Por que as águas ao redor do Titanic ainda são traiçoeiras :baixar aplicativo da pixbet

Até hoje, os icebergs representam risco à navegação. Em 2019, 1.515 icebergs da região ártica foram levados pela correntezabaixar aplicativo da pixbetdireção ao sul, até atingirem as rotas dos navios transatlânticos no Hemisfério Norte durante os mesesbaixar aplicativo da pixbetmarço a agosto.

Mas o local do repouso final do Titanic esconde seus próprios perigos, que fazem com que as visitas ao mais famoso navio naufragado do mundo sejam um desafio considerável.

Com o desaparecimentobaixar aplicativo da pixbetum veículo submersível transportando passageiros pagantesbaixar aplicativo da pixbetuma viagem até os destroços do Titanic, a BBC examina a aparência daquela região do leito oceânico.

Navegarbaixar aplicativo da pixbetáguas profundas

As profundezas do oceano são escuras.

A luz do Sol é absorvida pela água com muita rapidez e não consegue penetrar muito alémbaixar aplicativo da pixbetcercabaixar aplicativo da pixbet1 mil metrosbaixar aplicativo da pixbetprofundidade. Abaixo desse ponto, a escuridão do oceano é permanente.

Exatamente por esta razão, a região onde repousa o Titanic é conhecida como “zona da meia-noite”.

Os relatosbaixar aplicativo da pixbetexpedições anteriores até o local do naufrágio descrevem a descida do submarinobaixar aplicativo da pixbettotal escuridão por maisbaixar aplicativo da pixbetduas horas, até o leito oceânico surgir subitamente abaixo das luzes do veículo.

Com visão limitada além dos poucos metros iluminados pelas luzes a bordo do veículo submersível (que tem o tamanhobaixar aplicativo da pixbetum caminhão), navegar a essa profundidade é um verdadeiro desafio. É fácil ficar desorientado no leito do oceano.

Mapas detalhados do local do naufrágio do Titanic, elaborados após décadasbaixar aplicativo da pixbetvarredurabaixar aplicativo da pixbetalta definição, conseguem oferecer pontosbaixar aplicativo da pixbetpassagem à medida que os objetos entram no campobaixar aplicativo da pixbetvisão. E o sonar também permite que a tripulação detecte objetos e formações além do pequeno trecho iluminado pelo submarino.

Os pilotosbaixar aplicativo da pixbetveículos submersíveis também utilizam uma técnica conhecida como navegação inercial. Eles usam um sistemabaixar aplicativo da pixbetacelerômetros e giroscópios para determinarbaixar aplicativo da pixbetposição e orientação, a partirbaixar aplicativo da pixbetum ponto conhecido ebaixar aplicativo da pixbetvelocidade.

O veículo submersível Titan, da empresa OceanGate, possui um sistemabaixar aplicativo da pixbetnavegação inercial embutidobaixar aplicativo da pixbetúltima geração. Combinado com um sensor acústico conhecido como Registrobaixar aplicativo da pixbetVelocidade Doppler, ele pode estimar a profundidade e a velocidade do veículobaixar aplicativo da pixbetrelação ao leito do oceano.

Mesmo assim, os passageiros que participarambaixar aplicativo da pixbetviagens anteriores para o Titanic com a OceanGate descreveram como é difícil encontrar o caminho depoisbaixar aplicativo da pixbetatingir o leito do oceano.

O roteiristabaixar aplicativo da pixbetTV Mike Reiss – que trabalhou na série Os Simpsons e participoubaixar aplicativo da pixbetuma viagem com a OceanGate para o Titanic no ano passado, afirmou à BBC:

“Quando você chega ao fundo, na verdade, você não sabe onde está. Precisamos nos debater sem enxergar no fundo do oceano, sabendo que o Titanic está por alibaixar aplicativo da pixbetalgum lugar, mas é tão escuro que o maior objeto do fundo do oceano estava a apenas 460 metrosbaixar aplicativo da pixbetdistância e nós passamos 90 minutos procurando.”

Profundidades esmagadoras

Quanto mais fundo um objeto viaja no oceano, maior a pressão da água àbaixar aplicativo da pixbetvolta.

No leito do oceano, a 3,8 mil metrosbaixar aplicativo da pixbetprofundidade, a pressão sobre o Titanic e sobre tudo o que há àbaixar aplicativo da pixbetvolta ébaixar aplicativo da pixbetcercabaixar aplicativo da pixbet40 MPa – 390 vezes maior que a da superfície.

“Para dar uma ideia, é cercabaixar aplicativo da pixbet200 vezes a pressão no interiorbaixar aplicativo da pixbetum pneubaixar aplicativo da pixbetautomóvel”, contou o oceanógrafo Robert Blasiak, do Centrobaixar aplicativo da pixbetResiliência da Universidadebaixar aplicativo da pixbetEstocolmo, na Suécia, ao programa Today, da BBC Rádio 4. “É por isso que você precisabaixar aplicativo da pixbetum veículo submersível com paredes muito espessas.”

