Alcaçuz: a prisão 'queijo suíço'apostaganha 365onde presos escapam cavando buracos na areia:apostaganha 365

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"Se um garoto pegar um estilingue e colocar um celular ou drogas, lança para dentro do presídio", disse Ivenio Hermes, pesquisador do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte,apostaganha 365entrevista ao jornal Folhaapostaganha 365S. Paulo.
Em 2013, um relatório do CNJ (Conselho Nacionalapostaganha 365Justiça) contabilizou 105 fugas, com 425 presos voltando às ruas, nos dois anos anteriores.
"Construída sobre dunas, a penitenciária mais parece um "queijo suíço" tendoapostaganha 365vista os inúmeros túneis cavados pelos presos para fuga. Há partes da unidade que inclusive correm riscoapostaganha 365desabarapostaganha 365razão dos vários túneis que a cortam pelo subsolo", afirmou o levantamento.
Na ocasião, o mesmo estudo também apontou que o Rio Grande do Norte não tinha informações básicas como nome, idade e possível condenação dos presos.
"As unidades também não possuem controles básicos dos presos, como saber informar quantos são provisórios ou condenados, ou mesmo dividir os que já possuem condenação e estão na unidade respondendo a outro processo ou aguardando possível regressãoapostaganha 365regime por descumprimento do semiaberto. Também não se tem controle sequer da quantidadeapostaganha 365vagas na unidade".
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Crédito, Luis Barrucho
Rebelião controlada
Após 14 horas, chegou ao fim na manhã deste domingo a rebelião que teve início no fim da tardeapostaganha 365sábado.
Cercaapostaganha 365200 homens, entre policiais, bombeiros e da Força Nacional, participaram da operação.
Pelo menos dez presos morreram, alguns decapitados. Autoridades estão fazendo agora a contagem dos mortos.
A rebelião teria sido motivada por brigas entre facções rivais.
Na noiteapostaganha 365sábado, policiais já haviam conseguido acesso à área externa da penitenciária, mas estavam esperando o amanhecer para entrar nos pavilhões.
Segundo informações da Secretariaapostaganha 365Estado da Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, os detentos do presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica ao ladoapostaganha 365Alcaçuz, invadiram a penitenciária.

Crédito, AFP
Ondaapostaganha 365violência
Essa é a quarta rebelião com mortes que ocorre neste ano dentroapostaganha 365presídios. A primeira aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim ( Compaj)apostaganha 365Manaus, onde 60 pessoas foram mortas no dia 1ºapostaganha 365janeiro.
Quatro dias depois, outra chacina deixou 33 mortos na Penitenciária Agrícolaapostaganha 365Monte Cristo,apostaganha 365Roraima. Outras quatro pessoas foram mortas na cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa,apostaganha 365Manaus.
O local foi fechadoapostaganha 3652016 por problemas estruturais, mas reaberto neste ano para abrigar sobreviventes do Compaj.
Pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil atribuem as mortes a uma guerra entre facções criminosas. A mais significativa delas é entre a Família do Norte (FDN) e o Comando Vermelho (CV), terceira e segunda com maior presença nos presídios, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina a maior parte dos presídios.
Autoridadesapostaganha 365segurança públicaapostaganha 365todo o país estãoapostaganha 365estadoapostaganha 365alerta para a possibilidadeapostaganha 365ocorrerem novas rebeliões com mortes. O maior risco está nos Estados do Norte e Nordeste do país, além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Isso ocorre porque presídios paulistas e cariocas são majoritariamente dominados pelo PCC e CV, respectivamente.
Já o presídio Centralapostaganha 365Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com maisapostaganha 3654 mil detentosapostaganha 365cinco facções diferentes. A unidade é tratada como uma "bomba-relógio".








