Como povo indígenaqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso se viu no novo epicentro da pandemiaqual melhor plataforma de apostas esportivascovid-19 no Brasil:qual melhor plataforma de apostas esportivas

"Apenas os postosqual melhor plataforma de apostas esportivassaúde e as barreiras sanitárias foram desinfetados. Agora estão começando a ter esse materialqual melhor plataforma de apostas esportivaslimpeza nas barreiras para limpar carros e as compras que chegam às aldeias. Mas, no início, ainda eram apenas barreiras comuns", explica Clarêncio da Condisi.

Xavantes denunciam que não sobraram edicamentos pata tratar casosqual melhor plataforma de apostas esportivascoronavírus nas Unidadesqual melhor plataforma de apostas esportivasPronto-Atendimento (Upas) locais. Enquanto não há uma ação efetiva por parte dos entes públicos, o apoio vemqual melhor plataforma de apostas esportivasmissões religiosas e ações pontuais voluntárias. Muitas das primeiras máscaras recebidas pelos xavantesqual melhor plataforma de apostas esportivas Campinápolis (475 kmqual melhor plataforma de apostas esportivasCuiabá),qual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso, por exemplo, foram doadas pelo missionário José Filho, da Assembleiaqual melhor plataforma de apostas esportivasDeus.

Ele e Mirian Terena, funcionária aposentada da Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmam terem criado uma pequena campanha para apoiar os indígenas da cidade. Os dois dizem ter distribuído maisqual melhor plataforma de apostas esportivas1,5 mil máscaras aos indígenas e álcool gel para os que foram testados positivos e permanecem isoladosqual melhor plataforma de apostas esportivasCaminápolis. A cidade tem 60%qual melhor plataforma de apostas esportivassua população formada pelo povo xavante.

Os religiosos da Missão Salesianaqual melhor plataforma de apostas esportivasSão Marcos, vizinha a Terra Indígenaqual melhor plataforma de apostas esportivasSão Marco, fizeram outras açõesqual melhor plataforma de apostas esportivasapoio aos xavantes. O primeiro vídeo na língua indígena para explicar o que era o coronavírus foi produzido pelos padres, pelo xavante Aquilino Tseré'ub'õTsirui'á e por Bartolomeo Giaccaria.

No texto que segue o vídeo há referencias as pomadas e xaropesqual melhor plataforma de apostas esportivascura distribuídas pelos religiosos e ao fatoqual melhor plataforma de apostas esportivasmuitos indígenas acreditarem que os espíritos ligados aqual melhor plataforma de apostas esportivascultura mítica podem protegê-los dos coronavírus.

A missão salesiana estáqual melhor plataforma de apostas esportivascontato com os indígenas desde 1958, e foi o local que abrigou toda uma aldeia retirada à força pela ditadura militar da Terra Indígena Marãiwatsédé, na décadaqual melhor plataforma de apostas esportivas1960. As religiosas da ordem Filhasqual melhor plataforma de apostas esportivasMaria Auxiliadora também vivem na Missão desde 1964, local onde foram educadas muitas crianças xavantes retiradasqual melhor plataforma de apostas esportivassuas famílias entre as décadasqual melhor plataforma de apostas esportivas1960 e 1980.

"Não podemos negar ajuda quando recebemos doaçõesqual melhor plataforma de apostas esportivasmascaras e mais o que vier. Neste momento, quem nos doar algo para combater essa doença, será bem-vindo", diz Clarêncio Xavante, afirmando que está "desde fevereiro tentando traçar um planoqual melhor plataforma de apostas esportivascontrole e enfrentamento da pandemia".

Sem um plano mais amploqual melhor plataforma de apostas esportivascombate ao coronavírus entre os indígenas, a proximidade com religiosos pode ter um efeito contrário à intenção inicialqual melhor plataforma de apostas esportivasajudar. Hoje, todos os religiososqual melhor plataforma de apostas esportivasMissão Salesiana São Marco estão infectados pelo coronavírus, por exemplo. Uma voluntáriaqual melhor plataforma de apostas esportivas80 anos, Josia Maria, morreu vítima do vírusqual melhor plataforma de apostas esportivasjunho.

