Os imóveis-fantasma 'devorados' pelo marbets esportePorto Rico:bets esporte

Crédito, RONALD ÁVILA-CLAUDIO

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Nós a visitamosbets esporteum dia ensolaradobets esportejaneiro. Enquanto caminhamos pelo que restou da estrada destruída, Janet conta que os vizinhos já se mudaram e as belas recordações do bairro agora são marcadas por um profundo medo.
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Há muito tempo, bets esporte {k0} 1972, os produtos Jetex saíram bets esporte linha bets esporte produção, mas isso não impediu que a JetX retornasse bets esporte {k0} 2024 com a força da Smartsoft Gaming. Desde o seu lançamento, vem revolucionando o mercado global bets esporte jogos e conquistando empresas bets esporte gambling bets esporte topo bets esporte {k0} todo o mundo.
Mas o que realmente aconteceu com JetX ao longo das décadas bets esporte {k0} que esteve ausente do cenário? Vamos dar uma olhada mais próxima no passado, presente e, bets esporte certa forma, no futuro desta fascinante franquia.
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Originalmente, JetX foi uma linha bets esporte motores, combustível e fusíveis produzidos pela empresa bets esporte mesmo nome. Os produtos Jetex eram conhecidos por sua qualidade e desempenho, tornando-se populares entre os entusiastas bets esporte modelismo aeroespacial e os aficcionados por foguetes amadores.
No entanto, o passar do tempo e mudanças do mercado fizeram com que a Jetex encerrasse sua produção na década bets esporte 1970. Apesar disso, a memória bets esporte JetX permaneceu viva na mente dos entusiastas e, bets esporte {k0} 2024, a Smartsoft Gaming reviveu a franquia com um renewal: o JetX Bet.
JetX Bet: O Novo Rosto da JetX
O JetX Bet é um jogo bets esporte casino online que mistura azar e habilidade, mantendo a essência da marca JetX. A experiência bets esporte jogo única e envolvente promoveu seu rápido sucesso e adoção por empresas líderes bets esporte {k0} jogos bets esporte azar bets esporte {k0} todo o mundo, inclusive no mercado indiano.
Este novo JetX conjuga o entretenimento do jogo com a oportunidade bets esporte ganhar bets esporte {k0} grande, proporcionando acessibilidade e emoção a um público global.
A Presença do JetX no Mercado Brasileiro
Apesar bets esporte sua popularidade e expansão global, o JetX Bet ainda está se consolidando no mercado do Brasil. Contudo, dada a natureza online e inclusiva do jogo, o cenário é propício para que o JetX se torne uma opção divertida e emocionante nos cassinos online brasileiros, trazendo a prática dos foguetes JetX bets esporte volta à comunidade bets esporte jogadores.
O JetX, ao longo dos anos, se consolidou como uma marca sinônimo bets esporte qualidade, entretenimento e diversão. Sua presença no Brasil e bets esporte {k0} outros mercados é mais do que um mero jogo bets esporte azar: é a revitalização histórica bets esporte um símbolo que transcende as gerações e se mantém relevante, enriquecendo a indústria do jogo ao seu redor.
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Fim do Matérias recomendadas
Para ela, o mar tem vida própria e, pouco a pouco, está tragando o litoral. No seu trajeto, deixa a paisagem desoladora.
As construções cedem e começam a cair. Elas se tornam estruturas fantasma, onde ninguém mora, e ameaçam a vida marinha e o turismo, até que acabam desaparecendo e população é deslocada.
Quiñones receia que pode ser a próxima.

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"Eu me sentia segura porque o mar ficava muito longe", comenta ela, enquanto a seguimos com a câmera.
"Agora, o mar está avançando demais, demais." Ela se refere à linha litorânea que, 30 anos atrás, ficava a uma distância considerável dabets esportecasa.
O fenômeno que está destruindo a regiãobets esporteVilla Cristiana é conhecido como erosão costeira. É um processo natural, que faz com que a praia, que é um ecossistema dinâmico, fique sem areia e o mar avance.
Cientistas afirmam que,bets esportemuitas áreas dos 44 municípios com acesso ao marbets esportePorto Rico, a erosão deixoubets esporteser normal e agora representa um problema. As praias estão sendo perdidasbets esporteforma acelerada e não podem ser recuperadas.
"Pouco a pouco, minha casa está desabando", afirma Quiñones,bets esportelágrimas. Ela nos convida a entrar nabets esportecasa, que fica no segundo andar da construção.
A proximidade do mar fez com que o salitre desgastasse as colunas da entrada. Como as ferragens estão expostas, não é possível colocar um batente e uma porta. Ela protege a residência com um portãobets esportealumínio.
No interior da residência, que tem um quarto, duas salas e uma cozinha, o concreto é aparente e repletobets esporterachaduras.
"À noite, quando o vento é forte, as janelas do meu quarto fazem um barulho horrível", ela conta. "Coloco uma tábua porque é muito forte. Ele está destruindo [a casa] por fora, por dentro, por todos os lados."

