Banco Central eleva taxa Selic; entenda consequências para inflação e seu bolso:casas de apostas as melhores

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O economista Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências, estima que ela chegue a 10% no início do ano que vem. "As taxascasas de apostas as melhoresjuros conseguem conter um pouco essa piora (do cenário inflacionário) ao segurar a atividade econômica e os preços", explica.
Isso porque, ao elevar os custos do crédito, elas fazem as empresas e consumidores gastarem menos e os estimula a poupar mais - uma vez que o dinheiro poupado é remunerado a uma taxacasas de apostas as melhoresjuros maior.
"A taxacasas de apostas as melhoresjuros é a ferramenta mais rápida e simples (diantecasas de apostas as melhoresum cenário inflacionário)", aponta o economista Reginaldo Nogueira, diretor-geral do Ibmec São Paulo e Brasília.
Um efeito colateral disso, porém, é dificultar a retomada dos investimentos produtivos,casas de apostas as melhoresum momentocasas de apostas as melhoresque o Brasil ainda tenta retomar os patamarescasas de apostas as melhoresantes da pandemia e da crise econômica.

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Por isso, aumentos na taxacasas de apostas as melhoresjuros costumam enfrentar muitas críticas das associações industriais do país, que reclamam que a medida deixa o crédito mais caro para consumidores e empresas e prejudicacasas de apostas as melhoresprodutividade.
Para Silvio Campos Neto, porém, mesmo antes do novo aumento da Selic o mercado e as instituições privadas já vinham aumentando seus juros, antecipando a decisão do BC.
Outro efeito preocupante da alta da Selic é ocasas de apostas as melhorestornar mais cara a dívida pública do Brasil,casas de apostas as melhoresdólares - um problema que deve voltar com mais força ao debate nacionalcasas de apostas as melhores2023, no pós-eleições, junto a discussões sobre reformas econômicas e aumentocasas de apostas as melhorestributos, prevê Reginaldo Nogueira.
O imbróglio fiscal do governo
Mas, junto à inflação, outro fator crucial apontado para a alta acelerada dos juros é a preocupação com os gastos do governo. Essa preocupação foi reforçada na semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro pretendia anunciar o programa substituto do Bolsa Família - o chamado Auxílio Brasil, com benefício no valorcasas de apostas as melhoresR$ 400.
No entanto, ante a perspectivacasas de apostas as melhoresque parte desse benefício venhacasas de apostas as melhoresrecursoscasas de apostas as melhoresfora do tetocasas de apostas as melhoresgastos - ou seja, além do total que o governo federal pode gastar sem desrespeitar a lei -, os agentes do mercado financeiro reagiram com uma alta no dólar (que superou a cotaçãocasas de apostas as melhoresR$ 5,60) e uma queda na bolsacasas de apostas as melhoresvalores.
O dólar mais alto, porcasas de apostas as melhoresvez, pressiona ainda mais a inflação, uma vez que muitos dos bens adquiridos por indústrias e consumidores são importados.
O resultado dessa reação negativa é que a cerimôniacasas de apostas as melhoreslançamento do programa Auxílio Brasil foi cancelada na terça passada (19/10), sem previsãocasas de apostas as melhoresnova data, deixando beneficiários do Bolsa Família no escuro a respeito do valor que receberão no futuro e economistas tentando entender qual será a origem dos recursos.
No dia seguinte, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o governo trabalha para garantir um reajuste ao benefício a ser concedido pelo Auxílio Brasil, "dentro das regras fiscais", mas isso voltou a ser colocadocasas de apostas as melhoresxeque pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O teto é um símbolocasas de apostas as melhoresausteridade, é um símbolocasas de apostas as melhorescompromisso com as gerações futuras, mas nós não vamos deixar milhõescasas de apostas as melhorespessoas passarem fome para tirar 10casas de apostas as melhorespolítica fiscal e tirar zerocasas de apostas as melhoresassistência aos mais frágeis", disse ele na sexta-passada.
O que alguns economistas afirmam, porém, é que a estratégia do governo é falha: na ausênciacasas de apostas as melhorescontrole sobre os gastos do governo, a tendência é um aumento da inflação - que corrói o podercasas de apostas as melhorescompra justamente dos mais pobres -, e uma pressão para o Banco Central e o mercado financeiro elevarem as taxascasas de apostas as melhoresjuros, o que, porcasas de apostas as melhoresvez, retrai os investimentos.
"Quando se começa a falarcasas de apostas as melhoresromper o tetocasas de apostas as melhoresgastos, mesmo quecasas de apostas as melhoresum patamar não tão elevado, isso passa sinaiscasas de apostas as melhoresque não haverá contenção das pressõescasas de apostas as melhoresdemanda pelo (aumento do) gasto público", explica o economista Reginaldo Nogueira.
"Isso aumenta o risco político e afeta o câmbio, com mais efeito sobre a inflação."
É justamente aí que entra a taxa Selic na história.
"Havia a percepçãocasas de apostas as melhoresque o Banco Central manteria um planocasas de apostas as melhoresvoo (de aumentos graduais na Selic), mas a piora das expectativascasas de apostas as melhoresinflação e na questão fiscal fazem ele acelerar o passo", afirma à reportagem Silvio Campos Neto..
"Existe uma percepçãocasas de apostas as melhoresfragilização das regras fiscais e um temorcasas de apostas as melhoresque as saídas heterodoxascasas de apostas as melhoresfurar o teto se tornem o padrão. O Banco Central tem pouco a fazercasas de apostas as melhoresrelação à fonte do problema, mas tenta remediar os efeitos (...) Mas a causa é a má condução da política fiscal para objetivos políticos."
Campos Neto aponta que é legítima a pressão social por um benefício mais altocasas de apostas as melhoresum momentocasas de apostas as melhoresalta na pobreza e na fome no Brasil, "mas procurou-se (o governo) uma saída fácil, burlando as regras (fiscais), o que pegou muito mal."

