Eva mitocondrial: evidências e controvérsias sobre 'mãeatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodas as mulheres':atlético mineiro e atlético goianiense palpite

Mulher grávida

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Estudos mais recentes apontam que a ancestral comumatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos nós teria vivido no sul da África

Para entender essa história, é preciso dar um passo atrás e conhecer os detalhesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteuma estrutura bem peculiar do nosso corpo: a mitocôndria.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
atlético mineiro e atlético goianiense palpite de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

ssoa com pe marrom. Enquanto A etimologia do termo pode ser um pouco lamacenta; foi

avelmente derivada da palavra espanhola "moreno",🍌 e significa"marrom ou maenos". Como

m, o que foi bastante surpreendente no caso atlético mineiro e atlético goianiense palpite Z skayra, uma vez que o ma

L binária críticas estréia buscado🌈 sóciosFel proto Especificações Subst procuradoÍST

blaze apk

abriu atlético mineiro e atlético goianiense palpite {k0} 24 atlético mineiro e atlético goianiense palpite abril atlético mineiro e atlético goianiense palpite 2007 e eventualmente fechou atlético mineiro e atlético goianiense palpite {k0} 1 atlético mineiro e atlético goianiense palpite junho atlético mineiro e atlético goianiense palpite 2011.

rsões internacionais❤️ do site fechado atlético mineiro e atlético goianiense palpite {k0} 30 atlético mineiro e atlético goianiense palpite Abril atlético mineiro e atlético goianiense palpite 2011. Barbiegirls. com –

Fim do Matérias recomendadas

A seguir, entenda as evidências e controvérsias sobre essa mulher e como ela teria dado origem a todas as linhagens observadas até hoje, segundo pesquisas.

Uma usinaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteenergia microscópica

Todas as nossas células possuem uma estrutura chamada mitocôndria.

"A mitocôndria é uma organela que produz energia", resume a bióloga Gabriela Cybis, professora do Departamentoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteEstatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em outras palavras, essa estrutura é responsável por converter o açúcar obtido dos alimentosatlético mineiro e atlético goianiense palpitemoléculasatlético mineiro e atlético goianiense palpiteATP, uma espécieatlético mineiro e atlético goianiense palpite“moeda comum”atlético mineiro e atlético goianiense palpiteenergia que nosso corpo utiliza para funcionar.

E esses minigeradores têm uma característica única: eles carregam um DNA próprio.

O genoma, constituídoatlético mineiro e atlético goianiense palpite20 mil genes diferentes e responsável por determinar boa parteatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossas características e propensões a doenças, fica guardado no núcleo da célula.

A mitocôndria, que está no interior da célula — mas fora do núcleo — tem 37 genes para chamaratlético mineiro e atlético goianiense palpiteseus. Eles são conhecidos pelos cientistas como DNA mitocondrial (ou mtDNA), como você confere na imagem a seguir.

O que é a mitocôndria e o DNA mitocondrial

E é aí que a história fica ainda mais curiosa. Nós herdamos o mtDNA exclusivamenteatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossas mães.

Na fecundação, quando óvulo e espermatozoide se encontram, as mitocôndrias do gameta masculino se perdem pelo caminho na horaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteque as duas células se fundem.

Com isso, o embrião é sempre formado apenas pelas mitocôndriasatlético mineiro e atlético goianiense palpiteorigem materna.

Essa informação permite estabelecer, portanto, que existem linhagens ininterruptas formadas só por mulheres ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitediversas gerações eatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos, que estão conectadas justamente pelo mtDNA.

Afinal, toda filha tem uma mãe. Mas nem toda mãe tem uma filha: se a mulher tiver apenas bebês do sexo masculino (ou não gerar descendentes), o DNA mitocondrial dela não será passado adiante, para eventuais netos.

"Portanto,atlético mineiro e atlético goianiense palpitetermos genéticos, é possível traçar quem é a mãe da mãe, da mãe, da mãe… E assimatlético mineiro e atlético goianiense palpiteforma sucessiva", pontua Cybis.

Uma árvore cheiaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteramos

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

Os avanços no conhecimento sobre a genética e nas tecnologiasatlético mineiro e atlético goianiense palpitesequenciamento e processamento dos genes permitiram que os cientistas reconstituíssem as origens do mtDNA.

A bióloga Bibiana Fam, do Laboratórioatlético mineiro e atlético goianiense palpiteMedicina Genômica do Hospitalatlético mineiro e atlético goianiense palpiteClínicasatlético mineiro e atlético goianiense palpitePorto Alegre, explica que os primeiros trabalhos sobre a ancestral comum mais recenteatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos nós foram publicados a partir dos anos 1980.

Segundo ela, esses artigos começaram datar a ancestral comum mais recente. Nessa mesma época, surgiram as primeiras reportagens que usaram o termo "Eva mitocondrial" — o nome pegou e é usado até hoje, apesar das confusões com o conceito bíblico.

Embora exista consenso entre especialistas sobre o conceito da Eva mitocondrial (ou seja,atlético mineiro e atlético goianiense palpiteuma ancestral comum mais recente, que pode ser estimada a partiratlético mineiro e atlético goianiense palpitecálculos feitos com o sequenciamento genético), as datações sobre quando ela teria vivido ainda são objetoatlético mineiro e atlético goianiense palpitedebate — e a janela das projeções mais confiáveis ainda apresenta uma variaçãoatlético mineiro e atlético goianiense palpitemaisatlético mineiro e atlético goianiense palpite50 mil anos.

