Desigualdade, queda na renda e desemprego entre jovens: o que o novo relatório do IDH diz sobre o Brasil:fifa 25

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IDH do Brasil fica estável, mas indicadorfifa 25renda cai
O Brasil manteve a posição 79 no ranking do IDH,fifa 25uma listafifa 25189 países. Assim, continua a ser considerado um paísfifa 25IDH alto - as categorias são muito alto, alto, médio e baixo.
Também estão no grupo do Brasil países como China, Cuba, México, Venezuela e Líbia. Já Chile, Argentina e Urugual estão no grupofifa 25elite,fifa 25IDH muito alto.
O IDH variafifa 250 a 1. Quanto mais próximofifa 251, melhor é a situaçãofifa 25um país. Em 2017, a Noruega, que tem o melhor IDH do mundo, pontuou 0,953. Na outra ponta, o Níger registrou 0,354.
O Brasil, porfifa 25vez, ficou com 0,759,fifa 252017. É praticamente o mesmo valorfifa 252015, 0,757.
Isso representa uma inversãofifa 25tendência. De 1990 a 2014, o IDH do Brasil vinha crescendo significativamente. Erafifa 250,611,fifa 251990, subiu para 0,684,fifa 252000. Depois,fifa 252010, atingiu 0,727. Em 2014, chegou a 0,752.
Desde então, a degradação da situação econômica limitou o crescimento do IDH. Por outro lado, entre 2015 e 2017, o Brasil teve leves avanços na expectativafifa 25vida (de 75,3 anos para 75,7 anos) e na médiafifa 25anosfifa 25estudo (de 7,6 para 7,8 anos). Já os anos esperadosfifa 25escolaridade (o tempofifa 25estudo oferecido pelo país) permaneceram os mesmos, 15,4.

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Brasil tem o maior desemprego jovem da América Latina
Outro ponto apontado pelo Pnud é o desemprego da população jovem. No Brasil, chega a 30,5%. É o maior percentual da América do Sul.
Além disso, umfifa 25quatro jovens brasileiros é "nem-nem" - não trabalha, nem estuda. É um sinal da faltafifa 25oportunidadefifa 25empregos efifa 25estímulo à educação no país.
Mulheres têm mais saúde e educação que homens, mas renda é 43% menor
O PNUD também divulgou o Índicefifa 25Desenvolvimentofifa 25Gênero, que levafifa 25conta a desigualdade entre homens e mulheres, também nos quesitos saúde, educação e renda.
No Brasil, os indicadores das mulheres são melhores que os dos homensfifa 25saúde e educação, mas a renda das mulheres é 43% menor. Enquanto os homens brasileiros ganham 17 mil dólares por ano, as mulheres recebem 10 mil dólares por ano.
Outro fatorfifa 25desigualdade é a presença feminina na política. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 11% das cadeiras do Congresso. É o menor número da América do Sul.

A nona maior desigualdadefifa 25renda do mundo
O coeficientefifa 25Gini coloca o Brasil na posiçãofifa 25nono país mais desigual do mundo, segundo os dados divulgados nessa sexta-feira.
O país fica à frente, apenas,fifa 25África do Sul, Namíbia, Botsuana, Zâmbia, República Centro-Africana, Lesoto, Moçambique e eSuatini (ex-Suazilândia) - todos na África.
A maior desigualdade do Brasil éfifa 25renda, nãofifa 25saúde e educação
A desigualdade leva a uma perdafifa 2524% no IDH do Brasil. Como o IDH tem três dimensões - saúde, educação e renda - o PNUD levafifa 25consideração a desigualdadefifa 25cada um deles.
Segundo a instituição, a principal dimensão da desigualdade brasileira é afifa 25renda. Em seguida, desigualdade na educação e a desigualdade na expectativafifa 25vida.
Na Índia, por exemplo, cuja desigualdade gera uma queda no IDH parecida com a do Brasil, o principal componente é a desigualdade na educação.

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Síria, Líbia e Venezuela estão entre os países que mais pioraram
Nos últimos cinco anos, os países que mais caíram no ranking geral do IDH são Síria (quedafifa 2527 posições), Líbia (quedafifa 2526 posições), Iêmen (quedafifa 2520 posições) e Venezuela (quedafifa 2516).
Os três primeiros sofreram com guerras civis, que impactaram as condiçõesfifa 25saúde, educação e renda. Já os dados da Venezuela caíram devido à degradação da situação econômica e política do país.
Ainda assim, a Venezuela está uma posição à frente do Brasil no ranking do IDH - nos anosfifa 25Hugo Chávez, o país viveu um rápido crescimento.
Estar na escola não é o mesmo que estar aprendendo na escola
Com o passar dos anos, os países avançaramfifa 25escolaridade, colocando mais crianças na escola. Mas o Pnud alerta que "estar na escola por mais tempo não significa possuir melhores capacidades e habilidades".
Nos paísesfifa 25baixo desenvolvimento humano, por exemplo, háfifa 25média 1 professor para cada 41 alunos do ensino primário. Já nos paísesfifa 25alto desenvolvimento humano, existe cercafifa 251 professor para cada 14 alunos. Entre um e outro, há um longo caminho para percorrer.
Outros desafios são a capacitação dos professores e o acesso a tecnologias da comunicação.
O alerta do Pnud também vale para o Brasil. Os indicadores do Pisa, que medem a qualidade do aprendizadofifa 25matemática, leitura e ciência, estão abaixo dos latino-americanos Argentina, Chile, Uruguai, México, Colômbia.








