Câncer infantilblack jack betfase inicial é o mais difícilblack jack betser detectado:black jack bet

A estimativablack jack betnovos casosblack jack betcâncer infantojuvenil no Brasil para cada ano do triênio,black jack bet2023 a 2025, éblack jack bet7.930, sendo 4.230 meninos, e 3.700 meninas. A região sudeste aparece no ranking como a mais atingida, respondendo por 3.310black jack betcasos estimados, e a Norte com o menor índiceblack jack betdiagnósticos, um totalblack jack bet650. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca) .

Em solo brasileiro, assim como nos países desenvolvidos, o câncer já representa a primeira causablack jack betmorte por doença entre crianças e adolescentesblack jack bet1 a 19 anos.

Frente a esta situação, Sima Ferman, chefe da pediatria do Inca, ressalta a importância do diagnóstico precoce. “A verdade é que o câncer, quando está numa fase muito avançada, é mais fácilblack jack betdetectar e mais difícilblack jack bettratar. Já na fase inicial, ele é mais difícilblack jack betdetectar, porque eles são semelhantes as doenças comuns que as crianças têm, mas são mais fáceisblack jack bettratar, inclusive, com menos tempoblack jack bettratamento e efeitos a longo prazo”, explica a especialista.

No entanto, os centros especializados, diz ela, costumam receber pacientes com tumores grandes, ou seja, doençasblack jack betestágios avançados. Isso significa que, muitas vezes, há uma demora no diagnóstico e atraso no início do tratamento.

“Uma parte dependeblack jack betos pais levarem a criança ao médico, quando ela apresenta sintomas recorrentes, mas, a outra, depende dos postosblack jack betsaúde, onde, inicialmente, ela é atendida na atenção primária, e há suspeição da doença”, comenta Ferman.

Em suma: o médico das Unidades Básicasblack jack betSaúde (UBS) é o responsável, a princípio, por suspeitar do resultado inconclusivoblack jack betum exame, por exemplo. Por isso, quando uma criança começa a ir a uma UBS ou um postoblack jack betsaúde com certa frequência, e não há um diagnóstico fechado, o pediatra deve investirblack jack betuma investigação rigorosa, e não mandá-lablack jack betvolta para casa sem diagnosticar o problema, tampouco subestimá-lo.

Em 2020, segundo o Atlas da Mortalidade do Inca mais recente, foram registradas 2.289 mortes pela doença infantojuvenil no país.

“Trata-seblack jack betum problema social muito grande. É preciso treinar melhor os médicos que atuam nas periferias para que eles consigam detectar algo suspeito e encaminhe essas crianças para um hospital especializado, onde elas terão um diagnóstico precoce”, indica André Brunetto, médico oncologista e responsável pelas pesquisas científicas do Instituto do Câncer Infantil (ICI) do Rio Grande do Sul.

Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a problemas comuns da infância, como dores, febre, faltablack jack betapetite, gânglios (caroço) causado por alguma inflamação. Mas isso não é motivo para descartar a visita ao médico. O importante é não menosprezar queixas recorrentes.

"Todos os tumores pediátricos são muito difíceisblack jack betdiagnosticar, porque eles são diagnósticosblack jack betexclusão”, lembra Brunetto.

O diagnóstico precoce, contudo, não impede a progressão da doença, até mesmo com metástase, já que normalmente são tumores que se disseminam rapidamente. “Mas tem algumas doençasblack jack betque o diagnóstico precoce faz uma diferença muito grande, como, por exemplo, um retinoblastoma (que afeta a retina, fundo do olho) ou um tumorblack jack betWilms (tipoblack jack bettumor renal)”, diz Ferman.

Como tumores na infância costumam se apresentar

Quais as principais diferenças do câncer adulto para o câncer infantil?

Ao contrário do câncer no adulto, o câncer infantojuvenil, normalmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidosblack jack betsustentação.

Eles também sãoblack jack betnatureza embrionária, isto é, não tem relação com fatores externos, como, por exemplo, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo, estiloblack jack betvidablack jack betgeral ou até mesmo com o envelhecimento celular. Raramente uma criança apresenta alterações genéticas que a torne propensa a ter um certo tipoblack jack betcâncer. Por isso é muito difícil falarblack jack betprevenção.

O câncer, tantoblack jack betcrianças comoblack jack betadultos, ocorre quando há uma alteração genética/mutaçãoblack jack betdeterminada célula, que começa a crescer, se desenvolver e depois a se proliferar. “E ela não obedece mais aos comandos normais do organismo. Então, ela adquire, ao longo do tempo, independência, autonomia e uma capacidadeblack jack betse espalhar para outras partes do corpo”, descreve Brunetto, médico oncologista do Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).

Também acometem muitas crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumorblack jack betcélulas do sistema nervoso periférico, frequentemente localizado na região abdominal), tumorblack jack betWilms (tipoblack jack bettumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumoresblack jack betpartes moles).

Como é feito o tratamento?

Juntos ou combinados, a quimioterapia, radioterapia e cirurgia seguem sendo o carro-chefe do tratamentoblack jack betcâncer infantil. Ele é planejadoblack jack betacordo com o diagnóstico do tumor, suas características biológicas e a presença ou nãoblack jack betmetástase.

O tratamento oncológico é feito por uma equipe multidisciplinar, ou seja, envolvendo várias especialidades, como oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas e afins.

Além disso, os cuidados psicológicos são fundamentais, tendoblack jack betvista que a luta contra qualquer tipoblack jack betcâncer nunca é fácil, e a recuperação não deve ser baseada apenas na cura biológica, mas também no bem-estar e na qualidadeblack jack betvida da criança ou do adolescente.

Pesquisas científicas ainda são escassas

Estudos mostram que ainda não há investimentos suficientesblack jack betpesquisas para o câncer infantil. O Brasil segue estagnado há anos.

E novos medicamentos, como a imunoterapia e a droga alvo molecular, que é direcionada exatamente para a alteração molecular, salvo raras exceções, não estão disponíveis no Sistema Únicoblack jack betSaúde (SUS).

“Então, embora as crianças sejam mais responsivas e as taxasblack jack betcura sejam maiores, não há evoluçãoblack jack bettermosblack jack bettratamentos. Hoje, nós temos muito mais dinheiro sendo investidoblack jack betpesquisas oncológicas e novos remédios para adultos, cujas doenças são muito mais frequentes, do que para crianças”, ressalta Brunetto, acrescentando que o custo é o mesmo, mas que a indústria, porblack jack betvez, quer ganhar mais.

O especialista, responsável pelas pesquisas científicas do Instituto do Câncer Infantil, afirma que esse é um dos papeis da entidade: captar recursos da comunidade para investimentoblack jack betpesquisas.

Não à toa, o ICI está promovendo uma premiação para prestigiar pesquisadoresblack jack bettodo Brasil com focoblack jack betoncologia pediátrica. Ao todo, serão distribuídos R$110 mil reais para os ganhadores. O prêmio “Fazer o Bem tem um gostinho especial” está com inscrições abertas até 28black jack betfevereiro.

“Porque essa é uma área muito carente. Nos últimos dez anos, no mundo inteiro, só três remédios foram desenvolvidos especificamente para crianças. A maioria das drogas são desenvolvidas para adultos e nós testamos e usamosblack jack betcrianças, mas não foram projetadas para elas. E a doença pediátrica é absolutamente distinta”, reforça Brunetto.