"Os brancos nos acusamqual melhor plataforma de apostas esportivasestarmos fazendo aglomerações, mas esse vírus é algo que veioqual melhor plataforma de apostas esportivasfora das aldeias. Nós somos vítimas disso. Não teria isso entre nós se não fossem os brancos trazer", diz Lúcio Xavante, cacique da Terra Indígena São Marco e secretario-executivo da Federação dos Povos Indígenasqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso (Fepoimt).

No dia 24qual melhor plataforma de apostas esportivasmaio houve uma procissãoqual melhor plataforma de apostas esportivasNossa Senhora Auxiliadora na aldeia central da Terra Indígenaqual melhor plataforma de apostas esportivasSão Marcos, a mais atingida hoje pelo coronavírus, o que poderia ter desencadeado a infecção e mortequal melhor plataforma de apostas esportivasmuitos idosos indígenas.

"A procissão aconteceu, mas por iniciativa dos indígenas, não da Missão. Estamos com a igreja fechada desde março por ordem da Arquidiocese. Mas sim, quase todos aqui estão contaminados pelo coronavírus, inclusive eu. O pior foiqual melhor plataforma de apostas esportivas10qual melhor plataforma de apostas esportivasjunho, agora já estamos nos restabelecendo", afirmou o padre Douglas Chrystiano S. Souza à BBC News Brasil.

Um vídeoqual melhor plataforma de apostas esportivasabril deste ano, postado nas redes sociais, mostra outro contato entre indígenas e religiosos sem proteção contra o coronavírus. Na imagem, o pastor José Filho faz um cultoqual melhor plataforma de apostas esportivascura no quintalqual melhor plataforma de apostas esportivasuma residênciaqual melhor plataforma de apostas esportivasCampinápolis. Uma mulher xavante identificada como Judélia está deitada no chão muito abatida. Cantando e rezando na língua xavante, o pastor se aproximaqual melhor plataforma de apostas esportivascrianças e da mulher debilitada e proclama "Jesus vai lhe curar hoje".

As ações e contato do pastor com a comunidade xavante aconteceram ao logoqual melhor plataforma de apostas esportivastodo o mêsqual melhor plataforma de apostas esportivasabril, maio e junho. Ele chegou a visitar uma das aldeias indígenas, supostamentequal melhor plataforma de apostas esportivasjunho, e postou uma imagemqual melhor plataforma de apostas esportivascom uma criança xavante sem máscara. Nas redes sociais, imagensqual melhor plataforma de apostas esportivasJosé Filho distribuindo mascaras e junto a indígenasqual melhor plataforma de apostas esportivasCampinápolis também são comuns. Ele nega que esse contato tenha acontecido depoisqual melhor plataforma de apostas esportivasmarço, quando o governoqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso publicou um decreto instituindo a quarentena.

Duas denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) referente a aglomerações e ações dos religiosos nas terras indígenas xavantes. Segundo a assessoria do MPE, já existe um procedimento investigatório para apurar a denúncia, mas não há encaminhamento ainda.

O procurador da República Everton Pereira Aguiar Araújo, que atua no MPFqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças, afirmou ter ciência da denúncia, porém ainda não conseguiu efetivar as barreiras sanitárias por faltaqual melhor plataforma de apostas esportivasapoio do governo federal. Faltam recursos e pessoas para instalar barreirasqual melhor plataforma de apostas esportivastodo território xavante.

"Eles têm total autonomia para decidirem sobre seu futuro religioso. O Estado não tutela mais os indígenas desde a Constituição Federalqual melhor plataforma de apostas esportivas1988. Agora, neste momentoqual melhor plataforma de apostas esportivaspandemia, essas presenças não deveriam existir nas aldeias. Essas pessoas não podem estar nas terras indígenas. Estamos investigando e sabemos que também há pretensos candidatos das eleições municipais indo nas aldeias, uma vez que a população xavante é tão numerosa que pode decidir uma eleição nessa região", disse o procurador. "Não tivemos apoio do Dsei (distrito sanitário especial indígena) para as barreiras sanitárias, quem tem ajudado é a Funai, mas seguimos com essa orientaçãoqual melhor plataforma de apostas esportivasmonitorar que entra e sai do território", diz.

