Sete vezescrb e guarani palpiteque 'estratégias'crb e guarani palpitealvos da Lava Jato deram errado:crb e guarani palpite

Sérgio Cabral

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Sérgio Cabral foi acusadocrb e guarani palpite'intimidação'crb e guarani palpitejuiz Marcelo Bretas

crb e guarani palpite O ex-governador do Riocrb e guarani palpiteJaneiro Sergio Cabral será transferido nos próximos dias à Penitenciária Federalcrb e guarani palpiteCampo Grande (MS), por solicitação do Ministério Público Federal (MPF), após uma trocacrb e guarani palpitefarpascrb e guarani palpiteaudiência com o juiz Marcelo Bretas, responsável pelos julgamentos da operação Lava Jato no Rio.

Foi um dos casos recentescrb e guarani palpiteque acusados na Lava Jato apostaramcrb e guarani palpiteiniciativas malsucedidas perante a Justiça ou as investigações.

Na audiência, na última segunda-feira, Cabral - que nega as acusaçõescrb e guarani palpiteter chefiado um esquema milionáriocrb e guarani palpitecorrupção no governo do Rio - rebatia a denúnciacrb e guarani palpiteque teria comprado joias paracrb e guarani palpitemulher com dinheirocrb e guarani palpitepropina.

Argumentando que joias seriam um modo inusualcrb e guarani palpitelavar dinheiro, ele disse a Bretas que "vossa Excelência tem um relativo conhecimento sobre o assunto ecrb e guarani palpitefamília mexe com bijuterias, se não me engano é a maior empresacrb e guarani palpitebijuterias do Estado. (...) São as informações que me chegaram".

Cabral também acusou Bretascrb e guarani palpiteusar o caso "para gerar uma projeção pessoal, me fazendo um calvário, claramente".

A fala foi enxergada por críticos como uma tentativacrb e guarani palpiteintimidaçãocrb e guarani palpiteBretas.

"(A declaraçãocrb e guarani palpiteCabral) pode ser entendidacrb e guarani palpitealguma forma como ameaça", declarou o juiz. O ex-governador negoucrb e guarani palpiteseguida: "Ameaça? Eu estou preso".

Joesley Batista

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Áudio colocoucrb e guarani palpitedúvida delação e imunidadecrb e guarani palpiteJoesley Batista

Em seu pedido pela transferênciacrb e guarani palpiteCabral, o MPF afirmou que as declarações do ex-governador tentavam "constranger a autoridade judiciária federal" e demonstraram que na cadeia "ele recebe informações inclusive da família desse magistrado, o que denota que a prisão no Rio não tem sido suficiente para afastar o réucrb e guarani palpitesituações que possam impactar nesse processo".

A defesacrb e guarani palpiteCabral negou qualquer tentativacrb e guarani palpiteintimidação e afirmou que a fala do ex-governador foi um "desabafo".

A seguir, veja outros seis casoscrb e guarani palpiteque aparentes estratégiascrb e guarani palpitepersonagens ligados a Lava Jato deram errado:

Delação da JBS

Um dos maiores acordoscrb e guarani palpitedelação premiada da Lava Jato havia dado imunidade aos irmãos Joesley e Wesley Batista, livrando-oscrb e guarani palpitepunição por crimescrb e guarani palpitecorrupçãocrb e guarani palpitetrocacrb e guarani palpiteprovas contra políticos.

E disso saíram áudios bombásticos, como as gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o senador tucano Aécio Neves.

No entanto, a imunidade dos irmãos Batista ficou a perigo depois que vieram à tona os áudioscrb e guarani palpiteJoesley conversando com o lobista da JBS Ricardo Saud.

As conversas geraram a suspeitacrb e guarani palpiteomissãocrb e guarani palpitecrimes por parte dos ex-executivos da empresa - o que contrariaria as normas do acordocrb e guarani palpitedelação premiada - ecrb e guarani palpitesupostos elos com o ex-procurador da República Marcello Miller, que chegou a atuar tanto nas investigações da Lava Jato quanto no escritóriocrb e guarani palpiteadvocacia que defendeu a JBS.

Como resultado, Joesley e Saud acabaram presos, e Wesley foi detido depois por suspeitascrb e guarani palpitecrime contra o sistema financeiro,crb e guarani palpitemeio às investigaçõescrb e guarani palpitecompra e vendacrb e guarani palpiteações e atuação no mercadocrb e guarani palpitedólar após a delação da JBS ter causado uma turbulência no mundo das finanças - os empresários são acusadoscrb e guarani palpitese aproveitar das informações privilegiadas que tinham sobre a eclosão do escândalo para ganhar dinheiro.

Geddel Vieira Lima
Legenda da foto, Geddel foi acusadocrb e guarani palpitetentar atrapalhar investigaçãocrb e guarani palpitesupostas fraudes na Caixa | Foto: Ag. Brasil

Geddel Vieira Lima

O ex-ministro chegou a ser preso preventivamentecrb e guarani palpitejulho, acusadocrb e guarani palpitetentar atrapalhar as investigações da operação Cui Bono,crb e guarani palpiteque a Polícia Federal apura supostas fraudescrb e guarani palpitecréditos da Caixa Econômica Federal (CEF).

Segundo o MPF, Geddel, que havia sido vice-presidente da CEF entre 2011 e 2013, teria agido para impedir o ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lucio Funaro (ambos presos)crb e guarani palpiteacordar delações premiadas, oferecendo-lhes supostas vantagens indevidas. As investigações apontam várias ligações dele para a mulhercrb e guarani palpiteFunaro.

