Por que ONU não intervém? Correspondentes da BBC respondem a perguntas sobre o conflito Israel-Hamas:formula 1 unibet

Crédito, EPA-EFE/REX/Shutterstock
O mundo ainda está surpreso com o ataque sem precedentesformula 1 unibetcombatentes do Hamas no dia 7formula 1 unibetoutubro, a retaliaçãoformula 1 unibetIsrael e a esperada invasão por terra da Faixaformula 1 unibetGaza.
A BBC recebeu centenasformula 1 unibetperguntas sobre o conflito, seu impacto e como ele poderá terminar. Muitas pessoas perguntam se outros países podem se envolver na guerra.
Nossos repórteres, vários deles atualmente na região, responderam algumas das questões mais frequentes do público.
A situação pode levar à Terceira Guerra Mundial?

Crédito, EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK
formula 1 unibet Craig Johnson,formula 1 unibetSkelmersdale (Reino Unido), pergunta: se o Irã se envolver diretamente no conflito, isso levaria os Estados Unidos e seus aliados a entrar diretamente na guerra? Poderia causar a Terceira Guerra Mundial?
formula 1 unibet Jeremy Bowen, editor internacional da BBC, está no sulformula 1 unibetIsrael e responde:
Questionado sobre a possibilidadeformula 1 unibetintervenção do Irã ou do seu aliado libanês, o Hezbollah, o presidente americano Joe Biden respondeu: "não façam isso".
Os americanos acabaramformula 1 unibetenviar dois porta-aviõesformula 1 unibetcombate para o leste do Mediterrâneo, enviando uma mensagem muito forte para que o Irã não se envolva no conflito.
Eles dizem que, se alguém intervier, precisará enfrentar o poderio militar americano, não apenas Israel.
Uma das principais linhasformula 1 unibettensão do Oriente Médio é a que separa os Estados Unidos e seus aliados,formula 1 unibetum lado, e os iranianos, do outro.
Os dois lados conhecem os riscos. Se o conflito evoluir para uma guerra real, ele irá causar um enfrentamentoformula 1 unibetimportância global no Oriente Médio.
Qual é o objetivoformula 1 unibetIsrael?
Uma toneladaformula 1 unibetcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
formula 1 unibet Luciano Sisi, das Fronteiras Escocesas (Reino Unido), pergunta: qual é o objetivoformula 1 unibetIsrael com a anunciada guerra terrestre?
formula 1 unibet Lyse Doucet, chefe dos correspondentes internacionais da BBC, responde do sulformula 1 unibetIsrael:
Nas guerras anteriores, Israel prometeu "atingirformula 1 unibetcheio o Hamas", para destruirformula 1 unibetcapacidadeformula 1 unibetdisparar foguetesformula 1 unibetdireção a Israel – incluindoformula 1 unibetvasta redeformula 1 unibettúneis subterrâneos.
Mas, desta vez, é diferente. Israel promete "destruir o Hamas", uma organização que, segundo eles, deve ser aniquilada, como o grupo Estado Islâmico.
Israel tem poderio militar para destruir a infraestrutura do Hamas, demolir os seus túneis e paralisar suas redesformula 1 unibetcomando e controle.
Mas não está claro até que ponto Israel tem conhecimento do que os aguarda na Faixaformula 1 unibetGaza. Afinal, a destreza militar do Hamas – incluindo seu conhecimento surpreendentemente preciso da segurança israelense, que permitiu ao grupo ludibriar as formidáveis defesas do país – impressionou Israel.
O Hamas provavelmente irá demonstrar o mesmo nívelformula 1 unibetsofisticação quando enfrentar a reação israelense, que certamente será feroz.
E, ao contrário do grupo Estado Islâmico, o Hamas é também uma organização social e política integrada à sociedade palestina.
Uma ofensiva militar pode destruir o metal e o concreto, mas não a coragem das pessoas. Sua determinaçãoformula 1 unibetmorrer pela causa só ficará mais fortalecida.

Crédito, EPA-EFE/REX/Shutterstock
Qual foi o objetivo do Hamas com o ataque?
formula 1 unibet Andrew Parker, do Reino Unido, pergunta: qual foi o objetivo do ataque inicial do Hamas?
formula 1 unibet Frank Gardner, repórterformula 1 unibetsegurança da BBC, responde:
A razão fornecida na época pelo porta-voz do Hamas, Mohammed Al-Deif, foi: "chega".
