Os reféns israelenses 'esquecidos' que ainda estãobet365 funcionapoder do Hamas:bet365 funciona

Parentesbet365 funcionaAvera Mengistu e Hisham Al Sayed, reféns do Hamas, fazem campanha pelabet365 funcionalibertaçãobet365 funciona2018

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Parentesbet365 funcionaAvera Mengistu e Hisham Al Sayed, reféns do Hamas, fazem campanha pela libertação delesbet365 funciona2018

O Hamas — apoiado pelo Irã e considerado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como um grupo terrorista — já exigiu anteriormente um preço elevado pela libertaçãobet365 funcionaisraelenses, que são normalmente usados como moedabet365 funcionatroca.

Aviram Shaul, irmãobet365 funcionaOron, diz à BBC que há quase 10 anosbet365 funcionafamília não recebe notícias sobre onde está guardando o corpo dele, tampouco sinalbet365 funcionaque ele será devolvido.

Em 2014, o Exército encontrou o capacete e o colete à provabet365 funcionabalasbet365 funcionaOron num túnel do Hamasbet365 funcionaGaza. Mas, desde então, conta Aviram à BBC, "tenho a sensaçãobet365 funcionaque os israelenses se esqueceram deles [os dois soldados mortos]".

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"Agora é uma boa oportunidade para trazer o meu irmãobet365 funcionavolta, porque estamos falandobet365 funcionamaisbet365 funciona200 famílias com parentes mantidos refénsbet365 funcionaGaza. O governo não trabalhou o suficiente para trazer o meu irmãobet365 funcionavolta, mas agora eles (autoridades) têm que fazer um grande esforço."

Aviram diz agora que "Israel precisa fazer um acordo humanitário para libertar os reféns".

Após negociações secretasbet365 funciona2011, Israel recuperou o soldado sequestrado Gilad Shalit — masbet365 funcionatrocabet365 funciona1.027 prisioneiros palestinos detidos nas suas prisões.

Israel está agora determinado a exterminar o Hamas e vem bombardeando Gaza com ataques aéreos.

Portanto, qualquer nova trocabet365 funcionaprisioneiros seria "difícil e polêmica", dizem especialistas.

À medida que aumenta o númerobet365 funcionamortosbet365 funcionaGaza, a fúria dos palestinos contra Israel se intensifica.

Hagai Hadas, ex-comandante militar israelense e oficialbet365 funcionainteligência do Mossad, desempenhou um papel fundamental na negociação da libertaçãobet365 funcionaShalit.

Ele disse à BBC que tais acordosbet365 funcionaprisioneiros com o Hamas eram "uma questão política" e no atual conflito, com tanta raiva israelense dirigida ao grupo palestino, "isso não vai acontecer, é impossível".

Hadas enfatiza que a polêmica trocabet365 funcionaShalit era politicamente possível para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na época — ele se sentia suficientemente seguro — e o acordo havia sido finalizado dois anos antes da libertação do soldado israelense.

Mãe e irmãobet365 funcionaAvera Mengistu denunciambet365 funcionasituação há anos

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Mãe e irmãobet365 funcionaAvera Mengistu denunciambet365 funcionasituação há anos

"Agora acredito que o preço não serão os prisioneiros do Hamas — ele será pago atravésbet365 funcionaferramentas diferentes", diz Hadas.

Ele argumenta que Israel tinha agora várias opções: resgates militares diretos se a inteligência sobre a localização dos reféns fosse precisa; usobet365 funciona"ativos econômicos" — ou seja, pagamentobet365 funcionadinheiro; opções humanitárias; ou "deixar os líderes do Hamas escaparembet365 funcionaGaza, digamos, para o Catar".

Sobre esta última opção, diz ele, "é preciso colocá-los sob pressão, dar-lhes a ideiabet365 funcionaque para salvar suas vidas eles podem fazer tal acordo".

"Acredito que a maioria [dos reféns] está nas mãos do Hamas, mas vários não estão. Tenho quase certezabet365 funcionaque Israel está fazendo todos os esforços para localizá-los e tentar retirá-los por meios militares."

Hagas acrescenta que "mesmobet365 funcionauma guerrabet365 funcionagrande escalabet365 funcionaGaza, Israel pressionará por um acordo para libertar os reféns, tentará até o último segundo encontrar uma solução".

"Valorizamos a vida e estamos dispostos a pagar por ela."

