Covid-19 acentua crise do setorpop up bet9jahemodiálise e 140 mil brasileiros correm risco sem tratamento:pop up bet9ja
- Ricardo Régener
- De São Paulo para a BBC News Brasil

Crédito, Arquivo pessoal/BBC News Brasil
Gabriella, quando estava grávida, durante sessãopop up bet9jahemodiálise: 'tudo que eu consegui conquistarpop up bet9jabom na minha vida eu devo à hemodiálise'
pop up bet9ja Em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, o sistemapop up bet9jasaúde municipal entroupop up bet9jacolapso no começo desta semana: com os leitospop up bet9jaUTI (Unidadepop up bet9jaTerapia Intensiva) do município lotados por causa da pandemia, 12 pacientes morreram à esperapop up bet9jauma vaga na rede estadual. Desses, segundo informou a Secretariapop up bet9jaSaúde do município à BBC News Brasil, cinco precisavampop up bet9jahemodiálise por causapop up bet9jasobrecarga renal causada pela covid-19, mas todos morreram sem atendimento.
As mortespop up bet9jaTaboão da Serra são o prenúnciopop up bet9jaum segundo colapsopop up bet9jasaúde que o Brasil pode viverpop up bet9jabreve, causado pela faltapop up bet9jahemodiálise, que hoje fornece suporte à vida a 140 mil brasileiros.
É o que a reportagem ouviu após consultar maispop up bet9ja70 gestorespop up bet9japequenas e médias clínicaspop up bet9jahemodiálise espalhadas por todo o país.

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Setorpop up bet9jadiálise vive crise, que foi acentuada por pandemiapop up bet9jacovid-19
'À beira do colapso'
A pernambucana Gabriella Moreira acabapop up bet9jadar à luzpop up bet9japrimeira filha. A jovempop up bet9ja26 anos está viva por causapop up bet9jatrês sessõespop up bet9jahemodiálise na semana, já que convive, desde o nascimento, com rins policísticos e perdeu completamente a função renal aos 10 anos.
Sua mãe lhe doou um rim que durou apenas cinco anos.
Aos 15, Gabriella fez hemodiálise pela primeira vez, até receber um segundo transplante, dessa vezpop up bet9jaum doador falecido. Mas o rim paroupop up bet9jafuncionar um ano e meio depois, quando a moça tinha apenas 18 anos.
Desde então, Gabriella faz pelo menos três sessõespop up bet9jahemodiálise na semana numa clínica a 10 minutospop up bet9jacarro dapop up bet9jacasa,pop up bet9jaVitória do Santo Antão,pop up bet9jaPernambuco.
Nesses oito anospop up bet9jatratamento, fez faculdade, formou-se nutricionista, casou e engravidou.
"Minha filha é um milagre porque é mais difícil para uma paciente renal crônica engravidar. Tudo que eu consegui conquistarpop up bet9jabom na minha vida eu devo à hemodiálise, sem ela eu não teria sobrevivido", diz ela à BBC News Brasil.
Gabriella é usuária do SUS e faz as sessõespop up bet9jadiálise na Clínica do Rimpop up bet9jaVitóriapop up bet9jaSanto Antão.

