Por que jovens bebem cada vez menos álcool?:cassino pix 1 real

jovem olha para prateleiracassino pix 1 realbebidas

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Opçõescassino pix 1 realbebidas sem álcool cresceu, aponta pesquisadora

No Brasil, um inquérito realizado todos os anos pelo Ministério da Saúde avalia o consumo abusivocassino pix 1 realálcool — classificado como cinco ou mais doses para homens e quatro ou mais doses para mulherescassino pix 1 realuma única ocasião —cassino pix 1 realdiferentes faixas etárias.

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Os números do último levantamento, realizadocassino pix 1 real2021, apontam que 19,3% dos brasileiroscassino pix 1 real18 a 24 anos fazem esse consumo abusivo. Esta foi a primeira vez que o índice ficou abaixo dos 20% desde 2015.

Já uma pesquisa publicada nesta semana pelo Centrocassino pix 1 realInformações sobre Saúde e Álcool (Cisa) mostrou que 46% dos jovenscassino pix 1 real18 a 24 anos afirma não beber nunca e 20% declararam consumir produtos etílicos uma vez por mês ou menos.

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Os autores do trabalho chamam a atenção para o fatocassino pix 1 realque, quando comparados com outras idades, os jovens (18-24 anos) e os adultos jovens (25-34 anos) apresentam o menor nívelcassino pix 1 realabstenção e a maior frequênciacassino pix 1 realconsumo.

O Cisa também pondera que, no Brasil, ainda "não temos dados suficientes para confirmar se há uma tendênciacassino pix 1 realmudançacassino pix 1 realcomportamento dos jovenscassino pix 1 realrelação ao hábitocassino pix 1 realbeber e as razões para moderarem o consumo".

O órgão também fez uma pesquisa qualitativa sobre a questão com o auxílio do Inteligênciacassino pix 1 realPesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec). Para isso, foram entrevistados gruposcassino pix 1 realjovenscassino pix 1 realSalvador (BA) e São Paulo.

Entre as conclusões, os pesquisadores destacam que "o principal motivador para moderar o consumocassino pix 1 realbebidas alcoólicas [entre os jovens] está relacionado à necessidadecassino pix 1 realmanter a reputação e o bom desempenho nas atividades rotineiras, principalmente o trabalho".

"Além disso, algumas ocasiões específicas, como almoçocassino pix 1 realfamília, confraternização com colegascassino pix 1 realtrabalho, locais com muitas pessoas desconhecidas e necessidadecassino pix 1 realdirigir também propiciam maior atenção à quantidadecassino pix 1 realálcool ingerida", continua o texto.

"A preocupação com a saúde não apareceu como motivo relevante para os jovens pesquisados controlarem o consumo, no entanto, houve a concordânciacassino pix 1 realque o alerta médico acerca dos danos do consumo abusivo poderia contribuir para alterar essa situação."

A historiadora Deborah Toner, professora da Universidadecassino pix 1 realLeicester, no Reino Unido, classifica a tendência como “sólida”.

“Trata-secassino pix 1 realuma mudança geracional interessante e sólida. Os dados mostram claramente que as taxascassino pix 1 realconsumocassino pix 1 realálcool estãocassino pix 1 realdeclínio entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 20 a 25 anos”, corrobora ela, que também é codiretora da Redecassino pix 1 realEstudos sobre a Cultura da Bebida.

“E isso está relacionado a práticascassino pix 1 realsobriedade e consciência, que já estão consolidadascassino pix 1 reallugares como Reino Unido, Austrália e Estados Unidos”, continua a especialista.

Segundo a professora, essa “cultura da sobriedade” está ligada a uma preocupação cada vez maior com um estilocassino pix 1 realvida saudável, mas também com uma afirmaçãocassino pix 1 realidentidades próprias — se antes todo mundo tinha que ir ao bar e beber para fazer partecassino pix 1 realdeterminado grupo social, hoje as pessoas respeitariam mais as decisões daqueles que desejam se manter sóbrios.

“E isso também já provocou uma mudança na indústriacassino pix 1 realbebidas,cassino pix 1 realtermoscassino pix 1 realdisponibilizar opções sem álcool ou com baixo teor alcoólico. Há dez anos, era bem difícil encontrar vinhos, cervejas ou outras bebidas zero álcoolcassino pix 1 realbares, pubs, restaurantes e supermercados. Mas esse mercado se expandiu enormemente nos últimos anos”, observa ela.

Além das questõescassino pix 1 realsaúde, as pressões sociais também parecem influenciar nesse cenário. Num artigo para o sitecassino pix 1 realnotícias acadêmicas The Conversation, pesquisadores da Universidade La Trobe, na Austrália, da Universidadecassino pix 1 realSheffield, no Reino Unido, e da Universidadecassino pix 1 realEstocolmo, na Suécia, destrincharam o assunto.

