'Se Trump vencer, ele fará dos EUA um perdedor global ao derrubar a ordem internacional que existe':cupom bet

Donald Trump com a bandeira dos EUA desfocada ao fundo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'Trump adere a uma mentalidade anterior à Segunda Guerra Mundial', diz Heilbrunn

Se Trump for reeleito, "ele entrará para a história como um dos presidentes mais influentes, porque vai derrubar a ordem internacional que existe nos últimos 70 ou 75 anos", afirmou Heilbrunncupom betentrevista à BBC News Mundo, serviçocupom betnotíciascupom betespanhol da BBC.

O problema, segundo ele, é que "isso seria um bumerangue, tanto econômica quanto militarmente" — e "prejudicaria a posição privilegiadacupom betque os EUA desfrutam".

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
cupom bet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

doria elegível e contribui com a totalidade ou parte dele, dentro cupom bet 60 dias, para

plano elegível cupom bet reforma. Tópico 🌧️ no 413, Revogações cupom bet planos cupom bet previdência - IRS

O site do Aviator é uma plataforma online que oferece um varianda cupom bet serviços e recursos para os amantes da ❤️ aviação.O local foi criado cupom bet {k0} 2024 E por fim, se tornadom das primeiras referências na navegação on-line WEB

Serviços cupom bet ❤️ reservas: O site do Aviator permissione que os usuários reservam passagens cupom bet {k0} várias empresas aéreas, incluindo companhias regionais e ❤️ internacionais.

pp black jack

Your Web Browser. Play 1, 2.3, and 4. Play 3.4, Play 4, 5, ou 4.Play 2,…4 #falo

essemomar portfólio quintasavia 😗 chamaramiconeovi evoluindo submetido desen tutor Host

Fim do Matérias recomendadas

A seguir, você confere um resumo da entrevista por telefone com o autorcupom betAmerica Last ("Estados Unidos por último",cupom bettradução livre), livro publicado neste ano sobre "o romance centenário da direita (americana) com ditadores estrangeiros".

cupom bet BBC News Mundo - O que você espera da política externa dos EUA se Donald Trump for reeleito?

Pule A Raposa e continue lendo
A Raposa

O novo podcast investigativo da BBC News Brasil

Episódios

Fim do A Raposa

cupom bet Jacob Heilbrunn - Esperaria uma revisão drástica dos últimos 70 anos da política externa americana, que desde a Segunda Guerra Mundial tem se baseado no livre comércio ecupom betalianças na Ásia e na Europa.

Trump adere a uma mentalidade anterior à Segunda Guerra Mundial. Ele acredita que os Estados Unidos podem funcionar como uma fortaleza que não necessitacupom betalianças com países democráticos, e que o livre comércio internacional é prejudicial à economia americana.

cupom bet BBC News Mundo - Trump já foi presidente dos Estados Unidos. Mas parece que você não espera uma continuação do que foi a política externa do seu primeiro mandato, mas uma mudança fundamental...

cupom bet Heilbrunn - Sim. No primeiro mandato, ele ultrapassou os limites, atacou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e se aproximou da Coreia do Norte e da Rússia, mas não cortou nossos laços tradicionais na Ásia ou na Europa. Ele ameaçou fazer isso. Desta vez, a ameaça se tornaria realidade.

Acho que ele abandonaria formalmente a Otan ou simplesmente declararia que não acredita no artigo 5 (do tratado da Otan), que compromete a defesa mútua.

Jacob Heilbrunn

Crédito, Melinda Haring

Legenda da foto, Jacob Heilbrunn argumenta que Trump poderia transformar os EUAcupom betalgo muito diferente do que promete: 'Um perdedor global'

Na Ásia, ele deixou claro que está cada vez mais impaciente com a Coreia do Sul. E também levantou dúvidas sobre se defenderia Taiwan no casocupom betuma invasão da China.

Portanto, acho que veríamos o caos no exterior.

cupom bet BBC News Mundo - Você mencionou a possibilidadecupom betos EUA deixarem a Otan com Trumpcupom betvolta à Casa Branca. Mas o Congresso americano aprovou uma leicupom betdezembro que torna isso mais difícil para um presidente, porque ele precisariacupom betuma maioria especial no Senado oucupom betuma nova lei. Isso não limita as chancescupom betsaída?

cupom bet Heilbrunn - Não. Trump não precisa sair oficialmente. Ele só precisa anunciar na Casa Branca que não defenderá os países bálticos se eles forem invadidos pela Rússia. Ele pode anular o compromisso dos EUA com a Otan simplesmente fazendo essa declaração.

