Mirando pessoas com deficiência, músico cria violão que pode ser tocado com uma só mão:casa de apostas brasileiras

Reinaldo Casteluzzo com violão para pessoas deficientes

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Reinaldo Casteluzzo comcasa de apostas brasileirasinvenção: um violãocasa de apostas brasileiras12 cordas, que pode ser tocado com uma só mão

Influenciado pelo violonista espanhol Andrés Segovia, considerado o pai do violão erudito, Casteluzzo compôs até hoje maiscasa de apostas brasileiras200 músicas instrumentais, gravou 15 álbuns e criou vários métodoscasa de apostas brasileirasensinocasa de apostas brasileirascomo tocá-lo.

Nos anos 1980, ele começou a dar aulascasa de apostas brasileirasconservatórios e notou que havia alunos com deficiências motoras congênitas e outros com mutilações, sem um braço ou mão. Reparou também que não existiacasa de apostas brasileirasnenhum lugar do mundo um violão adaptado para essas pessoas.

Inclusãocasa de apostas brasileiraspessoas com deficiência

Daí surgiu a ideiacasa de apostas brasileirascriar um que pudesse ser tocado por jovens com deficiências. "Tive como foco incluí-loscasa de apostas brasileirasatividades musicais, não apenas como ouvintescasa de apostas brasileirasrecitais, mas como participantes ativos na prática musical, tocando o instrumento, que é popular entre os jovens nas atividadescasa de apostas brasileirasencontros e lazer com círculoscasa de apostas brasileirasamigos", conta Casteluzzo.

Para que pessoas com mobilidade reduzida nos membros superiores possam tocá-lo, o violão terapêutico tem um númerocasa de apostas brasileirascordas maior, 12casa de apostas brasileirasvez das seis do convencional, e tem uma afinação especificacasa de apostas brasileirasgruposcasa de apostas brasileirasquatro cordas, onde cada grupo forma uma tonalidade.

"Além disso, usei a estratégiacasa de apostas brasileirascombinação das tríades que formam os acordes, para assim construir as notas fundamentais que são a tônica, a dominante e a subdominante, as quais configuram o acompanhamento", explica o músico.

De acordo com ele, essas características tornam possível que pessoas toquem o violão com uma única mão, pois a que faria os acordes é dispensada, porque a frequência harmônicacasa de apostas brasileirascada corda está diretamente afinada na altura dos sons que os formam.

No estudo popularcasa de apostas brasileirasviolão, é comum o usocasa de apostas brasileirascifra, desenho do braço do instrumento mostrando onde se deve pressionar os dedos para formar o acorde e onde se deve vibrar ou dedilhar as cordas. "No que criei só é necessário mostrarcasa de apostas brasileirasqual lugar das cordas se deve vibrar ou dedilhar", diz.

Violão terapêutico

Depoiscasa de apostas brasileirasdesenvolver o violão terapêutico, Casteluzzo resolveu testá-lo numa pesquisa para seu mestrado na Faculdadecasa de apostas brasileirasCiências Médicas (FCM), da Universidade Estadualcasa de apostas brasileirasCampinas (Unicamp). Sob orientação do pediatra Roberto Teixeira Mendes, ele avaliou o uso do instrumento por 14 adolescentes,casa de apostas brasileiras7 a 21 anos, com paralisia cerebral (PC), da Associaçãocasa de apostas brasileirasPais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do municípiocasa de apostas brasileirasArthur Nogueira (SP), todos atendidos pelo Hospital das Clínicas da Unicamp.

Para a intervenção, o pesquisador foi acompanhadocasa de apostas brasileirasuma psicóloga, uma assistente social e uma professoracasa de apostas brasileirasmúsica.

