'Estou num país capitalista', diz Bolsonaro ao chegar à China:bwinapp

Questionado pela reportagem sobre a expectativabwinappencontrar o presidente Xi Jinping, o líder do partido comunista chinês, Bolsonaro foi discreto.

"Sem problema nenhum. É normal. Devo estar com ele amanhã."

Mudançabwinapptom

Os comentários destoambwinappfalas do presidente dadas durante a corrida eleitoral brasileirabwinapp2018.

Há um ano,bwinappoutubrobwinapp2018, Bolsonaro subiu o tom contra o país asiático e ganhou manchetes no mundo inteiro ao dizer: "A China não compra no Brasil. A China está comprando o Brasil".

Cinco meses depois,bwinappaula magna a formandos do Itamaraty, o chanceler do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, disse a diplomatas que o Brasil não iria "venderbwinappalma" para "exportar minériobwinappferro e soja" para a China comunista.

Nos últimos meses, no entanto, o governo tem feito esforços para se aproximarbwinappinvestidores chineses. Entre os principais objetivos está encontrar empresários dispostos a comprar estataisbwinappprocessobwinappprivatização, como a Eletrobras, os Correios e setores da Petrobras.

Bolsonaro também pretende mostrar um Brasil mais disposto do que nunca a vender soja, carne, petróleo e minériobwinappferro ao gigante asiático, que há 10 anos é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo, seguido pelos EUA.

Do outro lado, segundo o Itamaraty, as importações brasileirasbwinappprodutos chineses "correspondem, embwinappquase totalidade, a produtos manufaturados" — a maioria é formada por componentes elétricos e bensbwinappconsumo.

Favorável ao Brasil desde 2009, o superavit entre os dois países saltoubwinappUS$ 11,8 bilhões para US$ 29,5 bilhões entre 2016 e 2018,bwinappacordo com dados oficiais.

Por fim, busca convencer megainvestidores a construírem ferrovias, estradas, portos e usinasbwinappenergia na expectativabwinappdestravar a economia brasileira, estacionadabwinappproblemas históricosbwinappinfraestrutura.

A reportagem conversou sobre a mudançabwinapptom com a professora Karim Vasquez, chefe do CentrobwinappEstudos dos Brics da UniversidadebwinappFudan,bwinappXangai, na última quarta-feira. Para a especialista, o presidente brasileiro desembarca na China após sofrer um "choquebwinapprealidade" posterior às eleições.

"Há uma diferença normal entre o discurso eleitoral e obwinappgoverno. O eleitoral usa um apelo popular, exageros, uma retórica para ganhar um eleitorado que não conhece a China ou o comércio internacional. É o que ganha voto", explica.

"Depois que assume, o presidente é imediatamente pressionado pelo lobby do agronegócio, pelas confederaçõesbwinappindustria. Ele se dá conta que quase 30% da pautabwinappexportações se refere à China. E percebe que não fazer negócios com chinesesbwinapp2019 é inconcebível para qualquer país", prosseguiu.

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