O que as temperaturas recorde dos oceanos significam para nosso planeta:diamond plus slot

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Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Com o aumento da temperatura dos oceanos, o crescimento excessivodiamond plus slotfitoplâncton pode formar uma camadadiamond plus slotlodo na superfície da água

Estas medições sugerem que o oceano está se aquecendo com maior rapidez do que o esperado.

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O rápido aumento da temperatura dos mares trouxe um quebra-cabeça para os cientistas: por que o recente aquecimento dos oceanos é ainda maior do que o indicado pelos modelos climáticos?

"O salto das temperaturas do oceano no último ano é enorme", segundo a professoradiamond plus slotimpactos das mudanças climáticas Hayley Fowler, da Universidadediamond plus slotNewcastle, no Reino Unido. "O fatodiamond plus slotnão podermos simular esses aumentos radicais e compreender o que está acontecendo é assustador."

O certo é que o aquecimento dos oceanos já causa prejuízos às pessoas e aos ecossistemas.

No verãodiamond plus slot2023, boias no litoral da Flórida registraram temperaturas da água mais altas que o níveldiamond plus slotcalordiamond plus slotuma banheira quente. E os recifesdiamond plus slotcoral estão passando peladiamond plus slotquarta ondadiamond plus slotbranqueamentodiamond plus slottodo o planeta, considerada a mais significativa verificada até hoje.

E ainda há outras consequências menos discutidas, como a intensificação das chuvas e a desoxigenação das profundezas do oceano. Tudo indica que os recordesdiamond plus slottemperatura dos mares estão desestabilizando o planeta.

Quais são as causas?

Dois fatores são os principais responsáveis pelo aquecimento recorde dos oceanos no último ano, segundo o oceanógrafo Michael McPhaden, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigladiamond plus slotinglês).

O primeiro motivo é a concentração cada vez maiordiamond plus slotgases do efeito estufa na atmosfera. E o segundo foi o forte fenômeno El Niñodiamond plus slot2023.

O El Niño fez com que águas superficiais mais quentes que a média na zona tropical do Oceano Pacífico aumentassem a evaporação, causando imensa transferênciadiamond plus slotcalor para a atmosfera.

E outros fatores bem mais fracos também influenciaram o aquecimento, afirma McPhaden.

Iceberg

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A aceleração do derretimento do gelo da Groenlândia pode alterar a circulação das correntes oceânicas
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No iníciodiamond plus slot2022, o vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai entroudiamond plus sloterupção no Oceano Pacífico, liberando quantidadesdiamond plus slotvapor d'água "sem precedentes". E este vapor capturou calor na atmosfera.

Além disso,diamond plus slot2020, uma determinação da Organização Marítima Internacional exigiu que os navios petroleiros comerciais passassem a usar combustível com baixo teordiamond plus slotenxofre.

Esta medida reduziu as emissõesdiamond plus slotdióxidodiamond plus slotenxofre geradas pelo transporte marítimo global. Mas o dióxidodiamond plus slotenxofre é um precursordiamond plus slotsulfatos atmosféricos, que refletem a luz solar e contribuem para a formaçãodiamond plus slotrastrosdiamond plus slotnuvens atrás dos navios.

Essas nuvens refletem o calordiamond plus slotvolta para o espaço. E a redução desses rastros brilhantes pode eventualmente causar um pequeno aumento do aquecimento global.

Mas a soma destes fatores não justifica o níveldiamond plus slotaquecimento dos oceanos verificado atualmentediamond plus slotalgumas regiões, segundo McPhaden. Partes do norte do Oceano Atlântico, por exemplo, estão agora "extraordinariamente" quentes, por motivos que ainda não compreendemos totalmente.

Por isso, os pesquisadores estão começando a pesquisar outros fatores.

Em um estudo inicial, que ainda aguarda revisão por pares, o oceanógrafo da NOAA Boyin Huang tenta explicar esta questão, indicando outro longo ciclodiamond plus slotaquecimento e resfriamento dos oceanos nas latitudes mais altas (50-70 anos).

Furacões à frente

As causas dos recordes atuaisdiamond plus slotaquecimento dos oceanos ainda não são bem conhecidas, mas seus impactos já são sentidosdiamond plus slottodo o mundo. Um dos efeitos mais evidentes pode ser observado nas precipitações e na formaçãodiamond plus slottempestades.