Segundo Lúcio Xavante, da Fepoimt, a faltaqual melhor plataforma de apostas esportivasapoio na saúde da atenção básica e o atraso nas barreiras sanitárias dificultou a interrupção do acessoqual melhor plataforma de apostas esportivasterceiros aos indígenas. Muitas das aldeias são vizinhas e cortadas por estradas, como no casoqual melhor plataforma de apostas esportivas Marãiwatsédé, onde está a BR-158 — o local é cortado pelo trafegoqual melhor plataforma de apostas esportivascarretas com rebanhos bovinos e grãos.

"Estamos conseguindo isolar as aldeias. Se tivesse mais ajuda do governo para construirmos um hospitalqual melhor plataforma de apostas esportivascampanha para isolar os suspeitos e o ente da família diagnosticado, ajudaria mais a comunidade. Como não tem esse hospital, é difícil falar sobre a questão do isolamento. As pessoas acabam isoladas nas suas casas com suas famílias. Mas se alguém passa mal, precisa ir para cidade. Não temos carrosqual melhor plataforma de apostas esportivastodas a regiões, a Funai não tem capacidadequal melhor plataforma de apostas esportivassuprir isso, então a família recorre a quem puder ajudar", diz Lúcio Xavante.

O pastor José Filho confirmou que atua com os xavantes, mas disse apoiar o combate ao coronavirus. Afirmou que suas ações são individuais, sem ligação com a Igreja Assembleiaqual melhor plataforma de apostas esportivasDeus.

"Trabalho com indígena há dois anos. Mas não procedem essas acusações. Estamos fazemos o contrário, estamos conscientizando, explicando sobre a pandemia, distribuindo EPIs e explicando a eles que não façam aglomerações", disse à BBC News Brasil.

O prefeitoqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças, Roberto Farias, solicitou ao presidente Jair Bolsonaro, na quinta-feira, a criaçãoqual melhor plataforma de apostas esportivasum hospitalqual melhor plataforma de apostas esportivascampanha para atender indígenas infectados.

Porém, ainda não há sinalizaçãoqual melhor plataforma de apostas esportivasque isso vá acontecer. Por enquanto, o atendimento segue com pouca estrutura in loco. "Tem um médico que foi contratado, e está fazendo um rodízio por todas as aldeias, mas elas são maisqual melhor plataforma de apostas esportivas300. É ele quem tem o teste rápido para coronavírus. Na verdade, ele fica no polo base na aldeia central, a São Marco", explica Lúcio Xavante.

Os indígenas alertam que também não há termômetros para os atendimentos nas aldeias xavantes.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pretendia visitar Barra do Garças nesta sexta (10), para uma agendaqual melhor plataforma de apostas esportivascompromissos relativos aos direitos indígenas, mas cancelouqual melhor plataforma de apostas esportivasviagem depois por conta do teste positivoqual melhor plataforma de apostas esportivascoronavírusqual melhor plataforma de apostas esportivasJair Bolsonaro. Emqual melhor plataforma de apostas esportivasagenda, não consta mais nenhum compromisso oficial.

Contaminação comunitária

Os xavantes são do tronco linguístico macro-Jê, a etnia mais populosaqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso e a quarta do país, com cercaqual melhor plataforma de apostas esportivas23 mil indivíduos espalhados por nove terras indígenas,qual melhor plataforma de apostas esportivasmaisqual melhor plataforma de apostas esportivas320 aldeias. O que restou a esse povoqual melhor plataforma de apostas esportivasseu território tradicional — espoliado pela colonização promovida pelo governo federal durante a "Marcha para o Oeste" — segue desde as cabeceiras do rio das Mortes até o rio Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Goiás. Algumas aldeias, como a Centralqual melhor plataforma de apostas esportivasSão Marcos, tem maisqual melhor plataforma de apostas esportivasduas mil pessoas, outras são menores, inacessíveis e cercadas por fazendas.

A dificuldadequal melhor plataforma de apostas esportivasacesso a esse território é outro pontoqual melhor plataforma de apostas esportivasvulnerabilidade desses indígenas frente ao coronavírus.

