Brasil só é menos vulnerável que Argentina entre 18 emergentes, diz estudo:3 bet sports

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A arrancada da moeda americana no Brasil nos últimos dias tem um componente, contudo, que foge do escopo das variáveis do indicador: o pessimismo3 bet sportsrelação à política, personificado pela incerteza3 bet sportsrelação às eleições e pela solução encontrada pelo governo para a greve dos caminhoneiros.
Na quinta-feira, depois3 bet sportsbater R$ 3,96, a cotação fechou o pregão a R$ 3,92. Nesta sexta, depois3 bet sportso Banco Central intervir no mercado3 bet sportscâmbio, anunciando injeção adicional3 bet sportsR$ 20 bilhões3 bet sportscontratos3 bet sportsdólar na próxima semana para aumentar a oferta3 bet sportsmoeda americana, a cotação recuou para R$ 3,70.
Cenário externo adverso
De forma geral, o dólar ganha força quando o banco central americano sobe os juros. O movimento torna os títulos americanos mais rentáveis e estimula a saída3 bet sportsmoeda dos mercados considerados mais arriscados, como os emergentes.
O ciclo3 bet sportsalta nos juros dos EUA, contudo, foi mais lento do que se esperava, e apenas agora os efeitos para os quais os economistas chamavam atenção3 bet sports2016 estão tomando forma3 bet sportsmaneira mais concreta.
Desde março, o dólar ficou mais caro3 bet sportspraticamente todos os emergentes. As maiores desvalorizações, se considerado o acumulado3 bet sports2018, aconteceram na Argentina, na Turquia e no Brasil, nessa ordem.
"A mudança no ambiente externo também inclui a ameaça3 bet sportsguerra comercial entre EUA e China, a retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã - que, ao lado da crise na Venezuela, pressiona os preços do petróleo -, a política na Itália, na Espanha. Tudo isso gera ainda mais aversão ao risco", avalia Castelar.
O indicador3 bet sportsFed, que o economista atualizou com dados mais recentes, compila seis variáveis: saldo3 bet sportsconta corrente (o resultado das transações do Brasil com outros países), dívida pública bruta, inflação média trienal, variação trienal do crédito bancário para o setor privado, razão entre dívida externa e exportações, e reservas internacionais.
O Brasil tem uma situação melhor do que a maioria3 bet sportsseus pares nos indicadores relacionados ao setor externo. Ele tem o pior desempenho, contudo, quando se compara a dívida pública dos 18 países.
"O problema do Brasil é fiscal (o desequilíbrio das contas do governo) e o baixo crescimento", diz o economista.
A volta do dólar a R$ 4
A composição do desempenho do Brasil tem duas leituras possíveis. De um lado, a chance3 bet sportsuma crise financeira no curto prazo - como vivem Argentina e Turquia - é pequena.
As reservas do país3 bet sportsmoeda americana somam mais3 bet sports20% do Produto Interno Bruto (PIB), a parcela3 bet sportsdólar da dívida pública é pequena e o déficit3 bet sportstransações correntes (as trocas com outros países) é o menor3 bet sportsmuitos anos, compensado pela entrada3 bet sportsinvestimento direto estrangeiro.
De outro, nossos problemas domésticos acendem um sinal amarelo sobre a recuperação da economia, com chance3 bet sportsque o cenário3 bet sportsdesemprego alto e crescimento baixo se prolongue por mais tempo que o previsto.
"A chance3 bet sportscrise é pequena no sentido3 bet sportsque não vai faltar dólar. O Brasil tem espaço para acomodar os choques porque tem um inflação controlada, mas isso não quer dizer que não pode haver estresse social", ele destaca.
Se as incertezas3 bet sportsrelação às eleições se concretizarem, no próximo governo,3 bet sportsuma eventual crise3 bet sportsconfiança3 bet sportsrelação ao risco3 bet sportscrédito do setor público - por uma piora da situação fiscal, por exemplo -, o Brasil pode assistir a uma corrida para longe do real, com consequências amargas para a economia.
No cenário atual, contudo, "o dólar já subiu o que tinha que subir", ele avalia. O componente político das eleições - que não está mensurado pelo indicador - pode exercer pressão sobre o câmbio nos próximos meses - ou seja, o dólar pode ficar mais caro -, mas a chance3 bet sportsque haja uma arrancada como a dos últimos meses é pequena.
O economista da Capital Economics Edward Glossop concorda com a avaliação. Sua estimativa atual para o dólar no fim3 bet sports2018 está3 bet sportsR$ 3,80, mas ele admite que deve reavaliar para algo mais próximo3 bet sportsR$ 4 devido à desvalorização rápida dos últimos dias - que ele atribui majoritariamente às questões internas do país.
Uma parte, ele pondera, se deve à falta3 bet sportsclareza sobre as propostas dos atuais pré-candidatos à presidência - ausência3 bet sportssinais mais diretos3 bet sportsrelação ao compromisso com o reequilíbrio das contas públicas, por exemplo.
"Também teve a greve3 bet sportscaminhoneiros. O mercado ficou preocupado com a solução dada pelo governo, com o sinal que ela dá3 bet sportsrelação à política fiscal", diz o economista, referindo-se aos subsídios liberados pela União ao diesel3 bet sportsum momento3 bet sportsque a capacidade3 bet sportsgastar é limitada.

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Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra, acredita que a Copa do Mundo deve dar um respiro na tensão das últimas semanas. "Depois disso, as eleições vão ganhar as ruas", avalia o especialista, que também atribui a disparada do dólar nesta semana à "contaminação eleitoral".
A partir3 bet sportsentão, o mercado estará atento à comunicação dos candidatos com os eleitores e à agenda3 bet sportspropostas, ele afirma, especialmente3 bet sportsrelação à reforma da Previdência, ao equacionamento do déficit orçamentário do governo e às medidas para retomar o crescimento e impulsionar a produtividade.