“Ser jovem num país desenvolvido hoje é muito diferentecassino pix 1 realcomparação com as gerações anteriores. Das mudanças climáticas ao planejamentocassino pix 1 realcarreira e a compracassino pix 1 realuma casa, indivíduos dessa faixa etária sabem que o futuro é incerto”, escrevem eles.

“Com isso, muitos jovens pensam sobre o futurocassino pix 1 realmaneiras que as gerações passadas não precisavam. Eles tentam ganhar um sensocassino pix 1 realcontrole sobre a vida e assegurar o futuro que eles tanto aspiram.”

“Agora, os jovens sentem a pressãocassino pix 1 realse apresentarem como responsáveis e independentes cada vez mais cedo, e alguns temem que beber leve à intoxicação e à perdacassino pix 1 realcontrole, o que poderia atrapalhar os planos sobre o futuro. Essa ênfase no amanhã significa que esses indivíduos limitam o tempo gasto com festas e bebedeiras”, concluem os autores.

O grupo também cita as preocupaçõescassino pix 1 realsaúde como um fator importante, além da influência das redes sociais na exposição da vida, as mudanças nos relacionamentos com os pais e o fatocassino pix 1 realo consumo excessivocassino pix 1 realálcool não ser mais encarado como algo positivo nesta faixa etária.

Pessoa recusando copo com bebida alcoólica

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No Reino Unido, maiscassino pix 1 realum quarto dos jovens se declara totalmente abstêmia

O 'caminho' do álcool pelo corpo

As bebidas alcoólicas são produzidas sistematicamente desde o advento da agricultura, a 8 mil ou 5 mil anos atrás, a depender da região do planeta. Isso faz do álcool uma das mais antigas drogas consumidas pela humanidade.

Basicamente, elas são obtidas por meio do processocassino pix 1 realfermentação do açúcar presentecassino pix 1 realgrãos, frutas e verduras. Esse “trabalho” é feito por leveduras e bactérias.

O produto final depende do que é fermentado. No vinho, são as uvas. Em cervejas, a cevada ou o trigo. Na vodka, a batata. Na cachaça, a canacassino pix 1 realaçúcar. E assim por diante.

Em termos químicos, o álcool, ou etanol, é uma molécula feita a partircassino pix 1 realátomoscassino pix 1 realcarbono, oxigênio e hidrogênio.

Já do pontocassino pix 1 realvista farmacêutico, as entidades classificam o álcool como uma substância psicoativa, capazcassino pix 1 realalterar as sensações e a percepção que temoscassino pix 1 realtudo o que está ao redor.

Mas qual o caminhocassino pix 1 realum drinque pelo corpo? Após passar por boca, esôfago e estômago, essas moléculascassino pix 1 realetanol são absorvidas pelo intestino delgado e logo caem na corrente sanguínea.

A chegada delas ao cérebro — junto do fígado, o órgão mais afetado neste processo — demora poucos minutos. É ali que o álcool modifica e “bagunça” o funcionamentocassino pix 1 realdiferentes neurotransmissores. O primeiro deles é a dopamina.

"Alguns especialistas chamam a dopaminacassino pix 1 realneutransmissor da alegria. Ela faz você se sentir feliz. É por isso que as pessoas bebem álcool, para ter essa sensaçãocassino pix 1 realfelicidade. Você consegue falar e se soltar mais", resume a farmacêutica Jing Liang, professora da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.

E aqui não podemos nos esquecer do aspecto social da bebida: geralmente, os drinques são consumidos com amigos, e essa atmosfera gera vínculos e conversas que, estimuladas ou não pela dopamina, tornam todo o contexto ainda mais agradável e convidativo. A maioria das pessoas, claro, vai querer repetir essa experiência outras vezes.

Os outros dois químicos cerebrais afetados pelo álcool são o glutamato, que também tem um efeito excitatório, e o Gaba (ácido gama-aminobutírico), que tem uma função contrária,cassino pix 1 realinibir e diminuir a atividade do sistema nervoso central.

Segundo pesquisas feitas pela professora Liang, uma única dosecassino pix 1 realbebida alcoólica pode afetar o funcionamento do neurotransmissor Gaba por até 14 dias seguidos.

Jovens bebendo e comemorando

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A 'cultura da sobriedade' vem virando tendência entre os mais jovens

Mas, mesmo que uma bebida alcoólica tenha efeitos bem duradouros, o impacto do álcool varia segundo uma sériecassino pix 1 realfatores.

