Querem nos segregar, diz jovem com deficiência sobre decretojogos de hoje bet365Bolsonaro:jogos de hoje bet365

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Manu considera importante mostrarjogos de hoje bet365perspectivajogos de hoje bet365um momentojogos de hoje bet365que um decreto presidencial sobre educação especial está prestes a ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O decretojogos de hoje bet365Jair Bolsonaro, que institui a política nacionaljogos de hoje bet365educação para alunos com deficiência, entroujogos de hoje bet365vigorjogos de hoje bet365outubro do ano passado, mas foi questionado na Justiça por uma ação diretajogos de hoje bet365inconstitucionalidade (ADI), ou seja, uma ação que argumenta que o decreto é inconstitucional.
No fimjogos de hoje bet365agosto, o STF fez uma audiência pública para ouvir a sociedade sobre a questão, mas ainda não há data marcada para a votaçãojogos de hoje bet365plenário. O decreto é considerado um retrocesso por gruposjogos de hoje bet365pessoas com deficiência e por especialistasjogos de hoje bet365educação.
Ele promove a criaçãojogos de hoje bet365escolas especiais para pessoas com deficiência que "não se beneficiam" da educação regular, ou seja, um local onde elas não teriam convivência com alunos sem deficiência, que frequentam as escolas regulares.
"O decreto vai na contramãojogos de hoje bet365todo um esforço nacional que é feito há 20 anos no Brasil para garantir o direitojogos de hoje bet365crianças com deficiência à inclusão. A gente precisa que as crianças e adolescentes sejam incluídosjogos de hoje bet365todos os ambientes, especialmente as escolas", afirma Pedro Hartung, presidente do Instituto Alana, entidadejogos de hoje bet365defesa dos direitos das crianças que é amicus curiae na ação do STF.
Na semana passada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que estudantes com deficiência "atrapalham o aprendizadojogos de hoje bet365outros alunos". Ao se defenderjogos de hoje bet365inúmeras críticas que recebeu após a fala, Ribeiro disse à rádio Jovem Pan que foi "infeliz na escolha do termo", mas não recuou najogos de hoje bet365posição.
Incentivar as escolas especiais seria voltar às normas instituídasjogos de hoje bet3651994 e que vigoraram até 2008, quando uma nova política passou a estabelecer como norma a integraçãojogos de hoje bet365pessoas com deficiência no ambiente escolar comum.
O decretojogos de hoje bet365Bolsonaro não proíbe a matrículajogos de hoje bet365escolas regulares, mas na prática, é isso que vai acabar acontecendo, argumenta Manu. "Vai chegar um estudante com deficiência na escola e vão dizer que não dá para incluir, vão mandar para a especial."
Hartung afirma também que a criaçãojogos de hoje bet365instituições especiais, alémjogos de hoje bet365segregar, retira recursos para adaptaçãojogos de hoje bet365escolas regulares. "O orçamento para isso é limitado. É preciso que no próprio ambiente escolar a criança possa ter acesso a políticas inclusivas, aulas no contraturno, apoio. Se todo o recurso vai para a criaçãojogos de hoje bet365escolas especiais, as escolas regulares paramjogos de hoje bet365receber melhorias."

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Matrículas negadas
Manu Aguiar teme que aconteça com os alunos com deficiência o que aconteceu com ela quando criança: teve a matrícula negadajogos de hoje bet365diversas escolas regulares.
"Teve muita negaçãojogos de hoje bet365matrícula aqui na época, diziam para colocar na escola especial. Minha mãe insistiu muito, foijogos de hoje bet365escolajogos de hoje bet365escola pedindo, até que teve uma diretora que falou 'faz a matrícula e a gente vê o que faz depois'", conta Manu, que estudou a vida todajogos de hoje bet365escolas públicas.
A jovem é totalmente contra o decretojogos de hoje bet365Bolsonaro, e diz que é preciso investir na preparação das escolas regulares para receber alunos com deficiência, não promover a separação.
"Não temos menos valor para sermos segregados assim", diz Manu. "É preciso preparar o ensino regular, dar meios para os professores promoverem a inclusão e combater o preconceito", afirma.
Crescendojogos de hoje bet365uma épocajogos de hoje bet365que havia pouca conscientização sobre preconceito contra pessoas com deficiência (o chamado capacitismo), Manu conta que sofreu muito preconceito na escola comum, especialmente na adolescência, quando a escola a separou da turma onde ela tinha amigos e a menina sofreu bullying agressivo.