Reinaldo Casteluzzo com seu violãocasa de apostas brasileiras12 cordas

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, "Em uma semana, qualquer pessoa consegue tocar dezenascasa de apostas brasileirasmúsicas", diz Casteluzzo

O objetivo do estudo era avaliar o uso do violão adaptado na melhora da autoestimacasa de apostas brasileirascrianças e adolescentes com deficiência motora unilateralcasa de apostas brasileirasdecorrênciacasa de apostas brasileirasparalisia cerebral. Para isso, antes do começo da pesquisa foi aplicado um questionário aos pacientes para verificar a Escalacasa de apostas brasileirasAutoestimacasa de apostas brasileirasRosenberg, que leva o nomecasa de apostas brasileirasseu criador, o sociólogo canadense Morris Rosenberg. Noventa dias após a primeira intervenção, o questionário foi reaplicado.

Terapia contra paralisia cerebral

Segundo Casteluzzo, os resultados foram surpreendentes. Todos os alunos com paralisia cerebral conseguiram tocar o instrumento e houve um grande aumento da autoestima deles. "Os depoimentos após as aulas deixaram mais evidente os benefícios que a intervenção trouxe para eles", comemora.

"Um participante,casa de apostas brasileiras11 anos, com mobilidade reduzidacasa de apostas brasileirasum dos membros superiores, afirmou verbalmentecasa de apostas brasileirastomcasa de apostas brasileirasfelicidade, expressando sorriso no rosto: 'eu queria muito tocar violão e pude realizar meu sonho'. Durante o processocasa de apostas brasileirasaprendizagem foi geral a demonstraçãocasa de apostas brasileirasfelicidade dos participantes."

Quanto ao aumentocasa de apostas brasileirasautoestima, alémcasa de apostas brasileiraster sido detectado pela escalacasa de apostas brasileirasRosenberg, ele pode ser percebido também nas mudanças no visual, vestimentas, dentes e unhas, preocupação que até aquele momento professores e a psicóloga da instituição disseram não haver visto por partecasa de apostas brasileirasalguns dos pacientes. "Todo o corpo da instituição ficou satisfeito com os resultados dos alunos, que até então nunca tinham se envolvido com a prática instrumental", orgulha-se Casteluzzo.

De acordo com ele, o instrumento que desenvolveu serve tanto para o paciente quanto para uso pelo terapeuta, emcasa de apostas brasileirasatividade profissional. "Em uma semana, qualquer pessoa consegue tocar dezenascasa de apostas brasileirasmúsicas", garante. "Alguns participantes da pesquisa tinham comprometimento nos dois braços, outros eram cadeirantes. Para um dos alunos, tivemos que prender uma palheta nos dois dedos. Ele conseguia fazer poucos movimentos, mas era tudo o que precisávamos para o nosso trabalho."

Música faz bem à saúde?

Além do aumento da autoestima dos participantes, foram verificados outros benefícios, como bem estar e distração. "Em entrevista após a intervenção, eles declararam ter superado suas limitações e se sentiam felizes por poder compartilhar esta alegria com seus familiares e cuidadores", diz Casteluzzo.

"A facilidadecasa de apostas brasileirastocar e a aceitação desse trabalho poderão se tornar aliados importantes na melhora da saúde. O violão adaptado ainda é algo novo e se faz necessário ter mais pesquisas com amostras maiorescasa de apostas brasileirasparticipantes."

Reinaldo, hoje atuando na área terapêutica, conta que agora será preciso elaborar todas as etapas do procedimento para fabricar o violãocasa de apostas brasileirasgrande escala, construir o instrumento a um menor custo, que hoje écasa de apostas brasileirasR$ 2 mil, e colocá-lo no mercado, porque já tem muitos pedidos.

"Já vendemos maiscasa de apostas brasileiras50, mesmo com o preço ainda alto", conta. "Também vamos oferecê-lo a centroscasa de apostas brasileirasreabilitação ou às pessoas que trabalhem na área. Essa é uma apenas uma retribuição que damos no sentidocasa de apostas brasileirasincluir essas pessoas, pois elas podem fazer muito mais do que pensamos."