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A destruição da praia do bairro começou pertobets esporte1989, mas ela conta que piorou nos últimos tempos. O mesmo aconteceu no restante do arquipélago.
As causas são várias e complexas, da mesma forma que as soluções, que, mesmo com os pedidos desesperados dos últimos anos, ainda não chegaram.
'Desastre criado pelo homem'
A três horasbets esporteLoíza, no litoral do bairro Córsegabets esporteRincón, no oestebets esportePorto Rico, uma fileirabets esporteestruturas inclinadas parece fazer reverência ao mar e aos belos entardeceres com intensa corbets esportelaranja que ocorrem por ali.
Do tetobets esporteuma delas, o professor Ruperto Chaparro, da Universidadebets esportePorto Rico e especialistabets esportegestãobets esporterecursos litorâneos, destaca um prédio vazio onde antes ficava um conjuntobets esporteapartamentos.
O valorbets esportecada uma das unidades ultrapassava US$ 200 mil (cercabets esporteR$ 1,03 milhão).
Os prédios foram demolidosbets esporte2022, depois que a marébets esportetempestade causada pelo furacão Mariabets esporte2017 fez com que a praia ficasse tão reduzida que parte dos edifícios ficou dentro d’água.

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Crédito, LEJANDRO HADDOCK
As construções na região entre o mar e a terra, que ameaçam os recursos costeiros, como as dunas e os corais que detêm as ondas, e as consequências das mudanças climáticas, que provocam furacões e marésbets esportetempestade mais fortes e frequentes, são os principais motivos do problema, segundo o cientista.
"Quando você não tem nenhum tipobets esporteestrutura no litoral, a erosão não causa problemas. Desastres como este são antropogênicos, são criados pelo ser humano", defende Chaparro, que também é diretor do programa Sea Grant, que se dedica a ensinar às pessoas sobre os recursos do litoral.
"As mudanças climáticas participam do processobets esporteerosão devido ao aumento do nível do mar, porque os polos estão derretendo", afirma ele, explicando por que as marés que avançam sobre o litoral são cada vez mais potentes.
Um relatório da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na siglabets esporteinglês)bets esporte2022 indicou que, pelo menos na capital porto-riquenha, San Juan, vem sendo registrado um aumentobets esporte1,77 centímetros do nível do mar por década desde 1962 (equivalente ao índicebets esporteaumento global do nível do mar).

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Pode parecer pouco, mas o relatório detalha que o efeito dessa mudança sobre as marés é "preocupante", ainda mais quando 60% da população da ilha moram no litoral.
Legislação espanhola
O nível do mar vem aumentandobets esportetodo o mundo, mas o impacto da erosãobets esportePorto Rico é muito forte porque o governo da ilha permitiu a construção desenfreada no litoral. Suas leis, regulamentações e políticas públicas são baseadasbets esportedefinições herdadas da legislação colonial espanhola, segundo Chaparro.
As normas aprovadas pela Espanha começaram a vigorar no arquipélagobets esporte1886. Elas foram elaboradas considerando a maré do Mediterrâneo e do mar Cantábrico, que banham a península ibérica. E seu comportamento é diferente dos maresbets esportePorto Rico.