Segundo ele, o ataque foi uma resposta ao que o Hamas chamouformula 1 unibetprovocações e humilhações constantes sofridas pelos palestinos, nas mãos dos israelenses na Faixaformula 1 unibetGaza e na Cisjordânia.
Mas os analistas acreditam que pode haver outras razões não declaradas.
Antes do ataque, Israel e a Arábia Saudita mantinham negociações adiantadas para a normalização das suas relações.
Estas negociações enfrentavam a oposição do Hamas e do seu apoiador, o Irã. Os sauditas, agora, suspenderam as conversações.
Mas pode ter havido mais do que isso.
Os líderes do Hamas podem ter observado as profundas divisões na sociedade israelense, causadas pelas formas do judiciário introduzidas pelo governoformula 1 unibetdireita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Eles pretendiam impor a Israel um golpe doloroso. E conseguiram.
Por que o Egito mantém a passagem fechada?
formula 1 unibet Diana, no Reino Unido, pergunta: os muçulmanos falam na família e na irmandade do Islã. Como os muçulmanos do Egito justificam a decisãoformula 1 unibetmanter fechadaformula 1 unibetfronteira com a Faixaformula 1 unibetGaza?
formula 1 unibet Jeremy Bowen, editor internacional da BBC, responde do sulformula 1 unibetIsrael:
O Islã é uma religião, mas não transcende necessariamente a políticaformula 1 unibetsegurança nacional.
Estou certoformula 1 unibetque milhõesformula 1 unibetmuçulmanos egípcios querem aliviar o sofrimento dos civis na Faixaformula 1 unibetGaza.
Mas o governo egípcio, mesmoformula 1 unibettempos tranquilos, não permite o acesso rotineiro à Faixaformula 1 unibetGaza pela passagemformula 1 unibetRafah. O Egito foi um parceiro subalterno nas ocasiões anterioresformula 1 unibetque Israel cercou a Faixaformula 1 unibetGaza, desde que o Hamas assumiu o poderformula 1 unibet2007.
O Hamas tem raízes na organização Fraternidade Muçulmana, fundada no Egito um século atrás. A Fraternidade quer remodelar os Estados e a sociedadeformula 1 unibetacordo com os ensinamentos e a fé islâmica.
Mas o exército egípcio se opõe. Ele derrubou um presidente muçulmano eleitoformula 1 unibet2013.
O atual regime do Egito tem relações com o Hamas. No passado, ele foi a ligação entre o Hamas e Israel, mas não quer receber um fluxoformula 1 unibetentradaformula 1 unibetrefugiados palestinos.
Os acampamentos na Faixaformula 1 unibetGaza existem até hoje, 75 anos depois que foram formados para abrigar refugiados expulsosformula 1 unibetIsrael logo após a independência e que nunca receberam autorização para voltar para casa.
O Hamas cometeu crimesformula 1 unibetguerra?
formula 1 unibet Simon, no Reino Unido, pergunta: O mundo emitiu uma ordemformula 1 unibetprisão internacional contra o presidente russo, Vladimir Putin. Por que não houve a mesma reação contra os líderes do Hamas? Não foi um crimeformula 1 unibetguerraformula 1 unibetmassa?
formula 1 unibet Paul Adams, repórterformula 1 unibetquestões internacionais da BBC, responde:
Israel não se consideravaformula 1 unibetguerra com o Hamas antesformula 1 unibet7formula 1 unibetoutubro, apesar dos períodos anterioresformula 1 unibetconflito que remontam a muitos anos atrás.
Para Israel, este foi um atoformula 1 unibetterrorismo, nãoformula 1 unibetguerra.
O governoformula 1 unibetBenjamin Netanyahu busca por justiça por seus próprios meios e já matou pelo menos dois comandantes do Hamas considerados responsáveis pelos massacres. E, sem dúvida, irá tentar matar muitos outros.
Pode-se questionar a liderança política da organização – estabelecida no Catar e no Líbano – que, segundo algumas fontes, desconhecia os planos do seu braço militarformula 1 unibetatacar o territórioformula 1 unibetIsrael.
Por que a ONU não intervém sobre os ataques aéreos?
formula 1 unibet Sadul Hoque,formula 1 unibetLondres, pergunta: Se todos concordam que Israel está matando civis e irá matar muito mais nos novos ataques, por que as Nações Unidas e outros países não intervêm?
formula 1 unibet James Landale, repórterformula 1 unibetdiplomacia da BBC, responde:
O principal motivo que leva muitos países a não pressionar Israel a suspender os ataques aéreos é porque eles concordam que o país foi atacado pelo Hamas e tem o direitoformula 1 unibetse defender.