"Eu acredito que já exista contaminação comunitária entre os povos xavantes, principalmente nas aldeias maiores. Por isso estamos lutando para fazer alguns atendimentos no próprio território indígena, para evitar esse deslocamento. Lançamos uma campanha para trazer equipamentos médicos, como o oxigenador. Tem dado certo, hoje estamos com maisqual melhor plataforma de apostas esportivas30 indígenas sendo atendidos", explica Ana Paula Sabino, que atua há vinte anos com os Xavantes, e coordena da campanha SOS Xavante A' uwe Tsari.

"Porém, sabemos quequal melhor plataforma de apostas esportivascasos graves o deslocamento para hospitais é inevitável", diz Ana Paula.

A campanha tem apoio da Federação dos Bancários e Bancárias da Região Centro Norte (Fetec/Centro Norte),qual melhor plataforma de apostas esportivasparceria com a Fepoimtme do Conselho Distrital Indígena Xavante (Condisi).

"Conseguimos reunir recursos para a compra dos oxigenadores, mas outra parte precisamos aplicar para conseguir cestas básicas para os indígenas. Isso ajuda evitar que eles saiam das aldeias", explica Ana Paula.

Vírusqual melhor plataforma de apostas esportivasfora

Desde o agravamento das mortes por coronavírus entre os xavantes, os indígenas começaram a ser acusadosqual melhor plataforma de apostas esportivaspromoverem aglomerações equal melhor plataforma de apostas esportivasserem os agentes disseminadores dos vírus entre seus pares. Imagensqual melhor plataforma de apostas esportivasum campeonatoqual melhor plataforma de apostas esportivasfutebol, entre 9 e 10qual melhor plataforma de apostas esportivasmaio, estão entre as cenas que mais repercutiram.

As lideranças rebatem que muitas dessas ações acabaram sendo uma formaqual melhor plataforma de apostas esportivasos indígenas demostrarem indignação com a faltaqual melhor plataforma de apostas esportivasassistência. "Muitos dos que participaram desses torneios e outras aglomerações fizeram meio como protesto. Ninguém nos ajuda, dizem que não podemos ir para as cidades, mas até hoje não recebemos cestas básicas suficientes para permanecermos nas terras indígenas. Eu mesmo só vi o álcool gel, uma vez, quando me deram um pequeno frascoqual melhor plataforma de apostas esportivas60 ml, isso um mês atrás", diz Lucio Xavante.

"Os brancos não conseguem seguir as recomendações para ficaremqual melhor plataforma de apostas esportivascasa. Nós, indígenas, temos o dobroqual melhor plataforma de apostas esportivasdificuldades, e isso também passa pelas campanhas que deveriam ter acontecido antes das mortes", conclui Clarêncio da Condisi.

A primeira morte entre os xavantes por coronavirus aconteceuqual melhor plataforma de apostas esportivas11qual melhor plataforma de apostas esportivasmaio, na aldeia Marawãitsédé, no municípioqual melhor plataforma de apostas esportivasAlto Boa Vista (a 914 kmqual melhor plataforma de apostas esportivasCuiabá). As instalações do principal hospital que atende aos indígenas ficaqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças (a 516 kmqual melhor plataforma de apostas esportivasCuiabá), cidade onde foi diagnosticada o primeiro casoqual melhor plataforma de apostas esportivascoronavírus entre índiosqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso. A cidade já tinha 38 pessoas infectadas e o primeiro a morrer foi um caminhoneiro, Obed Fullin,qual melhor plataforma de apostas esportivas54 anos, no dia 16qual melhor plataforma de apostas esportivasabril.

Outra morte foi aqual melhor plataforma de apostas esportivasPascoalina Retari, líder indígena da aldeia Guadalupe, no domingo (14/6), com diagnósticoqual melhor plataforma de apostas esportivascovid-19. Pascoalina era da Terra Indígena Xavante São Marcos. Com a morte dela, a Defensoria Públicaqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso notificou o prefeitoqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças, Roberto Ângeloqual melhor plataforma de apostas esportivasFarias, a editar novo decreto municipal para fechar serviços não essenciais como bares, restaurantes e comércios que possibilitem aglomerações.

