Cinco apostas da ciência para combater zika e microcefalia:casa de aposta sem rollover

Crédito, Luciani Gomes | BBC
Na noitecasa de aposta sem rolloverterça-feira, a revista científica The Lancet publicou um textocasa de aposta sem rolloverpesquisadores brasileiros que documentaram pela primeira vez o casocasa de aposta sem rolloverum bebê que não teve microcefalia, mas apresenta lesões neurológicas e oculares graves causadas pela zika.
"Existem outros sendo estudados, mas resolvemos divulgarcasa de aposta sem rolloveruma vez porque consideramos importante. Mostra que a extensão da doença é maior", disse à BBC Brasil o oftalmologista Rubens Belfort Junior, da Unifesp, um dos responsáveis pelo estudo.

Crédito, The Lancet
Saiba como estão evoluindo as principais pesquisas sobre o vírus da zika e a microcefalia:
1) Vacinas
Umacasa de aposta sem rolloverduas vacinas para zika desenvolvidacasa de aposta sem rolloveruma parceria do Instituto Evandro Chagas com a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, começará a ser testadacasa de aposta sem rolloveranimaiscasa de aposta sem rollovernovembro. Em fevereirocasa de aposta sem rollover2017, ela deverá ser testadacasa de aposta sem rolloverhumanos.
Segundo Pedro Vasconcelos, diretor do Evandro Chagas, a vacina foi desenvolvida introduzindo mutações no vírus da zika presente no Brasil. Dessa forma, ele perde a capacidadecasa de aposta sem rollovercausar a doença, mas não perde a capacidadecasa de aposta sem rolloverfomentar a criaçãocasa de aposta sem rolloveranticorpos no corpo humano.
"A proposta é fazer a vacinaçãocasa de aposta sem rollovermulherescasa de aposta sem rolloveridade fértil e nãocasa de aposta sem rollovergestantes, porque, como ocorre na rubéola, a vacina poderia induzir a malformaçãocasa de aposta sem rolloverbebês, mesmo sendo um vírus atenuado", disse à BBC Brasil.
Ele afirma, no entanto, que devem ser necessários cinco ou seis anos para que a vacina esteja disponível para todos.
Há também uma segunda vacinacasa de aposta sem rolloverdesenvolvimento, que poderia ser administradacasa de aposta sem rollovergestantes - que espera-se estar pronta para testes até o início do ano que vem. "Para esta vacina não usamos o vírus completo, apenas um pedaço do seu genoma. Por isso não há riscos para grávidas", disse Vasconcelos.
2) Cloroquina
Paralelamente à corrida pela vacina, pesquisadores buscam formascasa de aposta sem rolloverbloquear a ação do vírus, e um avanço importante foi obtidocasa de aposta sem rollovertestes com um velho conhecido da medicina - a cloroquina. O medicamento é usado para tratar malária e doenças autoimunes, como lúpus, e tem a vantagemcasa de aposta sem rolloverpoder ser usado por mulheres grávidas.
De acordo com o médico Amílcar Tanuri, que coordena a pesquisa no Laboratóriocasa de aposta sem rolloverVirologia Molecular do Institutocasa de aposta sem rolloverBiologia da UFRJ, o grupo constatou que a cloroquina e alguns derivados do medicamento conseguem bloquear a multiplicação do vírus da zika nas células neurais e a morte celular. Os testes foram feitos tantocasa de aposta sem rollovercélulas neurais humanas quantocasa de aposta sem rollovercamundongos.
"A cloroquina não atua diretamente no vírus, e sim na célula que vai ser infectada pelo vírus, e faz com que não possa ser penetrada. Basicamente ela fecha a portacasa de aposta sem rolloverentrada do vírus, que não consegue entrar no citoplasma da célula", disse à BBC Brasil.
Ele afirma, entretanto, que o trabalho "ainda está no campo do tubocasa de aposta sem rolloverensaio", e que muitos testes ainda são necessários. Por isso, não arrisca falarcasa de aposta sem rolloverprazos. "Não temos tido muito aportecasa de aposta sem rolloververbas para nossos projetos pelo governo", lamenta.
Os resultados da pesquisa devem saircasa de aposta sem rolloveruma publicação científica nas próximas semanas. Tanuri espera que, a partir daí, grupos com mais recursos possam se interessar seguir com a pesquisa - "e continuar nosso trabalho lá fora".