As paredesbaixar aplicativo da pixbettitânio e fibrabaixar aplicativo da pixbetcarbono do submarino Titan são projetadas para suportar a profundidade máximabaixar aplicativo da pixbetoperaçãobaixar aplicativo da pixbet4 mil metros.

Correntes profundas

As fortes correntes da superfície, que podem carregar barcos e nadadores para longe do seu curso, provavelmente são as mais conhecidas. Mas as profundezas do oceano também são varridas por correntes submarinas.

Embora normalmente não tenham a mesma potência da superfície, as correntes submarinas podem ainda causar a movimentaçãobaixar aplicativo da pixbetgrandes volumesbaixar aplicativo da pixbetágua.

Elas podem ser geradas pelos ventos da superfície, que influenciam a colunabaixar aplicativo da pixbetágua mais abaixo, por marésbaixar aplicativo da pixbetáguas profundas ou por diferenças da densidade da água, causadas pela temperatura e pela salinidade. Estas são conhecidas como circulação termoalina.

Eventos raros, conhecidos como tempestades bentônicas – normalmente relacionadas a redemoinhos na superfície –, também podem causar correntes esporádicas poderosas que podem arrastar material do leito oceânico.

As informações disponíveis sobre as correntes submarinasbaixar aplicativo da pixbetvolta do Titanic, que se dividiubaixar aplicativo da pixbetduas partes principais depois que a proa e a popa se partiram durante o naufrágio, vêmbaixar aplicativo da pixbetpesquisas que estudam os padrões do leito oceânico e a movimentação das lulasbaixar aplicativo da pixbetvolta dos destroços.

Sabe-se que parte dos destroços do Titanic repousa pertobaixar aplicativo da pixbetum trecho do leito oceânico afetado por um fluxobaixar aplicativo da pixbetágua friabaixar aplicativo da pixbetdireção ao sul, conhecido como Correntebaixar aplicativo da pixbetContorno Oeste Profunda.

O fluxo dessa corrente cria dunas móveis, ondulações e padrões na formabaixar aplicativo da pixbetfaixas entre o sedimento e a lama ao longo do leito oceânico, que forneceram aos cientistas uma noção sobre abaixar aplicativo da pixbetforça. A maioria das formações observadas no leito oceânico é associada a correntes relativamente fracas a moderadas.

As ondulaçõesbaixar aplicativo da pixbetareia ao longo da ponta leste do campobaixar aplicativo da pixbetdestroços do Titanic – o conjuntobaixar aplicativo da pixbetpertences, equipamentos, móveis, carvão e partes do próprio navio que se espalharam durante o naufrágio – indicam que existe uma corrente que flui no fundo do marbaixar aplicativo da pixbetleste para oeste. Já no local principal dos destroços, os cientistas afirmam que as correntes fluembaixar aplicativo da pixbetnoroeste para sudoeste, talvez devido aos pedaços maiores do navio, que alterambaixar aplicativo da pixbetdireção.

Em volta do sul da seção da proa, as correntes parecem particularmente irregulares, variandobaixar aplicativo da pixbetnordeste para noroeste e até sudoeste.

Muitos especialistas acreditam que a exposição a essas correntes acabará por enterrar os destroços do Titanic nos sedimentos.

O arqueólogo marinhobaixar aplicativo da pixbetáguas profundas Gerhard Seiffert liderou recentemente uma expedição para escanear os destroços do Titanicbaixar aplicativo da pixbetalta resolução. Ele contou à BBC que não acredita que as correntes na região sejam suficientemente fortes para causar riscos aos veículos submersíveis – desde que eles tenham energia disponível.

“Não conheço correntes que representem ameaça para qualquer veículobaixar aplicativo da pixbetmar profundobaixar aplicativo da pixbetoperação no local do Titanic”, afirma ele. “As correntes..., no contexto do nosso projetobaixar aplicativo da pixbetmapeamento, representavam uma dificuldade para o mapeamento preciso, não um risco para a segurança.”

Os destroçosbaixar aplicativo da pixbetsi

Depoisbaixar aplicativo da pixbetmaisbaixar aplicativo da pixbet100 anos sobre o leito do oceano, o Titanic vem se deteriorando gradualmente.

O impacto inicial das duas seções principais do navio ao colidir com o leito oceânico retorceu e distorceu grandes partes dos destroços. E, ao longo do tempo, micróbios que se alimentam do ferro do navio formaram “estalactites”baixar aplicativo da pixbetferrugem, que estão acelerando a deterioração do navio naufragado.

Na verdade, os cientistas estimam que a maior atividade bacteriana na popa do navio – devido,baixar aplicativo da pixbetgrande parte, ao maior nívelbaixar aplicativo da pixbetdanos sofridos naquele local – tenha feito com quebaixar aplicativo da pixbetdeterioração esteja 40 anos mais adiantada do que a proa.

“Os destroços sofrem desabamentos constantes, principalmente devido à corrosão”, segundo Seiffert. “Um pedacinho, todos os anos. Mas, se você mantiver uma distância segura, sem contato direto e sem entrar pelas aberturas, não devem ocorrer lesões.”

