'Não vamos dizer ao Brasil com quem se associar', diz embaixadora dos EUA na ONU sobre reaproximação com China:bet365 me

Crédito, RICARDO STUCKERT
Xi Jinping e Lula se encontrarambet365 meabril,bet365 mePequim
Ao retornarbet365 mePequim, Lula afirmou que os acordos comerciais firmados na China atingiam a cifrabet365 meR$ 50 bilhões.
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Em comparação, ao voltarbet365 meWashington, Lula trouxe apenas um compromissobet365 meUS$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, recurso considerado exíguo pela gestão brasileira.
Há duas semanas, o governobet365 meJoe Biden anunciou que o aporte ao Fundo Amazônia deverá chegar a US$ 500 milhõesbet365 me5 anos, mas a doação ainda dependebet365 meaprovação do Congresso.
Confrontada com a aparente dificuldade dos EUAbet365 memandarem dinheiro à América Latina, enquanto cresce na região a presença chinesa, Thomas-Greenfield afirmou que os americanos não fazem “anúncios frívolos” ao Brasil, e que seus investimentos no país já geraram 700 mil empregos. Disse ainda que Biden trabalhará com o Congresso para cumprir a promessa que fez para a Amazônia.
Já sobre a Guerra da Ucrânia, o tom da diplomata foi mais duro. Ela admitiu que os EUA ficaram “desapontados” com as declaraçõesbet365 meLulabet365 meque os EUA promoviam o conflito,bet365 meque a Ucrânia também é responsável pela guerra ebet365 meque o país teria eventualmente que ceder a Crimeia para a Rússia para terminar a guerra.
Embora o Brasil tenha repetidas vezes condenado na ONU a invasão russa e a anexaçãobet365 meterritórios ucranianos, as falasbet365 meLula, seguidas da visita a Brasília do chanceler russo Sergey Lavrov, recebido por uma hora e meia pelo presidente brasileiro, levaram o porta-voz do Conselhobet365 meSegurança Nacional dos EUA, John Kirby, a dizer que o Brasil “papagueava” propaganda russa e chinesa no assunto.
Questionada se os americanos perderam a confiança no governo brasileiro sobre o assunto, Thomas-Greenfield afirma que “se o Brasil leva a sério a busca pela paz, precisa se envolver com a Ucrânia”.
A afirmação da diplomata é uma crítica ao fatobet365 meque, embora Lula tenha recebido Lavrov, e seu assessor internacional Celso Amorim tenha visitado o líder russo Vladimir Putinbet365 meMoscou, o contato com a Ucrânia se limitou a uma vídeochamadabet365 meLula com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Há dez dias, enquanto visitava Portugal e colhia a repercussão negativabet365 mesuas falas entre europeus, Lula decidiu que Amorim irá também visitar a Ucrânia e se encontrará com Zelensky,bet365 medata ainda não definida.
Perguntada se via no Brasil condiçõesbet365 memediar o conflito, Thomas-Greenfield desconversou: “Vários países apresentaram propostasbet365 mepaz e saudamos qualquer esforço”.
A embaixadora americana terá encontros com o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o assessor da presidênciabet365 merelações exteriores Celso Amorim. Thomas-Greenfield também tinha a expectativabet365 mese encontrar com Lula, o que não havia sido confirmado até o fim da tarde desta segunda (1/5).

Crédito, Divulgação
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, visita o Brasil no começobet365 memaio
Em Brasília, Thomas-Greenfield ainda deve tratar das crises na Nicarágua, Venezuela e Colômbia, da possibilidadebet365 meque o Brasil componha uma força multinacional ao Haiti (que os EUA incentivam e os brasileiros resistem) e do avanço no acordo bilateral entre Brasil e EUA para combate ao racismo, o Japer, que levará a diplomata também a Salvador.
Leia a seguir os principais trechos da entrevistabet365 meThomas-Greenfield à BBC News Brasil, editada por concisão e clareza:
bet365 me BBC News Brasil - O Brasil já votou contra a anexação territorialbet365 mepartes da Ucrânia pela Rússia na ONU, masbet365 merecente visita à China, o presidente Lula disse que os EUA deveriam “pararbet365 meincentivar a guerra”, acusou mais uma vez os ucranianosbet365 metambém serem responsáveis pelo conflito e dias depois recebeu o chanceler russo Sergey Lavrov, que disse ao lado do chanceler brasileiro que Brasil e Rússia compartilham perspectivas sobre a guerra. Em resposta, John Kirby acusou Lulabet365 mepapaguear a propaganda russa e chinesa sobre o assunto. Os EUA perderam a confiança no Brasil no tema?
bet365 me Linda Thomas-Greenfield - Somos um parceirobet365 melonga data do Brasil e nos envolvemos com o Brasilbet365 meum grande númerobet365 mequestões. E como você notou, o Brasil votou para condenar o ataque da Rússia à Ucrânia, a anexação do território ucraniano pela Rússia, e, recentemente, votaram que quaisquer decisões relacionadas a isso devem estar estar embasadas na cartabet365 meprincípios da ONU. Portanto, esperamos que o Brasil continue a apoiar esses esforços.
