Por que a taxabet mobile apkinternações por doenças respiratóriasbet mobile apkcrianças voltou a subir no Brasil:bet mobile apk

Eles também apontam que há maneirasbet mobile apkminimizar o riscobet mobile apknovos casos dessas doenças com a adoçãobet mobile apkmedidas simples, como melhorar a circulaçãobet mobile apkarbet mobile apkambientes fechados e não mandar à escola crianças que apresentam os sinais característicos dessas enfermidades.

O pesquisadorbet mobile apksaúde pública Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe na FioCruz, considera esse crescimentobet mobile apkcasos entre crianças "bem impressionante".

"Nos últimos dois meses, começamos a observarbet mobile apkcrianças o surgimentobet mobile apkquadros relacionados a outros vírus que não tinham dado as caras desde 2020, como o bocavírus e o parainfluenza 3 e 4", conta.

"E isso se soma a uma elevação das infecções provocadas pelo vírus sincicial respiratório e pelo rinovírus, que já vinha desde o final do ano passado", completa.

O infectologista Francisco Ivanildobet mobile apkOliveira Junior, gerentebet mobile apkqualidade assistencial do Sabará Hospital Infantil,bet mobile apkSão Paulo, também notou esse aumento das queixas no dia a dia do consultório.

"Desde o finalbet mobile apkagosto e o iníciobet mobile apksetembro, percebemos uma maior frequência das infecções respiratórias entre o público infantil. E chama a nossa atenção o fatobet mobile apkque a maioria delas não é por covid-19", diz.

Vale destacar que grande parte dos quadros costuma ser leve e se resolve após alguns dias, mas há uma minoriabet mobile apkpacientes muito jovens ou portadoresbet mobile apkdoenças cardíacas e pulmonares que desenvolve incômodos mais graves, que exigem internaçãobet mobile apkUTI (unidadebet mobile apkterapia intensiva) e podem até matar.

De acordo com materiais divulgados pela FioCruz, cercabet mobile apk10 a 15% das crianças menoresbet mobile apkdois anos infectadas com o vírus sincicial respiratório precisam ficar internadas.

Um efeito colateral da reabertura

Gomes destaca que o repique das doenças respiratóriasbet mobile apkcrianças se concentra, por ora, na região Centro-Sul do país.

"O Rio Grande do Sul teve um surto muito fortebet mobile apkvírus sincicial respiratório, e vemos números crescentesbet mobile apkSão Paulo, Distrito Federal e alguns outros Estados", relata.

No Boletim InfoGripe, que compila e tabula as notificaçõesbet mobile apkinternações por Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) no Brasil, é possível ver que, entre as hospitalizaçõesbet mobile apkindivíduosbet mobile apk0 a 9 anos, o Sars-CoV-2 foi ultrapassado pelo vírus sincicial respiratório e, mais recentemente, também perdeu terreno para os outros agentes infecciosos.

Gomes ressalta que não é possível comparar o aumento atual com as notificações colhidas nos anos anteriores à pandemia.

"Os números atuais são expressivos, mas é complicado fazer esse paralelo com o passado, pois antes da covid-19 não havia essa mesma mobilização para que todas as notificaçõesbet mobile apkSRAG fossem incluídas no sistemabet mobile apkvigilância", justifica.

Na visão dos especialistas, esse aumento pode ser explicado pelo relaxamento das medidasbet mobile apkcontenção da pandemia e pela reabertura das escolas.

"Embora o ensino presencial tenha sido retomadobet mobile apkalguns lugares a partir do fimbet mobile apk2020, a volta às aulas ocorreubet mobile apkforma mais intensa a partirbet mobile apkagostobet mobile apk2021", aponta Oliveira Junior.

"Ou seja: as crianças passaram a se reunir com mais frequência, não apenas nas escolas, mas tambémbet mobile apkreuniões sociais e familiares", raciocina.

E, como se sabe, o contato mais próximo facilita a transmissão desses agentes que atingem o sistema respiratório.

O médico Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamentobet mobile apkInfectologia da Sociedade Brasileirabet mobile apkPediatria, lembra que há um contingentebet mobile apkcrianças com menosbet mobile apk2 anos que estavam praticamente isoladas desde que nasceram.

"Em meus 30 anosbet mobile apkpediatria, eu nunca tinha passado por um período com tão pouca atividade do vírus sincicial respiratório comobet mobile apk2020", aponta o especialista, que também é professor da Faculdadebet mobile apkCiências Médicas da Santa Casabet mobile apkSão Paulo.

"Ou seja, há um grupobet mobile apkcrianças que não teve contato nenhum com esses vírus respiratórios e, portanto, são mais suscetíveis agora", completa.

Faltabet mobile apkpreparo?

Por mais que a volta às aulas fosse necessária, Gomes acredita que as escolas poderiam ter se estruturado melhor para diminuir o riscobet mobile apktransmissão entre alunos, professores e funcionários.