Fowler explica que, com as temperaturas mais altas da superfície da água, a evaporação aumenta.

Ao mesmo tempo, o aquecimento global eleva a temperatura da atmosfera e o ar mais quente consegue reter mais umidade. Por isso, quando chove, a quantidadediamond plus slotprecipitação é maior.

Este efeito é cumulativo: cada graudiamond plus slotaquecimento traz potencialdiamond plus slotaumentodiamond plus slot7% da chuva e da umidade, segundo Fowler.

Outro ponto que tomou os meteorologistasdiamond plus slotsurpresadiamond plus slot2023 foi a velocidadediamond plus slotintensificação das tempestades. Eram os chamados "ciclones-bomba": ciclonesdiamond plus slotlatitudes intermediárias que ganharam força rapidamente.

Nos trópicos, o furacão Otis atingiu a cidade mexicanadiamond plus slotAcapulco, no litoral do Oceano Pacífico,diamond plus slotoutubrodiamond plus slot2023. Ele começou como uma tempestade fraca, que se intensificou até se tornar um furacão categoria 5 da noite para o dia. O mesmo fenômeno já havia sido verificado com o furacão Lee, que atingiu o Caribe um mês antes.

"Achamos que eles são o resultado das altas temperaturas do oceano, que intensificam rapidamente pequenos temporais até se tornarem sistemas muito grandes", explica Fowler. "Mas ainda estamos estudando quais são exatamente esses mecanismos."

O potencialdiamond plus slotfuracões mais ativos será particularmente preocupantediamond plus slot2024. Afinal, o recente fenômeno El Niño pode entrardiamond plus slotbreve na fase La Niña.

La Niña reduz as cortantesdiamond plus slotvento, o que favorece a formaçãodiamond plus slottempestades intensas e frequentes no norte do Oceano Atlântico, perto do litoral da África. E, com os recordesdiamond plus slottemperatura da superfície do mar transferindo mais energia para essas tempestades no seu trajeto, a estaçãodiamond plus slotfuracões pode ser uma das mais ativas já registradas.

Além disso, os oceanos mais quentes também podem produzir eventosdiamond plus slotaquecimento mais extremos, do tipo "unicórnio", afirma o professordiamond plus slotmatemática aplicada Valerio Lucarini, da Universidadediamond plus slotLeicester, no Reino Unido.

Lucarini afirma que "o impacto do aquecimento dos oceanos pode gerar ondasdiamond plus slotcalordiamond plus slotníveis que nunca vimos antes".

O professor explica que a temperatura mais alta da água do mar aumenta a evaporação e, consequentemente, a umidade.

A sobrevivência humana depende do índicediamond plus slotcalor (que considera a umidade e a temperatura do ardiamond plus slotconjunto) – e o aquecimento dos oceanos pode fazer com que se repitam as ondasdiamond plus slotcalor recorde verificadasdiamond plus slotterradiamond plus slot2023.

Mares sufocantes

Imagemdiamond plus slotsatélite mostra furacão

Crédito, Nasa

Legenda da foto, O furacão Otis atingiu a categoria 5 da noite para o dia, antesdiamond plus slotatingir Acapulco, no México,diamond plus slotoutubrodiamond plus slot2023

O aquecimento dos oceanos pode causar sérios efeitos também abaixo da superfície.

Da Austrália até a Tanzânia, o branqueamento dos corais se tornou mais extenso e frequente, segundo a ecologista portuguesa Ana Queirós, especializadadiamond plus slotecologia marinha e mudanças climáticas, do Laboratório Marinhodiamond plus slotPlymouth, no Reino Unido.

Queirós explica que, ao contráriodiamond plus slotorganismos marinhos como os peixes, os corais não conseguem se mover quando o oceano àdiamond plus slotvolta sofre uma ondadiamond plus slotcalor. E, com muitas regiões do oceano sofrendo ondasdiamond plus slotcalor no leito marinho, o impacto pode ser "terrível".

O aquecimento dos oceanos também reduz a quantidadediamond plus slotoxigênio e nutrientes vitais para a vida marinha.

O oxigênio é menos solúveldiamond plus slotáguas mais quentes. E, como a água da superfície se aquece antes da água do fundo, ela também perde densidade, o que dificulta a mistura entre a água do topo e do fundo do oceano.

