Brancoscasas de apostasclasse média atacam cotistas porque perderam privilégiocasas de apostasser medíocres, diz escritor pioneiro das cotas:casas de apostas

O escritor Jeferson Tenório, um homem negro, com barba e óculos, posa para fotocasas de apostasfrente a uma estantecasas de apostaslivros

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuticasas de apostasLiteraturacasas de apostas2021, foi um dos primeiros estudantes a ingressar por cotas na UFRGS

Para o autor, o episódio dos jogos universitários exemplifica um ressentimentocasas de apostasuma classe média que tem herança escravagista.

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"Existe uma elite acostumada a ser servida por pessoas pobres e negras. Em 15 anos, esses subalternizados passaram a ser seus colegas. Quando esses dois mundos se encontram, vemos justamente essas cenas que temos visto no meio acadêmico", diz o escritor.

"Há um sentimentocasas de apostasfrustração. Um sentimentocasas de apostasentender que não adianta ter só os meioscasas de apostasprodução, que não é mais possível ser mediano e ser medíocre e ter as coisas mais facilitadas como uma classe média sempre teve."

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Tenório é vencedor do Prêmio Jabuticasas de apostasLiteraturacasas de apostas2021 com O Avesso da Pele (Companhia das Letras, 2020), livro com maiscasas de apostas200 mil exemplares vendidos que explora as relações raciais no Brasil.

A obra que conta a históriacasas de apostasPedro, um jovem negro que reconta a históriacasas de apostasseu pai após seu assassinato por policiais, entrou na lista Programa Nacional do Livro Didático.

No entanto, três estados, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul, pediram o recolhimentocasas de apostasexemplares na redecasas de apostasensino. Nas redes sociais, o autor classificou o episódio como "censura".

Ele relata a experiênciacasas de apostasser o primeiro estudante a concluir uma graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por cotas.

"Antescasas de apostasme formar, lembrocasas de apostasouvir nos corredores que seria difícil conseguir emprego, que nenhuma escola contrataria alguém formado por cotas. Diziam também que os cotistas diminuiriam as notas do curso, uma sériecasas de apostaspreconceitos que não se confirmaram", recorda.

Confira a entrevista abaixo.

casas de apostas BBC News Brasil - Falamos muito nos impactos econômicos da ascensão social. Mas para uma pessoa negra que está ascendendo socialmente, entrando numa universidade, por exemplo, quais são os impactos do pontocasas de apostasvista psicológico e social dessa ascensão?

casas de apostas Jeferson Tenório - Esses são espaços historicamente marcados pela exclusão. Ao ingressarcasas de apostasum ambiente considerado para poucos, os alunos negroscasas de apostasperiferia ecasas de apostasescolas públicas começam a enfrentar diversos conflitos.

O primeiro é a luta pela permanência. Na universidade, o aluno cotista enfrenta obstáculos que seus colegas,casas de apostasgeral, não enfrentam.

Meu livro aborda os primeiros cotistas. Naquela época, não havia redescasas de apostasacolhimento, coletivos negros, movimentos nos diretórios acadêmicos, ou bolsascasas de apostasestudo e pesquisa. Tudo era extremamente precáriocasas de apostastermoscasas de apostasapoio e acolhimento.

Depois desse choquecasas de apostasrealidade, o aluno cotista costuma vivenciar uma solidão. Em um primeiro momento, ele sente vergonha e até medocasas de apostasdizer que é cotista.

Essa vergonha está ligada ao discursocasas de apostasdesvalorização, que questiona a capacidade desses estudantes, e ao medocasas de apostasser tratadocasas de apostasforma diferente por professores ou sofrer retaliações.

Um terceiro estágio surge quando o aluno cotista começa a se apropriar do ambiente acadêmico, mas também acaba sendo cooptado por ele. Nesse ponto, ele pode deixarcasas de apostasreconhecer as pessoas e os espaçoscasas de apostasonde veio. Ele não consegue mais se identificar com o ambiente da periferia, nem enxergar seus antigos amigos como pares.

Isso pode levar este estudante a adotar comportamentos refratários ao lugar onde cresceu, criando uma sensaçãocasas de apostasestar dividido entre dois mundos, quase como se tivesse traído suas origens.

