AtentadoNice: 'Toda a comunidade brasileira na França estáchoque', diz amigobrasileira assassinada:

Crédito, Reprodução/Facebook
"Ela atravessou a rua, cheiasangue (…) Ela ainda falava, dizia que ainda havia alguém lá (dentro da igreja)", disse Brahim Jelloule, proprietário da pizzaria L'Unik,frente à basílica,entrevista ao canal televisivo France Info.
Ela morreu quase uma hora depoisser atacada. Souza conta que ficou sabendo que Simone havia morrido no ataque por meioamigos, que foram avisando uns aos outros. "Toda a comunidade brasileira na França estáchoque."

Crédito, Getty Images
A identidade dela seria confirmada oficialmente horas depois pelo Itamaraty, na noitequinta-feira (29/10).
"O governo brasileiro informa, com grande pesar, que uma das vítimas fatais era uma brasileira40 anos, mãetrês filhos, residente na França. O presidente Jair Bolsonaro,nometoda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinadaNice, bem como aos das demais vítimas, e estendesolidariedade ao povo e governo franceses", escreveu o órgãonota.
"O Itamaraty, por meio do consulado-geralParis, presta assistência consular à família da cidadã brasileira vítima do ataque terrorista."
Além dos três filhos, a vítima tinha diversos familiares no país, segundo o amigo. Souza conta que Simone migrou para a França ainda adolescente por meiouma companhiadança, a Oba Brasil, grupo criado há 20 anos que promove apresentações na Europasamba, capoeira, batucada, entre outros.
"Simone, Barreto, Brasileira, Baiana, Artista, vítima do atentadoNice esta manhã. Linda, alegre. Revoltante. Triste demais", escreveu o perfil oficial da companhia no Facebook.
Ao lado da irmã, Bárbara, também dançarina, Simone passou a atuar na companhia Pau Brasil,Paris. "Vários familiares dela vieram pra cá depois que ela e a irmã chegaram. Uma foi trazendo a outra. Agora elas têm primas, irmãs aqui na França", conta Souza, que conheceu a amiga uma década atrásNice.
Segundo relatosparentes a veículosimprensa brasileiros, ela nasceu na região da Cidade BaixaSalvador. Ao longosua trajetória na França, iniciadameados dos anos 1990, obteve a cidadania francesa e se formougastronomia. "Tinha o sonhoviajar o mundo com um food truck", disse a amiga Ivana Gomes Amorim ao site G1.
Alémtrabalhar como cuidadoraidosos,profissão mais recente, Simone também promovia e participavaeventos na França ligados à cultura brasileira.

Crédito, Reprodução/Facebook
"Foi a última vez que eu a vi, no começo deste ano, quando ela e a irmã fizeram um evento brasileiro aqui, que tinha comidas brasileiras, muito acarajé e muita dança", lembra Souza.
O perfilSimone no Facebook é repletofotosseus três filhos e outros familiares,comidas que ela preparou,eventos dos quais participou eautorretratos seus.
O que se sabe sobre o homem responsável pelo ataque?
Logo depois do atentado, o presidente francês Emmanuel Macron disse ser um "ataque terrorista islâmico".
O prefeitoNice, Christian Estrosi, falou sobre "islamo-fascismo" e disse que o acusado do ataque "repetiu incessantemente 'Allahu Akbar' (Alá é o maior,português)".

Crédito, EPA
Segundo fontes da polícia francesa, o homem identificado como Brahim Aioussaoi é um tunisiano21 anos que chegoubarco à ilha italianaLampedusasetembro. Ele foi colocadoquarentena por causa da pandemiacoronavírus antesser liberado e aconselhado a deixar a Itália.
Aioussaoi chegou à França no início deste mês . No ataqueNice, ele matou também Vicent Loques, 45, que era responsável pela manutenção da basílica e tinha dois filhos, e uma mulher60 anos, que foi praticamente degolada.
Ele foi alvejado pela polícia e estáestado grave.
O Conselho Francês da Fé Muçulmana condenou o ataque e expressousolidariedade com as vítimas e suas famílias.
Outros dois ataques ocorreram no mesmo dia (29/10), umMontfavet (França) e outroJeddah (Arábia Saudita), onde um guarda do consulado francês foi ferido.
Os ataques ocorrem dias depoisprotestosalguns paísesmaioria muçulmana, desencadeados pela defesa do presidente Macron da publicaçãocaricaturas que retratavam o profeta Maomé e quase duas semanas após a morte do professor Samuel Patyuma escola nos arredoresParis.
Segundo a polícia francesa, Paty foi decapitado por Abullakh Azorov,18 anos, por ter mostrado a seus alunos charges do profeta Maomé, figura sagrada no islamismo, como parteuma aula sobre liberdadeexpressão. Azorov foi morto a tiros pela polícia.

Crédito, EPA
As representações do profeta Maomé são consideradas tabu no Islã e são ofensivas para muitos muçulmanos. Mas para o Estado francês, restringir a liberdadeexpressão para proteger os sentimentosuma comunidadeparticular prejudica a unidade nacional, e o secularismo do Estado é fundamental para a identidade nacional da França.
"Se formos atacados mais uma vez, é pelos valores que são nossos: a liberdade, pela possibilidadenosso soloacreditar livremente e não ceder a nenhum espíritoterror", afirmou Macron.
O presidente disse que o númerosoldados destacados para proteger locais públicostodo o país aumentaria3 mil para 7 mil.
Com o aumento das tensões, as autoridades francesas pediram a seus cidadãosvários países islâmicos que tomem cuidado e permaneçam vigilantes.
*Nome fictício; entrevistado pediu para não ser identificado

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 3