Sem essa mistura, os nutrientes depositados no leito do oceano ou perto dele têm dificuldade para voltar à superfície, onde seriam consumidos pelos micro-organismos que formam a base da cadeia alimentar, como o fitoplâncton. E, pordiamond plus slotvez, o oxigênio da superfície não consegue atingir as camadas mais profundas do oceano.

O resultado, segundo Queirós, são ocorrências mais frequentesdiamond plus slothipoxia (baixo teordiamond plus slotoxigênio) no fundo do mar, gerando mortesdiamond plus slotmassa no leito do oceano. E outra consequência é a expansão das "zonas com nível mínimodiamond plus slotoxigênio", com áreas do leito oceânico com baixo níveldiamond plus slotoxigênio por longos períodos.

Aumento do nível do mar

As linhas costeiras também estão sujeitas às consequências do aquecimento dos mares. À medida que ficam mais quentes e menos densas, as águas do oceano ocupam maior volume, o que contribui para o aumento do nível do mar.

As águas mais quentes também causam o derretimento do gelo marítimo da Antártida e da Groenlândia. E o nível médio global do mar já aumentoudiamond plus slotcercadiamond plus slot21-24 cm nos últimos 140 anos.

Segundo o oceanógrafo da NOAA William Sweet, pela velocidade atual, o nível médio do mar deve aumentardiamond plus slotmais 15-18 cm até 2050. "Áreasdiamond plus slotbaixa altitude densamente povoadas já sofrem enchentes com mais frequência – e isso irá se agravar", alerta ele.

No Golfo do México e na costa leste dos Estados Unidos, os níveis do oceano estão subindo com rapidez ainda maior do que a média.

"No momento, a velocidade do aumento está superando todos os modelos: está ficando quente e está ficando alto", afirma Sweet.

Redução da velocidade da AMOC?

Outro efeito crítico associado ao aquecimento global é a redução da velocidade e o eventual colapso do sistemadiamond plus slotcorrentes oceânicas conhecido como Circulação Meridionaldiamond plus slotCapotamento do Atlântico (AMOC, na sigladiamond plus slotinglês).

A AMOC liga o sul ao norte do Oceano Atlântico. Ela transporta água quente das regiões tropicais para o norte, que é mais frio.

À medida que a água se move, ela é resfriada e fica mais salgada, já que parte dela evapora. Essa água mais fria e salgada é mais densa e,diamond plus slotdado momento, ela afunda no oceano e retorna para o sul.

Valerio Lucarini destaca que, se essa circulação for mais lenta, a quantidadediamond plus slotágua quente transferida para as regiõesdiamond plus slotalta e média latitude do Atlântico diminui. Isso, pordiamond plus slotvez, produz um efeitodiamond plus slotresfriamento regional no centro-oeste da Europa.

O sistema está relacionado à formadiamond plus slotque o aquecimento dos oceanos altera a precipitação e o derretimento do gelo, explica ele.

A água doce da chuva não afunda tão bem quanto a água do mar, que é mais densa. Por isso, os níveis mais altosdiamond plus slotprecipitação no norte do Oceano Atlântico e o aumento do derretimento do gelo da Groenlândia fazem com que menos água afunde no oceano e viajediamond plus slotvolta para o sul. Com isso, resulta o enfraquecimento geral da AMOC.

Segundo Lucarini, a menor circulaçãodiamond plus slotágua quentediamond plus slotdireção ao norte também explica por que, apesar do aumento médio do aquecimento dos mares, existe atualmente uma "bolha fria"diamond plus slotuma região específica do norte do Oceano Atlântico.

Os sinaisdiamond plus slotinstabilidade da AMOC já existem, mas a forma e a rapidez das mudanças ainda são desconhecidas.

Um estudo recentediamond plus slotLucarini e seus colegas demonstrou que pode haver diversos estágios no enfraquecimento dessa intensa circulaçãodiamond plus slotágua.

"Se a AMOC ficar lenta demais, ela não irá necessariamente se recuperar", explica ele. "Ela pode simplesmente prosseguir para outro estágio, com um regime climático muito diferente."

Lucarini menciona o possível aumento das ondasdiamond plus slotcalor, secas e períodosdiamond plus slotfrio. O impacto pode ser especialmente forte na Europa e talvez na Ásia central, alémdiamond plus slotcausar redução das chuvas na América do Sul, o que pode transformar a floresta amazônicadiamond plus slotuma savana.

"Estaríamos mudando as regras do jogo", afirma o professor.