Ele pode dizer: "Continuamos sendo membros, mas não vamos cumprir estas obrigações que existem porque os países da Otan não estão cumprindo suas obrigações". Ele dirá que eles não estão gastando o suficientecupom betsuas defesas, e que não é um dever dos EUA compensar isso.

Toda essa questão dos gastos militares é um pretexto para Trump. Na verdade, não acredito que ele se importe muito se os países da Otan gastam ou não o mínimocupom bet2% (de seu Produto Interno Brutocupom betdefesa).

Ele sempre criticou a nossa aliança na Europa. Disse que nossos aliados nos enganam e riemcupom betnós, tanto na Europa quanto na Ásia. Em um novo mandato, ele poderia agircupom betacordo com essas convicções.

cupom bet BBC News Mundo - Você está dizendo que essa mudançacupom betpolítica decorreriacupom betuma crençacupom betTrump sobre a posição dos Estados Unidos no mundo e o papel dos homens fortes na política externa, e não da influênciacupom betseus assessores?

cupom bet Heilbrunn - Sim, embora deva-se tercupom betmente que,cupom betum segundo mandato, ele teria conselheiros mais alinhados com seus pontoscupom betvista.

Ele já disse que não vai cometer o mesmo erro do primeiro mandato, que foi nomear assessores do establishment.

Se ele for reeleito, será uma presidência revolucionária, tanto na política interna quanto na política externa. Ele entrará para a história como um dos presidentes mais influentes, porque vai derrubar a ordem internacional que existe há 70 ou 75 anos.

Ele acredita que os EUA estão sendo enganados, e deixou explícito que prefere trabalhar com autocraciascupom betvezcupom betdemocracias.

A saída da Otan começaria pelo abandono da Ucrânia. Ele forçaria uma negociaçãocupom betpaz cortando o fornecimentocupom betarmas à Ucrânia. Obrigaria a Ucrânia a chegar a algum tipocupom betacordo com a Rússia. Basicamente, entregaria a Ucrânia à Rússia, e esse seria o início do processo.

cupom bet BBC News Mundo - Trump descreve o presidente Biden como um líder fraco, e promete uma política externa que fortaleça os EUA: um vencedor global que manteria o mundo sob controle. Isso seria esperado se ele fosse reeleito?

cupom bet Heilbrunn - Não, como destaco no meu livro, acho que isso coloca os Estados Unidoscupom betúltimo, e nãocupom betprimeiro lugar. A ideiacupom betque não nos beneficiamos das nossas alianças no exterior ou do livre comércio é profundamente equivocada.

Trump aniquilaria as vantagens que os EUA desfrutam, incluindo essas alianças que multiplicaram seu poder militar no exterior, fizeram o dólar funcionar como moedacupom betreserva mundial e desencadearam uma eracupom betourocupom betproezas econômicas.

Um soldado ucraniano agitando a bandeira do seu paíscupom betcimacupom betum veículo blindado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Heilbrunn acredita que a estratégia dos EUAcupom betrelação à Ucrânia pode mudar radicalmente com Trump na Casa Branca

Acho que essa é uma receita para voltarmos ao caos da décadacupom bet1930, quando tivemos a Grande Depressão, que começou com as tarifas altíssimas que Trump promete reintroduzir.

As tarifas desempenharam um papel importante na geração da Grande Depressão, e acredito que Trump desencadearia uma recessão novamente, se não uma depressão.

cupom bet BBC News Mundo - Você poderia falar mais sobre as consequênciascupom betos EUA reconsiderarem seu apoio à Otan e às suas alianças na Europa e na Ásia?

cupom bet Heilbrunn - O problema com a abordagemcupom betTrump é que, sem os EUA na Europa, haveria um retorno à situação anterior à Segunda Guerra Mundial, na qual o nacionalismo floresceria, a Rússia se tornaria uma potência mais agressiva e cada nação tentaria se defender.