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Gabriella é nutricionista
Trata-sepop up bet9jauma unidade privada, mas que depende totalmente dos recursos que recebe do sistema público. Durante a gravidez, Gabriella fez seis sessõespop up bet9jadiálise na semana,pop up bet9jasegunda a sábado, 24 sessões no mês. Mas o SUS só pagou por 18 dessas sessões.
"O restante somos nós que bancamos", conta a nefrologista Suzana Moraispop up bet9jaOliveira Melo, gestora da clínica. "Temos levado muitos prejuízos, mas sabemos que se não dialisarmos o paciente pode morrer", lamenta.
A clínica onde Gabriella faz diálise está endividada e corre o riscopop up bet9jafechar aindapop up bet9ja2021. Se isso acontecer, Gabriella e outros 329 pacientespop up bet9jaseis municípios ficarão sem o atendimento e terão que ser transferidos pela Secretariapop up bet9jaSaúde local para unidades mais distantes, e 82 funcionários serão demitidos.
A unidadepop up bet9jaseis sócios atende no local há 20 anos, com todos os pacientes vindos do SUS.
A gestora da clínica conta que os prejuízos vêm se acumulando mês após mês: "Nosso equilíbrio financeiro já era apertado por causa da faltapop up bet9jareajuste da tabela do SUS há maispop up bet9jaquatro anos. A situação se agravou demais na pandemia, com a subida astronômicas dos (preços dos) insumos e os custospop up bet9jaequipamentos novospop up bet9japroteção e afastamentospop up bet9jafuncionários. Hoje, meus custos mensais sãopop up bet9jaR$ 930 mil, e minhas entradas sãopop up bet9jaR$ 860 mil".
A gestão tem usado empréstimos para honrar a folhapop up bet9japagamento e feito todos os cortes possíveis: três médicos já foram demitidos. Exames complementares oferecidos aos pacientes, como raio-x e ultrassonografia, foram cortados.
O almoço, essencial para a recuperação no meio das sessões cansativaspop up bet9jadiálise, foi substituído por um lanche. A clínica também deixoupop up bet9jainvestirpop up bet9janovos equipamentospop up bet9jadiálise, que ficam obsoletospop up bet9ja10 anos.
Segundo a gestora, os sócios também não recebem remuneração há meses. "Antes eu ainda tirava R$ 6 mil por mês pra me sustentar, mas agora nem isso eu tenho mais. A minha vida pessoal se tornou um caos, eu e a clínica estamos no limite", afirma Suzana.
Relatospop up bet9jatodo o país
A realidade da clínicapop up bet9jaVitória do Santo Antão, a 56 km do Recife, não é uma exceção.
No Centropop up bet9jaNefrologiapop up bet9jaItabaiana, no agreste sergipano, o cenário é parecido. O nefrologista José Roberto Nogueira Lima pensapop up bet9jafechar a clínica nos próximos seis meses por causa das dívidas com fornecedorespop up bet9jainsumos médicos, que se acumulam.
"Nossos pacientes são muito pobres e só podem comer o que têmpop up bet9jacasa, geralmente muita macaxeira, cuscuz e banana prata".
Os alimentos, ricospop up bet9jasódio e potássio, são como veneno para um paciente renal crônico, que passa a precisarpop up bet9jamais sessõespop up bet9jadiálise.

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José Roberto Nogueira Lima pensapop up bet9jafechar a clínicapop up bet9jaem Itaiabana (SE) por causa das dívidas com fornecedorespop up bet9jainsumos médicos
"Alguns dialisam cinco vezes na semana, mas o SUS só cobre quatro sessões, o resto nós bancamos".
Se a clínica fechar, 130 pacientes podem ficar sem atendimento e 32 funcionários podem ser demitidos.
A faltapop up bet9jareajuste da tabela do SUS vempop up bet9jaanos. Recentemente, esse quadro foi agravado por uma longa listapop up bet9jaoutros custos novos e sufocantes que a clínica tem suportado.
"A caixapop up bet9ja100 luvas cirúrgicas antes da pandemia custava R$ 5, agora custa por voltapop up bet9jaR$ 90", relata o médico.
A heparina — substância usada para impedir coagulação sanguínea nas sessões — hoje custa por voltapop up bet9jaR$ 35 por ampola, diz José Roberto.
"Antes da pandemia, comprávamos por R$ 14, R$ 15".
De 70 gestorespop up bet9jaunidadespop up bet9jadiálisepop up bet9ja15 estados brasileiros ouvidos pela BBC News Brasil, 47 estão enfrentando algum tipopop up bet9jadificuldade para fazer os investimentos essenciais e honrar a folhapop up bet9japagamento. Desses, 18 consideram reduzir a capacidadepop up bet9jaatendimento, demitir funcionários ou até mesmo fechar as portas nos próximos seis meses.
Pandemia piorou problema
Em marçopop up bet9ja2020, quando eclodiu a crise do coronavírus, o preço dos insumos hospitalares disparou por causa das dificuldadespop up bet9jafornecimento do mercado chinês, do aumento da procura e da disparada do dólar.
"Nossa empresa se endividou por causa da tremenda inflação dos insumos", conta Karla Israel, gestorapop up bet9jauma clínicapop up bet9jaManaus.

