Exagero ou realismo? Retrato da violência durante Jogos divide mídia e opiniões nas redes:macetes sportingbet

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macetes sportingbet O Riomacetes sportingbetJaneiro é uma cidade violenta: um roubo a cada cinco minutos e 1,5 mil homicídios/ano é a média recente.
Também é sedemacetes sportingbetum evento grandioso, com 10,5 mil atletasmacetes sportingbet206 países, 42 modalidades, 1 bilhãomacetes sportingbetespectadores pelo mundo - e que ocorre pela primeira vez na América do Sul.
Como era previsívelmacetes sportingbetuma competição desse porte, espalhada por 32 pontos na cidade, a narrativa esportiva vem se misturando à crônica policial.
Mas enfatizar a violência que circunda os Jogos é histeria da mídia ou simplesmente realismo? É síndromemacetes sportingbetvira-lata do brasileiro, esnobismo gringo ou espírito prático?
O debate repercutiu na mídia internacional e nas redes sociais nos últimos dias, alimentado por casos como o do ataquemacetes sportingbettraficantes a policiais da Olimpíada que entraram por engano numa comunidade do Complexo da Maré.
"Tiroteiosmacetes sportingbetfavelas e janelasmacetes sportingbetônibusmacetes sportingbetmídia quebradas: mais violência irrompe durante a Olimpíada do Rio", foi o títulomacetes sportingbettexto do jornal americano Washington Post.

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O texto assinado pelo correpondente no Rio, Dom Phillips, e pelo chefe do escritório do jornal no México, Joshua Partlow, considera que os incidentes recentes "levantaram novas preocupações sobre segurança" na competição.
Paranoia carioca?
Por outro lado, com os Jogos chegando ao final da primeira semana, houve quem resolvesse a equação "experiência real + percepçãomacetes sportingbetviolência"macetes sportingbetforma diferente.
"O Rio é o lugar perigoso mais seguro que você irá visitar. Nada parece remotamente ameaçador ao andar pelas ruas aqui - até você circular com alguém do Rio", escreveu David Segal, do New York Times,macetes sportingbettexto publicado na edição impressa do jornal nesta quinta-feira.
Em tom bem-humorado, o jornalista descreve o que considera um exagero dos cariocasmacetes sportingbetrelação à segurança.

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"Você irá saber (ao conversar com um local) que está cercado por uma variedade terrívelmacetes sportingbetperigos, incluindo ladrões com facas. A praiamacetes sportingbetCopacabana parece um paraísomacetes sportingbetroupas minimalistas. Mas aí te contam sobre os jovens bandidos quemacetes sportingbetvezmacetes sportingbetquando tomam a areia e roubam tudo o que não está escondido ou enterrado."
A conclusãomacetes sportingbetSegal sobre segurança no Rio: "Quanto menos você conversar com cariocas, mas irá gostar desse lugar."
Histeria da mídia?
Publicaçõesmacetes sportingbetredes sociais ecoaram argumento semelhante, ao criticar o que consideram exposição excessiva da violência carioca.
"Americanos estão preocupados com a violência no Rio, embora 19 pessoas tenham sido baleadasmacetes sportingbetChicago hoje e vejo pouca cobertura sobre isso", foi um tuíte do ShowerThoughts, um canal do Reddit, comunidademacetes sportingbetfóruns onde usuários votam no conteúdo.
"Fatos idênticos quanto acontecemmacetes sportingbetoutras cidades brasileiras não tem a mesma repercussão (...) O Rio é a cidade mais visada, mais vigiada pela mídia", escreveu um usuário brasileiro no Facebook.
Quem inaugurou o divã da mídia nesta Olimpíada foi Teddy Greenstein, repórter do Chicago Tribune, numa reportagem intitulada "Quando o assunto é a segurança nos Jogos do Rio, a histeria da mídia foi o verdadeiro crime".

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Em texto publicado na segunda-feira e que circulou amplamente nas redes sociais, Greenstein criticou reportagens que preveram um apocalipsemacetes sportingbetcriminalidade durante a competição.
Seu alvo principal era uma reportagem do jornal britânico The Telegraph, que há uma semana informou que os Jogos do Rio "estavam no caminho para serem osmacetes sportingbetmaior criminalidade" da história.
"Histórias como essa deram o tom da narrativa. Amedrontaram fãs olímpicosmacetes sportingbetrelação a vir (ao Rio), levando a assentos vazios nas arenas", escreveu Greenstein,macetes sportingbetcrítica ao suposto alarmismo do relato.
O repórter cita Casey Patterson, atleta americano do vôleimacetes sportingbetpraia, e a experiência pessoalmacetes sportingbetcaminhar por Copacabana à noite após abandonar um táximacetes sportingbetmeio a um congestionamento.
"Enquanto andava atrásmacetes sportingbetoutro táxi, Copa tinha uma vibração parecida com o Upper East Sidemacetes sportingbetNova York à noite. Não é o lugar mais seguro do mundo, mas dificilmente é ameaçador."
"Sim, há crime no Rio. Esta é uma cidademacetes sportingbet6,3 milhõesmacetes sportingbethabitantes onde, infelizmente, desemprego alto e extrema pobreza existem. (...) Mas chegamacetes sportingbethistóriasmacetes sportingbetbuscamacetes sportingbetcliques que pintam esse lugar como uma espéciemacetes sportingbetapocalipse urbano", concluiu.
Mas para muitos brasileiros que se manifestaram sobre o assuntomacetes sportingbetredes sociais, qualquer tentativamacetes sportingbetminimizar episódiosmacetes sportingbetviolência é "dourar a pílula" da realidade do Rio e do Brasil.
"É furomacetes sportingbetbala perdida na salamacetes sportingbetimprensa, ônibus olímpico baleado, piscina verde, torcida vaiando adversários a trocomacetes sportingbetnada, delegação chinesa no meiomacetes sportingbettiroteio e ainda dizem que esta Olimpíada está sendo um sucesso", escreveu Priscila da Silveira Santosmacetes sportingbetcomentário na página da BBC Brasil.
Violência na pele
Do mesmo modo como repórteres que se sentiram seguros no Rio fizeram relatos nesse sentido, quem vivenciou alguma situaçãomacetes sportingbetperigo procurou destacar a insegurança.

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"Um atentado aos Jogos, a ninguém mais", escreveu o repórter do jornal argentino La Nación Gastón Saiz,macetes sportingbettextomacetes sportingbetprimeira pessoa sobre o ataque na terça-feira ao ônibus que fazia o trajeto entre o centro olímpicomacetes sportingbetDeodoro e um setormacetes sportingbetimprensa.
Saiz descreve como um policial (e a versão oficial) apontou que o veículo foi atingido por uma pedra, embora essa não tenha sido a impressão do repórter. "Pareceram dois impactosmacetes sportingbetbalamacetes sportingbetbaixo calibre,macetes sportingbetacordo com os orifícios observados nas janelas."
No relato do diário americano Wall Street Journal, autoridades estão "lutando" para conter crimes violentos no Rio apesar da maior mobilizaçãomacetes sportingbetsegurança na história da cidade.








