Covid: piora da pandemia no Riobetesporte bancaJaneiro servebetesporte bancaalerta para todo o Brasil, dizem cientistas:betesporte banca

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"As últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no Estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é", completa.
O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Riobetesporte bancaJaneiro, vê essa mudançabetesporte bancacenário acontecer na prática.
"Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde", relata.
"Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo", complementa o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileirabetesporte bancaInfectologia (SBI).
Mas o que está por trás dessa piora? E será que o mesmo pode se repetir ao longo dos próximos mesesbetesporte bancaoutros Estados e regiões do país?
Crise fluminense
Após um primeiro semestrebetesporte banca2021 bastante complicado, marcado por uma segunda onda devastadora, o Riobetesporte bancaJaneiro viveu, entre maio e julho, uma tendênciabetesporte bancaqueda nos números da pandemia.
Um cenário parecido, aliás, ocorreu no restante do país, com uma redução considerável nos diagnósticos, nas internações e nas mortes pela doença nesse mesmo período.
Mas há dois detalhes importantes nessa história, que valem tanto para o Estado fluminense como para o Brasil todo. Primeiro, as notificações permaneceram muito altas, mesmo no períodobetesporte bancacalmaria recente, com dezenasbetesporte bancamilharesbetesporte bancacasos e centenasbetesporte bancaóbitos todos os dias.
O segundo ponto é que, de acordo com o Boletim InfoGripe, publicado periodicamente pela FioCruz, a taxabetesporte bancatransmissãobetesporte bancavírus respiratórios seguiu extremamente elevadabetesporte bancaboa parte do território brasileiro, mesmo no momentobetesporte bancamaior tranquilidade.
Isso nos colocou numa situação delicada,betesporte bancaque uma nova piora poderia estourar a qualquer momento.
E é justamente isso que parece estar acontecendo agora no Riobetesporte bancaJaneiro, com uma retomada no crescimento da covid-19.
Vamos analisar o que aconteceu com os casos da doença por lá, seguindo os registros compilados pelo Conselho Nacionalbetesporte bancaSecretáriosbetesporte bancaSaúde, o Conass.
Na primeira semanabetesporte bancamaio, foram feitos maisbetesporte banca39 mil diagnósticos da infecção, um recorde até agora.
Na última semanabetesporte bancajunho, esse número baixou para 14 mil, o menor nível desde o ápice da segunda onda.
Nos primeiros sete diasbetesporte bancaagosto, porém, foram detectados 27 mil novos casos.

Crédito, Conass
E o que acontece com as hospitalizações?
"No pior momento da pandemia, nós chegamos a ter cercabetesporte banca1,4 mil pacientes internados nos hospitais da região e, agora, estamos na casa dos 700", calcula Chebabo.
Embora a ocupaçãobetesporte bancaleitos no Estado estejabetesporte banca69% da capacidade, o que é considerado um nívelbetesporte bancaalerta médio nos relatórios do Observatório Covid-19 da FioCruz, a situação da capital é crítica: atualmente, 96% das vagas disponíveis para tratar a covid-19 nas instituições cariocas estão preenchidas.
"É possível que,betesporte bancaalgum momento próximo, precisemos suspender cirurgias eletivas e readequar os leitos para atender a demanda da covid-19 mais uma vez", diz o vice-presidente da SBI.
O médico explica que esse novo aumento nos diagnósticos e nas hospitalizações ainda não impactou as taxasbetesporte bancaóbitos.
"Nós só vamos poder analisar se há um crescimento nas mortes daqui a algumas semanas, até porque a piora vembetesporte bancaondas. Primeiro as pessoas se infectam, daí elas ficam doentes, são internadas e demoram um tempo para se recuperar ou morrer", explica Chebabo.
Os ingredientes por trás da piora
De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, não é possível destacar um único fator por trás do repique fluminense.
"Existem algumas hipóteses que ajudam a entender o que está acontecendo, mas elas não são excludentes", contextualiza Bastos.
"É preciso considerar a chegada da variante Delta do coronavírus, o relaxamento da população e das medidas restritivas e até uma eventual perdabetesporte bancaefetividade das vacinas com o passar do tempo", lista o pesquisador.
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Finalbetesporte bancaTwitter post
Vamos começar pela Delta: a linhagem que surgiu na Índia foi identificada no Brasil a partirbetesporte bancamaiobetesporte banca2021 e, desde então, as equipesbetesporte bancavigilância estão acompanhando como ela se espalha país adentro.
E o Riobetesporte bancaJaneiro é perfeito para entender a progressão dessa variante. Isso porque o Estado possui a Rede Corona-Ômica RJ, um projeto que reúne pesquisadoresbetesporte bancavárias instituições e tem como meta acompanhar as diferentes linhagens do coronavírus, detectar o surgimentobetesporte bancamutações e entender como essas alterações genéticas influenciam no andamento da pandemia.
"A cada 15 dias, nós coletamosbetesporte bancaforma aleatória cercabetesporte banca380 amostrasbetesporte bancapacientes infectadosbetesporte bancavários municípios do Riobetesporte bancaJaneiro, que são sequências", conta a geneticista Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacionalbetesporte bancaComputação Científica, uma das instituições que faz parte da iniciativa.
E a evolução das variantesbetesporte bancaterras fluminenses é bem clara: entre janeiro e julhobetesporte banca2021, a Gama (detectada originalmentebetesporte bancaManaus) era a linhagem mais frequente, com larga vantagem sobre as demais concorrentes.
Em agosto, porém, a Delta se tornou predominante e, de acordo com a última nota técnica da Rede Corona-Ômica RJ, ela já está presentebetesporte banca61% das amostras analisadas pelos laboratórios parceiros.

