Por que palestinos seguram chaves na Nakba, quando lamentam criaçãosportsbet io saqueIsrael:sportsbet io saque

Mulher com véu segura chave grande

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Não são simples chaves, mas símbolossportsbet io saqueuma esperança: asportsbet io saquevoltar para casa um dia

É o que os árabes chamamsportsbet io saqueNakba ou "catástrofe", que é lembradasportsbet io saque15sportsbet io saquemaiosportsbet io saquemanifestações onde as chaves têm papel preponderante.

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Fim do Matérias recomendadas

Os palestinos que vivem nos territórios que se tornaram Israel acusam soldados israelenses e milícias sionistassportsbet io saqueexpulsá-los. Eles nunca foram autorizados a voltar.

Oficialmente, porém, as autoridades israelenses defenderam então que foram os países árabes que pediram aos palestinos que deixassem suas terras e lares para não sofrerem as consequências da guerra quando invadissem o recém-nascido Estadosportsbet io saqueIsrael.

Palestinos carregam pertencessportsbet io saquepaisagem semidesértica

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estima-se que 80% da população palestina foi desalojadasportsbet io saquesuas casas.

Hoje a ONU reconhece maissportsbet io saque5,9 milhõessportsbet io saquerefugiados palestinos, muitos dos quais vivemsportsbet io saqueacampamentos na Jordânia, Gaza, Cisjordânia, Síria, Líbano e Jerusalém Oriental.

“Havia muito medo entre as comunidades palestinas, muitos fugiram com o que podiam carregar e levaram, claro, as chaves. Fecharam suas casas pensando que, quando a violência diminuísse, poderiam voltar para elas e retomar suas vidas ", conta Shomali.

Mas isso nunca aconteceu.

Em muitos casos, também não havia para onde voltar, como foi o casosportsbet io saqueAl-Birwa, cidade natalsportsbet io saqueMahmud Darwish, o grande poeta palestino.

Quando os soldados israelenses chegaram,sportsbet io saque11sportsbet io saquejunho, cercasportsbet io saque1.500 pessoas viviamsportsbet io saqueAl-Birwa, a cercasportsbet io saque10 quilômetrossportsbet io saqueAcre. Hoje apenas o que antes era a escola permanecesportsbet io saquepé.

Casasportsbet io saquepedras

Crédito, Mohamed Kayyal

Legenda da foto, A velha escola é o único prédio que restasportsbet io saquepésportsbet io saqueAl-Birwa, onde todos os edifícios foram destruídos pelas tropas israelenses.
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"No diasportsbet io saqueque os soldados apareceram, meus pais pegaram algumassportsbet io saquesuas coisas e foram para uma cidade próxima, onde passaram vários dias sob algumas oliveiras com meus avós e meus dois irmãos mais velhos", disse à BBC Mundosportsbet io saquesua casasportsbet io saqueYudeidi al Makr, na Galiléia, Mohamed Kayyal, cuja família também teve que fugirsportsbet io saqueAl-Birwa.

Seus pais, Abdul Razik e Amina, tinham grandes extensõessportsbet io saqueterra, onde plantavam árvores frutíferas, oliveiras e outras plantas.

“Eles levavam uma vida boa, não lhes faltava nada”, diz Kayyal, jornalista e tradutor, que lembra que iam com frequência a Haifa para ir ao cinema ou a showssportsbet io saqueestrelas árabes do momento, como Umm Kulzum ou Mohamed Abdel Wahab.

Essa vidasportsbet io saqueconforto acabou da noite para o dia. Apenas 50 pessoas permaneceramsportsbet io saqueAl-Birwa, abrigadas na igreja da aldeia com o pároco, diz Kayyal. Dias depois, eles também foram expulsos após confrontos violentos.

A família Kayyal iniciousportsbet io saqueperegrinação pelas aldeias vizinhas, onde foi acolhida, ao longo dos anos, primeiro por uma família drusa, depois por uma família cristã e, finalmente, por uma família muçulmana.

Abdul Razek começou a trabalhar numa fábrica, como diarista e guarda noturno, com o que conseguiu poupar para comprar um pequeno terrenosportsbet io saqueYudeidi, a cercasportsbet io saque2 quilômetros dasportsbet io saquecidade natal, e construir um quarto para viversportsbet io saqueforma independente.

Mohamed nasceu e viveu lá por seus 67 anos, embora, como tantos outros palestinos, se lhe perguntassemsportsbet io saqueonde ele é, sempre responderia "de Al-Birwa".

"Meus pais nunca perderam a esperançasportsbet io saquepoder voltar para Al-Birwa, embora nunca mais tenham posto os pés emsportsbet io saquealdeia", diz Kayyal, com amargura.