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A ilha caribenha fica na rotabets esportefuracões e esses fenômenos naturais provocam marésbets esportetempestade, com ondas que penetram mar adentro.
O professor também denuncia que,bets esportePorto Rico, foram registrados muitos casosbets esporteemissãobets esportealvarásbets esporteconstrução na costabets esporteforma ilegal.
Alguns casos ficaram muito famosos, como a tentativabets esporteconstruir uma piscina na praia localizadabets esportefrente a um outro conjuntobets esporteprédiosbets esporteapartamentos, na mesma cidadebets esporteRincón. A obra foi embargada pela justiça no ano passado, após intensas manifestações.
O caso foi amplamente divulgado, devido aos insistentes protestosbets esportedezenasbets esportepessoas, que decidiram passar meses acampados no prédio, enquanto o caso tramitava na justiça. Eles afirmavam que, para outorgar as licençasbets esporteconstrução, a costa não foi medida corretamente,bets esporteforma que a piscina ficava na área pública da praia.
Eles também alegaram que, no local, havia ninhosbets esportetartarugas-de-couro, uma espécie ameaçadabets esporteextinção.
Um juiz confirmou as irregularidades e revogou o alvarábets esporteconstrução.
A secretáriabets esporteRecursos Naturais e Ambientaisbets esportePorto Rico, Anaís Rodríguez Vega, admitiu à BBC News Mundo (o serviçobets esporteespanhol da BBC) que os estatutos que controlam a costa litorânea precisam ser revistos e que a erosão é um problema urgente.
"Dizer que é uma lei que está vigentebets esporteacordo com o tempo seria faltar com a verdade", comenta ela, no seu escritóriobets esporteSan Juan.

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Perguntamos o motivo que fez com que a legislação não sofresse alterações por maisbets esporteum século e a secretária afirmou que a responsabilidade é do Legislativo da ilha: "teria que perguntar ao poder legislativo", respondeu ela.
Em Porto Rico, o poder executivo, ao qual pertence a secretaria, também pode apresentar propostasbets esportelegislação, mas Rodríguez afirmou apenas que esta opção está sob "avaliação".
A secretária também concordou com as denúnciasbets esporteconstruções ilegais, que chamabets esporte"inescrupulosas", e indicou que os esforços dabets esporteagência estão concentradosbets esporte"orientar a população", para que as pessoas, "ao adquirirem terrenos, saibam o que elas podem construir".
Sobre os edifícios que foram destruídos pelo mar e abandonados no litoral, Rodríguez afirma que não o número dessas construções é desconhecido. Existe um projetobets esporteandamento para identificá-los, mas, como não se sabe onde eles estão, não foi possível especificar quando irá começar alguma iniciativa parabets esportedemolição.
Hotel no mar
Segundo um relatório do Institutobets esportePesquisa e Planejamento Costeirobets esportePorto Rico,bets esporte2018, o limite entre o mar e a terra no arquipélago já havia se retraídobets esporte99 km terra adentro. E, além disso, cercabets esporte58 kmbets esportepraia também haviam se movido para o interior.
Os cientistas que apresentaram suas conclusõesbets esportedezembro passado pediram que o governo levassebets esporteconta essas mudanças no litoral para gerar soluções e evitar desastres futuros, protegendo as vidas, as propriedades e o trabalho. Mas o tempo é curto.
"As ilhotas dos recifes já diminuírambets esportemaisbets esporteum terço. Estão muito menores do que antes", afirma o capitão Elick Hernández,bets esporte65 anos. Ele exerce seu ofício há 40 anos e trabalhava transportando turistas para a ilha Ratones, na cidadebets esporteCabo Rojo, no sudoeste do país.

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O pequeno pedaçobets esporteterra mencionado por ele que ainda resiste fica exatamente nas águas atrás dabets esportecasa, no bairro Joyuda. E está diminuindo ano após ano, segundo ele nos conta enquanto o circundamos nabets esportelancha.
De onde estamos, podemos ver como afundou o embarcadouro da ilha e, agora, nenhum barco consegue atracar. As estruturas que havia no local também foram destruídas. Os restosbets esporteum antigo banheiro, com o lado externo pintadobets esporteazul, ficaram sobre a areia.
Na lancha do capitão, também viajam Guarionex Padilla – um vizinho que ele considera seu sobrinho – e seu cachorro Floqui.

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Hernández comenta que chegava a levar até 100 pessoas para a ilha Ratones. Agora, ele precisou se "reinventar" e seu sustento é fazer passeiosbets esportemar aberto.
O capitão cresceubets esporteJoyuda (uma praiabets esporteCabo Rojo) e passou décadas observando as mudanças da ilha Ratones. Mas ele afirma com convicção que o furacão Maria foi o desastre natural que provocou maior erosão.
"Esses furacões antes eram mais suaves, chegavam com categoria menor. Mas, agora, vêm furacões com categoria cinco, quatro, três", ele conta. "São monstros que alteram as praias e o fundo do mar, as montanhas, os vales, tudo."
Elsie Herger tem 77 anos e é proprietária do hotel Hostería del Marbets esporteOcean Park, um bairro da capital San Juan. Ela concorda com Hernández. No seu caso, não foi uma ilha que desapareceu com o furacão Maria, mas a costa que ficava exatamente atrás do seu hotel e que era o seu principal atrativo.