"Esse aumentobet mobile apkdoenças respiratórias no público infantil era algo completamente esperado. E nós tivemos maisbet mobile apkum ano para nos preparar e melhorar os ambientesbet mobile apkensino", lamenta.

"No fim das contas, os protocolos adotados são muito falhos e, muitas vezes, se limitam a aferir a temperatura na entrada e a fornecer álcoolbet mobile apkgel, que são medidas pouco efetivas quando falamosbet mobile apkvírus respiratórios", critica.

O especialista da FioCruz vê uma baixa preocupação com a qualidade das máscaras usadas e com a ventilação nas salasbet mobile apkaula, que são estratégias bem mais importantes no contexto atual.

"Já ouvi relatosbet mobile apkalgumas escolas que não permitem que o ventilador seja ligado nesses ambientes. E nós sabemos que manter portas e janelas abertas e fazer o ar circular por esses espaços diminui e muito o riscobet mobile apkinfecção", informa Gomes.

O que fazer se meu filho está com sintomas?

Os vírus respiratórios costumam estar relacionados a duas complicações principais: a pneumonia ou a bronquiolite, que provocam uma espéciebet mobile apkinflamaçãobet mobile apkalgumas estruturas pulmonares.

"Essas formas graves costumam ocorrer com mais frequênciabet mobile apkcrianças pequenas, com menosbet mobile apkdois anos, ou aquelas que apresentam doenças congênitas que afetam a resposta imune. Portadoresbet mobile apkdoenças cardíacas e pulmonares também são mais suscetíveis", explica Oliveira Junior.

O médico orienta que os pais fiquem atentos aos sintomas típicosbet mobile apkresfriado e busquem a orientaçãobet mobile apkum profissional da saúde.

"Nem todo quadro respiratório necessitabet mobile apkpronto-socorro. Na maioria das vezes, vale marcar uma consulta com o pediatra ou fazer um atendimento à distância, se possível", diz.

"Agora, se a criança tem febre alta ou persistente por maisbet mobile apk48 horas, está com dificuldades para respirar ou não quer se alimentar, é importante buscar o pronto-socorro", avalia.

"Recém-nascidos e bebês muito pequenos, que estão nas primeiras fases da amamentação, também precisam ser acompanhadosbet mobile apkperto", acrescenta Sáfadi.

Nos quadros mais graves, o paciente precisa ficar alguns dias no hospital para receber oxigênio, garantir uma boa hidratação, fazer fisioterapia respiratória e retirar o excessobet mobile apkmuco das vias aéreas.

Um 'pacto social'

Existem também algumas estratégias que ajudam a minimizar o riscobet mobile apkinfecções respiratórias no público infantil.

Além das ações mais básicas, que envolvem o cuidado com a ventilação do ambiente e usobet mobile apkmáscarasbet mobile apklugares fechados, os especialistas destacam uma medida que deveria se tornar mais habitual no Brasil: não mandar à escola crianças que apresentam sintomas típicosbet mobile apkresfriado oubet mobile apkgripe.

Essa atitude evitaria a transmissãobet mobile apkvírus para os demais colegasbet mobile apksala.

"Me parece que naturalizamos o fatobet mobile apkque esses outros vírus respiratórios também podem estar por trásbet mobile apkcasos graves, internações e óbitos", destaca Gomes.

"Isolar os casosbet mobile apksuspeitabet mobile apkproblemas respiratórios teria um enorme impacto coletivo e diminuiria as cadeiasbet mobile apktransmissão dos vírus", completa.

Oliveira Júnior entende que é preciso criar um "pacto social" para que hábitos do tipo passem a fazer partebet mobile apknossa cultura.

"Essa é uma daquelas orientações que são fáceisbet mobile apkfalar e difíceisbet mobile apkcolocarbet mobile apkprática", considera.

"Para que essa medida funcione, precisamosbet mobile apkmudançasbet mobile apktoda a sociedade. Manter as crianças com resfriadobet mobile apkcasa depende, por exemplo, (de) que as empresas liberem os pais e as mães para trabalharembet mobile apkhome office nesse período", afirma o infectologista.

Já Sáfadi lembra que a maior exposição das crianças às atividades escolares e sociais a partirbet mobile apkagora demanda um cuidado não apenas com os vírus respiratórios, mas com uma sériebet mobile apkoutras doenças infecciosas.

"É importante atualizar a carteirabet mobile apkvacinação dos filhos, ainda mais com esse retorno ao 'normal' que vivemos nas últimas semanas", aponta.

"Vemos com muita preocupação as quedas nas taxasbet mobile apkcobertura vacinal contra o sarampo, a poliomielite, a difteria, a pneumonia, a coqueluche e várias outras enfermidades comuns entre as crianças", finaliza o médico.

bet mobile apk Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube bet mobile apk ? Inscreva-se no nosso canal!