'Meu sonho é respirar sem aparelhos': o drama da filahaddad apostas esportivastransplantehaddad apostas esportivaspulmão:haddad apostas esportivas

Crédito, Gabi Di Bella
O diagnóstico da doença veio aos 3 anos - os problemas mais sérios começaramhaddad apostas esportivas2014, aos 12. "Ela fazia esportes, educação física no colégio, sempre levou uma vida normal. Mashaddad apostas esportivasjulho daquele ano ficou 21 dias internada", conta a mãe Margarete Zilio,haddad apostas esportivas52 anos.
Desde então, a doença evoluiu e levou a uma mudançahaddad apostas esportivasvidahaddad apostas esportivastoda família. Na volta para casa, ela sofreu um pneumotórax (acúmulo anormalhaddad apostas esportivasar entre o pulmão e a pleura, membrana que reveste internamente a parede do tórax) e ficou mais 39 dias internada.
"Foram quarenta. Cada dia a mais conta", corrige logo Duda.

Crédito, Gabi Di Bella
Na busca por tratamento, os pais e a menina se mudaramhaddad apostas esportivasJundiaí, no interiorhaddad apostas esportivasSão Paulo, para Gravataí, na região metropolitanahaddad apostas esportivasPorto Alegre, a capital gaúcha.
A família chegou a fazer campanha nas redes sociais pedindo ajuda. A página "Duda Zilio - Garotahaddad apostas esportivasfibra" ainda está no ar.
Na Santa Casahaddad apostas esportivasPorto Alegre, centrohaddad apostas esportivasreferênciahaddad apostas esportivastransplantes no país, a menina faz reabilitação junto a outros 40 pacientes enquanto aguarda um órgão compatível. "Duda engordou dez quilos depois que começou a reabilitação, foi maravilhoso pra ela", conta a mãe.
Lá, todos vivem conectados ao cilindrohaddad apostas esportivasoxigênio, o equipamento com o qual Duda convive 24 horas por dia. Uma fontehaddad apostas esportivasvida, mas tambémhaddad apostas esportivasproblemas.
"As pessoas tropeçam no fio. A minha mãe e a minha avó também. Quando eu grito 'Mãe!' já é tarde, acaba que até arranca do nariz", conta a menina, rindo.
Ela também passa por dificuldades na rua. As pessoas não enxergam a mangueira fina e passam no meio, entre a menina e a mãe - o paciente não deve levar o equipamento e, por isso, tampouco pode andar sozinho.
"O sonho dela é entrar na salahaddad apostas esportivascirurgia e sairhaddad apostas esportivaslá sem ter que carregar mais esse tubo", diz a mãe.
Duda vai à escola normalmente, mas não pôde participar da viagemhaddad apostas esportivasformatura. Como o órgão pode surgir a qualquer momento, a família não pode viajar.
"Gostaríamoshaddad apostas esportivasir conhecer a serra e outros lugares, mas não podemos nos afastar e correr o riscohaddad apostas esportivasnão conseguir chegar na Santa Casa a tempo", explica Margarete.
Enquanto isso, a adolescente curte as férias lendo e vendo filmes com os pais. "Outro dia, ficamos até às 3h da manhã assistindo a Harry Potter", conta.

