Covid-19 e gripe: 6 respostas sobre a vacinação simultânea prestes a começar no Brasil:tudo sobre o betano

Quem pode tomar as vacinas contra a covid-19 e a gripe?

É preciso prestar muita atenção, pois os grupos prioritários e a ordemtudo sobre o betanoque eles serão atendidos muda um poucotudo sobre o betanoacordo com cada campanha.

Por enquanto, os municípios brasileiros estão vacinando contra a covid-19 os profissionaistudo sobre o betanosaúde e pessoas com maistudo sobre o betano60 anostudo sobre o betanodiversas faixas etárias. Muitos locais começaram convocando indivíduos acimatudo sobre o betano90 anos e foram diminuindo a idade aos poucos.

A expectativa é que trabalhadores da educação e das forçastudo sobre o betanosegurança e salvamento comecem a tomar suas doses contra o coronavírus nas próximas semanas,tudo sobre o betanoacordo com o cronogramatudo sobre o betanocada prefeitura.

Já no caso da vacinação contra a gripe, os primeiros contemplados serão:

Geralmente, as campanhas contra a gripe se iniciam com os idosos. Mas,tudo sobre o betano2021, eles foram transferidos para uma segunda etapa para não haver confusão e conflito com o calendário estabelecido contra a covid-19.

A expectativa é que, a partirtudo sobre o betanomaio, a maioria dos indivíduos com maistudo sobre o betano60 anos esteja devidamente protegida contra o coronavírus e fique liberada para também se resguardar contra o influenza.

"Para evitar riscos, os gestores precisarão fazer uma ótima organização com filas, horários e espaços diferentes,tudo sobre o betanomodo que não ocorra aglomeraçãotudo sobre o betanopessoas nas unidadestudo sobre o betanosaúde", sugere o epidemiologista Jose Cassiotudo sobre o betanoMoraes, professor titular da Faculdadetudo sobre o betanoCiências Médicas da Santa Casatudo sobre o betanoSão Paulo.

Qual das vacinas deve ser priorizada?

Os dois imunizantes são essenciais e ajudam a evitar complicações respiratórias que exigem internação e podem até levar à morte.

Se você fizer parte do público-alvo das duas campanhastudo sobre o betanoalgum momento nos próximos meses, a prioridade deve ser dada à vacina contra a covid-19.

"Essa é a recomendação do Programa Nacionaltudo sobre o betanoImunizações (PNI) do Ministério da Saúde e tem a ver com o fatotudo sobre o betanoestarmos no meiotudo sobre o betanouma pandemia", esclarece a médica Mariatudo sobre o betanoLourdestudo sobre o betanoSousa Maia, coordenadora da Assessoria Clínicatudo sobre o betanoBio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

Mas a prioridade não deve ser confundida com exclusividade: é importante se vacinar contra a gripe na sequência, respeitando o prazo orientado pelos especialistas, como você verá a seguir.

Posso tomar as vacinas contra a covid-19 e a gripe juntas, no mesmo dia?

Não. É preciso esperar 15 dias entre uma vacina e outra, segundo as orientações das autoridadestudo sobre o betanosaúde pública.

Mas qual a razão desse intervalotudo sobre o betanoduas semanas?

"Nós ainda não temos os estudostudo sobre o betanoco-administração, que permitiriam saber a resposta do sistema imunológico à aplicação conjunta dos dois imunizantes, contra a gripe e contra a covid-19", explica a médica Patricia Mouta, profissional da farmacovigilânciatudo sobre o betanoBio-Manguinhos/FioCruz.

Como as pesquisas a respeito do tema ainda não foram feitas, o Ministério da Saúde optou pela prudência, para evitar qualquer efeito colateral inesperado ou uma diminuição na efetividade dos imunizantes.

Vamos a exemplostudo sobre o betanocomo esse esquema vai funcionar na prática: você pode tomar a primeira dose da Coronavac e aguardartudo sobre o betano14 a 28 dias para receber a segunda dose desta mesma vacina.

Daí é necessário esperar mais duas semanas para ser vacinado contra a gripe (que exige apenas uma dose para conferir proteção).

Já no caso do imunizante AZD1222,tudo sobre o betanoAstraZeneca e Universidadetudo sobre o betanoOxford, a ordemtudo sobre o betanovacinação muda, pois o prazo entre a primeira e a segunda dose étudo sobre o betanotrês meses.

Você então pode tomar a primeira dose da AZD1222 e aguardar duas semanas para receber a vacina contra a gripe.

Na sequência, basta esperar os dois meses e meio restantes para completar a proteção contra a covid-19 com a segunda dose da AZD1222.