Meu livro explora essa questão: até que ponto esses alunos cotistas precisam ser aceitos, e qual é o preçocasas de apostasbuscar aceitaçãocasas de apostasum ambiente tão branco, burguês e elitista?

casas de apostas BBC News Brasil - Já se passaram maiscasas de apostasdez anos da implementação das cotas e hoje, como você disse, já temos uma rede maiorcasas de apostasapoio, por exemplo, nas universidades. Mas este ano vimos episódios como insultos a alunos cotistas ou mesmo o suicídiocasas de apostasum aluno bolsistacasas de apostasum colégiocasas de apostaselitecasas de apostasSão Paulo. Por que esse ambiente continua tão hostil?

casas de apostas Tenório - É um ambiente hostil, porque é a natureza da universidade. É um ambiente competitivo, frio, anti afetuoso. É um lugarcasas de apostasque se privilegia muito mais a questão da razão. Como se não houvesse espaço para outro tipocasas de apostasrelação com o conhecimento.

Este caso recente aconteceu nos jogos universitários, que sabemos que têm um históricocasas de apostasgritos misóginos, preconceituosos já há algum tempo. Esse ambiente esportivo também é quase como se fosse uma autorização para dizer e fazer qualquer coisa.

Também são alunos que muitas vezes ainda são calouros que ainda não fizeram uma discussão a partircasas de apostaspressupostos teóricos. Ou seja, ainda não teve essa experiência e ainda vem com essa bagagem preconceituosa e racistas.

Mas existe um embate também com alunos que passam a conviver com alunos cotistas, que tem a ver também com uma herança escravagista.

Existe uma elite acostumada a ser servida por pessoas pobres e negras. Em 15 anos, esses subalternizados passaram a ser seus colegas. Quando esses dois mundos se encontram, vemos justamente essas cenas que temos visto no meio acadêmico.

É um ressentimentocasas de apostasuma branquitude e medo da perdacasas de apostasum espaço que é desigual. E um desejocasas de apostasuma manutenção dessa desigualdade, que se demonstra a partircasas de apostasum desses marcadores sociais.

Como disseram alunoscasas de apostasmedicinacasas de apostas2022, tambémcasas de apostasum evento esportivo: "Sou playboy, não tenho culpa que seu pai é motoboy". Ou dizer que é pobre e cotista, como nesse episódio recente.

É uma formacasas de apostasdesvalorizar o que, na verdade, é um direito e uma conquista. Há essa inversãocasas de apostasvalores justamente por esse medo e receiocasas de apostasuma perdacasas de apostasespaço.

casas de apostas BBC News Brasil - A raiz deste ressentimento da classe média é a mudança promovida pelas cotas?

casas de apostas Tenório - O filme Que Horas Ela Volta? (2015) explicita bem o início disso. Como a filha da empregada passa num dos vestibulares mais concorridos para arquitetura, e o filho da patroa, que tem tudo, não consegue passar?

Há um sentimentocasas de apostasfrustração. Um sentimentocasas de apostasentender que não adianta ter só os meioscasas de apostasprodução, que não é mais possível ser mediano e ser medíocre e ter as coisas mais facilitadas como uma classe média sempre teve. É um momento também dessa branquitude ser educada pela presençacasas de apostascotistas.

Essa ideiacasas de apostasque é a universidade precisa ser diversa, ela tem que acontecer na prática. As cotas propiciam que haja justamente esses contatos. Essa convivência que faz bem para todo mundo.

Inclusive, para essa classe burguesa branca, que muitas vezes é alienada, muitas vezes não se dá conta, ou seja, não tem uma postura éticacasas de apostasrelação ao outro, não se preocupa com o outro.

As cotas vão muito alémcasas de apostasbeneficiar pessoas negras e pobres, mas também ajudam nessa educação da branquitude.

casas de apostas BBC News Brasil - É inegável que houve uma efervescência no debate racial no país. Mas esse avanço alcançou as pessoas brancas? Elas também se engajaramcasas de apostasreflexões sobre a branquitude? Onde você enxerga que o debate racial avançou?

casas de apostas Tenório - Tivemos sim um avanço nas discussões raciais na universidade. É muito difícil hojecasas de apostasdia que um professor, seja qual for a disciplina,casas de apostasalgum momento não passa por isso por esses temas, mesmo nos núcleos mais duros, como física, matemática, medicina.

Nesse sentido, houve um avanço e há quase uma naturalização já desse discurso na universidade. O que acontece é que a universidade não dá contacasas de apostascomo esse discurso chega na sociedade. Nisso, avançamos pouco.