Crédito, Rede Corona-Ômica RJ
"Em paralelo ao crescimento da Delta, não podemos ignorar também o que ocorre com as outras variantes. A Gama tem sofrido mutações e já encontramos nove sublinhagens dela por aqui", alerta Vasconcelos.
"O coronavírus está se modificando constantemente para continuar circulando entre nós", diz.
O pior (ainda não) passou
Apesarbetesporte bancaa Delta ser mais transmissível que as versões anteriores, ela não pode ser encarada como a única culpada pela situação no Riobetesporte bancaJaneiro — até porque as medidasbetesporte bancaprevenção, como o distanciamento físico, o usobetesporte bancamáscara e a ventilação dos ambientes, continuam a funcionar contra essa e as demais variantes.
É por isso que os especialistas também chamam a atenção para o relaxamento das políticasbetesporte bancarestrição como outro fator que ajuda a explicar o agravamento recente.
"As pessoas acham que, após a vacinação, está tudo liberado e podemos voltar ao normal, mas não é bem assim. Não estamos no momentobetesporte bancadeixar as máscarasbetesporte bancalado", aconselha Vasconcelos.

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Nesse sentido, os anúncios feitos por municípios do Riobetesporte bancaJaneiro sobre a realizaçãobetesporte bancamegaeventos, como o Réveillon e o Carnaval, não ajudambetesporte bancanada, avaliam os especialistas.
"É claro que o gestor público precisa se programar e planejar as coisas, mas falar abertamentebetesporte bancafestas agora, neste momento, passa uma sensaçãobetesporte bancanormalidade que não existe na prática. A pandemia não acabou", critica Chebabo.
"Não sabemos o que vai acontecer nos próximos meses. O cenário muda muito rapidamente", completa.
Quem precisabetesporte bancareforço?
Falando das vacinas, existe atualmente muita discussão sobre uma eventual perdabetesporte bancaeficácia.
Os estudos indicam que elas continuam importantes para proteger os casos graves, as hospitalizações e as mortes, mas alguns grupos mais vulneráveis parecem sofrer com uma diminuição da imunidade seis meses após tomarem as duas doses.
Essa queda na proteção vacinal também ajudaria a explicar o recente aumento nas internaçõesbetesporte bancaindivíduos mais velhos no Riobetesporte bancaJaneiro, como mostram os relatos colhidos pela BBC News Brasil e as últimas edições do Boletim Infogripe.

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Foi justamente para lidar com isso que, a exemplobetesporte bancapaíses como Israel, Estados Unidos e Chile, o Ministério da Saúde anunciou que idosos e imunossuprimidos (portadoresbetesporte bancaHIV, indivíduosbetesporte bancatratamentobetesporte bancacâncer, recém-transplantados, entre outros) tomarão uma terceira dose do imunizante a partirbetesporte banca15betesporte bancasetembro.
Em paralelo ao reforço para os grupos mais vulneráveis, os cientistas consideram essencial que todo mundo que já recebeu a primeira dose volte ao postobetesporte bancasaúde na data estipulada para a segunda aplicação.
O Riobetesporte bancaJaneirobetesporte bancahoje é o Brasilbetesporte bancaamanhã?
Por fim, é natural questionar se o agravamento da pandemiabetesporte bancaum Estado pode se repetir ou se espalhar para o restante do país até o final do ano.
Para Bastos, a situação local deveria representar, sim, uma preocupação.
"O Riobetesporte bancaJaneiro é um pontobetesporte bancaconfluência e tem uma grande conexão com outras regiões brasileiras, especialmente com São Paulo", analisa o pesquisador da FioCruz.
"E sabemos que, quando a piora chegabetesporte bancaSão Paulo, ela se espalha mais facilmente para outros lugares", conclui.
Para Vasconcelos, tudo indica que a variante Delta também esteja se espalhando por vários Estados do país e os dados do Riobetesporte bancaJaneiro chamam a atenção justamente por existir ali uma vigilância genômica do coronavírus, ao contrário do que acontecebetesporte bancaoutros locais.
"É o popular 'quem procura, acha'. Como nós estruturamos uma redebetesporte bancalaboratórios com capacidadebetesporte bancafazer esse acompanhamento genômico, acabamos observando com detalhes a presença dessa ebetesporte bancaoutras variantes", conta.
Para conter o avanço do problema no Riobetesporte bancaJaneiro ou no resto do Brasil, Chebabo diz que é horabetesporte bancaacelerar a vacinação.
"Precisamos ampliar a nossa cobertura vacinal, com a garantia da segunda dose a todo mundo, a oferta da terceira a quem precisa e o avanço da proteção entre os adolescentes", aponta.
"Em paralelo, precisaríamos fazer tudo aquilo que não foi feito até agora para conter a transmissão viral, como reduzir a circulaçãobetesporte bancapessoas e criar programasbetesporte bancatestagem, rastreamento e isolamentobetesporte bancacasos", lembra Bastos.
De acordo com as últimas informações do Conass, o Riobetesporte bancaJaneiro já registrou oficialmente 1,1 milhãobetesporte bancacasos e 61,9 mil mortes por covid-19 desde que a pandemia começou.

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