COP28: horas após Brasil prometer se aliar a 'clube do petróleo', Lula cobra mundo por combustíveis fósseis:tabela catarinense 2024

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"É horatabela catarinense 2024enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta", disse Lula
A Opep+ é um grupotabela catarinense 2024aliados da Opep original — entidade que costuma negociar cortestabela catarinense 2024produçãotabela catarinense 2024petróleo para forçar um aumento no preço. Cortes negociados pela Opep não são obrigatórios para países membros da Opep+.
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Mas o grupo trabalha para fortalecer os interesses dos grandes produtorestabela catarinense 2024petróleo mundial.
Na quinta-feira (30/11), a Opep divulgou uma nota dizendo que o ministrotabela catarinense 2024Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, confirmou a intenção brasileiratabela catarinense 2024aderir à Opep+ na videoconferência ministerial da entidade.
Países produtorestabela catarinense 2024petróleo têm sido fortemente criticados na COP28 por não reduzirem a exploraçãotabela catarinense 2024combustíveis fósseis – inclusive sinalizando aumentotabela catarinense 2024produção nos próximos anos. Essa produção contribui para a emissãotabela catarinense 2024gases que provocam mudanças climáticas.
O discursotabela catarinense 2024Lula
Um dos críticos dos combustíveis fósseis foi Lula — apesartabela catarinense 2024o próprio Brasil ser um dos países que mais têm aumentadotabela catarinense 2024capacidadetabela catarinense 2024exploraçãotabela catarinense 2024petróleo nos últimos anos.
"É horatabela catarinense 2024enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependentetabela catarinense 2024combustíveis fósseis. Temostabela catarinense 2024fazê-lotabela catarinense 2024forma urgente e justa", disse Lula no seu discursotabela catarinense 2024Dubai.
"Quantos líderes mundiais estãotabela catarinense 2024fato comprometidostabela catarinense 2024salvar o planeta?"
O presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes mundiais a discursar — logo depois do rei Charles 3º do Reino Unido.

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Líderes mundiais se reúnemtabela catarinense 2024Dubai pelos próximos dias para discutir soluções para o clima
Lula disse que os países pobres são os que mais sofrem com os problemas climáticos do planeta.
"A conta da mudança climática não é a mesma para todos. E chegou primeiro para as populações mais pobres. O 1% mais rico do planeta emite o mesmo volumetabela catarinense 2024carbono que 66% da população mundial."
"No Norte do Brasil, a Amazônia amarga uma das mais trágicas secastabela catarinense 2024sua história. No Sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inéditotabela catarinense 2024destruição e morte. A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes."
Ele também disse que existe uma descrença com as negociações globais que não produzem resultados.
"O planeta já não espera para cobrar da próxima geração. O planeta está fartotabela catarinense 2024acordos climáticos não cumpridos. De metastabela catarinense 2024reduçãotabela catarinense 2024emissãotabela catarinense 2024carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Precisamostabela catarinense 2024atitudes concretas."
E criticou países que "lucram com a guerra" e chamou a atenção para emissões causadas por guerras.
"É preciso resgatar a crença no multilateralismo. É inexplicável que a ONU, apesartabela catarinense 2024seus esforços, se mostre incapaztabela catarinense 2024manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra. É lamentável que acordos como o Protocolotabela catarinense 2024Kyoto (1997) ou os Acordostabela catarinense 2024Paris (2015) não sejam implementados."
"Somente no ano passado, o mundo gastou maistabela catarinense 2024US$ 2 trilhões e 224 milhõestabela catarinense 2024dólarestabela catarinense 2024armas. Quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladastabela catarinense 2024carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas?"
'Benefícios' do petróleo
Horas antes do discursotabela catarinense 2024Lula condenando combustíveis fósseis na ONU, o ministrotabela catarinense 2024Minas e Energia, Alexandre Silveira, participoutabela catarinense 2024uma videoconferência da Opep na qual confirmou a adesão do Brasil à cartatabela catarinense 2024cooperação da Opep+ no mês que vem.
Um vídeo do encontro mostra Silveira fazendo elogios à entidade dos produtorestabela catarinense 2024petróleo e destacando a importância do combustível fóssil para o Brasil.
Silveira faz elogios à Opep+ por gerar "benefícios aos países produtorestabela catarinense 2024petróleo" e também aos consumidorestabela catarinense 2024combustíveis fósseis.
"No Brasil, nós acompanhamos com grande entusiasmo o valoroso trabalho realizado pelos 23 países participantes do acordo da Opep+ desde atabela catarinense 2024fundaçãotabela catarinense 2024dezembrotabela catarinense 20242016", diz o ministro.
"O acordo da Opep+ tem efetivamente preservado a estabilidade dos mercadostabela catarinense 2024petróleo e energia. Essa estabilidade traz consigo benefícios não só a países produtorestabela catarinense 2024petróleo mas também - e principalmente - aos consumidores, refletindo diretamente na economia global."
No encontro da Opep+, Silveira disse que o Brasil é lídertabela catarinense 2024energias renováveis — mas também é um paístabela catarinense 2024"destaque na produçãotabela catarinense 2024petróleo e gás" e que nos próximos cinco anos o Brasil vai investir US$ 102 bilhõestabela catarinense 2024energias (renováveis e não-renováveis).
Silveira diz ainda que "o Brasil se beneficia significativamente da estabilidade dos mercadostabela catarinense 2024petróleo e energia e busca principalmente a proteção do consumidor na garantiatabela catarinense 2024suprimento".
Ao final, ele confirma a adesão do Brasil à cartatabela catarinense 2024cooperação da Opep+ já no próximo mês.
"Eu gostariatabela catarinense 2024concluir minhas palavras informando que o excelentíssimo presidente Lula confirmou a nossa cartatabela catarinense 2024cooperação da Opep+ a partirtabela catarinense 2024janeirotabela catarinense 20242024. Este é um momento histórico para o Brasil e a indústria energética, abrindo um novo capítulotabela catarinense 2024diálogo e cooperação internacional no campotabela catarinense 2024energia."
"Esperamos nos juntar a esse distinto grupo e trabalhar com todos os 23 países nos próximos meses e anos. Eu, na qualidadetabela catarinense 2024ministro Minas e Energia do Brasil, responsável por todo setor mineral e energético do país, gostariatabela catarinense 2024registrar a minha integral disposiçãotabela catarinense 2024aprofundar políticas públicas junto a membros da Opep e Opep+."
Pouco depois ele faz uma ressalvatabela catarinense 2024que protocolos governamentais exigem que técnicos do Brasil ainda analisem a carta da Opep+, e pede que a adesão oficial seja realizadatabela catarinense 2024encontro presencial da Opeptabela catarinense 20241ºtabela catarinense 2024junhotabela catarinense 20242024.
Repercussão
O anúncio do Brasiltabela catarinense 2024que pretende entrar na Opep+ gerou perplexidade entre entidades ambientais que acompanham as negociaçõestabela catarinense 2024Dubai e os esforços brasileirostabela catarinense 2024se tornar uma liderança ambiental.
Natalie Unterstell, do Instituto Talanoa, disse que é uma contradição o Brasil tentar ser um líder nos esforços mundiais para limitar o aquecimento global a 1,5ºC e ao mesmo tempo se aproximartabela catarinense 2024produtorestabela catarinense 2024petróleo.
"Como o 'paladino do 1,5 grau' pode gerenciar a liderança dentre os maiores produtorestabela catarinense 2024petróleo do mundo?"
O secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse que o anúncio do Brasil sobre a intençãotabela catarinense 2024entrar na Opep+ foi confuso, e que o ministrotabela catarinense 2024Minas e Energia, Alexandre Silveira, acabou "expondo" Lula diante do mundo na COP28.
"O que o ministrotabela catarinense 2024Minas e Energia falou e a forma eloquente com que ele dá certezatabela catarinense 2024que o Brasil vai entrar na Opep+ é no mínimo contraditório com o que o presidente tem falado. O presidente tem dito que vai estudar a proposta. E o ministro dá como certa a entrada", diz Astrini.
"O ministro parece querer desautorizar o presidente da República. Ele está fazendo esse anúncio no meiotabela catarinense 2024uma conferência do clima, contrariando o discurso do presidente que hoje na plenária pediu uma redução do consumotabela catarinense 2024combustíveis fósseis para todo o mundo. E o ministrotabela catarinense 2024Minas e Energia disse que o Brasil quer entrar na Opep para aumentar a produção brasileira", disse Astrini.
"O governo precisa decidir quem realmente está falando a verdade sobre esse tema: é o presidente ou o ministro? Na forma que o ministro fez, isso é bastante grave. A data que ele escolheu acaba expondo o presidente."
Astrini elogiou o discursotabela catarinense 2024Lula na COP28 e disse que o Brasil tem condições para ser liderança global climática, como ambiciona.

