Conflito Israel-Hamas: como festivalloteria sertanejamúsica criado por pailoteria sertanejaAlok virou pesadelo com maisloteria sertaneja200 mortos :loteria sertaneja

Os sonsloteria sertanejasirene antiaérea se misturaramloteria sertanejarepente com as batidasloteria sertanejamúsica eletrônica que ecoavam pelos alto-falantes do festival Universo Paralello - Supernova, nas proximidades da comunidade Re'im,loteria sertanejaIsrael.

A festa estava sendo realizadaloteria sertanejaum deserto a menosloteria sertaneja20 km da Faixaloteria sertanejaGaza, território palestino, na mesma horaloteria sertanejaque teve início o ataque surpresa do grupo Hamas.

O festivalloteria sertanejamúsica eletrônica foi criado pelo pai do DJ brasileiro Alok, Juarez Petrillo, conhecido como DJ Swarup.

Em seu Instagram, Petrillo publicou imagensloteria sertanejapessoas correndo após os ataques começarem. Ele disse que estava escalado para ser o próximo artista a subir ao palco.

Em vídeos compartilhados pelas redes sociais, dezenasloteria sertanejapessoas correm no desertoloteria sertanejameio a carros buzinando. Ao fundo, é possível ouvir o somloteria sertanejatiros.

"Pessoas foram mortasloteria sertanejatodos os lugares", relata Gili Yoskovich, uma das participantes do festival.

"Esse é um festival para jovens, e muitos deles morreram na estrada."

"Quem tentava fugir era atingido pelas balas. Eles [os combatentes do Hamas] atiravamloteria sertanejatodos os lados", diz ela.

Em imagens aéreas feitas após o ataque, é possível ver um dos palcos do evento. Ao fundo,loteria sertanejauma árealoteria sertanejafloresta, há uma fumaça.

Ao redor, há dezenasloteria sertanejacarros abandonados. Alguns estão queimados ou danificados.

Segudo as autoridades israelenses, pelo menos 260 pessoas que participavam do festival Universo Paralello - Supernova foram mortas.

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Desfecho inesperado

O festival estava sendo realizado no deserto do sulloteria sertanejaIsrael e coincidia com o feriado judaicoloteria sertanejaSucot (também conhecido como "Festa dos Tabernáculos" ou "Festa das Cabanas").

"Chegou o momentoloteria sertanejaque toda a família está prestes a se reunir novamente", escreveram os organizadores promovendo o evento nas redes sociais. "E como vai ser divertido!"

Agora, as mesmas páginas nas redes sociais estão cheiasloteria sertanejacomentáriosloteria sertanejapessoas desesperadas tentando encontrar entes queridos.

Muitos desapareceram depois que militantes palestinos invadiram o festival e abriram fogo.

O gaúcho Ranani Nidejelski Glazer,loteria sertaneja23 anos, e a carioca Bruna Valeanu,loteria sertaneja24, que também estavam desaparecidos, tiveram suas mortes confirmadas pelo Itamaraty.

Outros dois brasileiros, Rafael Zimerman e Rafaela Treistman, namoradaloteria sertanejaGlazer, escaparam com vida.

"A Embaixadaloteria sertanejaTel Aviv colheu, até agora, por meioloteria sertanejaformulário online, os dadosloteria sertanejacercaloteria sertanejamil nacionais (brasileiros) e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedadosloteria sertanejaTel Aviv e Jerusalém", diz a nota do Itamaraty.

No Instagram, os organizadores do evento publicaram um posicionamento sobre o ocorrido e dizem que estão "chocados, consternados e indignados".

"Não temos informações confiáveis ou fontes seguras sobre o ocorrido. Muitas informações publicadas pelos veículosloteria sertanejaimprensa não são oficiais. As fontes que temos estãoloteria sertanejachoque eloteria sertanejarisco se protegendoloteria sertanejauma guerra declarada."