O debate na universidade é muito efervescente, muito vivo, mas quando vai para a sociedade, para o grande público, fizemos pouca coisa. Para usar uma expressão da moda, estamos numa bolha.

Quem se importa que um estudante tenha dito aquelas coisas, quem acha que é que o que ele disse é racista, preconceituoso, é uma bolha. O grande público não está preocupado com isso.

Fotocasas de apostasJeferson Tenóriocasas de apostaspreto e branco

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Legenda da foto, Tenório levanta como bandeira a formaçãocasas de apostasnovos leitores

casas de apostas BBC News Brasil - Você écasas de apostasuma geração que lutou pelas cotas e também foi beneficiada por elas. Como foicasas de apostasexperiência pessoal nesses ambientes?

casas de apostas Tenório - Entrei na universidade públicacasas de apostas2004, no Bachareladocasas de apostasLetras, sem as cotas. Na época, o sistema ainda não existia na UFRGS.

Não era exatamente o curso que eu queria, mas não consegui trocar. Trabalhei muito durante esse período e continuei no curso. Estudava para ser tradutor, mas o que eu realmente queria era ser professor.

Em 2007, começou o movimento na UFRGS pela implementação das cotas. Foi uma discussão intensa, com ocupações da reitoria.

Em 2008, as cotas foram finalmente implantadas, e fiz o vestibular novamente. Passei para o curso que queria: Licenciaturacasas de apostasLetras.

Me formeicasas de apostas2010, aproveitando as disciplinas já cursadas. Com isso, me tornei o primeiro cotista negro a concluir a graduação na UFRGS.

Antescasas de apostasme formar, lembrocasas de apostasouvir nos corredores que seria difícil conseguir emprego, que nenhuma escola contrataria alguém formado por cotas. Diziam também que os cotistas diminuiriam as notas do curso, uma sériecasas de apostaspreconceitos que não se confirmaram.

Logo após me formar, fui contratado por uma escola particularcasas de apostasPorto Alegre. Durante a entrevista, mencionei que era cotista, e a diretora respondeu: "É exatamente esse perfil que queremos para nossa escola. Estamos trabalhando com questões antirracistas e queremos um professor que tenha essa experiência".

Nada do que disseram sobre as cotas se confirmou. Pelo contrário, minha trajetória como cotista foi um diferencial positivo.

casas de apostas BBC News Brasil - Era também um ambiente hostil para você?

casas de apostas Tenório - A universidade sempre foi um espaço hostil, antes e depois das cotas. Nunca foi acolhedora, especialmente para quem vemcasas de apostasonde viemos — das periferias, com outra bagagem e outra experiênciacasas de apostasvida.

Demorei muito para perceber as violências que sofria dentro desse ambiente. Elas não eram apenas explícitas, mas também estavam nos discursoscasas de apostasalguns professores, que não legitimavam determinados conteúdos ou autores.

Por exemplo, só descobri que Machadocasas de apostasAssis era negro durante o mestrado,casas de apostas2013. Foi nessa mesma época que li Carolina Mariacasas de apostasJesus pela primeira vez.

Essa invisibilidade é uma violência. A universidade oferece um tipocasas de apostasconhecimento como se fosse universal e único, desconsiderando outros saberes.

A minha experiência não foi tão dura quanto a do Joaquim, personagem do meu livro, porque, quando entrei pelas cotas, já conhecia minimamente os mecanismos da universidade. Já tinha alguma experiência acadêmica, o que ajudou a diminuir o impacto inicial. Ainda assim, foi uma vivência hostil.

casas de apostas BBC News Brasil - No seu livro, você usa a expressão "eterno estrangeiro", que remete a ideiacasas de apostasum não lugar. Hoje, como escritor negro, sente isso?

casas de apostas Tenório - Hoje, compreendo melhor minha trajetória, e isso me tranquiliza. Entendi que nossas origens são,casas de apostasgrande parte, inventadas ou imaginadas. Não temos uma origem documentada. Não sei quem foi meu tataravô oucasas de apostasqual país africano vieram meus ancestrais.

Isso nos obriga a inventar uma história, criar uma ideiacasas de apostasorigem que, na realidade, não existe. Essa compreensão me levou a aceitar que temos uma "raiz movente". É como se tivéssemos raízes, mas elas estãocasas de apostasconstante movimento.