O último boletim publicado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Xavante, ligado à Secretaria Especialqual melhor plataforma de apostas esportivasSaúde Indígena (Sesai), aponta que 22 xavantes já morreram. Segundo a Fepoimt, esse número ultrapassa 35 pessoas.

Pesquisadores que atuam com os indígenas têm realizado um monitoramento dos casosqual melhor plataforma de apostas esportivascoronavírus no Estado. Segundo o pesquisador e arqueólogo Luciano Silva, responsável pelo monitoramento, o agravamentoqual melhor plataforma de apostas esportivascasoqual melhor plataforma de apostas esportivascovid-19 entre os xavantes poderia ter sido evitado a partir das primeiras mortes.

"Sabíamos que povos e comunidades tradicionais teriam muita dificuldadequal melhor plataforma de apostas esportivasserem ouvidos, atendidos e terem acesso. A covid não mudou a desassistência, descaso e faltaqual melhor plataforma de apostas esportivasacesso a políticas publicas. Isso já vem acontecendo há muito tempo. E, tendo certeza dessa situação sobre diferentes aspectos, sabíamos que os dados e documentação seriam fatores muito importantesqual melhor plataforma de apostas esportivastermosqual melhor plataforma de apostas esportivastentar mostrar para as comunidades as que corriam risco maiorqual melhor plataforma de apostas esportivasserem atingidas pela covid. E os xavantes estavam entre estes, pois são um grupo muito voltado para a vida fora das aldeias", diz Silva, pesquisador da Universidade do Estadoqual melhor plataforma de apostas esportivasMato Grosso (Unemat) e presidente do Instituto Xaraés.

"Desde março já encaminhamos oito documentos para o MPF. Em um deles,qual melhor plataforma de apostas esportivas23qual melhor plataforma de apostas esportivasmaio, já sugeríamos as barreiras sanitárias entre outras 20 sugestões, como quarentena para os médicos que vão atender os indígenas e testagem entre caminhoneiros que circulam pelas terras indígenas. Desde o início temos pensado nos indígenas, quilombolas, ciganos e pescadores. E no mêsqual melhor plataforma de apostas esportivasmaio o que pedíamos eram sugestõesqual melhor plataforma de apostas esportivasvigilância epidemiológica e prevenção, (mas) nada foi feito", diz o pesquisador.

Governo nega desassistência

A Coordenação do Distrito Sanitário Indígena Xavante, ligado ao Ministério da Saúde, afirmou pela assessoriaqual melhor plataforma de apostas esportivasimprensa que entregou, juntamente com a Funai, maisqual melhor plataforma de apostas esportivas800 mil medicamentos, álcoolqual melhor plataforma de apostas esportivasgel e cestas básicas para as aldeias, e que tem feito um trabalhoqual melhor plataforma de apostas esportivasatendimento e conscientização.

O Ministério da Saúde, responsável pela saúde indígena, também afirmou que repassou para a Mato Grosso R$ 795,9 milhões, entre os recursosqual melhor plataforma de apostas esportivasrotina e os destinados exclusivamente ao combate à pandemia. Só o municípioqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças recebeu,qual melhor plataforma de apostas esportivasrecursos transferidos do Fundo Nacionalqual melhor plataforma de apostas esportivasSaúde para o Fundo Municipalqual melhor plataforma de apostas esportivasSaúde, R$ 15 milhões entre recursosqual melhor plataforma de apostas esportivasrotina e os referentes a ações contra à covid-19, diz a pasta.

Os profissionais buscam os pacientes que apresentem sintomasqual melhor plataforma de apostas esportivasgripe e realizam a triagem, isolando na própria aldeia osqual melhor plataforma de apostas esportivassintomas mais leves e encaminhando para os municípios, os casos moderados ou mais graves. Todos os pacientes são orientados sobre a forma corretaqual melhor plataforma de apostas esportivasrealizar o isolamento domiciliar, sobre as medidas corretasqual melhor plataforma de apostas esportivasprevenção da transmissão e como identificar os sinaisqual melhor plataforma de apostas esportivasagravamento dos sintomas, afirmou.