Quando eles morreram, seus restos mortais não puderam descansar na terra onde nasceram. Os cemitérios da cidade foram profanados e ninguém mais foi enterrado lá depoissportsbet io saque1948, nem mesmo seu vizinho mais famoso, Mahmud Darwish, enterradosportsbet io saqueRamallah.

Meninos carregam chaves grandes e bandeiras palestinas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A chave, como essassportsbet io saquepapelão carregadas por criançassportsbet io saqueidade escolar, simboliza entre os palestinos uma reivindicação pelo direitosportsbet io saqueretorno.

As históriassportsbet io saqueDarwish ousportsbet io saqueKayyal são algumas das centenassportsbet io saquemilharessportsbet io saquehistóriassportsbet io saqueexílio que teceram a consciência nacional palestina.

"Os palestinos sabem que muitas dessas aldeias e casas não existem mais", explica o historiador palestino-americano Rashid Khalidi, "mas a chave continua sendo um símbolo do desejosportsbet io saqueretornar à Palestina", explica elesportsbet io saqueseu escritório na Universidadesportsbet io saqueColumbia (EUA), onde ele leciona Estudos Árabes Modernos.

Como Al-Birwa, cercasportsbet io saque400 municípios palestinos foram impactados.

Segundo o professor Khalidi, quando os combates começaram, no finalsportsbet io saque1947 (depois que a ONU anunciou seu planosportsbet io saquepartilha da Palestina, que dividia o territóriosportsbet io saquedois Estados, um judeu e outro árabe) e até a proclamação do Estadosportsbet io saqueIsraelsportsbet io saque14sportsbet io saquemaiosportsbet io saque1948, "cercasportsbet io saque300 mil palestinos foram expulsossportsbet io saquesuas casas por milícias sionistas".

Após o início da guerra, "o exército israelense iniciou uma expulsão mais sistemática dos palestinos" e outros 450 mil foram forçados a abandonar suas casas e terras, diz Khalidi, autorsportsbet io saque"Palestina, Cem Anossportsbet io saqueColonialismo e Resistência".

Os números são aproximados, mas acredita-se que 80% dos palestinos tenham sofrido expulsão, segundo dadossportsbet io saqueorganismos internacionais como a ONU, explica Lubnah Shomali.

Aqueles que tentaram retornar foram recebidos com tiros, presos ou forçados a voltar ao exílio porque foram rotuladossportsbet io saque"infiltrados".

Criançassportsbet io saqueacampamentosportsbet io saquerefugiados

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Agência da ONU para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) estima que existam cercasportsbet io saque5,9 milhõessportsbet io saquerefugiados palestinos.

"Somente aqueles que ficaram para trás e foram registrados por Israelsportsbet io saqueseu primeiro censo foram considerados cidadãos israelenses. Todos os outros foram declarados ausentes e tiveram suas propriedades confiscadas, mesmo que estivessem, por exemplo,sportsbet io saqueJerusalém Oriental esportsbet io saquecasa tivesse apenas alguns poucos metros na outra parte da cidade", explica Khalidi.

Em alguns lugares onde a população resistiu, os historiadores documentaram massacres como osportsbet io saqueDeir Yassin, onde uma centenasportsbet io saquepalestinos foram mortos, ou osportsbet io saqueTantura, logo após o início da guerra, onde algumas testemunhas dizem que até 200 homens desarmados foram assassinados e que foi protagonistasportsbet io saqueum recente documentário israelense.

Em 1948, apenas um terço da população do Mandato Britânico da Palestina era judia, cercasportsbet io saque600 mil pessoas, segundo um consenso entre historiadores.

Mas essa comunidade, diz o professorsportsbet io saqueColumbia, "possuía apenas cercasportsbet io saque6%, 7% das terras, que também não estavamsportsbet io saquemãos privadas, mas principalmente nassportsbet io saqueorganizações sionistas como o Fundo Nacional Judaico ou a Agênciasportsbet io saqueColonização Judaica , enquanto a grande maioria das terras pertencia ao estado ou a proprietários árabes".

"As expulsões não foram um evento aleatório da guerra, mas uma política sistemática. Você não pode transformar um paíssportsbet io saquemaioria árabesportsbet io saqueum estado judeu sem mudar a demografia. Os líderes sionistas entenderam desde a décadasportsbet io saque1930 que não era possível criar uma maioria judaica simplesmente pela imigração, eles teriam que transferir os árabes", diz Khalidi, que também é co-editor da prestigiada revista acadêmica "Journal of Palestine Studies".