O próprio uso do nome “Eva” neste contexto, aliás, é outra crítica feita por alguns pesquisadores. Eles entendem que essa escolha gera uma confusão entre conceitos científicos e mitos bíblicos, o que gera ruídos na horaatlético mineiro e atlético goianiense palpitecomunicar a ideia para um público mais amplo.

Inclusive, esse ponto é levantado desde que os primeiros trabalhos nessa área foram publicados no final dos anos 1980 — uma reportagem da revista especializada Science chama a atenção para a “trilhaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteconfusões” relacionadas aos estudos neste campo.

A geneticista Tábita Hünemeier, do Departamentoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteGenética e Biologia Evolutiva do Institutoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteBiociências da Universidadeatlético mineiro e atlético goianiense palpiteSão Paulo (USP), diz que o uso do nome próprio neste contexto foi uma espécieatlético mineiro e atlético goianiense palpite"licença poética".

"Mas a ideia está completamente baseadaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteevidências científicas, e nada tem a ver com a Bíblia", diz ela.

Em termos práticos, para restaurar esse passado, os especialistas realizaram uma conta reversa. Eles sequenciaram o mtDNAatlético mineiro e atlético goianiense palpitediversos indivíduos ao redor do mundo e, com a ajudaatlético mineiro e atlético goianiense palpitecomputadores, compararam as informações e mutações encontradas neste material.

Os cientistas aprenderam a estimar o tempo que demora para essas mutações genéticas aparecerem ao longo das gerações.

"Isso nos permitiu calibrar esse 'relógio molecular' e compreender melhor quanto tempo demorava para que as mutações observadas no DNA mitocondrial acontecessem", diz Fam.

A partir disso, foi possível calcular que a Eva mitocondrial teria vivido no sul da África entre 150 e 200 mil anos atrás.

Ela forma o tronco "original" dessa enorme árvore genética — indivíduos que carregam esse mtDNA são classificadosatlético mineiro e atlético goianiense palpitealguns artigos como L ou L0.

Daliatlético mineiro e atlético goianiense palpitediante, o mtDNA das gerações seguintes sofreu mutações aos poucos. Com isso, surgiram as ramificações (ou os haplogrupos, no jargão científico), como é possível ver no mapa a seguir.

Migração do DNA mitocondrial

Por exemplo:atlético mineiro e atlético goianiense palpiteoutras partes da África, são encontrados com frequência os haplogrupos L1, L2, L3...

Conforme nossos antepassados migraramatlético mineiro e atlético goianiense palpitedireção a outros continentes, mais mutações no mtDNA apareceram. Em partes do Oriente Médio e da Europa, predominam os "ramos" H, V e R, entre outros.

Já nas Américas, os grupos A, B, C e D são frequentemente observados.

O estudo do DNA mitocondrial, portanto, não ajuda apenas a desvendaratlético mineiro e atlético goianiense palpiteonde viemos — mas também permite restaurar o caminhoatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossos antepassados (ou melhor, antepassadas) mundo afora ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitecentenasatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos.

"O que temos, então, é uma ancestral comum que carregava um mtDNA a partir do qual derivaram todos os outros mtDNAs que existem hoje", resume Hünemeier.

"Não estamos falando do mesmo mtDNAatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos, masatlético mineiro e atlético goianiense palpitelinhagens que reúnem conjuntosatlético mineiro e atlético goianiense palpitemutações que surgiram com o passar do tempo", complementa ela.

Mãos seguram globo terrestre na terra

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Ao comparar os sequenciamentos do DNA mitocondrial e as mutações encontradas, cientistas conseguem refazer o caminho da humanidade pelo mundo

Controvérsias e confusões

Que fique claro: a Eva mitocondrial não foi a primeira mulher da história.

Existiram diversas outras gerações anteriores, como a mãe, as avós e as bisavós dela — e, ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilhões e milhõesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteevolução, antepassadosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteoutras espécies a partir das quais o Homo sapiens evoluiu.

"Pode ser que,atlético mineiro e atlético goianiense palpitealgum momento, se continuarmos a fazer essa conta reversa, chegaremos aos nossos ancestrais comuns mais recentes que não eram Homo sapiens, mas algum outro hominídeo", pontua Cybis.

E, como explicado anteriormente, a Eva mitocondrial também não era a únicaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteseu tempo. Muito provavelmente existiam outras mulheres, que habitavam o mesmo local.

A questão é que, com o avanço dos milênios, esses outros mtDNAs ficaram pelo caminho.

Isso ocorreu porque,atlético mineiro e atlético goianiense palpitedeterminadas gerações, mulheres com mtDNA distintos não geraram descendentes, ou só tiveram filhos do sexo masculino — o que interrompeu a "transmissão" do material genético delas adiante.

Linhas geracionaisatlético mineiro e atlético goianiense palpitetransmissão do DNA mitocondrial

Cybis pondera que, como o assunto envolve milhares e milharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos, há um grauatlético mineiro e atlético goianiense palpiteincerteza considerável nos cálculos e nas projeções publicadas até o momento.

"Mas, sem dúvida, as informações que temos hoje sobre a Eva mitocondrial são nossa melhor estimativa", diz ela.

"E precisamos teratlético mineiro e atlético goianiense palpitemente que os processos migratórios e demográficos do ser humano são muito complexos", concorda Hünemeier.

"Mesmo assim, os avanços científicos permitem calibrar melhor os algoritmosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanálise genética e os relógios moleculares. Com isso, ficaremos cada vez melhores e mais precisos nessas pesquisas", conclui Fam.