Crédito, Bahiafarma
3) Testes rápidos
No finalcasa de aposta sem rollovermaio, a Fundação Bahiafarma, órgão vinculado à Secretaria da Saúde da Bahia, anunciou a criaçãocasa de aposta sem rolloverum teste sorológico rápido para zika, que consegue detectar, no soro do sangue do paciente, os anticorpos contra o víruscasa de aposta sem rolloverqualquer fase da doença. O resultado estaria disponívelcasa de aposta sem rollover20 minutos.
Até agora, o diagnóstico é feito principalmente pelo exame PCR, que demora mais para dar resultado e só consegue detectar o vírus enquanto o paciente está doente. A sorologia para o vírus da zika só existiacasa de aposta sem rolloveralguns países e não estava disponível comercialmente.
Em nota, a Fundação disse que o teste já foi aprovado pela Anvisa e que terá reuniões com o Ministério da Saúde na próxima semana para negociar a produçãocasa de aposta sem rolloverescala do teste.
Enquanto isso, pesquisadores do Instituto Wyss, da Universidade Harvard, nos EUA, criaram um testecasa de aposta sem rolloverpapel (similar aocasa de aposta sem rollovertestescasa de aposta sem rollovergravidez) que, alémcasa de aposta sem rolloverdiagnosticar o víruscasa de aposta sem rolloveruma hora, conseguiria diferenciar entre os tipos africano e asiático - este último, o que circula no Brasil.
Em entrevista à BBC Brasil, o pesquisador Keith Pardee, um dos responsáveis pelo protótipo, disse que o objetivo é deixar o teste do tamanhocasa de aposta sem rolloverum papelcasa de aposta sem rolloverrecados, que caiba até no bolso e possa ser guardado mesmo sem refrigeração por até um ano.
"Ainda queremos fazer com que funcione também com amostrascasa de aposta sem rolloverurina e saliva", disse. O Instituto, segundo Pardee, busca parcerias para financiar as novas fasescasa de aposta sem rolloverpesquisa e produção.

Crédito, Wyss Institute
4) Como age o vírus?
"Minicérebros" desenvolvidoscasa de aposta sem rolloverlaboratório com células-tronco vêm permitindo que uma equipe do Instituto D'Or, no Rio, acompanhe o ritmo e os mecanismoscasa de aposta sem rolloverdestruição do zika. Ao injetar o vírus nas estruturas - que têm cercacasa de aposta sem rolloverdois milímetros e equivalem à miniaturacasa de aposta sem rolloverum cérebro embrionário - o grupo constatou uma reduçãocasa de aposta sem rolloveraté 40% do tamanho delascasa de aposta sem rolloverapenas 10 dias.
"Conseguimos mapear o que o vírus faz dentro da célula e vimos que o ciclo celular fica absurdamente alterado", diz a pesquisadora Patrícia Garcez, do Institutocasa de aposta sem rolloverCiências Biomédicas da UFRJ.
"O vírus altera os genes específicos associados à formaçãocasa de aposta sem rolloverneurônios, que são muito importantes. Sem eles os neurônios não se formam. A maquinaria toda da célula começa a fabricar vírus", diz.
A partir da compreensãocasa de aposta sem rollovercomo o vírus atua e mata a célula, Garcez diz que é possível postular e testar potenciais tratamentos para inibi-lo. O estudo está sendo revisado para publicaçãocasa de aposta sem rolloveruma revista científica, mas já está disponível na internet para que outros pesquisadores possam incorporar as descobertas a suas pesquisas.

Crédito, Getty
5) Transmissão por outros mosquitos
Embora desde o ano passado os principais esforçoscasa de aposta sem rollovercombate ao alastramento da zika fossem focados no ataque ao Aedes aegypti, sócasa de aposta sem rollovermaio veio a confirmação científicacasa de aposta sem rolloverque o mosquitocasa de aposta sem rolloverfato carrega o vírus.
Pesquisadores da Fiocruz no Rio conseguiram, pela primeira vez, identificar a presença do vírus da zikacasa de aposta sem rollovermosquitos presentes na natureza.
"Para combater o alvo certo, é preciso ter duas coisas combinadas", explica Ricardo Lourenço, chefe do Laboratóriocasa de aposta sem rolloverMosquitos Transmissorescasa de aposta sem rolloverHematozoários do IOC e líder do estudo. "A primeira é achar insetos na natureza infectados com o vírus; a segunda é constatarcasa de aposta sem rolloverlaboratório que o mosquito é capazcasa de aposta sem rollovertransmitir o vírus pela saliva."
Mas até o iníciocasa de aposta sem rolloverjulho, a bióloga Constância Ayres, da Fiocruz-Pernambuco, espera descobrir se o vírus da zika pode estar sendo transmitido também por outros mosquitos.
A equipe chefiada por Ayres já comprovou,casa de aposta sem rolloverlaboratório, que o mosquito Culex (pernilongo), mais comum do que o Aedes aegypti, pode ser um vetor da doença. Agora, irá analisar cercacasa de aposta sem rollovercinco mil destes mosquitos coletados na natureza para descobrir se eles estão carregando o vírus - ecasa de aposta sem rolloverproporção suficiente para infectarem humanos.
"A possibilidadecasa de aposta sem rolloverque isso esteja acontecendo é bem grande, até porque o perfilcasa de aposta sem rolloverdistribuição da zika se assemelha aocasa de aposta sem rolloveruma doença transmitida pelo Culex. Dengue é uma doença bem democrática, pega rico e pobre. Já nos casoscasa de aposta sem rollovermicrocefalia, 85% dos casos sãocasa de aposta sem rollovermães mais pobres, associadas a áreas com esgoto a céu aberto", disse à BBC Brasil.
"O vírus já foi identificadocasa de aposta sem rollovermuitas espéciescasa de aposta sem rollovermosquitocasa de aposta sem rolloverum ambiente silvestre,casa de aposta sem rolloverSenegal e Uganda. Porque no ambiente urbano só um tipocasa de aposta sem rollovermosquito transmitiria?"




