Por que 800 pessoas tiveram que abandonar vilarejo ensolarado no Mediterrâneo:melhores jogos sportingbet

Pelo menos 800 residentes fugirammelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab e agora restam apenas cercamelhores jogos sportingbet100 moradores, calculam as autoridades.

"Ninguém sabe por que estão atacando as nossas casas", aponta Eid. "Essa guerra não é nossa."

A costa mediterrânea do Líbano é repletamelhores jogos sportingbetcidades e vilarejos pitorescos, onde arbustos floridos pendem sobre ruas sinuosas.

Alma al-Shaab, dizem seus moradores, é a mais pitorescamelhores jogos sportingbettodas.

Trata-semelhores jogos sportingbetuma das aldeias cristãs no sul do país predominantemente xiita-muçulmano. A posiçãomelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab numa colina oferece vistas majestosas da paisagem circundante, onde é possível enxergar o mar ao longe.

O vilarejo também é claramente visível no nortemelhores jogos sportingbetIsrael.

Esta proximidade da fronteira tornou-o um alvo constante das forças israelenses nos últimos nove meses.

Um dia depoismelhores jogos sportingbeto Hamas ter atacado Israel,melhores jogos sportingbet7melhores jogos sportingbetoutubro do ano passado, o Hezbollah e os seus aliados dispararam ondasmelhores jogos sportingbetfoguetes a partir do Líbano para uma área disputada ao longo da fronteira, numa aparente demonstraçãomelhores jogos sportingbetapoio ao grupo armado que atua na Faixamelhores jogos sportingbetGaza.

Israel retaliou com ataquesmelhores jogos sportingbetdrones e, desde então, ambos os lados aumentaram drasticamente a escala e a intensidade dos bombardeios pela fronteira Israel-Líbano.

Até ao finalmelhores jogos sportingbetmaio, Alma al-Shaab tinha sido atingida 188 vezes pelas forças israelenses, segundo o Beirut Urban Lab, um centromelhores jogos sportingbetinvestigação que utiliza dados do Projetomelhores jogos sportingbetDados, Eventos e Localizaçõesmelhores jogos sportingbetConflitos Armados.

O exército israelense afirma que tem como alvo os combatentes e a infraestrutura do Hezbollah — e retalia os ataques às bases militares instaladas no nortemelhores jogos sportingbetIsrael.

Mas alguns altos funcionários ​​libaneses acusaram o país vizinhomelhores jogos sportingbetimplementar táticasmelhores jogos sportingbetterra arrasada para tornar toda a área inabitável.

Os moradores do vilarejo com quem a BBC conversou se mostraram relutantesmelhores jogos sportingbetdiscutir se o Hezbollah ou outros grupos armados usam Alma al-Shaab para atacar Israel. Um deles sugeriu que os moradores locais tentaram, sem sucesso, impedir que os combatentes usassem a região.

Ninguémmelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab foi morto até o momento.

No entanto, o bombardeiomelhores jogos sportingbetIsrael destruiu completamente 10 casas, danificou outras 120 e atingiu o principal tanquemelhores jogos sportingbetágua da cidade, segundo o vice-prefeito, William Haddad.

Cercamelhores jogos sportingbet12 quilômetros quadradosmelhores jogos sportingbetterras agrícolas e florestas foram queimados, acrescenta ele.

Normalmente, 900 pessoas vivemmelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab — o número sobe para cercamelhores jogos sportingbet1,5 mil no verão, quando os emigrantes regressam para passar algum tempo na aldeia ancestral.

Agora restam apenas cercamelhores jogos sportingbetuma centena, diz Haddad. Praticamente todas as crianças foram evacuadas. A memória dos conflitos passados ​​paira pesadamente no ar.

As pessoas lembram-se da invasão do Líbano por Israelmelhores jogos sportingbet1982 e da subsequente ocupação do sul até o ano 2000, da guerra Israel-Hezbollahmelhores jogos sportingbet2006 emelhores jogos sportingbetinúmeros conflitos que afetaram o local.

"Talvez 90% das pessoasmelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab tenham partido diretamente [depoismelhores jogos sportingbet8melhores jogos sportingbetoutubro], porque não querem repetir o que viverammelhores jogos sportingbet2006”, diz Haddad.

Maria Shaya,melhores jogos sportingbet31 anos, falamelhores jogos sportingbetuma infânciamelhores jogos sportingbetataques e explosões, com um medo constantemelhores jogos sportingbetviolência emmelhores jogos sportingbetcasa. Ela saiu do vilarejo aos 18 anos para estudarmelhores jogos sportingbetBeirute.