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Equipe da Clínicapop up bet9jaItabaiana, no agreste sergipano
"Ainda não recebemos pelos atendimentospop up bet9jadezembro e janeiro, o custo dos insumos aumentou significativamente e o valor das sessõespop up bet9jahemodiálise do SUS está sem reajuste há muitos anos", reclama Maria Amélia Abdo Barreto, que administra uma clínicapop up bet9jaAdamantina (SP).
No Rio, "praticamente todos os prestadorespop up bet9janefrologia (do Estado) estão quebrados, não conseguem mais atender", afirma o executivo Bruno Haddad, presidente da DaVita Tratamento Renal, uma das maiores multinacionais do ramo, que administra 76 clínicaspop up bet9jadiálise no país, oito delas no estado fluminense.
Sufocamento econômico
Das 820 unidadespop up bet9jadiálise abertas hoje no país, pelo menos 710 são privadas. Apesar disso, elas prestam serviço ao SUS e são responsáveis por 85% dos atendimentos dos pacientes do sistema, conforme informações do último Censo Nacionalpop up bet9jaDiálise da Sociedade Brasileirapop up bet9jaNefrologia (SBN).
As unidades privadas recebem do orçamento da saúde por procedimento realizado, com base numa tabela que não é reajustada há quatro anos, e isso explica parte dos problemas que o setor vem experimentando: atualmente, o valor pago pelo SUS por sessãopop up bet9jahemodiálise épop up bet9jaR$ 194,20.
O último reajuste foipop up bet9jajaneiropop up bet9ja2017, quando a remuneração da sessão passoupop up bet9jaR$ 179,03 para o valor atual. Se corrigido pela inflação medida pelo IGP-M,pop up bet9jajaneiropop up bet9ja2021, esse valor deveria serpop up bet9jaR$ 281,63.
De acordo com Carlos Octávio Ocké-Reis, economista e ex-presidente da Associação Brasileirapop up bet9jaEconomiapop up bet9jaSaúde (ABrES), o fenômenopop up bet9jadegradação da saúde pública tem ligação direta com a emenda constitucional 95, a PEC do tetopop up bet9jagastos, que criou um novo modelopop up bet9jafinanciamento do SUS a partir da inflação passada.
"A implantação dessa política num país que já apresentava um sistema universalpop up bet9jasaúde subfinanciado mostra seus resultados nefastos nas filaspop up bet9jacirurgia eletiva, consultas com especialistas e tratamentospop up bet9jamédia e alta complexidade como a diálise. De lá pra cá, o gasto público per capita com saúde vem diminuindo a passos largos", explica.