Fluxosbaixar aplicativo da pixbetsedimentos

É extremamente improvável, mas sabe-se que fluxos súbitosbaixar aplicativo da pixbetsedimentos ao longo do leito oceânico já danificaram e até carregaram objetosbaixar aplicativo da pixbetorigem humana no fundo do mar.

Os maiores eventos deste tipo – como o que causou o rompimentobaixar aplicativo da pixbetcabos transatlânticos no litoral da Terra Nova,baixar aplicativo da pixbet1929 – são causados por eventos sísmicos, como terremotos.

Existe cada vez mais consciência dos riscos representados por esses eventos, mas não há nenhuma indicaçãobaixar aplicativo da pixbetque algo similar esteja envolvido no desaparecimento do submarino Titan.

Ao longo dos anos, pesquisadores identificaram sinaisbaixar aplicativo da pixbetque o leito oceânicobaixar aplicativo da pixbetvolta dos destroços do Titanic foi atingido por enormes deslizamentosbaixar aplicativo da pixbetterra submarinos no passado distante.

Aparentemente, imensos volumesbaixar aplicativo da pixbetsedimentos despencaram do talude continental da Terra Nova, para criar o que os cientistas chamambaixar aplicativo da pixbet“corredorbaixar aplicativo da pixbetinstabilidade”. Eles estimam que o último destes eventos “destrutivos” ocorreu há dezenasbaixar aplicativo da pixbetmilharesbaixar aplicativo da pixbetanos, criando camadasbaixar aplicativo da pixbetsedimento com até 100 metrosbaixar aplicativo da pixbetespessura.

Mas eles também são extremamente raros, segundo o cientista pesquisadorbaixar aplicativo da pixbetgeologia marinha David Piper, do Serviço Geológico do Canadá. Ele passou vários anos estudando o leito marítimobaixar aplicativo da pixbetvolta do Titanic.

Em termosbaixar aplicativo da pixbetfrequência, Piper compara esses eventos com a erupção do monte Vesúvio, na Itália, ou do monte Fuji, no Japão – da ordembaixar aplicativo da pixbetuma vez a cada dezenasbaixar aplicativo da pixbetmilhares até centenasbaixar aplicativo da pixbetmilharesbaixar aplicativo da pixbetanos.

Outros eventos conhecidos como correntesbaixar aplicativo da pixbetturbidez (em que a água fica carregadabaixar aplicativo da pixbetsedimentos e flui pelo talude continental) são mais comuns e podem ser causados por tempestades. “Temos um intervalobaixar aplicativo da pixbetrepetição, talvez,baixar aplicativo da pixbet500 anos”, afirma Piper.

Mas a topografia do leito oceânico na região, provavelmente, direcionaria eventuais fluxosbaixar aplicativo da pixbetsedimentos pelo chamado “vale do Titanic”, sem atingir os destroços.

Seiffert e Piper afirmam que é improvável que um evento deste tipo possa ter causado o desaparecimento do submarino Titan. Mas existem outras formações geológicasbaixar aplicativo da pixbetvolta do local dos destroços que ainda não foram exploradas.

Em uma expedição anterior ao Titanic com a OceanGate, Paul-Henry Nargeolet – ex-pilotobaixar aplicativo da pixbetsubmarinos e mergulhador da marinha francesa e um dos cinco passageiros a bordo do submarino desaparecido – investigou um sinal misterioso captado por ele no sonarbaixar aplicativo da pixbet1996.

O sinal indicava um recife rochoso, cobertobaixar aplicativo da pixbetvida marinha. Ele esperava poder investigar outro sinal que havia detectado perto dos destroçosbaixar aplicativo da pixbetexpedições posteriores.

A busca pelo submarino perdido prossegue e existem poucas indicações do que pode ter acontecido com o Titan e seus tripulantes. Mas,baixar aplicativo da pixbetum ambiente tão inóspito e desafiador, os riscosbaixar aplicativo da pixbetvisitar os destroços do Titanic são tão relevantes hoje quantobaixar aplicativo da pixbet1986, quando as primeiras pessoas a observar o navio desde o seu naufrágio fizerambaixar aplicativo da pixbetviagem até as profundezas do oceano.

Nota: Apesar da definição genéricabaixar aplicativo da pixbetsubmarino se aplicar também a embarcações submersíveis do tipo do Titan, tecnicamente falando uma embarcação submersível diferebaixar aplicativo da pixbetum submarino pelabaixar aplicativo da pixbetcapacidade autônomabaixar aplicativo da pixbetdeslocamento. Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration, do Reino Unido, submarino é uma embarcação com capacidadebaixar aplicativo da pixbetnavegar no oceano por si mesma a partirbaixar aplicativo da pixbetum portobaixar aplicativo da pixbetorigem, enquanto um submersível possui reservas limitadasbaixar aplicativo da pixbetenergia tendo que ser transportado ao localbaixar aplicativo da pixbetimersão por um outro veículo que se encarrega do lançamento e resgate do veículo.

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