Crédito, Gabi Di Bella
A mãe já fez exames para avaliar a compatibilidadehaddad apostas esportivasfazer um transplante intervivos - aquelehaddad apostas esportivasque o doador está vivo. Nesse caso, porém, é preciso maishaddad apostas esportivasum doador.
"Eu sou compatível, mas estamos vendo se alguém mais da família é. Isso é muito difícil porque as pessoas tem medo da cirurgia. Eu entendo", afirma.
Duda pensa no futuro com otimismo: "Quero ser médica, geriatra ou pediatra, adoro velhinhos e crianças", diz.
A escolhahaddad apostas esportivasSofia
O médico Sadi Sochio, coordenador clínico da equipehaddad apostas esportivastransplantehaddad apostas esportivaspulmão da Santa Casa, define a lutahaddad apostas esportivasDuda e dos demais pacientes como o "jogo perversohaddad apostas esportivasganhar a corrida da morte que está se avizinhando. É uma corrida imoral", define.
Todos os anos são realizadoshaddad apostas esportivasmédia 30 transplanteshaddad apostas esportivaspulmãohaddad apostas esportivasPorto Alegre, apesar da capacidade e da estrutura do hospital permitirem o dobro disso.
"Nós estamos aqui, prontos. Podemos realizarhaddad apostas esportivas50 a 60 transplantes por ano, mas precisamoshaddad apostas esportivasajuda da sociedade. Precisamos que as pessoas se declarem doadoras e que as famílias saibam disso", diz.
A listahaddad apostas esportivasespera por transplanteshaddad apostas esportivaspulmão na Santa Casa tem 60 pacientes. O prognóstico éhaddad apostas esportivasque a chancehaddad apostas esportivasesses pacientes morreremhaddad apostas esportivasdois anos éhaddad apostas esportivas50%.
"As pessoas não são um litrohaddad apostas esportivasleite que vem com datahaddad apostas esportivasvalidade. Não temos como saber quando a pessoa vai morrer. Caso esses pacientes não recebam o enxerto (órgão novo), metade deles vai morrer. Isso é um dado bem real que acompanhamos há bastante tempo", explica o médico.
Dos pacientes que chegam a fazer o procedimento, 50% veem melhora emhaddad apostas esportivasqualidadehaddad apostas esportivasvida e tem uma expectativahaddad apostas esportivasvida ampliadahaddad apostas esportivascinco anos. Para 99% deles, não existe a possibilidadehaddad apostas esportivastransplante intervivos, até porque, para isso, não existe cobertura pelo SUS.

Crédito, Gabi Di Bella
Um transplantehaddad apostas esportivaspulmão entre duas pessoas vivas custa cercahaddad apostas esportivasUS$ 100 mil dólares.
"Se eu fizer isso, vou ter que fechar o programahaddad apostas esportivastransplantes, porque diminui o númerohaddad apostas esportivasoperações que posso fazer por ano", afirma Sochio.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 2,3 mil pessoas morreram à esperahaddad apostas esportivasum órgão no Brasilhaddad apostas esportivas2015.
Na Santa Casahaddad apostas esportivasPorto Alegre, foram realizados 30 transplanteshaddad apostas esportivaspulmãohaddad apostas esportivas2016, dois a mais do quehaddad apostas esportivas2015 - anohaddad apostas esportivasque foram realizados quatro transplanteshaddad apostas esportivasintervivos.
No país inteiro (o procedimento também é feitohaddad apostas esportivashospitaishaddad apostas esportivasFortaleza ehaddad apostas esportivasSão Paulo) foram realizados 74 transplanteshaddad apostas esportivaspulmãohaddad apostas esportivas2015 e 72 até agostohaddad apostas esportivas2016,haddad apostas esportivasacordo com o Ministério da Saúde - 182 pessoas estão à espera do órgão.
Sochio afirma que a principal causa da necessidadehaddad apostas esportivastransplantes ainda é o tabagismo. Ele pede que as pessoas externem seu desejohaddad apostas esportivasserem doadoras e, assim, ajudar essas pessoas.
"No jantarhaddad apostas esportivasNatal, no almoçohaddad apostas esportivasdomingo... as pessoas têm que informar a famíliahaddad apostas esportivasque querem doar órgãos caso algo ocorra", diz.
O médico afirma o órgão recebido deve ser usado da forma mais cuidadosa possível e que a busca é por pacientes que tenham mais cuidado e disciplina, que vão cuidar bem deles.
"Vivemos uma escolhahaddad apostas esportivasSofia diária", relata.








