Coronavírus: 'Não há dúvida sobre eficáciapixbet aposta minimalockdown', diz ex-chefe do combate à pandemiapixbet aposta minimaIsrael:pixbet aposta minima

"É preciso gerir cuidadosamente o que acontece depois do lockdown, pois, dependendo do que os governos fizerem, todos os ganhos podem ser perdidos".

Em entrevista à emissora CNN Brasil, o novo ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, descartou o lockdown como "políticapixbet aposta minimagoverno" contra a covid-19. Segundo ele, confinamentos só deveriam ser usadospixbet aposta minima"situações extremas".

"Esse termopixbet aposta minimalockdown decorrepixbet aposta minimasituações extremas. São situações extremaspixbet aposta minimaque se aplica. Não pode ser políticapixbet aposta minimagoverno fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados", disse.

Falando à BBC News Brasil por telefonepixbet aposta minimaTel Aviv, Barbash critica o governopixbet aposta minimaseu país no controle do vírus, mas elogia o programapixbet aposta minimavacinação.

"Governos devem ouvir o que os cientistas têm a dizer. Em última análise, a decisão sobre quais medidas tomar é dos políticos. Maspixbet aposta minimamuitas ocasiões eles (governo) não nos escutaram", diz.

"Não acho que a ciência ou a medicina tem que 'dirigir o espetáculo'. Temos que dizer ao governos o que precisa ser feito e eles devem nos ouvir. Mas não podemos impor nada. São os políticos que devem ser julgados pelos público, não os cientistas."

"Quando um governo se depara com um problemapixbet aposta minimasaúde pública, ele deve ouvir o que a ciência tem para dizer. Evidentemente, não há uma única ciência. Há uma diversidadepixbet aposta minimaopiniõespixbet aposta minimacientistas e esta pandemia mostrou que não sabemos o impactopixbet aposta minimatodas as medidas, com exceção do lockdown, como abertura ou fechamentopixbet aposta minimaescolas. A ciência não tem toda as respostas", acrescenta.

Israel implementou três lockdowns. Com uma populaçãopixbet aposta minima9 milhões, o país teve maispixbet aposta minima820 mil casos confirmadospixbet aposta minimacovid-19 e 6 mil mortes.

Se, na opiniãopixbet aposta minimaBarbash, Israel "fracassou"pixbet aposta minimacontrolar a pandemia, foi bem-sucedidopixbet aposta minimaseu programapixbet aposta minimavacinação.

O país foi o que mais vacinou até agora, com 109,66 doses administradas para cada 100 pessoas.

A títulopixbet aposta minimacomparação, a taxa do Brasil épixbet aposta minima5,6 doses para cada 100 pessoas.

"É preciso diferenciar o controle da pandemia e o programapixbet aposta minimavacinação. Israel não foi bem-sucedidopixbet aposta minimacontrolar a pandemia. Impusemos três lockdowns e saímos deles sem ter nos beneficiado totalmente dos ganhos. O governo tentou agradar o público e como resultado tomou decisões erradas", diz ele.

Questionado sobre o que o governo deveria ter feito, Barbash diz que a gestão do primeiro-ministro Binyamin Netanyhu deveria ter "desenvolvido a confiança pública".

"Confrontamos a pandemia com uma coalizão vacilante. Tivemos quatro eleiçõespixbet aposta minimadois anos. Isso deixou o governo numa situação difícil. A ameaça iminentepixbet aposta minimanovas eleições o levou a uma abordagem desorganizada e a tomar medidaspixbet aposta minimacaráter populista", opina.

Jápixbet aposta minimarelação à vacinação, Barbash diz que a confiança dos israelenses na ciência e na medicina ajudou.

"Em primeiro lugar, a população israelense tem grande confiança na ciência e na medicina. Em segundo lugar, Israel tem um sistemapixbet aposta minimaatenção primária à saúde muito bem organizado", explica.

Questionado sobre se Bolsonaro deveria ter seguido o exemplopixbet aposta minimaseu aliado Netanyahu, que implementou três lockdowns, Barbash argumenta que não está "familiarizado com a situação do Brasil".

E considera que Israel cometeu um "grande erro" ao não vacinar os palestinos que vivem na Cisjordânia.

"Um grande erro epidemiológico e prático. Se estão vivendo juntos (com israelenses), deveríamos ter vacinado todos eles", diz.

Por fim, Barbash faz um alerta com relação à vacinação.

"Em nenhum lugar do mundo, vacinação é tudo. É preciso restringir a mobilidade das pessoas. Só vacinar não é suficiente. Se deixarmos o vírus correr solto, aumentamos a chancepixbet aposta minimaque novas variantes mais resistentes surjam".

Especialistas ouvidos recentemente pela BBC News Brasil concordam.

"Vírus estão sempre mutando. As mutações que forem favoráveis a ele, quando não há restrição à transmissão, serão selecionadas e vão predominar", explica Denise Garrett, infectologista e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute,pixbet aposta minimaWashington, nos Estados Unidos.

O maior temor é que num ambiente onde a taxapixbet aposta minimavacinação é baixa e a taxapixbet aposta minimatransmissão é alta, como no Brasil, "podemos ter variantes que possam comprometer a eficácia das vacinas", diz ela, que trabalhou por maispixbet aposta minima20 anos no CDC (Centropixbet aposta minimaControle e Prevençãopixbet aposta minimaDoenças), órgão ligado ao Departamentopixbet aposta minimaSaúde americano.

"Eventualmente, e isso ainda não aconteceu, uma vez que as novas cepas estão respondendo às vacinas, que protegem contra a forma mais grave da doença, podemos ter variantes que possam comprometer a eficácia das vacinas".

"Claro que num ambiente onde a taxapixbet aposta minimavacinação é baixa e a taxapixbet aposta minimatransmissão é alta, como no Brasil, esse risco é muito mais elevado".

"Ninguém está seguro até que todos estejam seguros. Nenhum país vai se sentir seguro enquanto houver um país como o Brasil, onde não há nenhum tipopixbet aposta minimacontrole", conclui ela, para quem o Brasil virou uma "ameaça global".

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