Crescimentomaquininha caça niquelnovas florestasmaquininha caça niqueláreas desmatadas na Amazônia demora muito mais do que se imaginava, mostra estudo:maquininha caça niquel

Áreamaquininha caça niquelfloresta secundária desmatada na regiãomaquininha caça niquelBragantina

Crédito, Fernando Elias/Divulgação

Legenda da foto, Durante estudo, pesquisadores encontraram áreamaquininha caça niquelfloresta secundária desmatada na regiãomaquininha caça niquelBragantina

Ao fazer isso, descobriram algo inesperado: naquela região na Amazônia, as novas árvores não haviam crescido tanto quanto pesquisas anteriores sobre florestas secundárias haviam previsto. Isso significa que a capacidademaquininha caça niquelnovas florestasmaquininha caça niquelajudar no combate às mudanças climáticas não é tão grande quanto se havia imaginado, ou que demora muito mais para elas chegarem aos pés da contribuição feita pelas florestas primárias.

Segundo o estudo, mesmo depoismaquininha caça niquel60 anosmaquininha caça niquelcrescimento, as florestas secundárias estudadas armazenavam apenas 41% do carbono que as florestas que não haviam tido interferência humana e 56%maquininha caça niquelsua diversidade arbórea. Se essa tendência continuar, levará 150 anos para as florestas secundárias estocarem a mesma quantidademaquininha caça niquelcarbono que florestas primárias ao lado estocam.

Map: Municípiomaquininha caça niquelBragança, no Pará

Essa conclusão se refere especificamente à área Bragantina, região leste do Pará. Ali, há um predomíniomaquininha caça niquelfloresta secundária associada a um desmatamento bastante antigo. Há maismaquininha caça niqueldois séculos, florestas ali foram desmatadas no processomaquininha caça niquelcolonização e com aberturasmaquininha caça niquelestradas. Outros cortes foram feitos por agricultores para fazer pastagens.

O municípiomaquininha caça niquelBragança, por exemplo, perdeu 90,2%maquininha caça niquelsuas áreasmaquininha caça niquelmangue emaquininha caça niquelfloresta nativa, com áreas sendo queimadas diversas vezes e com pouco intervalomaquininha caça niqueltempo, segundo o estudo.

Os agricultores tradicionais, que não usam maquinário nem adubo, diz Socorro, queimam a floresta, fazem a roça e, quando o solo esgota e fica pobre, deixam a vegetação natural crescer para a terra descansar.

Mas agora "as florestas estão sendo derrubadas cada vez mais e com menos tempomaquininha caça niqueldescanso", afirma. "Antigamente, uma família derrubava uma floresta e passava 20 anos para usar essa mesma área. Agora não, devido à expansão demográfica, agricultores familiares ficam com cada vez menos terra, tendo a necessidademaquininha caça niquelfazer a roça, a cada 2, 3 anos", diz Socorro.

Fernando Elias e Socorro Ferreiramaquininha caça niquelárea queimada

Crédito, Fernando Elias/Divulgação

Legenda da foto, Pesquisadores Fernando e Socorromaquininha caça niquelárea próxima à floresta secundária que havia sido desmatada e queimada para liberar área para plantio

A região também sofre com o impactomaquininha caça niquelsecas, agravadas pelo fenômeno El Niño que, pormaquininha caça niquelvez, tem sido agravado por causa das mudanças climáticas.

O fatomaquininha caça niqueljá não haver florestas nativas também atrapalha o crescimento das secundárias. "As florestas primárias por perto servem como bancomaquininha caça niquelsementes para as áreas. Animais carregam as sementes e vão fazendo uma disseminação naturalmaquininha caça niquelflorestas abertas e secundárias", diz Socorro. Quando elas não existem, as secundárias ficam sem esse bancomaquininha caça niquelabastecimento.

Para os pesquisadores, essas são as causas principais do processo lento no reflorestamento dessa área na Amazônia.

"Em paisagens fragmentadas e desprovidasmaquininha caça niquelflorestas primárias e com solo degradado, como na região Bragantina, a recuperação é muito mais lenta do que se imaginava", diz Elias. "Essa região foi a primeira regiãomaquininha caça niquelcolonização da Amazônia. O solo já estámaquininha caça niqueluma situação pobremaquininha caça niquelnutrientes, as propriedades se perderam, e o solo passou por vários ciclosmaquininha caça niqueluso. A regeneração nessas áreas acontecemaquininha caça niquelforma devagar."

E isso,maquininha caça niquelacordo com ele, pode valer para o resto da floresta amazônica no futuro, caso a vegetação nativa continue sendo desmatada como é agora.

"Considerado o cenário atual da Amazônia, com desmatamento aumentando, e considerando que os eventosmaquininha caça niquelseca severa estão cada vez mais frequentes, nós podemos inferir que as florestas da Amazônia inteira poderão ter esse tipomaquininha caça niquelcomportamento a médio ou longo prazo", afirma. "É um alerta que fazemos à sociedade. Todas as áreas da Amazônia podem virar a região Bragantina."

Enquanto uma pessoa mede diâmetro da árvore para fazer estimativamaquininha caça niquelsua biomassa e carbono, Fernando trabalhamaquininha caça niquelseu inventário

Crédito, Fernando Elias/Divulgação

Legenda da foto, Enquanto uma pessoa mede diâmetro da árvore para fazer estimativamaquininha caça niquelsua biomassa e carbono, Fernando trabalhamaquininha caça niquelseu inventário

Ou seja, o desmatamento e as mudanças climáticas impactam o crescimentomaquininha caça niquelnovas florestas que poderiam justamente combater as mudanças climáticas — um perigoso ciclo consequência da interferência humana na natureza.