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Suzana Melo, gestora da Clínica do Rimpop up bet9jaVitóriapop up bet9jaSanto Antão (PE): 'Temos levado muitos prejuízos, mas sabemos que se não dialisarmos o paciente pode morrer'
É nesse cenáriopop up bet9jaarrochopop up bet9jaremunerações do SUS que a capacidade financeira das clínicaspop up bet9jahemodiálise tende a se debilitar mais. A salvação nos últimos anos tem sido atender planospop up bet9jasaúde privados, que remuneram melhor, para equilibrar a defasagem do SUS e fechar a conta.
"Quem gere clínicapop up bet9jadiálise sabe que uns 15%pop up bet9japacientespop up bet9jaconvênio equilibram os 85% atendidos pelo SUS", afirma José Roberto, da clínicapop up bet9jaItabaiana (SE).
Entre os grandes do mercado, a lógica se assemelha: "uma clínica que só atende pacientes do SUS não funciona. Mesmo uma clínica com um mix razoável com convênios particulares já sofre muito e não consegue se sustentar", afirma o presidente da DaVita no Brasil.
Aumentopop up bet9jaimpostos
Em janeiropop up bet9ja2021, o governo do Estadopop up bet9jaSão Paulo revogou a isençãopop up bet9jaICMS sobre a vendapop up bet9jainsumos médicos para clínicaspop up bet9jahemodiálise, passando a tributá-lospop up bet9ja18%. A medida tem efeito no custo do atendimentopop up bet9jatodo o país, já que o Estado concentra as principais unidadespop up bet9jafabricaçãopop up bet9jainsumos.
Após negociaçãopop up bet9janove meses com as principais entidades representativas do setor, o Ministério da Saúde liberoupop up bet9ja29pop up bet9jadezembropop up bet9ja2020, para estados e municípios, um aporte únicopop up bet9jaR$ 109 milhões.
Os recursos devem ser rateados entre as unidadespop up bet9jadiálise do país. São numerosos, no entanto, os relatospop up bet9jaque o dinheiro ainda não chegou onde deveria chegar. Dezenaspop up bet9jaentrevistados e as entidades representativas também apontaram que os repasses regularespop up bet9jadezembro também não foram pagospop up bet9jatodo o país.
Endividamento dos pequenos
É nesse cenário que as contaspop up bet9janumerosas unidadespop up bet9jatodo o país têm se tornado deficitárias, gestores pequenos e médios têm se endividado para pagar custos fixos, enquanto as grandes multinacionais investem recursos aguardando a melhora do mercado.
O gestor da DaVita não quis entrarpop up bet9jadetalhes sobre os planospop up bet9jainvestimentos no país, mas afirmou que, apesarpop up bet9jao momento atual ser ruim, "a visão da DaVita para o Brasil épop up bet9jalongo prazo, mas só acreditamos que isso seja possível com a melhora desse contexto. Os pequenos estão quebrando e os grandes estão tentando sobreviver".
Após a abertura do mercado brasileiropop up bet9jasaúde ao capital estrangeiropop up bet9ja2015, grandes multinacionais como DaVita, Diaverum e Fresenius Medical Care têm feito um forte movimentopop up bet9jaaquisiçãopop up bet9jaclínicaspop up bet9jadiálise no Brasil, e já respondem por 15% do setor, conforme artigo intitulado "Perspectivas Globaispop up bet9jaDiálise: Brasil", publicadopop up bet9jamarçopop up bet9ja2020 na revista científica Kidney360, uma das publicaçõespop up bet9janefrologia mais importantes do mundo.
Apenas no primeiro semestrepop up bet9ja2020, a DaVita adquiriu oito clínicas privadas no país, conforme informações do site oficial da empresa.
Se nos centrospop up bet9jamaior renda as chancespop up bet9jasobrevivência das clínicas são maiores por causa da remuneração dos convênios particulares e interessepop up bet9jamultinacionais nas regiões mais rentáveis, é nos interiores e regiõespop up bet9jamenor renda que a crise do setor tende a chegar ao paciente renal crônico com mais força.
É justamente o casopop up bet9jaGabriella: "aquipop up bet9jaVitória do Santo Antão, não tem clínicapop up bet9jaconvênio médico, eu não tenho condiçõespop up bet9japagar por um, muito menos por uma hemodiálise particular".
Nesses lugarespop up bet9jamenor renda, o SUS é a única fontepop up bet9jafinanciamento possível para o setorpop up bet9jadiálise. No interior brasileiro, são comuns históriaspop up bet9japacientes que precisam viajar até 300 km para um município maior, três vezes por semana, para fazer o tratamento.
O que pode acontecer nesses lugares mais vulneráveis se o subfinanciamento do setor persistir?
O presidente da Associação Brasileirapop up bet9jaCentrospop up bet9jaDiálise e Transplante (ABCDT), Marcos Vieira Alexandre, oferece um diagnóstico pessimista: "as clínicaspop up bet9jadiálise ainda não receberam sequer os aportespop up bet9jadezembro, quem não tem capitalpop up bet9jagiro está se endividando e os equipamentos estão ficando velhos".
"Vemos a chancepop up bet9jacolapso do sistema, com unidadespop up bet9jadiálise fechando por todo o país. Isso vai gerar um problemapop up bet9jadesassistência sério e vai pressionar as vagaspop up bet9jainternação hospitalar disponíveis, que serão ocupadas por pacientes aguardando vagaspop up bet9jadiálise", diz Alexandre.
Bruno Haddad, da DaVita, vai mais longe: "são cinco anos sem reajustes e os custos médicos vêm subindo a uma inflação médiapop up bet9ja17 a 20%. A pandemia só veio para intensificar essa situação. (...) Muitopop up bet9jabreve, o SUS vai sofrer um colapso porque os pacientes não terão onde ser atendidos e migrarão para os hospitais públicos, que não têm capacidadepop up bet9jaabsorver nem 5% da demanda desse tipopop up bet9japaciente - que piora muito rápido quando não têm acesso aos cuidados".
Gabriella Moreira conversa com os médicos que cuidam dela e sabe da possibilidadepop up bet9jaa Clínica do Rimpop up bet9jaVitória do Santo Antão fechar nos próximos meses. "Estou muito nervosa, já tive crisespop up bet9japânico por causa disso."
Se a clínica fechar, talvez ela seja realocada para uma clínica no Recife ou atépop up bet9jaCaruaru, a duas horaspop up bet9javiagem dapop up bet9jacasa - se houver vagas.
O pacientepop up bet9jadiálise costuma sair muito cansadopop up bet9jacada sessão: "a sensação épop up bet9jater corrido uma maratona, eu chegopop up bet9jacasa moída. Se precisar viajar pra longe três vezes por semana, vou ter que desistir da carreirapop up bet9janutricionista e terei muita dificuldadepop up bet9jaestar presente para minha filha", desabafa.
"Tenho medopop up bet9jafaltar vagapop up bet9jahemodiálise, mesmo longepop up bet9jacasa, e eu não ver a minha filha crescer, medopop up bet9jamorrer. Por agora, eu decidi viver e lutar."

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