Publicitário abandona carreira e testa 31 trabalhoscasa de aposta 36531 dias:casa de aposta 365

  • Néli Pereira
  • Da BBC Brasilcasa de aposta 365São Paulo
Eduardo Talley

Crédito, Augusto Kuba

casa de aposta 365 O publicitário Eduardo Talley passou 31 dias fazendo bicos diferentescasa de aposta 365funções nas quais ele nunca havia trabalhado -casa de aposta 365marceneiro a cozinheiro, passando por babá e jardineiro - para descobrir outros talentos e "voltar a ter satisfação no ambiente profissional".

Depoiscasa de aposta 365largar um emprego como diretorcasa de aposta 365artecasa de aposta 365uma agênciacasa de aposta 365publicidadecasa de aposta 365São Paulo, o brasiliense guardou dinheiro e foi viajar pelo mundo. Na volta, passou a fazer "bicos" até criar,casa de aposta 365março deste ano, o projeto onedayhand (uma mãozinha por dia,casa de aposta 365tradução livre do nomecasa de aposta 365inglês), no qual ele passou um mês inteirocasa de aposta 36531 "empregos" diferentes.

"Isso me deu uma sensação que eu já não sentiacasa de aposta 365publicidade fazia tempo:casa de aposta 365satisfação,casa de aposta 365reconhecimento,casa de aposta 365trabalho concreto com começo, meio e fim", disse.

O projeto foi realizadocasa de aposta 365São Paulo no mêscasa de aposta 365abril, e Talley já prepara um calendário para fazer o mesmo no Riocasa de aposta 365Janeiro. Além disso, ele também pretende criar uma plataforma para que mais pessoas possam ter a mesma experiência.

"Recebo mensagenscasa de aposta 365pessoas que estão há 15 anos na mesma profissão e não sabem nem por onde começar a pensarcasa de aposta 365outra coisa, embora tenham vontadecasa de aposta 365mudarcasa de aposta 365carreira, oucasa de aposta 365experimentar outros trabalhos. Essa pode ser uma oportunidadecasa de aposta 365experimentar", conta.

Eduardo Talley

Crédito, Eduardo Talley

Legenda da foto,

Talley trabalhou como ajudantecasa de aposta 365cozinha e outras funções que nunca havia exercido antes

Transição

A mudançacasa de aposta 365vidacasa de aposta 365Talley começoucasa de aposta 3652012, quando era diretorcasa de aposta 365artecasa de aposta 365uma grande agência e tinha, segundo ele, "o que pode ser considerado um bom salário para a área" - na qual trabalhava havia 10 anos.

Apesar disso, não estava satisfeito: trabalhava horas demais e achava que everia ser melhor remunerado pelo que fazia. Depoiscasa de aposta 365algum planejamento, economizou dinheiro e decidiu dar uma volta ao mundo.

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"Eu estava no melhor momento da carreira, trabalhei nas melhores agências, bom salário, bom cargo, enfim, eu gostava do que fazia, mas aquilo paroucasa de aposta 365fazer sentido pela energia que você gasta, faltacasa de aposta 365reconhecimento, tempo que gasta no trabalho e faltacasa de aposta 365tempo para a vida pessoal, coisas que todo mundo reclama."

"Aí achei que não dava mais e pedi demissão. E fiz uma poupança boa, não tinha nem tempo para gastar dinheiro antes, tinha poucas férias, e guardei dinheiro para poder dizer: agora eu posso decidir o que eu vou fazer", contou.

A viagem durou um ano e o fez conhecer muitas pessoas com profissões vistas como "subempregos" no Brasil, mas que, ao contrário da situação desses profissionais aqui no país, conseguiam ganhar o mesmo que ele com o cargo como que ocupava na publicidade, por exemplo. Foi quando pensou que também gostariacasa de aposta 365ter essas experiências.

"De volta ao Brasil passei dois anos trabalhandocasa de aposta 365várias coisas:casa de aposta 365obras, como assistentecasa de aposta 365pedreiro,casa de aposta 365produção, fui numa viagemcasa de aposta 365veleiro com a família Schurmann, oferecia minha mãocasa de aposta 365obracasa de aposta 365coisas que nunca tinha feito. Consegui pagar minhas contas praticamente fazendo trabalhos aleatórios, coisas que eu estava fazendo pela primeira vez

Em março deste ano, decidiu criar o onedayhand, e se propôs a trabalhar cada dia do mêscasa de aposta 365abrilcasa de aposta 365uma função diferente.