E direi que ficamos desapontados com os comentários e as declarações que foram feitas durante a viagem (de Lula à China). Mas acho que, à medida que continuamos nossas discussões com o Brasil, incentivamos que eles também se envolvam com a Ucrânia.
O presidente Biden deixou claro que nada sobre a Ucrânia (deve ser decidido) sem a Ucrânia. Então, se o Brasil leva a sério a busca pela paz, precisa se envolver com a Ucrânia, alémbet365 meapoiar a resolução da ONU que não reconhece a anexação do território ucraniano pela Rússia. Espero ter mais discussões in loco com autoridades brasileiras enquanto eu estiver lá para falar sobre a Ucrânia, mas há outras questões que também discutiremos, como a situação na Venezuela, a situação no Haiti, a Colômbia.
E olharemos para as áreas onde temos valores fortes e duradouros. Somos as duas maiores democracias deste continente, nós temos issobet365 mecomum, e acho que essa semelhança definirá como nosso relacionamento avançará.
bet365 me BBC News Brasil - Considerando as declarações recentes, os EUA veem o Brasilbet365 meposição para mediar o fim da guerra da Ucrânia?
bet365 me Thomas-Greenfield - Vários países apresentaram propostasbet365 mepaz e saudamos qualquer esforço para encontrar uma solução pacífica para esta situação desde que embasada na carta da ONU, que reconheça a integridade territorial da Ucrânia e que traga paz ao povo da Ucrânia.

Crédito, Getty Images
Paredebet365 meestádiobet365 mefutebol na Ucrânia parcialmente destruído por ataque russo
bet365 me BBC News Brasil - Na semana passada, a BBC Brasil revelou que os EUA pediram a extradiçãobet365 meum homem acusadobet365 meser espião ilegal russo ebet365 meter atuado nos EUA sob identidade brasileira. É o terceiro caso do tipobet365 mepoucos meses. Os EUA temem que o Brasil tenha se convertidobet365 meum berçáriobet365 meespiões russos?
bet365 me Thomas-Greenfield - O governo brasileiro indiciou esta pessoa pelos atos que ela cometeu (no Brasil) e ela foi também acusada nos Estados Unidos. Não posso comentar mais sobre isso. Mas, para responder àbet365 mepergunta, esperamos continuar a cooperar com o Brasil nesta questão.
bet365 me BBC News Brasil - Há duas semanas, pouco depois da visitabet365 meLula à China, os EUA anunciaram uma promessabet365 meUS$ 500 milhões para o fundo Amazônia. Mas a chancebet365 meo recurso ser aprovado no Congresso é baixa. Como o governo Biden pretende viabilizar essa doação?
bet365 me Thomas-Greenfield - O presidente assumiu o compromisso (para o Fundo Amazônia) e também se comprometeu a quadruplicar nosso financiamento climático internacional, para US$ 11 bilhões. E ele trabalhará com membros do Congresso para honrar esse compromisso.
bet365 me BBC News Brasil - Biden também trabalhou para levar Lula ao encontro do G7bet365 meHiroshima. Deve haver algum outro anúncio durante o evento no Japão?
bet365 me Thomas-Greenfield - Já fizemos uma promessabet365 me500 milhões e estamos empenhadosbet365 meapoiar os compromissos climáticos do Brasil, comprometidosbet365 mehonrar nossas próprias metas climáticas e apoiar todos os esforços para lidar com o que o secretário-geral (da ONU, António Guterres) chamoubet365 meameaça existencial ao nosso futuro. Portanto, continuaremos a trabalhar nesse esforço. Não posso dar uma préviabet365 mequais anúncios podemos fazer lá (em Hiroshima), mas nossos anúncios anteriores mostram como nossos compromissos são fortes.
bet365 me BBC News Brasil - Eu lhe pergunto isso porque enquanto os EUA parecem estar tendo certa dificuldade para enviar dinheiro para a América Latina, vemos a China cada vez mais aumentandobet365 mepresença na região. Na última visitabet365 meLula a Pequim, China e Brasil concordarambet365 mecomeçar a fazer negócios sem o dólar, usando o RMB (yuan). O governo Biden está preocupado com isso?
bet365 me Thomas-Greenfield - Nossa parceria é nossa maior preocupação, e nossa parceria é forte. Temos grandes investimentos no Brasil. E nossos investimentos mostram resultados concretos para o povo brasileiro, já geraram maisbet365 me700 mil empregos no Brasil.
Eles não são apenas anúncios frívolos, mas são anúncios concretos que impactam a vida das pessoas. Não vamos dizer ao Brasil com quem deve se associar para suas prioridades econômicas. Mas o que vamos falar é do nosso compromisso, das nossas relações, dos nossos investimentos neste país, que foram extraordinariamente fortes e tiveram um impacto incrível na vida das pessoas comuns.

