CPI da Covid: como 'imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho' pode virar arma contra Bolsonaro:aposta em sorte 1xbet

A linhaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetinvestigação sobre se o presidente intencionalmente escolheu essa estratégia e levou a um alto númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmortos se tornou central na CPI na terça, quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmouaposta em sorte 1xbetseu depoimento que "teve a impressão"apostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetque foi exatamente isso que aconteceu.

"A impressão que eu tenho é que era alguma coisa nesse sentido [de buscar a imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho], o principal convencimento, mas eu não posso afirmar", afirmou o ex-ministro, que também afirmou que Bolsonaro tinha outro aconselhamento sobre a pandemia que não vinha do ministério da saúde.

Mandetta disse que Bolsonaro foi alertado das consequênciasapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetnão ouvir a ciência. O ex-ministro afirmou que o presidente inclusive foi informado da projeçãoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetalto númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmortes caso as medidas com comprovação científica (como adotar o isolamento social e só promover tratamentos com eficácia comprovada) não fossem seguidas.

O senador Humberto Costa (PT-PE), membro da comissão, diz que a "essa tese é muito forte para explicar a conduta do Presidente da República."

"Ele adotou a ideiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetque a melhor maneiraapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetenfrentar a pandemia era permitir o contágio mais amplo e mais rápido possível, na expectativaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetque isso pudesse gerar uma imunidade natural", diz Costa (PT-PE) à BBC News Brasil.

"Essas coisas acontecem com doenças virais que não são graves, mas não serve para uma doença como essa que produz não somente quadros clínicos graves como grande quantidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetsequelas até pra pessoas que tiveram casos leves", afirma o senador, que também é ex-ministro da saúde.

Questionado sobre o assunto por Costa na CPI, o ex-ministro Nelson Teich disse que, ao menos enquanto era ministro, isso nunca foi discutido com ele e "nunca foi colocado como uma estratégia".

Teich também afirmou que a ideiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcriar imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho sem vacinas é um erro.

"Essa teseapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho,aposta em sorte 1xbetque você adquire a imunidade através do contato, e não da vacina, isso é um erro. A imunidade você vai ter através da vacina, não atravésapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetpessoas sendo infectadas", afirmou.

Apesar de, segundo Teich, Bolsonaro não ter falado sobre o assunto com o então ministro, o presidente fez discursos onde defendeu o isolamento social apenasapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetidosos e elogiou países e cidades que haviam adotado a estratégia da imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho sem vacinas na época.

Segundo Humberto Costa, o questionamento sobre se Bolsonaro adotou a estratégiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho sem vacinas deve voltar a ser feito durante o depoimentoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetoutros convocados pela CPI.

"Se isso é verdadeiro, o presidente incorreuaposta em sorte 1xbetum grave crime, que representa um dolo eventual, ou seja, que ele correu o riscoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcausar um dano irreversível às pessoas com essa tese. E isso se transformaaposta em sorte 1xbetum grave crimeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetresponsabilidade", diz Humberto Costa.

Nesta quinta (6/6), os senadores devem ouvir o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

O ex-ministro Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo no cargo durante a pandemia,seria ouvido na quarta, mas informou que não poderia comparecer por riscoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcovid. Seu depoimento foi remarcado para 19apostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmaio.

O que é a estratégia da 'imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho' sem vacinas?

O conceitoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho, na verdade, surgiu com a vacinação.

Os vírus causam epidemias quando são transmitidosapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetpessoa para pessoa. Ou seja, para conseguir se propagar, o vírus precisa achar hospedeiros suscetíveis à doença. Mas quando uma grande parte da população está vacinada contra um vírus, o número totalapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetpessoas suscetíveis cai tanto que ele não consegue mais encontrar hospedeiros e a circulação da doença é interrompida. É isso que é chamado normalmenteapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho.

Quando a pandemiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcoronavírus começou, no inícioapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbet2020, e não havia vacinas disponíveis, foi levantada a hipóteseapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetque seria possível atingir essa imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetgrupo sem vacinas, a partir do momentoaposta em sorte 1xbetque um grande númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetpessoas contraísse o vírus. A teoria tinha como pressuposto que quem se contaminou uma vez ficava imune a uma segunda contaminação pois já teria anticorpos contra o vírus.

Um grupoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcientistas — minoritários no meio científico — chegou a defender a estratégia. E alguns países, como Reino Unido, chegaram a adotá-la, mas ela foi rapidamente abandonada porque diversos estudos mostraram que o custo seria a perdaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmilharesapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetvidas.

O problema é que não se sabe quanto tempo após a recuperação da covid a pessoa continua imune, existem vários casos documentadosapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetsegundas infecções, não há garantiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidade contra novas variantes e um número enormeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetinfecções — eapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmortes — aconteceria antes dessa imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetgrupo ser atingida sem vacina.

Um modelo matemático apresentado pelo Imperial Collegeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetLondres, por exemplo, deu um panorama extremamente sombrioapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcomo a doença ia se propagar pelo Reino Unido, como ia impactar o sistema públicoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetsaúde e quantas pessoas iam morrer se a estratégiaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetimunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetrebanho sem vacina continuasse sendo aplicada. O modelo apontou que as mortes no Reino Unido poderiam chegar a 510 mil.

O que Bolsonaro falou sobre imunidadeapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetgrupo?

Bolsonaro foi crítico do isolamento social desde o início da pandemia e disse diversas vezes que a contaminação da maior parte da população era inevitável.

Em entrevistaaposta em sorte 1xbet15apostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmarço à CNN Brasil, Bolsonaro afirmou que "muitos pegarão isso independente dos cuidados que tomem. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde".

Em 24 marçoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbet2020,aposta em sorte 1xbetpronunciamentoaposta em sorte 1xbetrede nacional, o presidente criticou o confinamento por seus efeitos econômicos e disse que "a orientação vai ser o [isolamento] vertical daqui pra frente".

Em 26apostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmarço, disse que "o brasileiro não pega nada".

"Você vê o cara pulandoaposta em sorte 1xbetesgoto ali, sai, mergulha e não acontece nada com ele", afirmou o presidente, sem lembrar que um enorme númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetdoenças são endêmicas no Brasil por causa da faltaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetsaneamento.

Logoaposta em sorte 1xbetseguida o presidente disse que a contaminaçãoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetum grande númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetpessoas ajudaria a não proliferar a doença.

"Eu acho até que muita gente já foi infectada no Brasil, há poucas semanas ou meses, e ele já tem anticorpos que ajuda a não proliferar isso daí"

Em abril daquele ano, Bolsonaro afirmou que o coronavírus iria atingir 70% da população.

"O vírus vai atingir 70% da população, infelizmente é uma realidade", disseaposta em sorte 1xbetuma entrevistaaposta em sorte 1xbetfrente ao Palácio do Alvorada. Questionado sobre o númeroapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetmortes por jornalistas, o presidente respondeu que "não fazia milagres".

"Lamento, quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre, ninguém nunca negou que não vai haver mortes", disse Bolsonaro.

Em maioapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbet2020, Bolsonaro citou a Suécia — que na época havia adotado uma políticaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetnão fazer isolamento social — como exemplo.

"Vamos falar da Suécia? Pronto! A Suécia não fechou!", disse Bolsonaro após uma reunião com empresários.

Alguns meses depois,aposta em sorte 1xbetdezembro, o país perdeu o controle da pandemia e passou a sofrer com aumentoapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetcasos, UTIs lotadas e debandadaapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetprofissionaisapostaaposta em sorte 1xbetsorte 1xbetsaúde, entre outros problemas.

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