Ativistas israelenses pedem a libertaçãobet365 funcionaAvera Mengistu e a entrega dos corpos dos soldados Oron Shaul (centro) e Hadar Goldin (à direita)

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Ativistas israelenses pedem libertaçãobet365 funcionaAvera Mengistu (à esquerda) e a devolução dos corpos dos soldados Oron Shaul (centro) e Hadar Goldin (à direita)

'Ainda estamosbet365 funcionachoque'

O Hamas alega que Avera Mengistu e Hisham al-Sayed são soldados, mas documentos oficiais israelenses vistos pela ONG Human Rights Watch mostram que ambos são civis isentos do serviço militar.

Tila Fenta liderou uma campanha para libertar Avera e sente-se desiludida pelo Estado israelense — embora diga que a atenção internacional sobre os refénsbet365 funcionaGaza poderá agora ajudar abet365 funcionacausa.

"Quero acreditar que as chancesbet365 funcionaAvera melhoraram, mas digo isso com todo pesar", diz ela à BBC.

Ela enfatiza que "ainda estamosbet365 funcionachoque — todos os israelenses estão" desde o ataque do Hamas que matou maisbet365 funciona1.400 israelenses.

Fenta acrescenta que os ativistas se sentem "arrasados" pelo fracassobet365 funcionaIsrael durante todos esses anosbet365 funcionaviabilizar o retornobet365 funcionaAvera e Hisham.

"Eles não são soldados, ambos estão doentes — eles têm problemas mentais — e o Hamas os capturoubet365 funcionamodo desumano", diz ela.

Para Fenta, a faltabet365 funcionaprogressobet365 funcionarelação a Avera e Hisham se deve à origem desfavorecidabet365 funcionaambos, bem como à discriminação na sociedade israelensebet365 funcionarelação aos judeus etíopes e aos árabes beduínos.

"Acho que Avera é um homembet365 funcionaquem a sociedade não gosta tanto, por causa dabet365 funcionacor, doença mental e por ter crescido numa zona pobrebet365 funcionaAshkelon."

"Acho que tudo isso fez com que ele não fosse desejado pela sociedade. Se ele fosse um pouco mais inteligente, oubet365 funcionauma boa área, o tratamento seria diferente. Sei que não é horabet365 funcionadizer algo ruim sobre o meu país, mas a verdade deve ser ser contada."

Na opiniãobet365 funcionaFenta, as grandes organizaçõesbet365 funcionadireitos humanos também deveriam ter feito mais. "O mesmo vale para os beduínos", acrescenta.

Benjamin Netanyahu e Gilad Shalit

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Em outubrobet365 funciona2011, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cumprimentou o soldado Gilad Shalit apósbet365 funcionalibertação pelo Hamas

Acredita-se que um terceiro jovem cidadão israelense, Jumaa Abu Ghanima, tenha atravessado para Gazabet365 funciona2016 e ainda esteja desaparecido.

Um árabe beduíno, como Hisham, pode estar nas mãos do Hamas, mas não há confirmação.

Antesbet365 funcionaentrarem ilegalmente na Faixabet365 funcionaGaza, tanto Avera como Hisham desapareceram repetidamente e receberam tratamento psiquiátrico, mostra a investigação da Human Rights Watch .

Em janeiro, o Hamas divulgou um pequeno vídeo sem databet365 funcionaum homem que murmuroubet365 funcionahebraico: "Eu sou o prisioneiro Avera Mengistu. Por quanto tempo mais permanecereibet365 funcionacativeiro com meus amigos?"

A famíliabet365 funcionaMengistu confirmoubet365 funcionaidentidade, disse a campanha Free Avera à BBC.

O primeiro-ministro Netanyahu disse à mãebet365 funcionaAvera, Agurnesh, que o governo tinha "confirmação"bet365 funcionaque seu filho ainda estava vivo. Segundo ele, Israel "não interrompeu seus esforços para libertar Avera Mengistu e o restantebet365 funcionanossos reféns e pessoas desaparecidas".

Em junhobet365 funciona2022, o Hamas divulgou um vídeo mostrando Hisham al-Sayedbet365 funcionacativeiro. O paibet365 funcionaHisham, Shaaban al-Sayed, confirmoubet365 funcionaidentidade.

O Hamas disse apenas que a saúdebet365 funcionaHisham piorou — não foram fornecidos mais detalhes.

Ele podia ser visto deitado ao ladobet365 funcionaum ventilador no qual parecia estar presabet365 funcionacarteirabet365 funcionaidentidade emitida por Israel.

Libertar qualquer um dos reféns do Hamas parece ser um assunto confuso e controverso.

"É um dilemabet365 funcionatodos os lugares fazer acordos com terroristas", disse Hagai Hadas à BBC.

"Você tem escolhas que podem ser boas ou ruins."