Os primeiros governantes israelenses, entretanto, contaram uma história muito diferente.

"A narrativa que se consolidousportsbet io saqueIsrael na décadasportsbet io saque1950 e na qual muitos judeus no mundo ainda acreditam hoje é que Israel não teve responsabilidade pela fuga dos palestinos, que (a fuga) foi voluntária ou por ordem dos árabes e que, na verdade , os israelenses fizeram todo o possível para que os árabes não saíssem", explica Derek Penslar, professorsportsbet io saqueHistória Judaica da Universidadesportsbet io saqueHarvard (EUA), à BBC Mundo.

Hoje, a visão entre os historiadores mudou.

Imagem aéreasportsbet io saquevilarejo à beira do mar

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Legenda da foto, Em Tantura, temasportsbet io saqueum documentário israelensesportsbet io saquemesmo nome, acredita-se que até 200 palestinos desarmados foram massacrados por tropas israelenses e enterradossportsbet io saquevalas comuns.

"Há um consenso entre os historiadores israelenses, sejasportsbet io saqueesquerda ousportsbet io saquedireita,sportsbet io saqueque os palestinos não saíram por vontade própria,sportsbet io saqueque houve casos clarossportsbet io saqueexpulsões, como as que ocorreram (nas cidades)sportsbet io saqueRamla e Lod, esportsbet io saquetermossportsbet io saquenúmeros, 750 mil (foram deslocados)", diz Penslar, autorsportsbet io saqueobras como "As origenssportsbet io saqueIsrael 1882-1948: uma história documental".

Algo que os pesquisadores israelenses discordam, no entanto, são as alternativas para essas expulsões. "O debate hoje é o que os israelenses poderiam ter feito, se um estado judeu com aqueles 750 mil árabes era viável ou não", acrescenta Penslar.

O drama não terminousportsbet io saque1948.

Após a Guerra dos Seis Diassportsbet io saque1967, outras 300 mil pessoas foram deslocadas, segundo dados da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA).

Milharessportsbet io saquepalestinos que estavam no exterior naqueles dias trabalhando, visitando parentes ou estudando, como aconteceu com o maridosportsbet io saqueLubnah Shomali, descobriram que não podiam voltar para casa.

“Eles se tornaram refugiadossportsbet io saquefato”, explica a ativista da Badil.

Máquinas demolem construçõessportsbet io saquefrente ao Muro das Lamentações

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Legenda da foto, Depoissportsbet io saquecapturar a cidade velhasportsbet io saqueJerusalém na Guerra dos Seis Dias,sportsbet io saque1967, as autoridades israelenses demoliram casas voltadas para o Muro das Lamentações para criar uma praça.

Desde então, Israel permitiu a construçãosportsbet io saque140 assentamentos nos territórios palestinos, onde vivem cercasportsbet io saque600 mil judeus e que são considerados ilegais pela comunidade internacional.

O direitosportsbet io saqueretorno desses deslocados, ratificado pela resolução 194 das Nações Unidas, aprovadasportsbet io saque11sportsbet io saquedezembrosportsbet io saque1948, é uma das principais reivindicações dos palestinos esportsbet io saqueseus líderes.

Essa resolução diz que "os refugiados que desejam voltar para suas casas e viversportsbet io saquepaz com seus vizinhos devem ser autorizados a fazê-lo o mais rápido possível". Também afirma que "aqueles que decidirem não retornar" devem ser indenizados por seus bens.

Sucessivos governos israelenses têm considerado que a Resolução 194 da ONU não reconhece um "direito" específico para os palestinos retornarem, mas recomenda que os refugiados "devem ter permissão" para retornar.

"Nem sob as convenções internacionais, nem sob as principais resoluções da ONU, nem sob os acordos relevantes entre as partes, os refugiados palestinos têm o direitosportsbet io saqueretornar a Israel", pode ser lido no site oficial do Ministério das Relações Exterioressportsbet io saqueIsrael.

"A narrativa do governo na décadasportsbet io saque1950 era que os árabes começaram a guerra e, portanto, tiveram que arcar com as consequências, e essa é uma narrativa que existe até hoje", diz Derek Penslar.

Isso, logicamente, tornou-se um dos principais obstáculos na buscasportsbet io saqueuma saída para o conflito árabe-israelense.

Israel, com uma populaçãosportsbet io saquepouco maissportsbet io saque9 milhõessportsbet io saquepessoas, afirma que não pode permitir o retornosportsbet io saquemaissportsbet io saque5 milhõessportsbet io saquerefugiados porque isso significaria o fimsportsbet io saquesua existência como Estado judeu.