Bairros afundando transformam partecasinos com free spinsMaceiócasinos com free spinscidade fantasma e atraem curiosos:casinos com free spins

Ao todo, segundo a prefeituracasinos com free spinsMaceió, 64 mil pessoas moram nas áreas e foram ou ainda serão retiradas da região.

O problema do afundamento dos bairroscasinos com free spinsMaceió começou a ser percebidocasinos com free spins2018; durante uma forte chuva, houve um tremorcasinos com free spinsterra que resultoucasinos com free spinsdanoscasinos com free spinsalguns imóveis e nas ruas.

O primeiro local a registrar rachadurascasinos com free spinscasas e fissuras nas ruas foi o bairro do Pinheiro, um dos mais tradicionais da cidade, que abrigava moradorescasinos com free spinsclasse média na área central da cidade.

Depois, a instabilidade foi sentidacasinos com free spinsoutros bairros: Bebedouro, Bom Parto e Mutange. O bairro do Farol, vizinho ao Pinheiro, também teve uma pequena partecasinos com free spinssuas casas afetada.

O processocasinos com free spinsdesocupação começoucasinos com free spinsforma voluntária, com famílias deixando o bairro do Pinheiro aindacasinos com free spins2018, após rachaduras apareceremcasinos com free spinsimóveis. A região era residencial, com alguns comércios locais. O bairro tinha casas e prédioscasinos com free spinsclasse média e algunscasinos com free spinsluxo, que foram inteiramente desocupados. Um hospital também precisou mudar dali.

Em janeirocasinos com free spins2019, o governo federal liberou, pela primeira vez, recursos para pagar o aluguelcasinos com free spinsvítimas. O valor mensal do auxílio foicasinos com free spinsR$ 1.000.

Em maiocasinos com free spins2019, a CPRM (Serviço Geológico do Brasil) apresentou um relatório apontando a mineração como causa do afundamento e, com mais estudos posteriores, viu que extensão do problema era maior e ampliou o mapacasinos com free spinsrisco para, além do Pinheiro, os bairroscasinos com free spinsBebedouro, Bom Parto e Mutange - todos também residenciais.

Esses novos bairros atingidos eram ocupados por moradorescasinos com free spinsclasse média baixa e pobres, e os imóveis também precisaram ser desocupados por riscoscasinos com free spinsafundamento abrupto do solo.

O Mutange hoje, por exemplo, está totalmente inabitado.

Os três bairros incluídos após os estudos ficam às margens da lagoa Mundaú, onde está a maioria das minascasinos com free spinssal-gema perfuradas pela Braskem. É nessa região que há um risco maior, já que com o afundamento a água da lagoa começou a invadir os imóveis. Nem mesmo o trem passa mais pelo local.

Depoiscasinos com free spinsquase um anocasinos com free spinspesquisas, o Serviço Geológico do Brasil apontou que o afundamento do solo tinha relação com a mineração da empresa Braskem, que abriu 35 minas no subsolo para extraçãocasinos com free spinssal-gema durante quatro décadas.

A Braskem chegou a rebater o laudo inicialmente, mas depois recuou e passou a bancar os custos dos aluguéis e mudançascasinos com free spinsmoradores. Hoje, ela tem um planocasinos com free spinsdesocupação que paga indenizações a moradores e comerciantes e realiza obras para fechamento das mina (veja mais detalhes abaixo).

Após o caso ganhar repercussão, a Braskem anunciou a paralisação preventiva da extraçãocasinos com free spinssal. Com isso, foi interrompida também a produção na fábricacasinos com free spinsMaceió.

"Fiquei chocada com o que vi"

Na ausênciacasinos com free spinspasseios formais pelas áreas fantasma, turistas e curiosos vão por conta própria conhecer a região afetada.

De Manaus, Camila Santana,casinos com free spins30 anos, veio a Maceiócasinos com free spinssetembro e quis vercasinos com free spinsperto o que aconteceu.