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"Quando comprei o Hostería, era um hotel na praia. Agora, anunciamos como um hotel no mar. Às vezes, pensobets esporteanunciá-lo como barco", comenta ela, sarcástica, enquanto conversamos no terraço do hotel.
Atrás do terraço, na areia, Herger colocava mesas para os visitantes. As pessoas tinham acesso a um balcão ao ar livre na praia e a um restaurante. Mas, com o desaparecimento da areia, o mar agora se choca contra a parede traseira do edifício.
A maré é um problema sério para a estrutura, construída originalmente na décadabets esporte1940 e remodelada nos anos 1980 pela atual proprietária.
"Vivo consertando a estrutura", lamenta ela. "As janelas caem. Outro dia, caiu uma parede do restaurante e encheubets esporteareia. Eu pinto toda semana, a eletricidade é prejudicada..."
Herger acrescenta que "muitos turistas, quando sabem que temos o mar, mas não temos praia, cancelam as reservas. Prejudicou tanto o serviçobets esportealimentação quanto obets esportehospedagem."
Compassobets esporteespera
Elick Hernández mudou seu negócio para sobreviver, mas Elsie Herger não tem a mesma sorte. Ela comenta que precisabets esporteuma solução rápida para protegerbets esportepropriedade.
Herger afirma que não é só por ela, mas por toda a comunidade. Se o seu hotel, que é a estrutura mais próxima do mar nabets esporterua, deixarbets esporteexistir, o restante do bairro logo será afetado.
Mas as autoridadesbets esportePorto Rico e dos Estados Unidos, até o momento, não apresentaram nenhuma proposta.
"O Corpobets esporteEngenheiros dos Estados Unidos diz que está fazendo um estudo, mas que só ficará prontobets esporte20 anos", comenta Herger. "E nós não queremos esperar 20 anos, estamos dispostos a pagar pelo que nos recomendarem."
Em outros bairros, comobets esporteVilla Cristiana, as pessoas também estão à esperabets esporteuma solução. Mas as suas possibilidades são reduzidas, já que, ali, os recursos são escassos.
Embora afirme que não tem certeza se é o correto a ser feito, Janet Quiñones pediu maisbets esporteuma vez durante a entrevista a construçãobets esporteum quebra-mar na parte traseira dabets esportecasa.

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Conversamos com a prefeitabets esporteLoíza, Julia Nazario,bets esportefrente a uma peixaria destruída pelo mar nabets esportecidade. Segundo ela, o quebra-mar nem sempre é a melhor opção porque ele protege a terra àbets esportefrente, mas pode agravar a erosão nas suas pontas.
Nazario propôs que sejam promovidos, nas suas comunidades, projetos compatíveis com o meio ambiente, que ajudem a controlar as marésbets esportetempestadebets esporteforma natural, como o cultivobets esporterecifesbets esportecoral ou a colocaçãobets esportedunasbets esporteareia.

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A secretáriabets esporteRecursos Naturais e Ambientais, Rodríguez Vega, afirmou quebets esporteagência destinou fundos com este propósito. E que também colabora com organizações sem fins lucrativos para tentar restaurar as barreiras naturais nas praias.
Mas estas são soluçõesbets esportelongo prazo. Para o professor Chaparro, o urgente a ser feito é impedir as construções no litoral. Para isso, é preciso aprovar legislação, o que já foi tentadobets esportevárias ocasiões, sem sucesso.
Enquanto isso, Quiñones afirma que não pode se mudarbets esportecasa. Sua filha mora no andarbets esportebaixo com a família. Mudar-se exigiria encontrar duas casas novas.
Construir ou comprar, com o baixo valor dabets esporteaposentadoria, é praticamente impossível. Ela já entroubets esportecontato com as agências do governo, mas o mar está ganhando cada vez mais terreno e a ajuda não chega.
Quiñones afirma que já perdeu a esperança.
"Costuma-se dizer que 'o mar tomabets esportevolta o que é dele'. Não sei se você já ouviu isso", comenta ela, enquanto caminha pela estrada destruída e ouvimos as ondas golpeando com força os pedaços arrancados.