A defesacrb e guarani palpiteGeddel afirmou que a prisão foi "desnecessária", negando as acusações. Depoiscrb e guarani palpitealguns dias preso, ele passou para prisão domiciliar.

Em depoimento à Justiça, chegou a chorar ao falarcrb e guarani palpitesua família e da prisão.

"Farei 20 anoscrb e guarani palpitecasado, (com) três filhos, uma meninacrb e guarani palpite18 anos, uma meninacrb e guarani palpite14 e meu meninocrb e guarani palpite7. Evidentemente minha esposa não tem trabalho e todos precisamcrb e guarani palpitemim para seu sustento financeiro e emocional", disse, com olhos marejados.

Geddel acabou sendo preso novamente na operação, após a PF ter descoberto um apartamento com R$ 51 milhõescrb e guarani palpitedinheiro vivocrb e guarani palpiteSalvador, vinculado ao ex-ministro.

Marcelo Odebrecht

Um bilhete escrito por Marcelo Odebrecht na prisãocrb e guarani palpite2015 foi interceptado pela PF, com os dizeres "destruir e-mail sondas".

O empresário Marcelo Odebrecht

Crédito, AFP

Legenda da foto, Bilhetecrb e guarani palpiteMarcelo Odebrecht foi interpretado como tentativacrb e guarani palpiteobstrução

O bilhete, que tinha como destino final os advogados do ex-executivo da Odebrecht, foi então considerado pelo juiz Sergio Moro como uma tentativacrb e guarani palpitedestruiçãocrb e guarani palpiteprovas da participação da empreiteira na formaçãocrb e guarani palpitecartel para fraudar contratos com a Petrobras.

Seria uma referência a sobrepreçoscrb e guarani palpiteum contratocrb e guarani palpitesondas com a estatal.

A defesacrb e guarani palpiteOdebrecht negou, dizendo na época que o bilhete fora "maliciosamente" interpretado como provacrb e guarani palpitecrime e que "não continha o mais remoto comando para que as provas fossem destruídas e que - à toda evidência - a palavra fora empregada no sentidocrb e guarani palpitedesconstruir, rebater a interpretação equivocada feita sobre o conteúdo do e-mail".

O empresário, que depois fechou acordocrb e guarani palpitedelação premiada, segue detido.

Delcídio do Amaral

Foi a primeira vez que um senador cumprindo mandato foi presocrb e guarani palpiteflagrante: Delcídio do Amaral, então líder do governocrb e guarani palpiteDilma Rousseff no Senado, foi detido por ordem do Supremo Tribunal Federal acusadocrb e guarani palpitetentar obstruir as investigações da Lava Jato.

O ex-senador Delcídio do Amaral
Legenda da foto, Delcidio foi flagrado tentando impedir delaçãocrb e guarani palpiteCerveró | Foto: Ag. Senado

A prisão foi baseadacrb e guarani palpiteuma gravaçãocrb e guarani palpiteque Delcídio oferecia ajuda financeira a familiares do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró,crb e guarani palpiteuma tentativacrb e guarani palpiteimpedi-locrb e guarani palpitefazer um acordocrb e guarani palpitedelação premiada com a Justiça.

Delcídio acabou tendo seu mandato cassado no ano seguinte e acabou, ele mesmo, se tornando um delator do esquemacrb e guarani palpitecorrupção na Petrobras.

Eduardo Cunha

Ainda como presidente afastado da Câmaracrb e guarani palpiteDeputados,crb e guarani palpite2016, Cunha foi acusado por adversárioscrb e guarani palpitetentar retardar o processo contra ele no Conselhocrb e guarani palpiteÉtica da Casa e nas investigações da Lava Jato.

O então presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo, chegou a entregar ao então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma lista do que chamoucrb e guarani palpite"manobras"crb e guarani palpiteCunha para atrasar o andamento do pedido para que ele perdesse o cargo - que acabou sendo o processo mais longo da história da Câmara.

Eduardo Cunha
Legenda da foto, Eduardo Cunha acabou condenado na Lava Jato | Foto: Ag. Brasil

Cunha, porém, acabou tendo o mandato cassadocrb e guarani palpitesetembrocrb e guarani palpite2016, perdendo o foro privilegiado. Preso pouco tempo depois,crb e guarani palpitemarço deste ano, foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 15 anos e quatro mesescrb e guarani palpiteprisão por corrupção passiva, lavagemcrb e guarani palpitedinheiro e evasãocrb e guarani palpitedivisas.

Tentativas suascrb e guarani palpitefechar um acordocrb e guarani palpitedelação premiada, segundo a imprensa, acabaram frustradas.

Eike Batista

Em 2016, um depoimento espontâneo dado pelo empresário Eike Batista à força-tarefa da Lava Jato -crb e guarani palpiteque fazia acusações ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega - foi interpretado como uma tentativacrb e guarani palpitefechar um acordocrb e guarani palpitedelação e obter imunidade nas investigações.

No entanto, isso não ocorreu, e Eike acabou preso,crb e guarani palpitejaneiro deste ano, acusadocrb e guarani palpitepagamentoscrb e guarani palpitepropina ao governocrb e guarani palpiteSergio Cabral no Rio. Em abril, foi colocadocrb e guarani palpiteprisão domiciliar.

Relatos na imprensa dão contacrb e guarani palpiteque Eike ainda tenta negociar um acordocrb e guarani palpitedelação premiada, o que não é confirmado porcrb e guarani palpitedefesa.

Eike Batista

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Eike Batista implicou ex-ministro Mantega