Sirenes e mísseis

Ortel, outra participante da festa, disse que o primeiro sinalloteria sertanejaque algo estava errado foi quando uma sirene tocou ao amanhecer — um alertaloteria sertanejamísseis.

Testemunhas oculares disseram que os foguetes foram rapidamente seguidos por tiros.

"Desligaram a eletricidade e,loteria sertanejarepente, do nada, eles [militantes do Hamas] entraram atirando, disparandoloteria sertanejatodas as direções", disse ela ao Canal 12, uma emissoraloteria sertanejaIsrael.

"Cinquenta terroristas chegaramloteria sertanejavans, vestidos com uniformes militares", ela disse.

As pessoas tentaram fugir do local; muitas correram pela areia e entraramloteria sertanejaseus carros para tentar ir embora. Mas participantes da festa disseram que havia jipes cheiosloteria sertanejahomens armados atirando nos carros.

"Eles dispararam rajadas e chegamos a um pontoloteria sertanejaque todos pararam os veículos e começaram a correr. Eu me escondiloteria sertanejauma árvore, um arbusto, e eles simplesmente começaram a atirar nas pessoas. Eu vi muitas pessoas feridas e observava tentando entender o que estava acontecendo."

O local do festival — com três palcos, uma árealoteria sertanejaacampamento e uma árealoteria sertanejabar e comida — estava no desertoloteria sertanejaNegev, pertoloteria sertanejaRe'im.

O local não fica longe da Faixaloteria sertanejaGaza,loteria sertanejaonde os combatentes do Hamas cruzaram ao amanhecer do sábado (7/10) para lançar seu ataque.

'Eles foramloteria sertanejaárvoreloteria sertanejaárvore'

Citada no início da reportagem, Gili Yoskovich era uma entre as centenasloteria sertanejaparticipantes do festival no deserto.

Ela descreveu à BBC como se escondeu debaixoloteria sertanejauma árvoreloteria sertanejaum campo enquanto homens armados atiravamloteria sertanejaqualquer pessoa que encontrassem.

"Eles estavam ao lado dos carros e começaram a atirar, mas percebi que era muito fácil morrer ali."

“Algumas pessoas estavam atirandoloteria sertanejamim. Saí do carro e comecei a correr, vi um lugar com muitos pomelos [uma fruta cítrica] e fui até lá."

“Eu estava no meio [deste campo], deitada no chão. Eles foramloteria sertanejaárvoreloteria sertanejaárvore e atiravam."

"Vi gente morrendo por todo lado. Fiquei muito quieta. Não chorei, não fiz nada."

“Eu pensava: ‘OK, vou morrer. Está tudo bem, apenas respire e feche os olhos’, porque ouvia tirosloteria sertanejatodos os lados, e tudo acontecia muito pertoloteria sertanejamim."

"Então ouvi os terroristas abrirem uma grande van para pegar mais armas. Eles ficaram na área por cercaloteria sertanejatrês horas."

"Eu tinha certeza que o Exército viria, até ouvi alguns helicópteros. Mas não havia ninguém, apenas os terroristas."

“Eles estavam muito pertoloteria sertanejamim, minha perna tremia."

'Fingi estar morta'

Esther Borochov disse à Reuters que estava dirigindo quando o veículo dela foi atingido.

Um jovem dirigindo outro veículo parou e disse a ela que entrasse. Ela entrou no carro, mas o carro foi alvejado por tiros. O motorista foi baleado à queima-roupa.

Esther disse que fingiu estar morta até ser finalmente ser resgatada pelo Exército israelense.

"Não conseguia mexer as pernas", disse ela à Reuters, já no hospital.

Muitos participantes do festival se esconderamloteria sertanejaarbustos e pomares próximos por horas, esperando que o Exército chegasse e os resgatasse.

"Coloquei o telefone no modo silencioso e comecei a rastejar por um pomarloteria sertanejalaranjeiras", relatou Ortel.

"Os tiros passavam por cimaloteria sertanejamim."