Covid: o riscopremier bet 6viagens aos EUApremier bet 6meio a novo picopremier bet 6mortes:premier bet 6
- André Biernath - @andre_biernath
- Da BBC News Brasilpremier bet 6São Paulo

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A partirpremier bet 6novembro, cidadãos brasileiros epremier bet 6outras 32 nacionalidades não precisarão fazer quarentena para entrar nos EUA
premier bet 6 Após um ano e meiopremier bet 6restrições, o governo dos Estados Unidos anunciou premier bet 6 que permitirá novamente a entradapremier bet 6viajantes que estejam completamente vacinados contra a covid-19.
A medida, que vale a partirpremier bet 6novembro, vai reabrir as fronteiras americanas para cidadãospremier bet 633 países, incluindo o Brasil.
Até o momento, esses indivíduos precisavam fazer uma quarentena obrigatóriapremier bet 614 diaspremier bet 6uma terceira nação antespremier bet 6serem admitidos nos EUA.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que essa liberação é um passo natural e as restriçõespremier bet 6voga não faziam mais tanto sentido assim. Mas eles também apontam uma sériepremier bet 6precauções que devem ser tomadas pelas autoridades sanitárias e pelos próprios viajantes para diminuir o riscopremier bet 6ter covid-19 por lá epremier bet 6criar novas cadeiaspremier bet 6transmissão no Brasil após a volta da viagem.
Essa preocupação se dá principalmente pelo atual estágio da pandemia nos EUA, com médias móveispremier bet 6novos casos e mortespremier bet 6ascensão nas últimas semanas (detalhes abaixo).
Os números, inclusive, estão bem acima do que é registrado atualmente no Brasil, que apresenta quedas constantes nas infecções e nos óbitos relacionados ao coronavírus desde agosto.
"É preciso analisar esse cenário externo com cuidado, pois muitos brasileiros podem ir e voltar dos Estados Unidos num curto espaçopremier bet 6tempo, o que aumenta o riscopremier bet 6retornar infectado", diz o epidemiologista Paulo Petry, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Decisão americana
O anúnciopremier bet 6alívio nas restriçõespremier bet 6viagem foi feito nesta segunda-feira (20/9) por Jeff Zients, coordenadorpremier bet 6resposta ao coronavírus da Casa Branca.
"Cidadãos estrangeiros vindo aos Estados Unidos deverão estar totalmente vacinados e apresentar prova disso antespremier bet 6embarcarpremier bet 6um avião com destino aos EUA. As vacinas são a melhor linhapremier bet 6defesa, a melhor ferramenta que temospremier bet 6nosso arsenal para manter as pessoas seguras", afirmou Zients.
As medidas passam a valer a partirpremier bet 6novembro, mas ainda não foi definido se todas as vacinas serão consideradas na hora do embarque — por ora, as autoridades regulatórias americanas só aprovaram os imunizantespremier bet 6Pfizer/BioNTech, Moderna e Janssen.
Essa questão será definida pelo Centropremier bet 6Controle e Prevençãopremier bet 6Doenças (CDC) dos Estados Unidos, mas existe a possibilidadepremier bet 6que outros produtos que já receberam a chancela da Organização Mundial da Saúde (OMS) também sejam aceitos, como é o caso da CoronaVac e da vacinapremier bet 6AstraZeneca e Universidadepremier bet 6Oxford.
Ambas são amplamente utilizadas na campanhapremier bet 6imunização contra a covid-19premier bet 6curso no Brasil.
A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), avalia que a política americana atual,premier bet 6exigir que viajantes façam uma quarentenapremier bet 614 dias num terceiro país, não faz mais sentido.
"Muitas vezes, esse períodopremier bet 6isolamento acontecia num lugar que estava com uma situaçãopremier bet 6momento bem pior que a nossa", conta. "De certa maneira, a retirada das restrições reconhece o esforçopremier bet 6nossa campanhapremier bet 6vacinação e a melhora recente nos indicadores da pandemia por aqui."