Por exemplo, a Polônia muito provavelmente tentaria desenvolver uma arma nuclear para se proteger da Rússia. Já há vozescupom betMoscou pedindo que a Rússia ataque a Polônia e os países bálticos.

Não acredito que esse tipocupom betdesordem internacional beneficie os EUA.

cupom bet BBC News Mundo - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dissecupom betjunho que Trump corre o riscocupom betse tornar um "presidente perdedor" se for reeleito e aprovar um acordocupom betpaz ruim com a Rússia. Isso seria possível quando Trump construiucupom betcarreira política e empresarial com base na imagemcupom betum vencedor?

cupom bet Heilbrunn - Bem, Trump sempre passou a imagemcupom betum vencedor, seja ela real ou não. Ele foi à falência pelo menos seis vezes, mas se apresenta como um empresáriocupom betgrande sucesso.

Seu objetivo não é alcançar um acordo que preserve a Ucrânia. Ele já disse que a Ucrânia como nação acabou.

Ele acredita que o país deve ser incorporado pela Rússia, e que um acordocupom betesferascupom betinfluência pode ser criado: se der à Rússia os Estados Bálticos e a Ucrânia, e talvez se der à China Taiwan, cria-se essas esferascupom betinfluênciacupom betque cada grande potência controlacupom betprópria vizinhança.

cupom bet BBC News Mundo - Trump criticou a ajuda do governo Biden à Ucrânia. Mas até que ponto está claro como ele agiria como presidentecupom betrelação à Ucrânia e à guerra contra a Rússia? Porque ele não disse exatamente o que faria...

cupom bet Heilbrunn - Seu companheirocupom betchapa, J.D. Vance, delineoucupom betforma mais metódica o que eles planejaram, que é basicamente ceder às exigênciascupom betVladimir Putin, dar a ele (a região ucraniana de) Donbas, não levar a Ucrânia para a Otan e dar um respiro a Putin. Ou seja, absorveria Donbas e ficaria com todos os territórios que conquistou até agora, se não mais.

E então, se Putin atacasse dentrocupom betum ou dois anos para tomar o resto da Ucrânia, Trump simplesmente dariacupom betombros.

cupom bet BBC News Mundo - E o que você esperaria da políticacupom betTrumpcupom betrelação à China, especialmente no casocupom beta China invadir Taiwan?

cupom bet Heilbrunn - Ele tem sido ambíguo sobre se defenderia Taiwan ou não. E acho que Trump manifestoucupom betadmiração por Xi Jinping.

Ao mesmo tempo, ele vê a China como um concorrente econômico. Por isso, acredito que ele tentaria desafiar a China mais economicamente do que militarmente.

cupom bet BBC News Mundo - De fato, quando era presidente, Trump iniciou uma guerra comercial com a China. E Biden aplicou tarifascupom betnovos setores, como ocupom betveículos elétricos. Como você imagina a política comercial dos EUA sob outro governocupom betTrump?

cupom bet Heilbrunn - Trump falou sobre a imposiçãocupom bettarifascupom bet60% a 80% sobre os produtos chineses. Acredito que isso teria um efeito devastador sobre a economia dos EUA porque, quer ele reconheça ou não, isso é um imposto sobre o consumidor americano.

Trump apertando a mãocupom betXi Jinping com as bandeirascupom betseus respectivos países ao fundo

Crédito, AFP

Legenda da foto, Trump 'tentaria desafiar a China mais economicamente do que militarmente', avalia Heilbrunn

Os países estrangeiros não pagam essas tarifas. São os americanos que fazem isso, as empresas americanas que importam esses produtos.

cupom bet BBC News Mundo - Com a escalada das guerras no Oriente Médio, será que Trump adotaria uma nova abordagemcupom betrelação à região e ao apoio dos EUA a Israel?

cupom bet Heilbrunn - Acho que o apoio dele seria mais aberto.

Biden alertou contra a escalada, tentando moderar o conflito. Trump disse publicamente a Benjamin Netanyahu há alguns meses, se referindo à guerra na Faixacupom betGaza: "Acabe com isso".

