Eva mitocondrial: evidências e controvérsias sobre 'mãeatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodas as mulheres':atlético mineiro e atlético goianiense palpite

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Estudos mais recentes apontam que a ancestral comumatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos nós teria vivido no sul da África
Para entender essa história, é preciso dar um passo atrás e conhecer os detalhesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteuma estrutura bem peculiar do nosso corpo: a mitocôndria.
ssoa com pe marrom. Enquanto A etimologia do termo pode ser um pouco lamacenta; foi
avelmente derivada da palavra espanhola "moreno",🍌 e significa"marrom ou maenos". Como
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A seguir, entenda as evidências e controvérsias sobre essa mulher e como ela teria dado origem a todas as linhagens observadas até hoje, segundo pesquisas.
Uma usinaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteenergia microscópica
Todas as nossas células possuem uma estrutura chamada mitocôndria.
"A mitocôndria é uma organela que produz energia", resume a bióloga Gabriela Cybis, professora do Departamentoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteEstatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em outras palavras, essa estrutura é responsável por converter o açúcar obtido dos alimentosatlético mineiro e atlético goianiense palpitemoléculasatlético mineiro e atlético goianiense palpiteATP, uma espécieatlético mineiro e atlético goianiense palpite“moeda comum”atlético mineiro e atlético goianiense palpiteenergia que nosso corpo utiliza para funcionar.
E esses minigeradores têm uma característica única: eles carregam um DNA próprio.
O genoma, constituídoatlético mineiro e atlético goianiense palpite20 mil genes diferentes e responsável por determinar boa parteatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossas características e propensões a doenças, fica guardado no núcleo da célula.
A mitocôndria, que está no interior da célula — mas fora do núcleo — tem 37 genes para chamaratlético mineiro e atlético goianiense palpiteseus. Eles são conhecidos pelos cientistas como DNA mitocondrial (ou mtDNA), como você confere na imagem a seguir.

E é aí que a história fica ainda mais curiosa. Nós herdamos o mtDNA exclusivamenteatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossas mães.
Na fecundação, quando óvulo e espermatozoide se encontram, as mitocôndrias do gameta masculino se perdem pelo caminho na horaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteque as duas células se fundem.
Com isso, o embrião é sempre formado apenas pelas mitocôndriasatlético mineiro e atlético goianiense palpiteorigem materna.
Essa informação permite estabelecer, portanto, que existem linhagens ininterruptas formadas só por mulheres ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitediversas gerações eatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos, que estão conectadas justamente pelo mtDNA.
Afinal, toda filha tem uma mãe. Mas nem toda mãe tem uma filha: se a mulher tiver apenas bebês do sexo masculino (ou não gerar descendentes), o DNA mitocondrial dela não será passado adiante, para eventuais netos.
"Portanto,atlético mineiro e atlético goianiense palpitetermos genéticos, é possível traçar quem é a mãe da mãe, da mãe, da mãe… E assimatlético mineiro e atlético goianiense palpiteforma sucessiva", pontua Cybis.
Uma árvore cheiaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteramos
Os avanços no conhecimento sobre a genética e nas tecnologiasatlético mineiro e atlético goianiense palpitesequenciamento e processamento dos genes permitiram que os cientistas reconstituíssem as origens do mtDNA.
A bióloga Bibiana Fam, do Laboratórioatlético mineiro e atlético goianiense palpiteMedicina Genômica do Hospitalatlético mineiro e atlético goianiense palpiteClínicasatlético mineiro e atlético goianiense palpitePorto Alegre, explica que os primeiros trabalhos sobre a ancestral comum mais recenteatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos nós foram publicados a partir dos anos 1980.
Segundo ela, esses artigos começaram datar a ancestral comum mais recente. Nessa mesma época, surgiram as primeiras reportagens que usaram o termo "Eva mitocondrial" — o nome pegou e é usado até hoje, apesar das confusões com o conceito bíblico.
Embora exista consenso entre especialistas sobre o conceito da Eva mitocondrial (ou seja,atlético mineiro e atlético goianiense palpiteuma ancestral comum mais recente, que pode ser estimada a partiratlético mineiro e atlético goianiense palpitecálculos feitos com o sequenciamento genético), as datações sobre quando ela teria vivido ainda são objetoatlético mineiro e atlético goianiense palpitedebate — e a janela das projeções mais confiáveis ainda apresenta uma variaçãoatlético mineiro e atlético goianiense palpitemaisatlético mineiro e atlético goianiense palpite50 mil anos.
O próprio uso do nome “Eva” neste contexto, aliás, é outra crítica feita por alguns pesquisadores. Eles entendem que essa escolha gera uma confusão entre conceitos científicos e mitos bíblicos, o que gera ruídos na horaatlético mineiro e atlético goianiense palpitecomunicar a ideia para um público mais amplo.
Inclusive, esse ponto é levantado desde que os primeiros trabalhos nessa área foram publicados no final dos anos 1980 — uma reportagem da revista especializada Science chama a atenção para a “trilhaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteconfusões” relacionadas aos estudos neste campo.
A geneticista Tábita Hünemeier, do Departamentoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteGenética e Biologia Evolutiva do Institutoatlético mineiro e atlético goianiense palpiteBiociências da Universidadeatlético mineiro e atlético goianiense palpiteSão Paulo (USP), diz que o uso do nome próprio neste contexto foi uma espécieatlético mineiro e atlético goianiense palpite"licença poética".
"Mas a ideia está completamente baseadaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteevidências científicas, e nada tem a ver com a Bíblia", diz ela.
Em termos práticos, para restaurar esse passado, os especialistas realizaram uma conta reversa. Eles sequenciaram o mtDNAatlético mineiro e atlético goianiense palpitediversos indivíduos ao redor do mundo e, com a ajudaatlético mineiro e atlético goianiense palpitecomputadores, compararam as informações e mutações encontradas neste material.
Os cientistas aprenderam a estimar o tempo que demora para essas mutações genéticas aparecerem ao longo das gerações.
"Isso nos permitiu calibrar esse 'relógio molecular' e compreender melhor quanto tempo demorava para que as mutações observadas no DNA mitocondrial acontecessem", diz Fam.
A partir disso, foi possível calcular que a Eva mitocondrial teria vivido no sul da África entre 150 e 200 mil anos atrás.
Ela forma o tronco "original" dessa enorme árvore genética — indivíduos que carregam esse mtDNA são classificadosatlético mineiro e atlético goianiense palpitealguns artigos como L ou L0.
Daliatlético mineiro e atlético goianiense palpitediante, o mtDNA das gerações seguintes sofreu mutações aos poucos. Com isso, surgiram as ramificações (ou os haplogrupos, no jargão científico), como é possível ver no mapa a seguir.

