oposição a essa vestimenta.

Alémslot of bingomelhor mobilidade, ventilação e espaço, a crinolina deu às mulheres um lugar que elas poderiam controlar, evitando avanços físicos indesejados e permitindo que elas escolhessem o que revelar e o que esconder.

Ela tinha potencial para guardar segredos, desde amantes proibidos até gravidez e contrabando.

Tudo isso sem esquecer que, para desgostoslot of bingoalguns, a crinolina era usada por mulheresslot of bingotodas as classes sociais, até mesmo por ex-escravas recém-libertas, que, ao usá-las, demonstravam fisicamente a luta pela igualdade social.

Em 1869, quando a tendência continuava, mas a forma e o tamanho dessas roupas começaram a mudar, surgiu um artigo intitulado "Quem matou a crinolina?".

"Alguns dizem que a crinolina foi varrida por um grande maremotoslot of bingobom senso."

E talvez eles estivessem certos. Mas por mais complicado e perigoso que fosse, aquela controversa roupa íntima feminina foi um prenúncioslot of bingoousadas mudanças culturais, apesarslot of bingosua aparente frivolidade.