A corrida para salvar 'Benta', filhotetop sport pro apostasqueixada vítima dos incêndios no Pantanal:top sport pro apostas

Crédito, Roched Seba
A cena acima foi observada por ambientalistas que estiveram no Pantanal no iníciotop sport pro apostasoutubro e descrita à BBC News Brasiltop sport pro apostasconversa por telefone, antes da chegada das chuvas que deram trégua parcial à maior tragédia experimentada por esse bioma emtop sport pro apostashistória.

Crédito, Mariana Machado
Maistop sport pro apostas25% da maior planície alagável do mundo já foram consumidos pelo fogo, segundo mostram imagenstop sport pro apostassatélite, uma área um pouco menor que a do Estado do Riotop sport pro apostasJaneiro.
Os incêndios,top sport pro apostasacordo com especialistas, são resultado da pior seca a atingir a região e da ação do homem com queimadas ilegais.
"Ela (filhotetop sport pro apostasqueixada) estava ao lado da mãe, já sem os cascos (cobertura que protege os dedos). Os queixadas são animais sociais, por isso, não abandonam os outros membros do grupo, mesmo que mortos. Ficam, assim, expostos ali, sem água e comida, definhando", diz Roched Seba, sócio-fundador e diretor do Instituto Vida Livre, ONG sediada no Riotop sport pro apostasJaneiro que trabalha na reabilitação e solturatop sport pro apostasanimaistop sport pro apostassituaçãotop sport pro apostasrisco.
Seba fez partetop sport pro apostasum mutirãotop sport pro apostasveterinários e voluntários que viajou ao Pantanal para salvar animais do fogo a partir da campanha "Pantanaltop sport pro apostaschamas", lançada pela ONG Ampara Animal e a Ampara Silvestre.

Crédito, Roched Seba/Instituto Vida Livre
"Provavelmente, no afãtop sport pro apostasfugir do fogo e tentar se refrescar, esses animais entraram no lamaçal durante à noite e não conseguiram sair dali porque não tinham mais forças. Pela manhã, a lama seca, vira um caldeirão e eles ficam presos. Como muitos estão cansados e mutilados pelo fogo, com feridas infeccionadas e ossos expostos, acabam morrendo", acrescenta ele, ressalvando que faz parte do comportamento dessa espécie entrar na lama.
"Numa situação normal, alémtop sport pro apostasamenizar o calor, isso garante um repelente natural contra insetos, por exemplo".
Seba conta que, quando viu a filhotetop sport pro apostasqueixada, percebeu que ela talvez teria maior chancetop sport pro apostassobrevivênciatop sport pro apostasmeio ao grupo.
"Ela estava com a mãe na beira do lamaçal e tentou correr da gente. A mãe não conseguiu correr. Joguei uma redetop sport pro apostascima dela (filhote) e a segureitop sport pro apostasmeus braços, pois ela, por ser filhote, não podia ser anestesiada. Também resgatamos outros cinco animais, que acabaram não resistindo", conta.
Quando, duas horas depois, o grupo voltou para salvar a mãe, ela já estava morta.
"Foi um momento horrível, pois não tínhamos braços para levar a mãe".

Crédito, Roched Seba/Instituto Vida Livre
Tratamento
Na base instalada no municípiotop sport pro apostasBarãotop sport pro apostasMelgaço, a bebê queixada foi cuidada pela bióloga e veterinária Mariana Machado,top sport pro apostasSão José dos Campos, no interiortop sport pro apostasSão Paulo. Machado é especialista na reabilitaçãotop sport pro apostasanimais silvestres e, como Seba, também se voluntariou para salvar animais do fogo no Pantanal.
"Realizamos o primeiro suporte para restabelecer a hidratação e a nutrição do animal. Logo, verificamos lesões nas quatro patas. Em todas elas, já tinha perdido uma das unhas, e o dedo que fica debaixo dessas unhas estava queimado", descreve Machado.
"No primeiro momento, trabalhamos com várias terapias, entre elas a ozonioterapia, utilizada para acelerar o processotop sport pro apostascicatrização dessas lesões. E também como estimulante do sistema imunológico", acrescenta.
Segundo Machado, a cada "três ou quatro dias", "fazíamos a sedação para que pudéssemos trocar o curativo. Nesse momento, usávamos a ozonioterapia. Combinei diferentes terapias para otimizar o tratamento, pois não se tratatop sport pro apostasuma paciente que podemos pegar facilmente, uma vez que manipulações exacerbadas geram prejuízos para a saúde do animal".
"Em pouco tempo", diz a veterinária, "vimos uma melhora significativa, com o início do crescimento do novo casco que ela tinha perdido. Esse processotop sport pro apostasformação do casco poderia levar até 60 dias se não tivéssemos aplicado o tratamento".
Machado diz que,top sport pro apostasparalelo ao tratamento, a equipe voltou ao local do resgate várias vezes para acompanhar o movimento do bando.
"Há vestígiostop sport pro apostasque os sobreviventes do bando saíram do local. Nossa busca hoje é tentar encontrar o bando para tentar juntá-la a ele. Dos que ficaram no local, nenhum sobreviveu".

Crédito, Roched Seba/Instituto Vida Livre
A veterinária lembra que vários desses animais tiveram que ser eutanasiados (morte assistida) no momento do resgate "para cessar seu sofrimento, pois não tinham nenhuma condiçãotop sport pro apostasrecuperação".
"As lesões eram incompatíveis com qualquer qualidadetop sport pro apostasvida."
"Isso gera uma carga emocional na equipe, mas temos que manter o equilíbrio para conseguir finalizar o procedimento", acrescenta.
Machado, que permaneceu no Pantanal durante quase um mês, diz ter tratadotop sport pro apostas25 animais "não só resgatados a campo, mas vítimas secundárias,top sport pro apostascaça e tráfico". Ela continua fazendo o acompanhamento desses bichos, agora via internet, com a equipe que permaneceu na basetop sport pro apostasMato Grosso.
"Há poucos profissionais no Brasil especializados no atendimento a animais selvagens. Decidi me voluntariar para evitar que mais vidas fossem perdidas. Quanto mais profissionais especializados estivessem no local, maior a chancetop sport pro apostasrecuperar os animais", diz.

Crédito, Mariana Machado
"O que mais me doeu foram duas situaçõestop sport pro apostasque estivetop sport pro apostascampo. Resgatamos 23 peixes da espécie cascudo. Eles estavam na lama, quase sem água. Conseguimos removê-los e transportá-los para um outro rio. E num local próximo a esse, vi diversos jacarés adultos definhando também na lama, sem água nenhuma. Nesse momento, meu emocional caiu. Chorei, respirei fundo e continuei a fazer o que precisava fazer."
Agora, quase um mês depois do resgate da filhotetop sport pro apostasqueixada, Machado diz que ela deve ser solta "nos próximos dias".

Crédito, Mariana Machado
"Ela já apresenta um comportamento muito próximo do natural. Está sem curativos e já tem previsãotop sport pro apostasretorno nos próximos dias. A recuperação dela surpreendeu nossa equipe", comemora.

Crédito, Roched Seba/Instituto Vida Livre
Seba, do Instituto Vida Livre, a batizoutop sport pro apostasBenta, "bendita ela no meio daquela desgraça toda".
Um fiotop sport pro apostasesperançatop sport pro apostasmeio à tragédia que devastou o Pantanal.

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