Por exemplo:atlético mineiro e atlético goianiense palpiteoutras partes da África, são encontrados com frequência os haplogrupos L1, L2, L3...
Conforme nossos antepassados migraramatlético mineiro e atlético goianiense palpitedireção a outros continentes, mais mutações no mtDNA apareceram. Em partes do Oriente Médio e da Europa, predominam os "ramos" H, V e R, entre outros.
Já nas Américas, os grupos A, B, C e D são frequentemente observados.
O estudo do DNA mitocondrial, portanto, não ajuda apenas a desvendaratlético mineiro e atlético goianiense palpiteonde viemos — mas também permite restaurar o caminhoatlético mineiro e atlético goianiense palpitenossos antepassados (ou melhor, antepassadas) mundo afora ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitecentenasatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos.
"O que temos, então, é uma ancestral comum que carregava um mtDNA a partir do qual derivaram todos os outros mtDNAs que existem hoje", resume Hünemeier.
"Não estamos falando do mesmo mtDNAatlético mineiro e atlético goianiense palpitetodos, masatlético mineiro e atlético goianiense palpitelinhagens que reúnem conjuntosatlético mineiro e atlético goianiense palpitemutações que surgiram com o passar do tempo", complementa ela.

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Ao comparar os sequenciamentos do DNA mitocondrial e as mutações encontradas, cientistas conseguem refazer o caminho da humanidade pelo mundo
Controvérsias e confusões
Que fique claro: a Eva mitocondrial não foi a primeira mulher da história.
Existiram diversas outras gerações anteriores, como a mãe, as avós e as bisavós dela — e, ao longoatlético mineiro e atlético goianiense palpitemilhões e milhõesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteevolução, antepassadosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteoutras espécies a partir das quais o Homo sapiens evoluiu.
"Pode ser que,atlético mineiro e atlético goianiense palpitealgum momento, se continuarmos a fazer essa conta reversa, chegaremos aos nossos ancestrais comuns mais recentes que não eram Homo sapiens, mas algum outro hominídeo", pontua Cybis.
E, como explicado anteriormente, a Eva mitocondrial também não era a únicaatlético mineiro e atlético goianiense palpiteseu tempo. Muito provavelmente existiam outras mulheres, que habitavam o mesmo local.
A questão é que, com o avanço dos milênios, esses outros mtDNAs ficaram pelo caminho.
Isso ocorreu porque,atlético mineiro e atlético goianiense palpitedeterminadas gerações, mulheres com mtDNA distintos não geraram descendentes, ou só tiveram filhos do sexo masculino — o que interrompeu a "transmissão" do material genético delas adiante.

Cybis pondera que, como o assunto envolve milhares e milharesatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanos, há um grauatlético mineiro e atlético goianiense palpiteincerteza considerável nos cálculos e nas projeções publicadas até o momento.
"Mas, sem dúvida, as informações que temos hoje sobre a Eva mitocondrial são nossa melhor estimativa", diz ela.
"E precisamos teratlético mineiro e atlético goianiense palpitemente que os processos migratórios e demográficos do ser humano são muito complexos", concorda Hünemeier.
"Mesmo assim, os avanços científicos permitem calibrar melhor os algoritmosatlético mineiro e atlético goianiense palpiteanálise genética e os relógios moleculares. Com isso, ficaremos cada vez melhores e mais precisos nessas pesquisas", conclui Fam.