Qual a importânciatudo sobre o betanose vacinar contra essas duas doenças?

Tanto gripe quanto covid-19 são enfermidades que afetam o sistema respiratório, podem trazer complicações ou sequelas e até matar.

Do pontotudo sobre o betanovista individual, portanto, a vacinação diminui os riscos à saúde.

Já na perspectiva coletiva, imunizar-se é uma atitude que protege toda a comunidade, pois quebra as cadeiastudo sobre o betanotransmissão viral e impede a lotaçãotudo sobre o betanohospitais e unidadestudo sobre o betanoterapia intensiva.

Em outras palavras, ao tomar as suas doses, você não protege só a si, mas também atudo sobre o betanofamília, amigos, vizinhos e todos ao redor — até aqueles que, por um motivo ou outro, não podem tomar a vacina.

O Brasil tem doses garantidas para proteger a população contra a covid-19 e a gripe?

A situação varia bastante. No caso das vacinas contra a gripe, a preocupação com uma eventual escassez é menor, quase inexistente.

Isso porque o Brasil é autossuficiente nesse quesito: a fabricação fica a cargo do Instituto Butantan, que nem depende mais da importação do insumo farmacêutico ativo (IFA) para entregar, todos os anos, 80 milhõestudo sobre o betanodoses ao Ministério da Saúde.

O Butantan possui a maior fábricatudo sobre o betanoimunizantes contra o influenzatudo sobre o betanotodo o Hemisfério Sul.

Já quando o assunto é covid-19, o assunto complica um pouco.

Nosso país depende das remessastudo sobre o betanoIFA que vêmtudo sobre o betanoChina e Índia para finalizar o envase das doses da Coronavac, no Instituto Butantan, e da AZD-1222, na FioCruz

Em razão da demanda mundial pelo produto, desde janeirotudo sobre o betano2021 as entregas têm sofrido atrasos e imprevistos, que chegaram até a paralisar as campanhastudo sobre o betanovacinação contra o coronavírustudo sobre o betanoalgumas cidades.

"Para acelerar a imunização das pessoas, precisamos ter mais dosestudo sobre o betanovacinas disponíveis", aponta a epidemiologista Carla Domingues, que foi coordenadora do PNI entre 2011 e 2019.

Nos últimos dias, tanto Butantan quanto FioCruz têm conseguido ampliar a entregatudo sobre o betanonovos lotestudo sobre o betanovacinas contra a covid-19, o que promete dar mais previsibilidade aos governos estaduais e municipais.

Além disso, a partir dos próximos meses devem chegar outras vacinas que já tem acordotudo sobre o betanocompra com o Ministério da Saúde, como aquelas produzidas por Pfizer e Johnson & Johnson.

O cálculo provisório do ministério é que o Brasil já teria maistudo sobre o betano500 milhõestudo sobre o betanodoses garantidas para 2021.

Quais são os desafiostudo sobre o betanorealizar duas campanhas simultâneas?

Além das questõestudo sobre o betanoorganização e logística, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil chamam a atenção para o desafiotudo sobre o betanofazer uma boa comunicação às pessoas sobre as campanhas simultâneas.

E, na avaliação deles, o Brasil vai mal neste quesito.

"Eu não posso dizer que a comunicação está péssima porque isso significaria que existe algo sendo feito. A comunicação é ausente. Não há nenhum tipotudo sobre o betanoanúncio ou campanha oficial", critica Moraes.

Por ora, o Governo Federal veiculou poucas propagandas ou outros conteúdos nos meios físicos e digitais para falar sobre os públicos-alvo, quando as pessoas devem se vacinar ou quais documentos são necessários.

"O que temos visto apenas são anúncios sobre comprastudo sobre o betanovacinas. É preciso explicar para a população sobre a necessidadetudo sobre o betanotomar as duas doses, respeitar os intervalos, entre outras coisas. Essa comunicação não está sendo feita", observa Domingues.

A BBC News Brasil entroutudo sobre o betanocontato com a assessoriatudo sobre o betanoimprensa do Ministério da Saúde para ouvir a versão deles sobre esse ponto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Maia, que foi coordenadora do PNI entre 1995 e 2005, destaca que, por mais experiência que o Brasil tenhatudo sobre o betanoimunizações, é preciso se adaptar à nova realidade.

"Fazer campanhastudo sobre o betanovacinação é se reinventar a todo o momento. Ficar no mesmismo é a receita para o fracasso", pensa a médica.

"É preciso entender o momento que vivemos e estimar o impacto que as notícias falsas e as correntestudo sobre o betanoWhatsApp podem ter na aceitação das vacinas. Vamos ter que lidar e superar isso", completa.

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