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Vacinação nos Estados Unidos estacionou e encontra resistênciapremier bet 6alguns grupos, influenciados por movimentos antivacina
Os riscos
Do pontopremier bet 6vista epidemiológico, o momento dos Estados Unidos não é dos melhores. Após uma queda importante na média móvel semanalpremier bet 6casos e mortes por covid-19 entre abril e julho, esses indicadores voltaram a crescerpremier bet 6agosto e setembro.
Atualmente, o país registra uma média móvelpremier bet 6148 mil novas infecções e 2 mil óbitos relacionados ao coronavírus.
Em comparação, as curvas brasileiras seguem uma tendência contrária: após uma segunda onda muito intensa entre março e junho, é possível notar uma queda constante nas estatísticas da covid-19 por aqui.
Os números mais recentes indicam uma média móvelpremier bet 634 mil diagnósticos e 557 mortes pela doença.
Ou seja: as estatísticaspremier bet 6momento dos Estados Unidos estão quatro vezes mais elevadaspremier bet 6relação às brasileiras.
Esses e outros dados vêm do monitoramento conduzido pela Universidade Johns Hopkins.
"Um dos aspectos que ajuda a entender essa diferença está no ritmopremier bet 6vacinação. Após um avanço muito rápido, os EUA praticamente estacionaram na campanha. Isso tem a ver com a rejeição às doses e à atuação dos movimentos antivacina por lá", interpreta Petry.
Cercapremier bet 655% dos americanos estão com a proteção completa e praticamente 65% tomaram pelo menos a primeira dose.
No Brasil, 38% concluíram o esquema vacinal preconizado e 69% dos indivíduos já receberam a primeira dose.
E as variantes?
Um segundo aspecto que pode levantar alguma preocupação é o riscopremier bet 6algum viajante se infectar durante a viagem para os Estados Unidos e trazerpremier bet 6volta alguma variante inédita do coronavírus.
Essa nova versão poderia se espalhar pelo país e levar a um aumentopremier bet 6casos e óbitos.
"É preciso terpremier bet 6mente, porém, que a principal variantepremier bet 6circulação por lá é a Delta, que já tem transmissão comunitária no nosso país", diz Maciel.
Em todo caso, essa reabertura das fronteiras poderia servir como justificativa para que o Brasil reforçasse seus programaspremier bet 6vigilância genômica.
Assim, seria possível detectar novas mutações virais antes que elas se espalhassem por alguma cidade ou Estado.
"Atualmente, a pandemia nos Estados Unidos afeta principalmente os indivíduos que não foram vacinados. E sempre existe a chancepremier bet 6surgir uma nova variante desconhecida", chama atenção a epidemiologista.
Como se proteger?
Embora ainda não existam diretrizes claras sobre o assunto, o primeiro passo para viajar aos Estados Unidos a partirpremier bet 6novembro será tomar as duas doses com 14 diaspremier bet 6antecedência do voo e possuir o comprovante da vacinação na hora do check in.
Outra exigência que continuará a valer é o resultado negativopremier bet 6um teste PCR (que detecta a presença do coronavírus no organismo). O exame deverá ser feito nos três dias anteriores e será repetidopremier bet 6terras americanas.

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Ainda não está claro se todas as vacinas serão aceitas para entrar nos Estados Unidos. Essa questão deve ser definida nas próximas semanas
E, mesmo com essa primeira liberação feita no aeroporto, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil reforçam a necessidadepremier bet 6se cuidar durante todo o períodopremier bet 6viagem.
"É preciso terpremier bet 6mente que, embora vacinada, a pessoa ainda pode se infectar com o coronavírus e transmiti-lo para seus contatos próximos", lembra Petry.
"Os viajantes devem usar máscaraspremier bet 6boa qualidade, especialmentepremier bet 6locais fechados, e evitar aglomerações", recomenda Maciel.
"Outro ponto importante é se atualizar sobre a situação da covid-19 específica do local para onde você vai. Há Estados que atravessam um momento bem pior do que os outros, como é o casopremier bet 6Alabama e Flórida", completa.
Proteção coletiva
Os epidemiologistas também entendem que o futuro aumento do fluxopremier bet 6passageiros voltando dos Estados Unidos para o Brasil exigirá um controle ainda melhor das fronteiras e dos aeroportos internacionais.
Atualmente, todos os brasileiros ou estrangeiros que chegam ao país precisam preencher uma Declaraçãopremier bet 6Saúde do Viajante, disponível no site da Agência Nacionalpremier bet 6Vigilância Sanitária (Anvisa), e apresentar um teste PCR com resultado negativo que tenha sido feito nas 72 horas antes do embarque.
Para indivíduos que vêmpremier bet 6alguns países, como o Reino Unido, também é preconizada uma quarentena após o desembarque.
Mas alguns episódios recentes, como a entrada sem restriçõespremier bet 6jogadorespremier bet 6futebol brasileiros e argentinos vindos da Inglaterra, mostrou como esse sistema pode apresentar falhas importantes.
"Precisamos melhorar o nosso controlepremier bet 6entrada nos aeroportos. Isso é algo que o Brasil pecou nos últimos meses e continua pecando", critica Maciel.
"A fiscalização precisa ser aprimorada, até para impedir a entradapremier bet 6pessoas infectadas e a possível introduçãopremier bet 6novas variantes no país, coisa que não conseguimos fazer até agora", finaliza.
Em nota, o Itamaraty afirma que "com a significativa melhora do quadro epidemiológico no país e o avanço acelerado do processopremier bet 6vacinação, tem-se verificado que um número crescentepremier bet 6países passou a flexibilizar seus requisitospremier bet 6entradapremier bet 6brasileiros".
"O Itamaraty e seus postos no exterior seguem trabalhandopremier bet 6múltiplas frentes, conjuntamente com outros órgãos públicos,premier bet 6esforço para permitir retomada segura do fluxopremier bet 6pessoas", diz o órgão.
A BBC News Brasil entroupremier bet 6contato com a Anvisa e o Ministério da Saúde, para comentar sobre a recente decisão dos Estados Unidos e como ela afeta o país, mas não houve respostas até o fechamento desta reportagem.

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