"Fiquei extremamente chocada. Não esperava que tantos bairros tivessem sido atingidos. É muito triste ver nas paredes das casas as mensagens que remetem às histórias das pessoas que construíram uma vida ali e que tinham identificação com aquele lugar. Você sente um pouco a dor das pessoas", conta.

"Senti vontadecasinos com free spinsver essas ruas e casas, quis olhar para o bairro fantasma. Achei que existia uma coisa ou outra funcionando por lá, mas não, ali só existe o silêncio e as paredes gritando a história das pessoas. Apesarcasinos com free spinsser um capítulo trágico na históriacasinos com free spinsMaceió e do Brasil, é importante sempre lembrar para que não se repita. Nunca vi algo parecido nos lugares que andei. É algo que atiça nossa curiosidade."

O empresário Nijauro Filho,casinos com free spins52 anos, dono da única padariacasinos com free spinsfuncionamento na região, assiste ao vai e vem dos curiosos.

"Já veio gentecasinos com free spinsSalvador,casinos com free spinsSão Paulo,casinos com free spinsvários locais. Sempre tem alguém vindo e parando aqui na padaria para perguntar sobre como está o bairro", explica.

Segundo Nijauro, os turistas normalmente vãocasinos com free spinscarro e não costumam parar, já que o bairro está vazio. "Eles passam olhando, tirando fotos. Acho que sentem medo porque o Pinheiro está deserto", diz.

Nijauro Filho herdou o estabelecimento do seu pai,casinos com free spinsmesmo nome, que morreu durante a pandemia. Era ele quem morava no andarcasinos com free spinscima da padaria - hoje desocupado.

"Antes disso vendíamos 2 mil pães por dia; hoje só chega a no máximo 500. Ainda bem que forneço para eventos e consigo pagar as contas", diz.

A maioria da clientela écasinos com free spinsmoradores que viviam na região. O empresário nunca se mudou dali por avaliar que os valores oferecidos para que ele abandonasse o imóvel não cobririam seus custos.

"Não vale a pena. Prefiro continuar aqui. Só para desmontar o maquinário gastaria mais do que estão oferecendo".

Imóveis demolidos

O publicitário Alexandre Almeida, 59 anos, moradorcasinos com free spinsRecife, resolveu visitar os bairros fantasmas durante uma viagem a Maceió. "Tive um mistocasinos com free spinsindignação, raiva e tristeza. A cada momento que vamos andando pelos escombros e entendendo a história, vamos tendo esses sentimentos acordados", diz.

"Eu já sabiacasinos com free spinscerta forma o que tinha acontecido e eu tive vontadecasinos com free spinsir (à região) para sentircasinos com free spinsperto o que é uma sensaçãocasinos com free spinsuma cidade fantasma."

Hoje, dezenascasinos com free spinsruas da cidade estão interditadas, sem previsãocasinos com free spinsvolta, e imóveis que foram depredados estão sendo demolidos.

Ainda não se sabe o que será feito com a área, já que é necessário estabilizar o solo para garantir segurançacasinos com free spinstrânsitocasinos com free spinspessoas da região.

Em nota, a Braskem explicou quecasinos com free spinsdezembro foi assinado um termo com o Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MPE) com três frentescasinos com free spinsatuação: sociourbanística, ambiental, ecasinos com free spinsmonitoramento e estabilização.

Esse acordo prevê ações que incluem diagnóstico e, posteriormente, medidascasinos com free spinsreparação, mitigação ou compensação dos possíveis impactos ambientais, alémcasinos com free spinsreparação urbanística, preservação do patrimônio histórico e cultural, açõescasinos com free spinsmobilidade urbana e indenização por danos coletivos.

As ações serão definidascasinos com free spinsconjunto com as autoridades ecasinos com free spinsconsulta à população.

Criadocasinos com free spinsdezembrocasinos com free spins2019, o Programacasinos com free spinsCompensação Financeira e Apoio à Realocação registrou, até 22casinos com free spinsoutubro, 13.982 imóveis desocupados,casinos com free spinsum totalcasinos com free spins14.425 identificadoscasinos com free spinsáreascasinos com free spinsrisco.

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