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Xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos, e Lula, no segundo dia da COP28tabela catarinense 2024Dubai
Opep e Opep+
A Opep é a organização dos países exportadorestabela catarinense 2024petróleo e existe desde 1960. A entidade é frequentemente acusadatabela catarinense 2024ser um cartel — que negociatabela catarinense 2024conjunto cortestabela catarinense 2024produção que aumentavam os preços internacionais. Nos anos 1970, esses cortes geraram crises econômicas internacionais — que afetaram fortemente países industrializados, como os Estados Unidos.
Hoje a Opep é formada por 13 países: Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
A entidade à qual o Brasil pode aderir se chama Opep+ e foi formadatabela catarinense 20242016. Ela inclui 10 outros membros considerados aliados dos 13 principais, como Bahrein, Brunei, Guiné Equatorial, Sudão do Sul, Sudão e Malásia. Esses países podem concordartabela catarinense 2024forma voluntária a fazer cortestabela catarinense 2024produção — mas não são obrigados a fazê-lo.

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Após quatro anostabela catarinense 2024altas taxastabela catarinense 2024desmatamento da Amazônia, o número ficou abaixotabela catarinense 202410 mil quilômetros quadrados pela primeira vez, segundo dados oficiais divulgados no começo do mês
Petróleo
O petróleo é um dos grandes temas da COP28 este ano — já que a conferência está sendo realizada nos Emirados Árabes Unidos, um dos grandes produtores mundiais.
Cientistas, ambientalistas e alguns governantes cobram dos produtorestabela catarinense 2024petróleo um plano para a redução gradual do usotabela catarinense 2024combustíveis fósseis e substituição por fontestabela catarinense 2024energia renovável. Lula também repetiu essa cobrançatabela catarinense 2024seu discurso na plenáriatabela catarinense 2024abertura da COP nesta sexta-feira.
No computo geral das emissões globais, grandes países produtores não aparecem como grandes poluidores, já que as emissões são contabilizadas no local onde o petróleo é queimado — e não onde ele é produzido.
Na véspera da COP28, a BBC revelou que os Emirados Árabes Unidos planejaram usar o papel como anfitrião da conferência como uma oportunidade para fechar acordostabela catarinense 2024petróleo e gás, apurou a BBC. Documentos vazados revelam planos para discutir acordos relacionados aos combustíveis fósseis com 15 nações — inclusive o Brasil.
A equipe dos Emirados Árabes não negou que planeja usar as reuniões marcadas durante a COP28 para negociaçõestabela catarinense 2024acordos comerciais — porta-vozes do país também disseram que "as reuniões são privadas".