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Há economistas que argumentam que seria possível aumentar o benefício ao Auxílio Brasil sem incorrercasas de apostas as melhoresfuro do tetocasas de apostas as melhoresgastos, mas isso comprometeria outra despesa crescente do governo federal: a que tem sido feita com as chamadas emendascasas de apostas as melhoresrelator, que o governo Bolsonaro tem usado para atender a pedidoscasas de apostas as melhoresgastoscasas de apostas as melhoresparlamentares do bloco conhecido como Centrão e, assim, mantido seu apoio no Congresso.
"Isso está diretamente associado ao momento que estamos vivendo,casas de apostas as melhorespré-eleições. Ano que vem tem eleições gerais e isso está perpassando todas as decisões", disse à BBC News Brasil, na semana passada, o economista da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto.
Fim do ciclocasas de apostas as melhoresjuros baixíssimos
A taxa Seliccasas de apostas as melhorescurva ascendente colocou fim a um ciclocasas de apostas as melhoresquase seis anoscasas de apostas as melhoresjuroscasas de apostas as melhorespatamares bastante baixos para o histórico brasileiro - que chegou a seu ponto mais baixocasas de apostas as melhoresmarço deste ano, quando a Selic eracasas de apostas as melhores2%.
Isso respondia a uma antiga demandacasas de apostas as melhoresindústrias e empresas, que queriam juros mais baixos para conseguir crédito mais barato e assim investir mais.
Mas Reginaldo Nogueira avalia que, diantecasas de apostas as melhoresuma inflação que já dava sinais preocupantes naquela época, junto a outras pressões inflacionárias - como a crise hídrica, a alta dos preçoscasas de apostas as melhoresenergia e, agora, o risco fiscal -, "existe um reconhecimentocasas de apostas as melhoresque o BC demorou a aumentar a taxacasas de apostas as melhoresjuros. Fica claro que a gente teve juros baixos demais, por tempo demais".
Se for cumprida a expectativacasas de apostas as melhoresque, no início do ano que vem, a Selic chegue ao patamarcasas de apostas as melhores10%, o aumento terá sidocasas de apostas as melhoresmais ou menos oito pontos percentuais desde os 2%casas de apostas as melhoresmarçocasas de apostas as melhores2021.
O aumento não é desprezível, mas "mais do que o númerocasas de apostas as melhoressi o que preocupa é a sinalização" disso a respeito do cenário econômico brasileiro, afirma Silvio Campos Neto. "O pior é que não se criaram, do lado fiscal, condições adequadas."

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