Brasil é 4º país que mais se afastou da democraciade apostas2020, diz relatório:de apostas

"Quase todos os indicadores que usamos mostram uma drástica queda do Brasil a partirde apostas2015. O único pontode apostasque o país não perdeude apostaslá pra cá foide apostasliberdadede apostasassociação", disse à BBC News Brasil o cientista político Staffan Lindberg, diretor do Instituto Variações da Democracia.

O índice é formulado a partir da contribuiçãode apostas3,5 mil pesquisadores e analistas, 85% deles vinculados a universidades ao redor do mundo.

O resultadode apostascada país advém da agregação estatística dos dados para 450 indicadores diferentes, que medem aspectos como o graude apostasliberdade do Judiciário e do Legislativode apostasrelação ao Executivo, a liberdadede apostasexpressão da população, a disseminaçãode apostasinformações falsas por fontes oficiais, a repressão a manifestações da sociedade civil, a liberdade e independênciade apostasimprensa e a liberdadede apostasoposição política.

de apostas Onda autocrática de apostas global de apostas

De acordo com o relatório, o mundo vive o que os pesquisadores consideram uma ondade apostasexpansão das autocracias iniciadade apostas1994.

Essa seria a terceira onda desde 1900 (as duas primeiras aconteceram entre os anos 1920-1940 e entre o começo dos anos 1960 e o final dos anos 1970).

Se,de apostas2010, 48% da população mundial vivia sob regimes considerados não democráticos,de apostas2020 esse percentual subiu para 68% e retornou ao patamar observado no início dos anos 1990.

No grupo do G-20 - que agrega as maiores economias do mundo -, alémde apostasBrasil e Turquia, a Índia também apresentou uma queda nos parâmetros democráticos tão significativa que deixoude apostasser considerada a maior democracia do mundo e passou a ser classificada como autocracia com eleições pelo V-Dem.

Segundo os pesquisadores, os processosde apostasÍndia, Turquia e Brasil, apesarde apostasestaremde apostasestágios diferentes, seguem um mesmo roteiro. "Primeiro, um ataque à mídia e à sociedade civil, depois o incentivo à polarização da sociedade, desrespeitando os opositores e espalhando informações falsas, para então minar as instituições formais", diz o relatório.

"Estamos muito preocupados porque percebemos que Bolsonaro tem dado claros sinais que condizem com os padrõesde apostascomportamentode apostasoutros líderes autocráticos que vimos atuar antes, como Viktor Orban. São movimentos preocupantes para a sobrevivência da democracia brasileira", afirma Lindberg.

Ainda longe da autocracia

O índice V-Demde apostas2021 foi finalizado antes da recente crise do presidente brasileiro com as Forças Armadas.

Em março, foi anunciada a saída do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o que desencadeou também a troca dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Emde apostascartade apostasdemissão, Azevedo e Silva afirmou que "neste período (à frente da pasta), preservei as Forças Armadas como instituiçõesde apostasEstado", o que provocou questionamentos sobre uma possível tentativade apostaspolitização do Exército Brasileiro por Bolsonaro, que tem usado corriqueiramente a expressão "meu Exército" para se referir às Forças Armadas do país.

Antes disso, porém, o atual presidente brasileiro já atacou reiteradas vezes a imprensa, se mostrou elogioso à ditadura militar instaurada nos anos 1960 e endossou uma manifestaçãode apostasapoiadores seus que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal.

Pouco antesde apostasser empossado, Bolsonaro chegou a afirmar que mandaria seus opositores para a "ponta da praia", uma aparente referência à base da Marinha na Restinga da Marambaia, no Rio, onde presos foram torturados e mortos durante o regime ditatorial brasileiro.

"Petralhada, vai tudo vocês pra ponta da praia. Vocês não terão mais vezde apostasnossa pátria porque eu vou cortar todas as mordomiasde apostasvocês. Vocês não terão mais ONGs para saciar a fomede apostasmortadela. Será uma limpeza nunca vista na história do Brasil", disse o então presidente eleitode apostas2018.

Esses aspectos contribuem para os atuais resultados do país. Outros índices também apontam para um retrocesso da democracia brasileira nos últimos anos, embora a queda seja mais branda.

A ONG Freedom House avaliou que a democracia brasileira atingia 79 pontos,de apostasuma escalade apostas0 a 100,de apostas2017. Atualmente, o índice recuou para 74.

Para Lindberg, embora os dados sobre Brasil sejam preocupantes, o país ainda está longede apostasser enquadrado como uma autocracia, como aconteceu com Turquia e Índia, e isso se deve à qualidade do sistema eleitoral brasileiro.

"Embora ainda haja algumas irregularidadesde apostasvotação, um poucode apostasintimidação eleitoral oude apostascomprade apostasvoto, as eleições no Brasil seguem sendo livres e justas, e é possível trocar o comando do país por meio delas", diz Lindberg.

Segundo ele, o sistemade apostasvoto eletrônico, como o usado no Brasil, tem se mostrado seguro e confiável. Bolsonaro, no entanto, tem feito uma campanha pelo voto impresso no Brasil e dito que o país pode repetir a história das últimas eleições americanas, quando Trump alegou fraude sem provas, se não mudar o sistema eleitoral.

E se a guinada autocrática atinge grandes populações ao redor do mundo,de apostasoutro lado, os processosde apostasdemocratização, embora aconteçam, se concentramde apostaspaíses menores, como o Sri Lanka, Tunísia e Armênia.

Para os pesquisadores, isso se deve ao fatode apostasque esses países estão relativamente mais distantes da influênciade apostaspotências autocráticas, como Rússia e China, e parecem ter conseguido encaminhar suas dinâmicas políticas internas para um sistema mais livre.

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