Quando entendi isso, percebi que me apegar a uma origem fixa não fariacasas de apostasmim uma pessoa melhor. Precisamos construir e reconhecer nossas histórias, mesmo sabendo que muitas delas são imaginadas.

Isso também me ajudou a lidar com o conhecimento ocidental, que é branco e dominante. Decidi aproveitar o que ele temcasas de apostasmelhor e criticar o que hácasas de apostaspior. Continuo fazendo isso.

Em De Onde Eles Vêm, isso é evidente no Joaquim: ele lê autores brancos e europeus consagrados, mas também os questiona. E, ao mesmo tempo, busca se aproximarcasas de apostasuma literatura produzida por autores negros. Esse movimento, para mim, é uma formacasas de apostasretorno às origens, mesmo reconhecendo que essas origens são,casas de apostasparte, frutocasas de apostasuma construção imaginada.

Capa do livro De Onde Eles Vêm, com uma ilustraçãocasas de apostasfundo amarelo com um homem negrocasas de apostascostascasas de apostasum terno azul e cabelo descolorido

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Legenda da foto, De Onde Eles Vêm é o primeiro romancecasas de apostasTenório após o sucessocasas de apostasO Avesso da Pele

casas de apostas BBC News Brasil - Na terça-feira (19/11), uma pesquisa mostrou que, pela primeira vez, a maioria das pessoas no Brasil não são leitoras. Como você recebe esse dado?

casas de apostas Tenório - É um dado assustador, sem dúvida. E, se compararmos com outros países, a situação é ainda mais alarmante. Na França, por exemplo, a média écasas de apostas22 ou 23 livros por pessoa por ano. Aqui no Brasil, estamoscasas de apostastornocasas de apostas2,1 livros por ano. É um número muito baixo.

Por outro lado, precisamos refletir sobre o que significa ler. Será que a leitura se restringe a livros? A música, por exemplo, não pode ser considerada também uma formacasas de apostasletramento?

O rap, o hip hop, o slam... Estou citando a música porque ela foi uma parte importante da minha formação como leitor. Na minha infância e adolescência, não tinha livros por perto, mas a música foi meu primeiro letramento estético. Ela também me educou sentimentalmente. E, pensando nos adolescentescasas de apostashoje, quando estão nas redes sociais, o que estão fazendo? Apenas consumindo vídeos ou também escrevendo e lendo?

Talvez ainda tenhamos a ideiacasas de apostasum "leitor ideal", aquele que senta sozinho com um livro, mas há outras formascasas de apostasletramento acontecendo. Hoje, temos podcasts, que são um sucesso no Brasil, e audiolivros, que, embora menos populares, também têm um público. A leitura não é só com os olhos; pode ser também com os ouvidos.

Apesar desse cenário, não acredito que seja "terra arrasada". Claro que me preocupo, porque sou apaixonado por livros, pelo objetocasas de apostassi. Por isso, meu trabalho é como ocasas de apostasuma formiguinha: tento formar leitores, especialmentecasas de apostaslivros.

casas de apostas BBC News Brasil - Seu novo livro se estruturacasas de apostascapítulos curtos e uma linguagem fluida. Hoje vivemos nesta disputa pela atenção no ambiente digital, textos cada vez mais curtos... Isso te influenciou para atrair novos leitores?

casas de apostas Tenório - Na verdade, a inspiração veio do Machadocasas de apostasAssis. Em Memórias Póstumascasas de apostasBrás Cubas, por exemplo, ele usa capítulos curtos, muitas vezes com apenas metadecasas de apostasuma página. Isso tinha a ver com a época, já que os textos eram publicadoscasas de apostasfolhetins e precisavam ser rápidos para atrair o leitor do jornal.

Se pensarmos bem, a lógicacasas de apostashoje não é tão diferente. A rapidez está presente, mas ampliada, como no TikTok, onde temos apenas segundos para captar a atenção. Mais do que a estrutura dos capítulos, minha estratégia é criar uma linguagem acessível, sem barreiras linguísticas.

Evito palavras muito sofisticadas ou inversões gramaticais complicadas, buscando uma fluidez que atraia até mesmo quem nunca leu um livro inteiro. Sempre escrevo pensando no que gostariacasas de apostasler quando era jovem e não tinha tantas oportunidades.