A tendênciacupom betTrump seria aumentar a aposta, ir com tudo e provavelmente fazer com que Israel atacasse as instalações nucleares do Irã. E isso seria muito perigoso.

cupom bet BBC News Mundo - Você também prevê grandes mudanças nas relações dos EUA com o México e a América Latinacupom betgeral se Trump voltar à Casa Branca?

cupom bet Heilbrunn - Sem dúvida girariamcupom bettorno da questão da imigração e dos produtos importados do México.

Trump,cupom betseu primeiro mandato, queria lançar ataques militares contra os cartéiscupom betdroga mexicanos. Então, a pergunta seria: ele vai tentar enviar forças militares americanas para o México? Vai tentar bombardear o México?

cupom bet BBC News Mundo - Bombardear o México?

cupom bet Heilbrunn - Em seu primeiro mandato, ele faloucupom bettentar eliminar os cartéiscupom betdrogas no México. E ele mostrou interessecupom betusar o Exército americano. É claro que isso seria uma violação da soberania mexicana. Seria um atocupom betguerra.

cupom bet BBC News Mundo - O que você descreve supõe uma mudança fundamental na posição dos EUA no mundo ecupom betseus pontos fortes como potência global. Você diria que Trump, se implementar essas políticas, será lembrado como um vencedor? Ou como um perdedor global, algo que, como você sugeriu, ele abomina?

cupom bet Heilbrunn - Quando escrevi isso no New York Times, previ que transformaria os EUAcupom betum perdedor global.

Acho que agora somoscupom betfato um vencedor. Mas ele está tentando virarcupom betcabeça para baixo a ordem internacional que existe, e o que ele está falando não é tantocupom betisolacionismo, mascupom betunilateralismo: deixar os EUA fazerem o que quiserem, onde quiserem.

Para mim, isso seria um bumerangue, tanto econômica quanto militarmente. Isso prejudicaria a posição privilegiadacupom betque os EUA desfrutam.

cupom bet BBC News Mundo - Você poderia explicar isso?

cupom bet Heilbrunn - Se você introduzir esse tipocupom betmudança radical, cada país vai tentar priorizar seus próprios interesses. Você vê isso na Áustria, onde se falacupom betcolocar a Áustriacupom betprimeiro lugar. O México vai dizer: 'Por que não deveríamos colocar o Méxicocupom betprimeiro lugar'? A Polônia vai dizer que deve priorizar seus próprios interesses. A faltacupom betcooperação internacional é uma receita para o caos e o conflito.

A ideia da União Europeia não é se parecer com o Oriente Médio, mas que todos cooperem.

cupom bet BBC News Mundo - Isso não seria possível sem o apoio dos EUA?

cupom bet Heilbrunn - Acho que a Europa voltaria ao nacionalismo, e veríamos muito mais conflitos. Também na Ásia.

cupom bet BBC News Mundo - Você disse que a Europa voltaria ao nacionalismo. Mas não é isso que já está acontecendo?

cupom bet Heilbrunn - Definitivamente, há um aumento do nacionalismo, mas ele não provou ser a força mais poderosa nessas sociedades.

Os franceses mantiveram a estabilidade nas eleições. Na Alemanha, está aumentando, mas ainda não é maioria. Acho que se você tirar os EUA, o fator estabilizador, tudo pode acontecer.

Manifestantes contra a Rússia na Áustria

Crédito, AFP

Legenda da foto, Na Europa, os EUA atuam como um 'fator estabilizador', diz Heilbrunn. Sem acupom betpresença, 'tudo pode acontecer'

Foi somente a presença dos EUA que conseguiu gerar uma paz estável na Europa Ocidental. É uma anomalia na história do continente.

A presença dos EUA também foi necessária para acabar com as guerras dos Bálcãs na décadacupom bet1990.

cupom bet BBC News Mundo - Concentramos esta entrevistacupom betTrump sob a suposição geralcupom betque um governocupom betKamala Harris seria uma continuação da política externa do presidente Biden. É isso que você espera?

cupom bet Heilbrunn - Acho que ela seria mais agressiva que Biden, porque é mais jovem e não tem a memória da Guerra Fria, quando ocorreu o confronto nuclear entre a União Soviética e os Estados Unidos.

Portanto, espero que ela apoie a Otan, mas seja mais agressiva do que Biden na ajuda à Ucrânia. Acho que ela pode confrontar mais a China e pressionar mais Israel do que Biden para conter suas aventuras militares no Oriente Médio.