Criança e adulto

Uma floresta primária —maquininha caça niquelárvores gigantes, centenárias,maquininha caça niqueltroncos enormes — pode ter até 200 toneladasmaquininha caça niquelcarbono armazenado por hectare, segundo Joice Ferreira, uma das coordenadoras do estudo da Embrapa Amazônia Oriental e professora da Universidade Federal do Pará.

E uma floresta secundária, com vegetação mais "fininha, mais tenra", vai ter muito menos carbono aprisionado nela, dependendo do porte e da idade que tem, explica ela. Uma floresta é considerada "secundária" se cresceu no lugarmaquininha caça niqueluma que foi completamente derrubada.

Para quem não estuda isso, fica difícil perceber a diferença entre florestas primárias e secundárias apenas olhando. Mas Elias conta que ele consegue ver "batendo o olho" — por causa da estrutura e tamanho das árvores, por exemplo, considerandomaquininha caça niquelaltura e grossura da circunferência. "Geralmente, não há árvores grandesmaquininha caça niquel40, 50 metrosmaquininha caça niquelalturamaquininha caça niqueluma floresta secundária. Também tem maior entradamaquininha caça niquelluz no solo. O chão da floresta primária é sombreado, enquanto da secundária não é."

Só que a vegetação da floresta secundária é como uma criança, compara Ferreira, porque tem um desenvolvimento muito rápido. "Há espécies que têm uma estratégiamaquininha caça niquelcrescimento rápido. E isso faz parte do processomaquininha caça niquelsucessão. Primeiro vêm plantas que crescem muito rápido, que produzem muitas sementes. São plantas mais rústicas para suportar aquele ambiente, aguentar mais calor, o solo seco."

Por causamaquininha caça niquelseu crescimento rápido, essas plantas absorvem mais carbono durante seu crescimento. "A floresta secundária é mais eficientemaquininha caça niquelfazer isso do que a floresta primária", diz Elias. "As espéciesmaquininha caça niquelflorestas secundárias crescem mais rápido e, ao crescer mais rápido, acumulam mais carbono. Essas espécies são comilonas. Elas usam o carbono para crescer e reproduzir."

Não que florestas secundárias sejam melhores para o meio ambiente que florestas primárias. Como explicou Ferreira, florestas primárias são mais antigas, robustas, e armazenam muito mais carbono. A diferença é a velocidade das espéciesmaquininha caça niquelflorestas secundárias, que, como uma criança, "espicham".

Algumas árvores devem ter seu diâmetro medido na partemaquininha caça niquelcima porque a presençamaquininha caça niquelraízes embaixo atrapalha seu verdadeiro diâmetro

Crédito, Fernando Elias/Divulgação

Legenda da foto, Algumas árvores devem ter seu diâmetro medido na partemaquininha caça niquelcima porque a presençamaquininha caça niquelraízes embaixo atrapalha seu verdadeiro diâmetro

"É claro que a massamaquininha caça niqueluma criança é menor que a massamaquininha caça niquelum adulto. Só que a criança tem um desenvolvimento muito rápido", explica.

"Florestas primárias são o ideal", observa Elias. Ele diz que elas são fontesmaquininha caça niquelespécies para potencializar recuperação nas áreas próximas, fontemaquininha caça niquelmaterial genético, controlam o clima local e mitigam mudanças climáticas pelo acúmulomaquininha caça niquelcarbono. Florestas tropicais removemmaquininha caça niqueltornomaquininha caça niquel30% do carbono introduzido na atmosfera por ações antrópicas, diz.

"Só que vivemos num mundo que não segue esse ideal. Partindo do pressuposto que não existem mais florestas primárias, a melhor forma seria ter florestas secundárias", afirma.

O pesquisador explica que as previsõesmaquininha caça niqueloutras pesquisas era que essas florestas crescem 11 vezes mais rápido que as primárias. "Mas esse é o grande problema: no nosso trabalho, encontramos apenas que as florestas secundárias da nossa região cresceram 2 vezes mais rápido que as primárias."

A ideia é que, com o tempo, as florestas secundárias fiquem cada vez mais parecidas com as primárias.

Devagar, aquele ambiente vai gerar certa sombra, os pássaros vão levar mais sementes. A floresta vai passar por etapas e a vegetação secundária vai criando um corpomaquininha caça niquelfloresta. "À medida que vai progredindomaquininha caça niqueldireção ao que é mais próximo da floresta primária, vai acumulando carbono, inclusive no solo", diz Ferreira. "Aquelas espécies iniciais que precisammaquininha caça niquelsol vão morrendo e sendo substituídas por aquelas que precisammaquininha caça niquelsombra. Em 70, 100 anos, a tendência é parecer com a floresta primária."

E aí, diz ela, entramos na seara das "eternas perguntas": "Será que um dia ela vai ser igual a uma floresta primária?"

Solução

Com a descobertamaquininha caça niquelque a ação humana e as mudanças climáticas (também causadas pela ação humana) impactam o reflorestamento da Amazônia e consequentementemaquininha caça niquelhabilidademaquininha caça niquelvoltar a reter o mesmo carbono que retia, é preciso, dizem os cientistas, agir rapidamente.

O primeiro passo é zerar o desmatamento, diz Elias.

Em segundo lugar, é preciso "investirmaquininha caça niquelaçõesmaquininha caça niquelrecuperação ativa". Isso significa acelerar o processomaquininha caça niquelreflorestamento por meiomaquininha caça niqueltécnicas como plantar mudas, semear sementes — o trabalho que animais fariam, acelerando o processomaquininha caça niqueldispersão, trazendo sementesmaquininha caça niqueluma floresta primária para uma secundária.

Línea

Crédito, Getty Images

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