O Dsei Xavante, sediadoqual melhor plataforma de apostas esportivasBarra do Garças (MT), teria 457 profissionaisqual melhor plataforma de apostas esportivassaúde distribuídosqual melhor plataforma de apostas esportivasEquipes Multidisciplinaresqual melhor plataforma de apostas esportivasSaúde Indígena, compostas por médicos, enfermeiros, técnicosqual melhor plataforma de apostas esportivasenfermagem, cirurgião-dentista, auxiliaresqual melhor plataforma de apostas esportivassaúde bucal, agente indígenaqual melhor plataforma de apostas esportivassaúde e agente indígenaqual melhor plataforma de apostas esportivassaneamento, que atuamqual melhor plataforma de apostas esportivas317 aldeias onde vivem 22 mil indígenas. As equipes do Dsei receberam o reforçoqual melhor plataforma de apostas esportivasmais uma Equipequal melhor plataforma de apostas esportivasResposta Rápida, que ficaqual melhor plataforma de apostas esportivassobreaviso para entrarqual melhor plataforma de apostas esportivasaçãoqual melhor plataforma de apostas esportivascasosqual melhor plataforma de apostas esportivasaumentoqual melhor plataforma de apostas esportivascasosqual melhor plataforma de apostas esportivasdeterminada terra indígena.

O Ministério da Saúde também afirmou que a Secretaria Especialqual melhor plataforma de apostas esportivasSaúde Indígena tem enviado, periodicamente, equipamentosqual melhor plataforma de apostas esportivasproteção individual aos indígenas. Só para o Dsei Xavante teriam sido enviados maisqual melhor plataforma de apostas esportivas23 mil itens, como 1920 eram testes rápidos para covid-19.

Segundo a Funai, duas barreiras sanitárias já foram implementadas e outras três serão instaladas nos próximos dias. Foram entregues 2.200 máscarasqual melhor plataforma de apostas esportivastecido à população xavante, diz o órgão, e outras 7.000 estãoqual melhor plataforma de apostas esportivasprocessoqual melhor plataforma de apostas esportivasdistribuição. Além disso, o órgão diz que foram distribuídas 180 unidadesqual melhor plataforma de apostas esportivasálcoolqual melhor plataforma de apostas esportivasgel, 700 kgqual melhor plataforma de apostas esportivassabão e quase 2.000 kitsqual melhor plataforma de apostas esportivashigiene e limpeza a indígenas xavante.

Sobre o contatoqual melhor plataforma de apostas esportivaspastoresqual melhor plataforma de apostas esportivasigrejas protestantes e católicas dentro do território xavante, a Funai informa que oficialmente não recebeu a denúncia, mas preza pelo cumprimento das medidas sanitárias e orientações do Ministério Saúde para este momentoqual melhor plataforma de apostas esportivaspandemia, sobretudo o isolamento social.

Enquanto os órgãos públicos e o governo debatem as responsabilidades sobre o enfrentamento da pandemia, os indígenas sucumbem. Uma das ultimas vítimas da covid-19 entre os xavantes, Domingos Mãhörõ, citado no início desta reportagem, morreu esperando uma vagaqual melhor plataforma de apostas esportivasuma Unidadequal melhor plataforma de apostas esportivasTerapia Intensiva (UTI).

Ele estava internado desde o dia 25qual melhor plataforma de apostas esportivasjunho,qual melhor plataforma de apostas esportivasum hospital particular do municípioqual melhor plataforma de apostas esportivasPrimavera do Leste. O cacique, uma das mais importantes lideranças indígenas xavantes, aguardou por pelo menos três dias uma transferência para outro hospital com disponibilidadequal melhor plataforma de apostas esportivasum leitoqual melhor plataforma de apostas esportivasUTIqual melhor plataforma de apostas esportivasCuiabá. Para conseguir essa transferência para o Hospital Estadual Santa Casa, a família do cacique teve que entrar com um pedidoqual melhor plataforma de apostas esportivasurgência na Justiça. Após a transferência para a UTI, Domingos Mãhörõ sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

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