"Tudo depende bastantecassino pix 1 realtrês coisas: onde o álcool está agindo no cérebro, a quantidadecassino pix 1 realbebida consumida e até a genética da pessoa. Tudo isso pode mudar as respostas do corpo", lista a farmacêutica Rochelle Schwartz-Bloom, professora da Universidade Duke, nos Estados Unidos.

Aliás, outro fator que influencia a rapidez com que a bebida vai surtir efeito é a alimentação. Se o estômago está cheio, o álcool chega mais devagar ao intestino Com isso, é absorvido e cai na corrente sanguínea aos poucos.

Ainda no universo do corpo humano, existem muitas dúvidas sobre a ressaca, ou seja, o cansaço, a dor e a indisposição no dia após uma bebedeira intensa. Schwartz-Bloom aponta que uma molécula é a principal suspeita por trás dessa sensação desagradável.

“Quando o álcool passa pelo fígado, há enzimas que o metabolizam e modificam acassino pix 1 realestrutura química. Ele passacassino pix 1 realetanol para aldeído ou acetil-aldeído”, explica ela.

“Porém, quando uma pessoa bebe demais ou muito rápido, as enzimas não conseguem fazer esse trabalhocassino pix 1 reallidar com os aldeídos. Essa molécula é tóxica e pode permanecer no corpo por um longo tempo. E é isso que provavelmente está no organismo na manhã seguinte e provoca dorescassino pix 1 realcabeça, problemas na pele e dilataçãocassino pix 1 realvasos sanguíneos”, complementa a farmacêutica.

Existe dose segura?

Outra mudança recente na forma como a sociedade se relaciona com as bebidas alcoólicas tem a ver com os limitescassino pix 1 realconsumo, que são cada vez mais restritos.

As Diretrizes Americanascassino pix 1 realNutrição, por exemplo, apontam que adultos acimacassino pix 1 real21 anos “podem optar por não beber” ou “beber com moderação, limitando o consumo diário a dois drinques ou menos para homens e um drinque ou menos para mulheres”.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou seu posicionamento a respeito dessa questão nos últimos anos e agora afirma: nenhum nívelcassino pix 1 realconsumocassino pix 1 realálcool é seguro.

Segundo a entidade, os riscos e danos relacionados ao hábitocassino pix 1 realbeber álcool foram sistematicamente avaliados nos últimos anos e estão bem documentados.

A OMS aponta que o álcool é uma substância tóxica, psicoativa e indutoracassino pix 1 realdependência que é classificada como carcinogênica e está relacionada a pelo menos sete tiposcassino pix 1 realtumores diferentes, como oscassino pix 1 realmama ecassino pix 1 realintestino.

A organização calcula que o consumocassino pix 1 realbebidas alcoólicas pode levar a 230 doenças diferentes e provoca 3 milhõescassino pix 1 realmortes no mundo todos os anos.

E mesmo aquela históriacassino pix 1 realque doses moderadascassino pix 1 realálcool — como uma taçacassino pix 1 realvinho por dia — fariam bem ao coração caiu por terra.

Em 2022, a Federação Mundialcassino pix 1 realCardiologia divulgou um posicionamento dizendo que, ao contrário do que é dito na cultura popular, o álcool não é nada bom para a saúde cardiovascular. O hábitocassino pix 1 realbeber está relacionado a doenças cardíacas crônicas, segundo a entidade.

Pessoa preparando um chope

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Não existe dose seguracassino pix 1 realálcool, diz a OMS

Diante das evidências recentescassino pix 1 realsaúde, a recomendação dos especialistas é não beber álcool, se possível, ou consumir o mínimo para evitar o riscocassino pix 1 realuma sériecassino pix 1 realdoenças, que incluem não apenas câncer e problemas no coração, mas também cirrose, dependência e transtornos psiquiátricos.

Mas os pesquisadores apostam na educação para um consumo consciente e rechaçam as ideias ligadas ao proibicionismo e ao moralismo — até porque acabar com a vendacassino pix 1 realbebidas alcoólicas não deu nada certocassino pix 1 realexperiências anteriores, como a implantação da Lei Seca nos Estados Unidos no início do século 20.

“Essa foi a mais ampla lei proibicionista sobre álcool já implementada. E teve efeitos dramáticos nos EUA, particularmente na expansão do crime organizado, que foi capazcassino pix 1 realtirar vantagem do enorme mercado clandestinocassino pix 1 realtráfico e vendacassino pix 1 realálcool que se instalou nos anos 1920”, destaca Toner.

“Todo esse fenômeno foi muito impactante do pontocassino pix 1 realvista econômico e político. E levou ao desenvolvimentocassino pix 1 realuma infraestrutura policial que depois foi mobilizada com mais intensidade na chamada 'guerra às drogas' dos EUA", conclui a historiadora.