"Não me lembromelhores jogos sportingbetuma épocamelhores jogos sportingbetque não houvesse conflito."

Ela consegue se lembrar detalhadamente do sommelhores jogos sportingbetbombas, drones e caças. Porém, durante as visitas a casa nos últimos anos, o seu cérebro escolhe não ouvir [os barulhos dos conflitos], segundo o relato dela.

Desde o ressurgimento dos combates no ano passado, ela não visita o pai, que se recusa a deixar a aldeia.

É uma realidade dolorosa,melhores jogos sportingbetdesacordo com o seu orgulhomelhores jogos sportingbetser deste lugar.

"Eu amo Alma", diz ela. "O ar lá tem um cheiro diferente. É tão verde e exuberante, e você pode caminhar e pegar coisas para comer nas árvores."

Passar um tempo com os avós e primos sob os limoeiros é agora uma lembrança distante.

Ela, como centenasmelhores jogos sportingbetoutras pessoas, não sabe quando poderá retornar à terra natal.

"Não queremos estarmelhores jogos sportingbetuma guerra", diz ela.

"Só sinto faltamelhores jogos sportingbetir para casa."

O conflito atual é muito diferente dos anteriores, avalia Haddad.

"O que aconteceumelhores jogos sportingbet2006 acaboumelhores jogos sportingbet30 ou 33 dias", diz o vice-prefeito. "Agora, passamos talvezmelhores jogos sportingbetsete meses e [ainda] continua. Ninguém sabe qual será o limite."

Desde 7melhores jogos sportingbetoutubro, Israel lançou maismelhores jogos sportingbet5,3 mil ataquesmelhores jogos sportingbetdireção ao Líbano,melhores jogos sportingbetacordo com o Beirut Urban Lab. O Hezbollah e grupos aliados atacaram Israel cercamelhores jogos sportingbet1,2 mil vezes, calculam os especialistas.

As Forçasmelhores jogos sportingbetDefesamelhores jogos sportingbetIsrael disserammelhores jogos sportingbet6melhores jogos sportingbetjunho que aproximadamente 4.850 mísseis foram disparados contra Israel a partirmelhores jogos sportingbetterritório libanês. No iníciomelhores jogos sportingbetabril, os militares do país afirmaram que atingiram maismelhores jogos sportingbet4,3 mil "alvos do Hezbollah" no Líbano.

Ambos os lados defendem que miram apenasmelhores jogos sportingbetalvos militares, mas tanto os libaneses como os israelenses foram fortemente afetados pelos combates.

De acordo com dados das Nações Unidas do finalmelhores jogos sportingbetmaio, pelo menos 88 civis foram mortos no Líbano e maismelhores jogos sportingbet93 mil foram desalojados. Do outro lado da fronteira, a mídia israelense informa que 10 civis foram mortos e cercamelhores jogos sportingbet60 mil foram deslocadosmelhores jogos sportingbetseus lares.

A violência também causa danos mentais, físicos e econômicos aos residentesmelhores jogos sportingbetAlma al-Shaab. Como citado anteriormente, a maioria precisou fugir para cidades como Beirute e Sidon.

Quem possui uma segunda casamelhores jogos sportingbetoutro lugar ou familiares tem sorte, diz o vice-prefeito. Outros tiveram que alugar casas, muitas vezes vivendo juntos com duas ou três outras famílias.

Muitos dizem que a renda diminuiu e as crianças não conseguem mais ir à escola.

Alguns residentes insistem que ficarão, aconteça o que acontecer.

Milad Eid é um deles. "Você não sabe quando as nuvens ou alguma outra coisa vai te atacar", confessa ele.

Mas, se sairmelhores jogos sportingbetcasa, Eid teme "enfrentar o mesmo problema que os palestinos quando deixaram o lar".

Eid refere-se ao que é conhecido como Nakba, ou catástrofe, pelos palestinos.

Em 14melhores jogos sportingbetmaiomelhores jogos sportingbet1948, Israel declarou independência e, numa guerra que começou no dia seguinte, cercamelhores jogos sportingbet750 mil palestinos que viviam naquela terra fugiram ou foram expulsos.

Nem eles, nem seus descendentes, foram autorizados por Israel a retornar.

"Eles se tornaram refugiados e, mesmo depoismelhores jogos sportingbet70 ou 75 anos, choram pelo seu país, pelas suas aldeias e pelas suas casas", lembra ele.

Hoje, quando se trata da fronteira Líbano-Israel, a maioria dos observadores internacionais não chega a classificar a situação como uma guerra total.

Mas, para quem mora na região, o conflito só pode ser classificado dessa maneira.