O que eles pedem é contenção sobre a forma como Israel se defende.
O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak afirmou: "discuti com o primeiro-ministro israelense a necessidadeformula 1 unibetminimizar o impacto sobre os civis da melhor maneira possível". E as Nações Unidas também apelaram a Israel que evitasse a morteformula 1 unibetcivis.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse alguns dias atrás: "a legislação humanitária internacional e as leis sobre direitos humanos devem ser respeitadas e mantidas; os civis devem ser protegidos e nunca ser usados como escudos".
Israel insiste que seus aviões militares eformula 1 unibetartilharia estão atingindo alvos do Hamas na Faixaformula 1 unibetGaza. Mas muitos civis,formula 1 unibetfato, estão sendo mortos e feridos nesses ataques.
Os palestinos afirmam que isso ocorre porque os ataques israelenses são excessivos e indiscriminados. Já para Israel, o motivo é porque o Hamas usa civis como escudos humanos.

Crédito, EPA-EFE/REX/Shutterstock
Por que Israel não soube do ataque do Hamas?
formula 1 unibet Um leitor anônimo pergunta: como é possível que as Forças Armadas israelenses tenham inteligência e vigilância suficientes para saber exatamente onde o Hamas está posicionado na Faixaformula 1 unibetGaza, mas não sabiam que o Hamas iria atacar Israel, nem observaram nenhum sinalformula 1 unibetaviso sobre o ataque?
formula 1 unibet Yolande Knell, correspondente da BBC no Oriente Médio, respondeformula 1 unibetJerusalém:
No passado, as forças armadasformula 1 unibetIsrael abriram seu centroformula 1 unibetvigilância da Faixaformula 1 unibetGaza para os jornalistas. Claramente, eles têm excelentes informaçõesformula 1 unibettempo real sobre a movimentaçãoformula 1 unibetterra, obtidas por meioformula 1 unibetdrones e outras câmeras.
Eles também têm uma ampla redeformula 1 unibetinformantes.
Pudemos observar nos combatesformula 1 unibetmaio, contra a Jihad Islâmica, a precisão das informaçõesformula 1 unibetIsrael sobre o paradeiro dos principais militantes.
Nas suas comunicações, as autoridades militares israelenses concordam que houve falhas importantesformula 1 unibetinteligência eformula 1 unibetsegurançaformula 1 unibetrelação ao ataque mortal sem precedentes do Hamas.
Mas podemos ter a certezaformula 1 unibetque eles têm uma longa e precisa listaformula 1 unibetalvos do Hamas que serão perseguidos assim que começarem as açõesformula 1 unibetterra.
Como comparar o Hezbollah com o Hamas?
formula 1 unibet Mais ao norte da Faixaformula 1 unibetGaza, aumentam as tensões entre Israel e o Líbano. Um leitor quer saber: se o Líbano se envolver no conflito, qual é o tamanho das forças do Hezbollahformula 1 unibetcomparação com o Hamas?
formula 1 unibet O jornalista brasileiro Hugo Bachega, repórter da BBC no sul do Líbano, responde:
O Hezbollah é um movimento social, político e militar libanês. Ele é considerado por Israel, há muito tempo, uma força mais poderosa do que o Hamas.
O grupo é fortemente armado e apoiado pelo Irã. Estima-se que ele detenha 130 mil foguetes e mísseis, segundo o Centroformula 1 unibetEstudos Estratégicos e Internacionais.
A maior parte deste arsenal é compostaformula 1 unibetpequenos foguetesformula 1 unibetartilhariaformula 1 unibetsuperfície portáteis e não teleguiados. Mas também há mísseis antiaéreos e antinavios, alémformula 1 unibetfoguetes teleguiados capazesformula 1 unibetatingir o centro do territórioformula 1 unibetIsrael.
São armas muito mais sofisticadas do que o arsenal do Hamas.
O líder do Hezbollah afirmou que dispõeformula 1 unibet100 mil combatentes, mas as estimativas independentes variam entre 20 mil e 50 mil. Muitos deles são treinados e têm experiênciaformula 1 unibetcombate, por terem lutado na guerra civil da Síria.
Em comparação, o Hamas possui cercaformula 1 unibet30 mil combatentes, segundo Israel.