Ele criou o site oferecendo um calendáriocasa de aposta 365um mês. Ali, ele colocou o que sabia fazer, o que tinha feito algumas vezes e o que tinha vontadecasa de aposta 365aprender. As pessoas podiam entrar no site e agendar direto no calendário, ou entrarcasa de aposta 365contato com ele por e-mail ou redes sociais.

Não foi fácil completar o mês dos 31 trabalhoscasa de aposta 36531 dias. Às vezes era preciso chegar do trabalho e tentar marcar os freelas do restante da semana. Muitos deste surgiam através da indicaçãocasa de aposta 365terceiros.

"Eu já estava fazendo, mas foi uma formacasa de aposta 365mostrar para as pessoas que é possível fazer. Experimentar uma coisa nova, um ofício novo, nem que seja por um dia. Para alguns vai ser meio terapia, para outros, uma formacasa de aposta 365descobrir o que você quer - tem gente que não sabe nem por onde começar."

Nesse período, trabalhou como babá para os filhoscasa de aposta 365um amigo, como assistentecasa de aposta 365cozinha, ajudantecasa de aposta 365marceneiro, produtorcasa de aposta 365eventos, garçom, pintor, entregadorcasa de aposta 365plantas, sorveteiro, entre outros.

"Foi uma sensação ótima, e ainda tem muito mais coisas que quero aprender a fazer."

E foi preciso ter experiência para conseguir os trabalhos? Ele conta que no trabalhocasa de aposta 365marcenaria, por exemplo, para tarefas simples como lixar uma peça, não é preciso tanta experiência, mas disposição.

Como ajudantecasa de aposta 365cozinha, cortou alimentos, lavou louça, descascou batata. Na sorveteria, serviu sorvetes. Em São Paulo, pelo que dá a entender, parece haver uma demanda grande por freelas desse tipo: gente que precisacasa de aposta 365mãocasa de aposta 365obra básica.

Eduardo Talley

Crédito, Matheus Pena

Legenda da foto,

Ele pretende continuar a ter empregos diferentes, sem trabalho fixo

Padrãocasa de aposta 365consumo

A relação entre trabalho e felicidade ou realização pessoal é um tema quente na internet, onde textos sobre experiênciascasa de aposta 365como um pedidocasa de aposta 365demissão mudou a vidacasa de aposta 365uma pessoa podem viralizar da noite para o dia.

Sobre o tema, Eduardo Talley pondera que apesar da experiência (de mudarcasa de aposta 365trabalho) ser boa, a mudança não é só profissional, oucasa de aposta 365qualidadecasa de aposta 365vida, mas tambémcasa de aposta 365custos e padrãocasa de aposta 365consumo.

"Eu não sou rico, não tenho mesada dos pais, ou algum suporte desse tipo. Para conseguir fazer o que eu faço até hoje e continuar fazendo, sem ter que voltar para uma agência, tive que baixar meus custos. É preciso repensar valores, consumo, você não precisa mais comprar um carro, ter uma casa, o melhor telefone celular, tem que diminuir o custocasa de aposta 365vida, é o primeiro exercício."

Segundo ele, é possível ganharcasa de aposta 365R$ 50 a R$ 150 por dia, dependendo da função.

"É mais do que muita gente ganha ralando o mês inteiro num mesmo lugar. Mas não tem a estabilidade que muita gente procura. A gente foi criado para trabalhar, ter uma carreira, comprar um carro, uma casa e ter uma família. Hoje a gente não precisa mais querer isso, buscar isso, mas tem muita gente também que não sabe o que quer, e aí está o problema".

Talley não pretende pararcasa de aposta 365experimentar novas funções, pelo menos por enquanto.

"Tem muita coisa que ainda quero aprender: fazer joias, cuidarcasa de aposta 365cachorros, um monte. Quero continuar a fazer coisas que nunca fiz. Pelo menos mais umas cem."