Crédito, Ricardo Stuckert
Biden e Lulabet365 mereunião com seus ministros na Casa Branca,bet365 mefevereiro
bet365 me BBC News Brasil - O Brasil é atualmente membro temporário do Conselhobet365 meSegurança da ONU e tem uma antiga demanda por um assento permanente no colegiado. Os EUA apoiarão oficialmente a inclusão do Brasil no Conselho? Como isso seria feito?
bet365 me Thomas-Greenfield - O presidente Biden já disse que apoiamos a expansão do Conselhobet365 meSegurança para membros permanentes e não permanentes. Não cabe aos EUA selecionar esses membros.
O que estamos fazendo é ter uma discussão muito aberta e amplabet365 metodas as regiões do mundo para falar sobre como podemos avançarbet365 memaneira concreta para alcançar a reforma do Conselhobet365 meSegurança. Portanto, apoiamos a (aspiração da) América Latina, apoiamos a África para (contar com) novos membros no Conselhobet365 meSegurança, mas faremos parte do que será um processo democrático para selecionar quaisquer novos membros.
E o que compreendemos ao fazer esta escuta ao longo dos últimos meses é que temos que ser flexíveis para chegar a um processo crível, que seja aceito por todos os que manifestaram o desejobet365 mese tornar um membro permanente.
bet365 me BBC News Brasil - Ainda no ano passado, os EUA demonstraram interessebet365 meque o Brasil mandasse novamente uma força militar ao Haiti, que vive uma situaçãobet365 mecolapso do Estado ebet365 meviolência generalizada. Isso é algo que os EUA ainda gostariam que acontecesse? Por que?
bet365 me Thomas-Greenfield - Temos no Conselhobet365 meSegurança trabalhado para apoiar uma força multinacional, que não seja da ONU, para ir ao terreno e apoiar a situaçãobet365 mesegurança no Haiti. E damos as boas-vindas à participaçãobet365 mequalquer país nesse processo.
Estamos todos muito preocupados com a situação, especialmente porque as gangues continuam a aterrorizar os cidadãos comuns, bloqueando a assistência humanitária, obrigando os hospitais a fechar. Então a situaçãobet365 mesegurança é muito preocupante, é muito ameaçadora.
E gostaríamos da participação ativa do Brasil nessa força multinacional. Esta será, obviamente, uma das questões que discutirei quando estiverbet365 meBrasília.
Todos nós queremos que isso (envio da força multinacional) aconteça o mais rapidamente possível. O Conselhobet365 meSegurança ainda está discutindo como isso vai avançar e que tipobet365 meresolução precisaremos para poder colocar issobet365 meprática. Mas estamos trabalhandobet365 meum cronograma muito, muito rápido.
bet365 me BBC News Brasil - Pensandobet365 meAmérica Latina, a senhora citou a situação da Venezuela, por exemplo. Que papel os EUA esperam que o governo Lula tenhabet365 mecrises como Venezuela e Nicarágua?
bet365 me Thomas-Greenfield - O Brasil é um líder na região e a voz do seu presidente, a liderança do país, é fundamental para trabalhar com os países da região para encontrar soluções.
Vou estar no modobet365 meescuta quando estiverbet365 meBrasília. Quero ouvir das autoridades brasileiras o que pensam sobre como devemos lidar com a situação na Venezuela daqui para frente.
Quero ouvir como devemos olhar para a situação na Colômbia e na Nicarágua. A voz do Brasil é importante para nos ajudar a encontrar soluções para todas essas situações.
E eu quero agradecer ao Brasil por ser um anfitrião tão hospitaleiro para tantos refugiados e migrantes. Há maisbet365 me250 mil venezuelanos lá, há afegãos lá. Tem gentebet365 metoda parte do mundo que foi bem recebida pelo povo brasileiro, e isso realmente merece ser elogiado.
bet365 me BBC News Brasil - A senhora irá a Salvador para reativar o único acordo bilateralbet365 mecombate ao racismo que os EUA possuem (assinado nos anos 2000 mas nunca postobet365 meprática). Como esse acordo deve funcionar e que semelhanças vê entre o racismo no Brasil e nos EUA?
bet365 me Thomas-Greenfield - Esta é uma verdadeira parceria e estou muito orgulhosabet365 meser a primeira autoridade americana com nível ministerial a ir a Salvadorbet365 me15 anos. É um sinal que realmente ressalta os compromissosbet365 menossos países com a equidade racial e a inclusão. E acho que o governo Lula fez disso uma prioridade fundamental, assim como o presidente Biden. E eles falaram sobre isso durante a visita (em Washington,bet365 mefevereiro).
Revitalizaremos o acordo realmente procurando maneirasbet365 mepromover a equidade e a justiça racial e proteger as comunidades raciais e indígenas marginalizadas no Brasil e nos Estados Unidos. Temos muitas coisasbet365 mecomum: o fatobet365 meos EUA e o Brasil terem as maiores populações afro fora da África é definitivamente algo que merece a atençãobet365 menossos dois presidentes.