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"Eu recebia ameaças no MSN (antigo aplicativojogos de hoje bet365trocajogos de hoje bet365mensagens), virei chacota. As pessoas falavam para os meninos: 'Você é muito feio, vai namorar com a Manu'. O pior momento foi quando uma menina colocou o pé na minha frente para eu cair no corredor", conta ela.
A paralisia cerebral faz com que Manu tenha dificuldadejogos de hoje bet365mobilidade, e na época dos prédios não tinham rampas e instalações acessíveis. Ela também se cansava muitojogos de hoje bet365escrever. "Meus pais compraram um notebook, porque na digitação eu era rápida. E parecia que tinham parcelado uma casa,jogos de hoje bet365tão caro que era na época", conta.
A escola também foi se adaptando aos poucos, e dando os apoios previstosjogos de hoje bet365lei, como um professorjogos de hoje bet365apoio que a acompanhava fora do horário das aulas comuns.
Apesarjogos de hoje bet365todos os obstáculos que enfrentou, Manu diz que não trocaria o ensino na escola regular pela especial. "Se há capacitismo, você tem que combater, educar, não segregar as pessoas que sofrem esse preconceito. Separar não é a solução", afirma.

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Chegando à universidade
Manu afirma que foi essencial ter o mesmo conteúdo que as pessoas sem deficiência e também a interação com todo mundo.
"O mundo é diverso e a gente não pode ficar numa caixa, numa bolha. Eu tirei nota baixa, tive que fazer recuperação, tinha os apoios que a lei prevê, aprendi a lidar com as adversidades. Só cheguei na universidade porque frequentei uma escola regular", diz a jovem.
"Hoje estou terminando a licenciaturajogos de hoje bet365geografia e a gente pesquisa a áreajogos de hoje bet365educação inclusiva. As pessoas que continuaram na instituição especial onde eu estudei continuam lá até hoje", diz ela.
"As estatísticas estão aí para mostrar que, entre os estudantes com deficiência na universidade, raríssimos são os que vêmjogos de hoje bet365escola especial. É um resultado que mostra que a educação inclusiva é o caminho."
O estudante universitário Jonatan Silvajogos de hoje bet365Jesus,jogos de hoje bet36525 anos, também cresceu na época da política das escolas especiais (entre 1994 e 2008) e conta que só estudoujogos de hoje bet365escolas regulares porque "muita gente bateu o pé".
"Foi graças à minha avó, que insistiu. E eu também, porque eu queria ir para a mesma escola dos meus primos", diz Jonatan, que tem paralisia cerebral.
"Na época não tinha inclusão, você não via deficientes na rua. Quando me matricularam, a escola falou 'é porjogos de hoje bet365conta e risco'", diz ele.
O jovem também acredita que não teria chegado à universidade se não fosse a educação que recebeu na escola regular. Hoje ele cursa educação física na faculdade, estuda inclusão e faz academia. "Treino há cinco anos, mas demorou 4 anos para uma academia me aceitar", diz ele.
"Muita gente recusa, tem medo que eu me machuque. Mas essa desculpa é muito ruim. Não tem adaptação? Então faz a adaptação", afirma.
Já na escola, disse, ele teve sorte ao encontrar uma professora que, embora não estivesse totalmente preparada para a inclusão, fezjogos de hoje bet365tudo para que isso acontecesse.
"Ela falou vamos: aprender todos juntos. Onde eu tinha dificuldade, recebia ajuda, outros alunos me perguntavam. Eu fui bolando junto com professores algumas alternativas", afirma o jovemjogos de hoje bet365Santana do Parnaíba, no interiorjogos de hoje bet365São Paulo.
"Ela procurava até atividades na educação física para eu fazer parte também. Me senti acolhido. Meus amigos também abraçaram a ideia e eu fui mostrando para eles também a minha realidade. Se eu tivesse ido para uma escola especial, ia viver numa bolha", afirma.
Jonatan diz que "até entende" pais que defendem a criação das escolas especiais. "Eu entendo, os pais querem proteger. E tem que proteger sim, mas não colocarjogos de hoje bet365uma bolhajogos de hoje bet365vidro e não deixar viver."

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